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Cefaleias e AVE

CEFALEIAS Tratamento profilático: Maior ou


igual 15 crises/Mês! → Utiliza
Cefaleia primárias:
amitriptilina
• Recorrência e exame físico
Enxaqueca (migrânea)
normal
• Diagnóstico clínico Epidemiologia: Mulheres jovens
com história familiar positiva
Cefaleias secundárias:
Fisiopatologia: Desbalanço entre
Sinais de alarme!
os níveis de serotonina, dopamina
• Nunca teve cefaleia e e peptídeo relacionado ao gene de
passou a ter com 50-55 calcitonina (CGRP)
anos
Fator desencadeante: Frio, Raiva,
• Dor súbita e/ou progressiva
Comida, Bebida alcoólica, Café,
• Sinais sistêmicos, neoplasia
Chocolate, Privação de sono →
ou HIV
Crise de enxaqueca
• Sinais neurológicos focais,
papiledema Clínica:
Exames de imagem
Aura (com Sinais e
Cefaleias Primárias aura= clássica) sintomas
e (sem aura= neurológicos
1. Cefaleia tensional comum) focais que
2. Enxaqueca (migrânea) precedem a
3. Cefaleia em salvas dor
4. Hemicrânia paroxística Dor Pulsátil,
unilateral,
Cefaleia tensional
forte, piora
Epidemiologia: Discreto com
predomínio em mulheres movimento e
dura 4-72h
Clínica: Dor opressiva, bilateral, Sintomas Náuseas/
leve-moderada e dura 30 minutos associados vômitos,
a 7 dias fotofobia,
• Não é comum ter sintomas fonofobia
Pósdromo Fase de
associados!
exaustão
• Fotofobia ou fonofobia ou
Náusea
Tratamento abortivo:
Tratamento abortivo: Analgésicos
comuns e AINE Leves- moderados→ Analgésicos
comuns e AINE
Cefaleias e AVE
Moderados- graves→ Triptano Tratamento profilático:
(ex: Sumatriptano) Verapamil, valproato, prednisona

Outras opções→ Metoclopamida; Hemicrânia Paroxística


Dexametasona (Baixa recorrência)
Epidemiologia: Mais comum em
Tratamento profilático: mulheres

Indicação→ Maior ou igual 3-4 Clínica: Dor= cefaleia em salvas;


crises/Mês mais curta entre 2-30 minutos e
mais crises no dia >5/dia
Atenolol, propranolol (BETA BLOQ)
Tratamento profilático:
BCC de ação central→ Flunarizina
Indometacina 75mg dia
Anticonvulsivantes→ Vaproato,
Crises Em Hemicrâni
topiramato
salva a
Antidepressivos→ Amitriptilina s
Duração 15- 2-30 min
Qual escolher? → Tem que
180
individualizar! min
Cefaleias em salvas Frequênci 1- >5x/dia
a 2x/dia
Epidemiologia: Homem de meia
idade e desencadeada por álcool
Cefaleia secundária
Clínica: Dor em facada, unilateral
(periorbitária), insuportável! Hipertensão intracraniana
benigna
• Dura de 15-180 minutos e
ocorre 1-2x dia Pseudotumor cerebral
• Neuroimagem no 1º Epidemiologia: Mulher de 20-40
episódio! anos; Tabagismo; Obesidade
Sintomas autonômicos: Clínica: Cefaleia, alteração
Hiperemia conjuntival, acuidade visual, papiledema
lacrimejamento, congestão nasal,
Neuroimagem: Normal+ liquor
sudorese facial, miose, ptose,
hipertenso
edema palpebral
Tratamento: Maioria melhora em
Tratamento abortivo: Oxigênio na
6 meses ou acetazolamida ou se
máscara facial 7-10 l/minutos e
não melhorar faz punção lombar
Triptano→ Suma ou zolmitriptano
de alívio ou em último caso a DVP.
Cefaleias e AVE
AVE

Déficit neurológico focal súbito

Conceitos iniciais

Lobo frontal: Área de broca


(afasia motora, compreende o que
falam, mas não consegue
expressar a própria linguagem);
Córtex motor 1º neurônios
motores (perna, corpo, braço, mão
e face)

Lobo parietal: Córtex sensitivo • ACM: Artéria cerebral média


(perna, corpo, braço, mão e face) • ACA: Artéria cerebral
Lobo occipital: Córtex visual anterior
• ACP: Artéria cerebral
Lobo temporal: Área de wernicke posterior
(Tem afasia sensitiva, consegue • CA: Comunicante anterior
falar, mas não entende nada do • CP: Comunicante posterior
que estão falando e nem
compreende o que fala, ou seja, Cerebral Déficit sensitivo
palavras sem conexões) anterior motor da perna
contralateral
Cerebelo: Coordenação, equilíbrio (Babinski positivo)
e ajuste do movimento Cerebral Déficit sensitivo-
média motor contralateral
Tronco cerebral (Mesencéfalo 3º
(poupa a perna)
e 4º, ponte 5º ao 8º e bulbo
Área de Broca
5º/9º ao 12º): Problemas nos Área de Wernicke
pares cranianos **Artérias lentículos
Vascularização estriadas→ se tiver
lesão: Tem
Circulação posterior (vértebro- hemiplegia
basilar): Vertebral→ Basilar contralateral
Cerebral Déficit visual
Circulação anterior (circulação
posterior
anterior (carotídea): Carótida
comum→ carótida interna → se
juntam e formam o polígono de E se “pegar” a vértebro-basilar?
Willis
Cerebelo: Síndrome cerebelar...
NÃO CRUZA! (não é contralateral)
Cefaleias e AVE
Tronco: Síndrome cruzada! • Controlar a glicemia,
(Alteração de par craniano do temperatura e a natremia
mesmo lado; Alteração sensitivo- • Hipertensão permissiva
motora contralateral) (reduz com anti-
hipertensivo se a PA se
AVE Isquêmico
>220x120mmHg ou
Abordagem inicial: >185x110mmH (se
trombólise)
Déficit neurológico focal súbito
• AAS e heparina profilática
• Isquêmico (80%) nas primeiras 48H (Aguardar
• Hemorrágico (20%) 24h se trombólise)

