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Impresso por Aline Morais Fontenele Barboza De Souza, CPF 008.431.252-17 para uso pessoal e privado.

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Beatriz Loureiro

Em áreas com cervicite crônica, há um infiltrado inflamatório os de baixo risco) e 90% dentro de 2 anos (em geral, os de
inespecífico, com linfócitos e plasmócitos na lâmina própria. alto risco).
Se ela for intensa, o epitélio de revestimento pode sofrer
erosão (cervicite crônica erosiva). Ademais, quando há, além Esse vírus vai infectar as células basais imaturas do epitélio
de linfócitos e plasmócitos, neutrófilos, recebe o nome de escamoso quando há ruptura epitelial ou células escamosas
cervicite crônica ativa. metaplásicas imaturas na junção escamocolunar.
Entretanto, a capacidade do HPV de ser um agente
PÓLIPOS ENDOCERVICAIS carcinogênico vai depender das proteínas virais E6 e E7, que
vão interferir na atividade das proteínas supressoras
Os pólipos endocervicais são crescimentos exofíticos tumorais (reguladoras do crescimento e sobrevivência das
benignos que surgem dentro do canal endocervical. Eles células). Com a ação dessas proteínas, ao invés do ciclo
variam de protuberâncias sésseis pequenas a grandes celular ser interrompido em G1 pela invasão viral, ele vai
massas polipoides que podem avançar através do orifício continuar permitindo a replicação viral.
externo cervical.
Ainda que o HPV tenha sido estabelecido firmemente como
HISTOLOGIA à histologicamente, são compostos por um uma causa habitual de câncer cervical, não é suficiente para
estroma fibromixomatoso frouxo coberto por glândulas causar câncer. Dessa forma, outros fatores como a exposição
endocervicais secretoras de muco, frequentemente a cocarcinógenos e o estado imune do hospedeiro
acompanhadas por inflamação, podendo ser analisado na influenciam se uma infecção por HPV regride ou persiste, e,
imagem a seguir: enfim, evolui para um câncer.

NEOPLASIA INTRAEPITELIAL CERVICAL (LESÕES


INTRAEPITELIAIS ESCAMOSAS)

A neoplasia intraepitelial cervical tem uma classificação


específica, que recebe o nome de NIC, porém, atualmente
sofreu uma modificação de nomenclatura.

DIAGNÓSTICO à o diagnóstico da lesão intraepitelial de


células escamosas é feito pela identificação da atipia nuclear
A maior importância dos pólipos é que eles podem ser fonte (aumento da relação núcleo-citoplasma, hipercromasia
(coloração escura), variação de tamanhos e formas
de “sangramento de escape” ou sangramentos maiores que
nucleares, cromatina mais evidente). Essas mudanças, em
levantam a suspeita de uma lesão assustadora. A curetagem
simples ou a excisão cirúrgica são curativas. geral, são acompanhadas por halos citoplasmáticos, que são
vacúolos perinucleares e essa associação dos halos e
mudanças é chamada de atipia coilocitótica.
NEOPLASIAS PRÉ-MALIGNAS E MALIGNAS DO
COLO UTERINO ANTIGA NOVA
LESÃO
NOMENCLATURA NOMENCLATURA
Em todo mundo, o carcinoma cervical é o terceiro câncer LSIL – Lesão
mais comum em mulheres, com uma estimativa de 530 mil Displasia intraepitelial
NIC I
leve escamosa de baixo
novos casos em 2008, dos quais mais da metade é fatal. grau
HSIL – lesão
PATOGENIA à Os HPVs de alto risco são as causas mais Displasia
NIC II intraepitelial
moderada
importantes do desenvolvimento do câncer de colo uterino, escamosa de alto grau
HSIL - lesão
sobretudo aquelas infecções recorrentes, pois vão aumentar Displasia
NIC III intraepitelial
o risco de desenvolvimento de lesões precursoras do colo e grave
escamosa de alto grau
do carcinoma subsequente. HSIL - lesão
Carcinoma
NIC III intraepitelial
in situ
As infecções genitais por HPV são extremamente comuns; a escamosa de alto grau
maioria é assintomática e não causa qualquer alteração do
LSIL à associada à infecção produtiva de HPV, com alto
tecido, não sendo, consequentemente, detectadas no
nível de replicação viral, mas pequenas alterações no
Papanicolau. Com isso, há muitas mulheres com 20-24 anos
crescimento das células hospedeiras. Ela não tem
que possuem o vírus, mas que possuem resultados normais
progressão direta para o carcinoma invasivo, poucos casos
no exame. Entretanto, 50% das infecções por HPV são
evoluem para HSIL. Sendo assim, não se trata de uma lesão
eliminadas pelo sistema imune dentro de 8 meses (em geral,
pré-maligna.
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Beatriz Loureiro

