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Letícia Luz
Cefaleia na Infância
Introdução • HFa (enxaqueca, aneurisma)
• Sono (fator precipitante ou aliviador)
• Queixa comum em crianças e adolescentes
• Comorbidades: psiquiátricas (causa ou
• Caracterização difícil na população (dificuldade de consequência), anemia falciforme, neoplasia,
expressar) pediátrica coagulopatias
• Mitos: distúrbios de refração e sinusite crônica como
causas de cefaleia (relação sem comprovação científica
consistente) Padrão:
• Formas mais frequentes: migrânea e cefaleia do tipo • Agudo X Crônico (>2m)
tensional • Contínuas X Recorrentes
• Elevação da frequência com o aumento da idade • Progressivas X Não Progressivas
• Até 12 anos prevalência M~F, acima de 12 anos maior • Exemplos: aguda (infecções, hemorragia, sinusite
prevalência no sexo feminino aguda), crônica progressiva (HIC), crônica recorrente
• Mais frequente em crianças com HFa de cefaléia em (migrânea)
parentes de 1° e 2° graus
• Repercussão social e associação com baixo
rendimento escolar Exame físico
• Estado geral
História:
• Início
• Horário
• Frequência
• Duração
• Intensidade (leve, moderada e forte; escalas Cefaleias primárias
analógico visuais a partir de 2ª) • Migrâneas
• Localização • Cefaleias do tipo tensional
• Qualidade (pulsátil, em pressão) • Cefaleias trigêmino-autonômicas
• Sintomas associados (febre, náuseas, vômitos, • Outras cefaleias primárias
anorexia, foto/fonofobia)
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MEDICINA – UNINOVE
Letícia Luz
• Moderada a forte
• Unilateral (geralmente) Cefaleia Secundária
• Latejante/Pulsátil • Causada por um problema médico sobrejacente com
• Incapacitante (prefere deitar-se em um quarto cefaleia secundária, geralmente, outros sinais e
escuro) sintomas que sugerem
• Sintomas associados: fotofobia, fonofobia, náusea e • Crianças apresentam patologia
vômitos
• Duração variável, em crianças pode ser curta (1-72h) Doença febril aguda Influenza, IVAS, sinusite
• Com aura (clássica): visual, sensorial ou disfásica ▫ Traumatismo craniano Hemorragias
Sem aura (comum) Medicações Contraceptivos orais,
corticoides, inibidores da
recaptação de serotonina/
Tratamento serotonina-norepinefrina
• Iniciar o mais prontamente possível nos episódios Hipertensão sistêmica Pode causar cefaleia ou ser
agudos (pródromos ou aura) – maior eficácia aguda e grave uma resposta à elevação da
• Falta de estudo de medicamentos na população PIC
infantil Meningite (Aguda ou Etiologia bacteriana, viral
Crônica)
Tumor cerebral
No quadro agudo: Hipertensão Pseudotumor
• Medidas não farmacológicas: repouso, ambiente intracraniana idiopática
calmo com pouca luminosidade, sono Hidrocefalia
• Analgésicos/AINES Hemorragia intracraniana Cefaléia intensa, súbita e
unilateral
- Paracetamol
- AINES
- Dipirona Características da cefaleia
• Triptanos – spray nasal sumatriptano em • Dor de cabeça desperta a criança ou ocorre ao
adolescentes (resistência a outras medicações) acordar
• Tratamento náusea e vômitos • Súbita dor de cabeça intensa ("pior dor de cabeça da
minha vida")
Profilático • Sinais e sintomas neurológicos associados (náusea
persistente / vômitos, alteração do estado mental,
• Sono e alimentação regulares, exercícios físicos e não ataxia, etc)
ingestão de alimentos desencadeantes, como vinho
• Dor de cabeça piora em posição de decúbito ou pela
tinto e outras bebidas alcoólicas, chocolate, queijo,
tosse, defecação ou micção
embutidos, alimentos ricos em glutamato de sódio e
• Padrão de dor de cabeça crônica progressiva
nitritos
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MEDICINA – UNINOVE
Letícia Luz
Achados do exame
• Exame neurológico anormal (ex, ataxia, fraqueza,
diplopia, movimentos anormais dos olhos)
• Papiledema ou hemorragias retinianas
• Anomalias de crescimento (aumento da
circunferência da cabeça, baixa estatura ou
desaceleração do crescimento linear, progressão
puberal anormal, obesidade)
• Rigidez de nuca
• Sinais de trauma
• Lesões cutâneas que sugerem sd neurocutânea
(neurofibromatose, esclerose tuberosa)
História do paciente:
• Fator de risco para patologia intracraniana (ex,
doença falciforme, imunodeficiência, malignidade,
coagulopatia, TCE)
• <3 anos
Neuroimagem:
• TC ou RNM (se exame neurológicas ou com
alterações história com sinais de alerta/sugestiva de
causa secundária)
• RNM – maior sensibilidade para detectar lesão fossa
posterior, sem exposição à radiação, desvantagem:
sedação, custo, tempo
Diagnóstico radiológico de:
• Malformações congênitas
• Hidrocefalia
• Infecções cranianas
• Traumas
• Neoplasias
• Desordens vasculares (malformações AV)