Estratégias de reperfusão da
Paciente chegou com déficit
artéria obstruída:
neurológico focal súbito→
Solicita Neuroimagem e 1-Trombólise: Alteplase (rTPA)
Glicemia (Hipoglicemia) 0,9mg/kg IV (máx 90mg)

Neuroimagem: • Delta T: 4,5h desde o início


dos sintomas para fazer a
• TC sem contraste (TC é boa
medicação
para verificar sangramento)
• Atenção às
• RM convencional
contraindicações (paciente
• RM por difusão (DWI)
não pode ter)
E o ataque isquêmico transitório?
Contraindicações principais:
Paciente bem→ tem déficit→
depois retorna à ficar bem

Não tem tempo exato, mas para


falar que é AIT tem que provar que
não teve isquemia.

Se o déficit passar de 5, 10, 15


minutos a gente já trata como ave
isquêmico
2-Trombectomia mecânica: Ideal-
Mas tem que provar que teve, tem
delta T menor ou igual a 6h (24h)
que realizar exame de imagem
+oclusão de grande artéria+
AIT tem que ter ausência de NIHSS maior ou igual 6
infarto!
E se o paciente acordou com o
Tratamento agudo (3 dias): déficit?
Cefaleias e AVE
Ressonância convencional e na parênquima→ Hemorragia
ressonância por difusão (DWI) tem intraparenquimatosa
uma dissociação (MISMATCH
Hemorragia
FLAIR-DWI)
subaracnoide
Tratamento crônico:

1- Investigar a etiologia!

Como? ECG, ECO e Doppler Hemorragia


carótidas e vertebrais intraparenquima
tosa
2- Prevenção secundária

Aterotrombótico:

• Antiagregação plaquetária
• Controle dos fatores de
risco (HAS< DM, Cigarro)
Hemorragia subaracnoide
• Endarterectomia: Só faz se
paciente tem placa culpada Causa: Aneurima sacular (mais
na carótida+ oclusão de comum→ comunicante anterior)
maior ou igual 70%
Clínica:
Cardioembólico:
• Cefaleia: Intensa e súbita
• Anticoagulação plena ( se (pior cefaleia da vida)
AVE isquêmico extenso→ • Síncope: Rebaixamento do
aguardar 14 dias) nível de consciência
• Rigidez de nuca: Irritação
AVE Hemorrágico
química que demora de 12-
• Pia-máter 24h para se desenvolver
• Aracnoide
Diagnóstico: Neuroimagem ! → se
• Dura-mater
tiver normal→ Faz uma Punção
• Espaço subdural
lombar para verificar o Liquor
• Espaço subaracnoide
(Xantocromia)
(polígono de willis)
Após→ procurar artéria culpada!
Sangramento acontece no espaço
(Angio TC, AngioRM, Arteriografia)
subaracnoide→ Hemorragia
Subaracnoide Tratamento:

Sangramento acontece nas • Intervenção precoce


artérias que perfuram o (aberta ou endovascular):
até o 3º dia ou após 14º dia
Cefaleias e AVE
• Controle da PA: Pa sistólica Clínica:
<160mmHg
• Déficit neurológico focal
• Neuroproteção: Nimodipina
súbito!
(Só faz para AVE
• Hipertensão intracriana
hemorragico subaracnoide)
VO 60mg 4/4h por 14-21 Diagnóstico: TC de crânio sem
dias contraste

Complicações: Tratamento:

Ressangra Risco Intervenção • Controle glicêmico,


mento aumentado precoce eletrolítico e de temperatura
nos • Abordagem de PA sistólica:
primeiros 1- 140 mmHg
7 dias • Alvo de PA sistólica:
140mmHg
Vasoespas Risco Doppler
• Cirurgia: só se hematoma
mo aumentado transcranian
cerebelar >3 cm
do 3º ao 14º o→ Induzir
dia HAS
Hidrocefali Obstrução Derivação
a na ventricular
drenagem externa
liquórica (DVE)

Hiponatre Síndrome Hidratação


mia cerebral venosa
perdedora Repor NA+
de sal
SIADH

Hemorragia intraparenquimatosa

Causas:

• Hipertensão arterial:
Principal causa,
microaneurismas de
Charcot-Bouchard
• Angiopatia amiloide: Mais
grave, idosos e alzheimer

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