HSIL à desregulação progressiva do ciclo celular pelo vírus, O carcinoma cervical avançado se estende por disseminação
aumentando a proliferação celular, diminuindo ou parando direta para envolver tecidos contíguos, incluindo os tecidos
a maturação epitelial, com pequena taxa de replicação viral. paracervicais, a bexiga, os ureteres, o reto e a vagina.
O desarranjo é irreversível, na maioria dos casos, podendo
resultar em um fenótipo maligno. Esta, possui alto risco de O câncer cervical é estadiado da seguinte forma:
carcinoma invasor.
• Estádio 0: carcinoma in situ;

• Estádio I: carcinoma confinado ao colo uterino

Ia: carcinoma pré-clínico, diagnosticado apenas por


microscopia.

Ia1: invasão do estroma não mais profunda que 3 mm e não


mais larga que 7 mm.
CARCINOMA CERVICAL Ia2: profundidade máxima de invasão do estroma acima de
3mm, mas não mais profundo que 5mm.
A idade média das pacientes com carcinoma cervical invasor
é de 45 anos. O carcinoma de células escamosas é o subtipo Ib: carcinoma histologicamente invasivo, confinado no colo
histológico mais comum, representando aproximadamente uterino:
80% dos casos. O segundo tipo tumoral mais comum é o
adenocarcinoma, que representa aproximadamente 15% • Estádio II: carcinoma ultrapassa o colo, mas não
dos casos de câncer cervical e se desenvolve a partir de uma chega até a parede pélvica. O carcinoma envolve a
lesão precursora chamada adenocarcinoma in situ. Os vagina, mas não o terço inferior:
carcinomas adenoescamosos e neuroendócrinos são • Estádio III: carcinoma se estende para a parede
tumores cervicais raros que representam 5% dos casos pélvica e pode envolver o terço inferior da vagina:
restantes. Todos os tipos tumorais citados previamente são • Estádio IV: carcinoma além da pelve verdadeira ou
causados por HPVs de alto risco oncogênico. envolve a mucosa da bexiga ou do reto. Inclui
câncer metastático.
MORFOLOGIA à pode ser uma massa vegetante/exofítico
ou infiltrativa. O carcinoma de células escamosas (imagem ASPECTOS CLÍNICOS à Mais da metade dos cânceres
abaixo) é composto por ninhos e projeções de epitélio cervicais invasores são detectados em mulheres que não
escamoso maligno (queratinizado ou não queratinizado), participaram de triagem regular. Embora os cânceres
que invade o estroma cervical subjacente. invasores precoces do colo uterino (carcinomas
microinvasores) possam ser tratados apenas por biópsia em
cone, a maioria dos cânceres invasivos é tratada por
histerectomia com dissecção de linfonodos, e, para lesões
avançadas, irradiação e quimioterapia. O prognóstico e a
sobrevida nos carcinomas invasores dependem em grande
parte do estádio no qual o câncer é inicialmente descoberto
e, em certo grau, do tipo celular, com tumores
neuroendócrinos de pequenas células apresentando um
prognóstico muito desanimador. Com os tratamentos atuais,
Por sua vez, os adenocarcinomas são caracterizados pela
a taxa de sobrevida em 5 anos é de 100% para carcinomas
proliferação do epitélio glandular, que é composto por
microinvasores, e menos do que 50% para tumores que se
células endocervicais (lembre-se: ectocérvice não tem
estendem além da pelve. A maioria dos pacientes com
glândulas) malignas, com atipia, como é mostrado na
câncer de colo uterino avançado morre das consequências
imagem abaixo:
da invasão tumoral local (p. ex., obstrução uretral,
pielonefrite e uremia), e não das complicações da doença
metastática.

RASTREAMENTO E PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO


UTERINO:

O rastreamento citológico tem reduzido significamente a


mortalidade por câncer cervical. Usando uma espátula ou
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escova, a zona de transformação do colo uterino é raspada HISTOLOGIA ENDOMETRIAL NO CICLO


de modo circunferencial, e as células são vistas em lâminas
MENSTRUAL
histológicas sob a forma de esfregaços ou após
centrifugação. Após a fixação e coloração, os esfregaços são O endométrio passa por mudanças morfológicas e
triados microscopicamente por observação ou (de maneira fisiológicas dinâmicas durante o ciclo menstrual em resposta
crescente) com sistemas de análise de imagens aos hormônios esteroides sexuais produzidos
automatizados. coordenadamente no ovário. O ovário é influenciado pelos
hormônios produzidos pela hipófise, em resposta a sinais
à Quase todas as lesões precursoras cervicais e carcinomas
provenientes do hipotálamo. Em conjunto, os fatores
cervicais são causados por tipos de HPV de alto risco, mais
hipotalâmicos, hipofisários e ovarianos, e suas interações,
comumente o HPV-16.
regulam a maturação dos folículos ovarianos, a ovulação e a
menstruação.
CORPO DO ÚTERO E ENDOMÉTRIO
A “determinação da data” do endométrio por seu aspecto
O útero é um órgão fibromuscular em forma de pera
histológico muitas vezes é usada clinicamente para avaliar o
invertida, localizado na cavidade pélvica. Recebe as tubas ou
estado hormonal, documentar a ovulação e determinar as
trompas uterinas na parte mais superior, já na parte inferior
causas de sangramento endometrial e infertilidade.
continua-se com a vagina, com a qual forma usualmente um
ângulo de 90 graus. A progressão através dos ciclos menstruais normais tem
correlação com as seguintes características histológicas:

• O ciclo começa com a menstruação, durante a qual


a porção superficial do endométrio, chamada de
camada funcional, é desprendida;
• A fase de proliferação é marcada pelo rápido
crescimento das glândulas e do estroma oriundo da
porção mais profunda do endométrio (camada
basal). Durante essa fase, as glândulas estão
estruturadas retas e tubulares revestidas por
células colunares regulares, altas e
pseudoestratificadas;
• Durante a ovulação, cessa a proliferação
endometrial, e a diferenciação começa em resposta
O útero tem dois componentes principais: o miométrio e o aos efeitos da progesterona produzida pelo corpo
endométrio. lúteo do ovário;
• A pós-ovulação é marcada pela aparição de
O miométrio   composto por feixes entrelaçados de músculo
vacúolos secretórios abaixo dos núcleos no epitélio
liso que formam a parede do útero. A cavidade interna do
glandular. Quando a secreção é máxima, as
útero é revestida pelo endométrio, composto por glândulas
glândulas estão dilatadas;
em meio a um estroma celular. O útero está sujeito a uma
• As mudanças estromais no fim da fase secretora,
variedade de distúrbios, sendo que os mais comuns resultam
devidas predominantemente à progesterona, são
de desequilíbrios endócrinos, complicações da gravidez e
importantes para estabelecer a data do
proliferação neoplásica.
endométrio;
• Com a dissolução do corpo lúteo e a subsequente
queda nos níveis de progesterona, a camada
funcional se degenera, e ocorre sangramento no
estroma, seguido do rompimento do estroma e
início do próximo ciclo menstrual.

DISTÚRBIOS ENDOMETRIAIS FUNCIONAIS


(SANGRAMENTO UTERINO DISFUNCIONAL)

Durante o ciclo, o endométrio passa por mudanças


morfológicas e fisiológicas por conta dos esteroides
produzidos nos ovários. Os ovários são influenciados pelos
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Beatriz Loureiro

hormônios do eixo hipotálamo-hipófise, permitindo a DIST ÚRBIOS INFLAMATÓ RIOS


maturação dos folículos, a ovulação e a menstruação. Por
mais que o sangramento anormal possa ser causado por O endométrio e o miométrio são relativamente resistentes à
condições patológicas bem definidas (endometrite crônica, infecções, principalmente porque a endocérvice forma uma
pólipos endometriais, leiomiomas submucosos ou barreira para a infecção ascendente. Portanto, embora a
neoplasias endometriais), geradas por perturbações inflamação crônica do colo uterino seja um achado esperado
hormonais que produzem sangramentos uterinos e frequentemente insignificante, é motivo de preocupação a
disfuncionais. inflamação do endométrio, excluindo a fase menstrual.

CAUSAS DE SANGRAMENTO UTERINO ANORMAL POR ENDOMETRITE AGUDA


GRUPO ETÁRIO:
A endometrite aguda é rara e limitada a infecções
bacterianas originadas após o parto ou aborto. Produtos de
concepção retidos constituem o fator predisponente usual;
os agentes causadores incluem estreptococos hemolíticos
do grupo A, estafilococos e outras bactérias. A resposta
inflamatória é limitada, principalmente, ao estroma e é
totalmente inespecífica.

CICLO ANOVULATÓRIO TRATAMENTO: retirada dos fragmentos gestacionais retidos


por curetagem + antibioticoterapia.
A causa mais frequente de sangramento disfuncional é a
anovulação (falha na ovulação). Os ciclos anovulatórios são ENDOMETRITE CRÔNICA
resultado de desequilíbrios hormonais sutis; e são mais
A endometrite crônica ocorre em associação com os
comuns na menarca e no período perimenopausa.
seguintes distúrbios:
A anovulação é resultado de distúrbios endócrinos, como
à DIP;
doença da tireoide; lesões ovarianas, como os ovários
policísticos; e distúrbios metabólicos generalizados, como a à Tecido gestacional retido, pós-parto ou pós-aborto;
obesidade.
à Dispositivos contraceptivos intrauterinos;
CAUSAS DO CICLO ANOVULATÓRIO: desequilíbrios
hormonais sutis, mais comuns na menarca e no período à Tuberculose.
perimenopausa.
DIAGNÓSTICO: identificação de plasmócitos no estroma.
CONSEQUÊNCIAS: estimulação excessiva do endométrio
pelos estrogênios que não é equilibrada pela progesterona. SINTOMAS: sangramento anormal, dor, secreção e
Assim, há alterações estruturais das glândulas endometriais, infertilidade.
como a dilatação cística, o que é solucionado no ciclo
seguinte. ENDOMETRITE E ADENOMIOSE

à Recorrência: sangramento que leva, na biópsia, ao A endometriose é definida pela presença do tecido
desaparecimento de características morfológicas vindas da endometrial “ectópico” em um local fora do útero. O tecido
progesterona, como alterações secretoras das glândulas. anormal inclui mais comumente tanto as glândulas
Isso ocorre porque o corpo lúteo, que é a fonte da endometriais quanto o estroma, mas pode consistir apenas
progesterona, não se desenvolve sem a ovulação. em estroma em alguns casos. Ocorre nos seguintes locais,
em ordem descendente de frequência: (1) ovários; (2)
FASE LÚTEA INADEQUADA ligamentos uterinos; (3) septo retovaginal; (4) fundo do saco;
(5) peritônio pélvico); (6) intestinos grosso e delgado, e
Este termo se refere à condição que se manifesta
apêndice; (7) mucosa do colo uterino, vagina e tubas
clinicamente como infertilidade associada ou com aumento
uterinas; e (8) cicatrizes de laparotomia.
de sangramento ou com amenorreia. Acredita-se que a
causa seja a produção inadequada de progesterona durante A endometriose frequentemente causa infertilidade,
o período pós-ovulatório. A biópsia do endométrio realizada dismenorreia, dor pélvica e outros problemas.
em uma data pós-ovulatória estimada mostra o endométrio
secretor com características que não correspondem àquelas O distúrbio é principalmente uma doença de mulheres na
esperadas para a data estimada. vida reprodutiva ativa, mais frequentemente na terceira e
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quarta décadas, afetando aproximadamente de 6% a 10% MORFOLOGIA: o sangramento das lesões produz nódulos
das mulheres. com coloração vermelho-azulada ou amarelo-acastanhado
sobre ou sob a superfície mucosa e/ou serosa dos locais
acometidos. Nas hemorragias extensas, há aderências
fibrosas entre as tubas, ovários e outras, obliterando o saco
de Douglas.

Os ovários podem estar distorcidos por massas císticas


preenchidas com hemossiderina, chamados de cistos de
chocolate ou endometriomas.
PATOGENIA:
As formas mais agressivas causam fibrose e aderências nos
• Teoria Regurgitante: tecido endometrial se tecidos. A endometriose atípica tem duas aparências
implanta ectopicamente, via fluxo retrógrado do morfológicas: atipia na citologia do revestimento do epitélio
endométrio menstrual, uma vez que a menstruação que recobre o cisto, mas sem alterações estruturais; e
retrógrada acontece mesmo em mulheres normais. aglomeração de glândulas pela proliferação epitelial
excessiva, associada à atipia citológica, lembrando uma
• Teoria das Metástases Benignas: endométrio
hiperplasia endometrial atípica complexa.
uterino se espalha para locais mais distantes
através de vasos sanguíneos e linfáticos. ASPECTOS CLÍNICOS: os sinais e sintomas clínicos geralmente
• Teoria Metaplásica: endométrio surge diretamente incluem dismenorreia grave, dispereunia e dor pélvica
do epitélio celômico, que é o mesotélio da pelve ou decorrente do sangramento intrapélvico e das aderências
do abdômen, que origina os ductos de Muller e o periuterinas. A dor durante a defecação indica
próprio endométrio na embriogênese. envolvimento da parede retal e a disúria resulta do
• Teoria das Células-Tronco/Progenitoras envolvimento da serosa da bexiga. Irregularidades
Extrauterinas: células tronco da medula se menstruais são comuns e infertilidade é uma queixa de
diferenciando em tecido endometrial. apresentação em 30% a 40% de mulheres. Embora raro,
tumores malignos podem se desenvolver nesse contexto.

ADENOMIOSE

Presença de tecido endometrial no miométrio,


permanecendo em continuidade com o endométrio.

MICROSCOPIA – ninhos irregulares de estroma endometrial,


podendo ter ou não glândulas, separados da membrana
basal.

SINTOMAS – menometrorragia, dismenorreia em cólica,


dispareúnia e dor pélvica.

Pode ocorrer em conjunto com a endometriose

O endométrio implantado libera fatores pró-inflamatórios, PÓLIPOS ENDOMETRIAIS


como prostaglandina, TNF, Interleucinas, VEGF, entre
Massas exofíticas que se projetam para a cavidade
outros; e, também, aumenta a produção de estrogênio pelas
endometrial, podendo ser únicos ou múltiplos, sésseis ou
células endometrióticas, pois há altos níveis de aromatase,
pediculados. Podem ser assintomáticos ou causar
que está ausente no estroma endometrial normal. Esse é um
sangramentos caso ocorra ulceração ou necrose.
ponto chave, pois, como o estrogênio aumenta a
persistência e a vida útil do endométrio, os inibidores da As glândulas nos pólipos podem estar hiperplásicas ou
aromatase são usados para o tratamento da endometriose. atróficas, podendo demonstrar alterações secretoras, sendo
chamados, no caso, de pólipos funcionais.
Esses fatores pró-inflamatórios permitem que o endométrio
ectópico cresça e invada, estabelecendo redes Quando esses pólipos estão associados com a hiperplasia
neurovasculares e diminuindo a remoção pelo sistema endometrial generalizada, eles têm a capacidade de se
imune. Acredita-se na influência de alterações epigenéticas. tornarem hiperplásicos. É raro, mas adenocarcinomas
podem surgir no interior de pólipos endometriais.
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Beatriz Loureiro

OBSERVAÇÃO: tem sido observado que, na administração e A hiperplasia atípica (neoplasia intraepitelial endometrial),
tamoxifeno, utilizado para o câncer de mama, podem surgir apresenta atipia nuclear, glândulas justapostas e perda da
pólipos endometriais. orientação perpendicular em relação à lâmina basal. As
cromatinas ficam abertas e os nucléolos evidentes. Em geral,
HIPERPLASIA ENDOMETRIAL ela vai ser tratada com histerectomia em mulheres mais
velhas e terapia com progestina e acompanhamento
Esta, é uma causa importante de sangramento anormal, e cuidadoso.
uma precursora frequente dos tipos mais comuns de
carcinoma endometrial. É definida como um aumento da
proliferação das glândulas endometriais relativas ao
estroma, resultando em maior proporção de glândulas para
estroma em comparação ao endométrio proliferativo
normal. A hiperplasia endometrial está associada à
estimulação estrogênica prolongada do endométrio, que
pode ser decorrente de anovulação, aumento da produção
de estrogênio a partir de fontes endógenas, ou devido a
estrogênio exógeno. As condições associadas incluem
obesidade, menopausa, síndrome do ovário policístico, TUMORES MALIGNOS DO ENDOMÉTRIO
tumores de células granulosas funcionais do ovário, função
CARCINOMA DO ENDOMÉTRIO
cortical ovariana excessiva e a administração prolongada de
substancias estrogênicas. Esse câncer é o mais invasor do TGF mais comum.
CONSEQUÊNCIA: Causa importante de sangramento Representa 7% de todos os cânceres invasores em mulheres,
excluindo-se o câncer de pele.
anormal, sendo um precursor de carcinoma endometrial,
portanto, tem potencial maligno. PATOGENIA: estudos clinicopatológicos e análises
moleculares sustentam a classificação do carcinoma
à A inativação do gene supressor de tumores PTEN é uma
endometrial em duas grandes categorias, citadas como tipo
alteração genética comum entre a hiperplasia e o carcinoma
I e tipo II, conforme resumido na tabela abaixo:
endometrial.
CARACTERÍSTICAS TIPO I TIPO II
Quando se perde a função do PTEN, a via PI3/Akt é ativada IDADE 55-65 anos 65-75 anos
em excesso. Essa via melhora a capacidade do receptor de SITUAÇÃO CLÍNICA Estrogênio sem Atrofia, biótipo
estrogênio de ativar a expressão de seus genes-alvo. Desse oposição; magro
obesidade;
modo, quando o PTEN não exerce a sua função, vai ocorrer hipertensão;
a estimulação da expressão de genes que dependem do diabetes
estrogênio, permitindo o crescimento de células epiteliais MORFOLOGIA Endometrioide Seroso, célula
clara, tumores
endometriais e mamárias. Isso se relaciona pelo fato de
mullerianos mistos
pacientes com a síndrome de Cowden (mutações na PRECURSOR Hiperplasia Carcinoma
linhagem germinativa do PTEN) terem um alto índice de intraepitelial
desenvolvimento de carcinoma endometrial e câncer de endometrial
seroso
mama.
GENÉTICA PTEN; ARID1A TP53, aneuploidia,
(regulador de PIK3CA (PI3K),
MORFOLOGIA: A hiperplasia típica possui um aumento na cromatina); FBXW7 (regulador
relação glândula/estroma, sendo que essas glândulas podem PIK3CA (PI3K); de ciclina E, MYC),
ser de tamanhos e forma, podendo, até mesmo, estar KRAS; FGF2 (fator CHD4 (regulador
de crescimento; de cromatina),
dilatadas. Ela pode evoluir para atrofia cística nos casos em
IM (instabilidade PPP2R1A (PP2A)
que o estrogênio é retirado. de
microssatélites);
CTNNB1
(sinalização de
Wnt); TP53
COMPORTAMENTO Indolente, Agressivo,
disseminação disseminação
através dos vasos intraperitoneal e
linfáticos linfática

CARCINOMA TIPO I (ENDOMETRIOIDE)


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Beatriz Loureiro

Representa o tipo mais comum, respondendo por mais de Geralmente ocorre em mulheres que são em torno de 10
80% dos casos. A maioria é bem diferenciada e imita as anos mais velhas do que aquelas com os carcinomas tipo I;
glândulas endometriais proliferativas, e como tais, são em contraste com o carcinoma tipo I, geralmente surge no
chamados de carcinomas endometrioides. Eles surgem contexto de atrofia endometrial.
tipicamente nas condições de hiperplasia endometrial, e
como a hiperplasia endometrial, são associados com
obesidade, diabetes, hipertensão, infertilidade e
estimulação estrogênica sem antagonismo.

Da mesma forma que com outros cânceres, o


desenvolvimento de um carcinoma endometrial envolve a
aquisição em etapas de várias alterações genéticas nos Os tumores tipo II por definição são pouco diferenciados
genes supressores de tumores e oncogenes. (grau 3) e representam aproximadamente 15% dos casos de
carcinoma endometrial. O subtipo mais comum é o
carcinoma seroso.

As mutações no supressor de tumores TP53 estão presentes


em pelo menos 90% dos carcinomas endometriais serosos.
A maioria são mutações com troca de sentido (missense),
que resultam em um acúmulo da proteína alterada.
O sequenciamento dos genomas dos carcinomas
endometrioides tipo I tem mostrado que as mutações mais MORFOLOGIA: geralmente, os carcinomas serosos surgem
comuns agem de maneira a aumentar a sinalização através em úteros pequenos e atróficos e frequentemente
da via PI3K/AKT, que é a marca desse tipo específico de constituem tumores grandes e volumosos, ou
tumor. A sinalização PI3K/AKT aumenta de alguma forma a profundamente invasivos para o miométrio. A lesão
expressão dos genes-alvo dependentes de receptores de precursora, o carcinoma intraepitelial endometrial seroso,
estrogênio em células endometriais. Os carcinomas consiste em células malignas idênticas às do carcinoma
endometriais tipo I são um tanto únicos no sentido de que seroso, que permanecem confinadas às superfícies
os tumores individuais podem abrigar múltiplas mutações epiteliais.
que aumentam a sinalização PI3K/AKT, sugerindo o
desenvolvimento e a progressão do tumor são incentivados
por aumentos sucessivos na força do sinal.

MORFOLOGIA: o carcinoma endometrioide pode tomar a


forma de um tumor polipoide localizado, ou de um tumor
que infiltra difusamente o revestimento endometrial.

ASPECTOS CLÍNICOS: é incomum em mulheres com menos


de 40 anos. Embora possa permanecer assintomático por um
período de tempo, geralmente produz sangramento vaginal
irregular ou no período pós-menopausa, com leucorreia
excessiva. O aumento do útero pode estar ausente nos
estágios iniciais. O diagnóstico do câncer endometrial deve
Os adenocarcinomas endometrioides demonstram padrões ser estabelecido através de exame histológico do tecido
obtido por biópsia ou curetagem.
de crescimento das glândulas que lembram o epitélio
endometrial normal. Há 3 graus histológicos diferenciados TUMORES MULLERIANOS MISTOS MALIGNOS
(grau 1 – imagem B); moderadamente diferenciado (grau 2 –
imagem C); e pouco diferenciado (grau 3 – imagem D). São adenocarcinomas endometriais com um componente
mesenquimal maligno. Alguns vão conter elementos que
CARCINOMA TIPO II (SEROSO) lembram sarcomas estromais e leiomiossarcomas e outros
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possuem tipos celulares malignos heterólogos podem ocorrer isoladamente, porém são mais
(rabdomiossarcoma, condrossarcoma). frequentemente múltiplas e com cariótipo normal, mas
pode haver anormalidade cromossômica.
MUTAÇÕES GENÉTICAS: PTEN, TP53, PIK3CA.
MORFOLOGIA: tumores circunscritos, nítidos,
MORFOLOGIA: em geral, são volumosos e polipoides, arredondados, firmes, cinza-esbranquiçados, podendo ser
podendo ser salientes no óstio cervical. pequenos ou volumosos. Raramente são encontrados no
HISTOLOGIA: adenocarcinomas + elementos mesenquimais miométrio e raramente envolvem os ligamentos uterinos, o
colo ou o segmento uterino inferior.
malignos.
HISTOLOGIA: células musculares lisas que lembram o
miométrio não envolvido.

VARIANTE RARA: leiomioma metastatizante benigno, que é


CLÍNICA: em mulheres na pós menopausa, pode ter um leiomioma que se estende para vasos, chegando,
sangramento. sobretudo, aos pulmões. Outra variante é a leiomiomatose
peritoneal disseminada, que forma vários nódulos pequenos
TUMORES DO ESTROMA ENDOMETRIAL no peritônio.

Estes tumores relativamente incomuns compreendem SINTOMAS: sangramento anormal, aumento da frequência
menos do que 5% dos cânceres endometriais e incluem urinária, dor súbita, problemas na fertilidade, abortos
neoplasias estromais combinadas com glândulas benignas espontâneos, má apresentação fetal, inércia uterina e
(adenossarcomas) e neoplasias estromais puras. hemorragia pós-parto.

ADENOSSARCOMAS LEIMIOSSARCOMAS

São crescimentos polipoides endometriais, com a base mais São neoplasias malignas raras, que surgem do miométrio ou
larga e mais ampla, que podem sofrer prolapso pelo óstio de células precursoras do estroma endometrial (não de
cervical. leiomiomas). Há alterações genéticas, incluindo deleções.

DIAGNÓSTICO: estroma com malignidade + glândulas MORFOLOGIA: crescem como massas volumosas escamosas
endometriais anormais benignas. que invadem a parede do útero ou como massas polipoides
projetadas para a luz da cavidade uterina. Há atipias
MALIGNIDADE: baixo grau citológicas bem diferenciadas – presença de figuras de
mitose, acompanhadas de necrose.
TUMORES ESTROMAIS

São divididos em nódulos estromais benignos e sarcomas de


estroma endometrial (de baixo ou alto grau).

Os sarcomas se associam às translocações cromossômicas,


que criam fusão de genes.

TUMORES DO MIOMÉTRIO

LEIOMIOMAS

Os leiomiomas uterinos (comumente chamados fibroides)


talvez constituam o tipo de tumor mais comum em Os leimiossarcomas ocorrem tanto antes como após a
mulheres. São neoplasias benignas de músculo liso, que menopausa, com uma incidência máxima entre 40 a 60 anos
de idade. Esses tumores geralmente recorrem após a
Impresso por Aline Morais Fontenele Barboza De Souza, CPF 008.431.252-17 para uso pessoal e privado. Este material pode ser
protegido por direitos autorais e não pode ser reproduzido ou repassado para terceiros. 18/02/2022 22:37:11
Beatriz Loureiro

cirurgia, e mais da metade acaba metastatizando pela A salpingite supurativa pode ser causada por qualquer
corrente sanguínea até órgãos distantes, como pulmões, organismo piogênico, e, em alguns casos, mais de um
ossos e cérebro. A taxa de sobrevida em 5 anos é organismo está envolvido. Em mais de 60% dos casos deste
aproximadamente 40%, mas as lesões anaplásticas têm uma distúrbio o agente causador é o Gonococcus, sendo as
taxa de sobrevida em 5 anos de apenas 10% a 15%. Chamydiae as responsáveis por muitos dos casos restantes.
Essas infecções tubárias fazem parte da DIP.
TUBAS UTERINAS
TUMORES E CISTOS
As tubas uterinas, também conhecidas como trompas de
falópio, é uma porção do sistema reprodutor feminino. Elas As lesões primárias mais comuns da tuba uterina (excluindo-
estão localizadas entre cada ovário até o útero. São dois se endometriose) são cistos mínimos, translúcidos, de 0,1 a
tubos de cerca de 10 cm que se localizam um de cada lado 2 cm, preenchidos por um líquido seroso claro, chamados
do útero e conduzem os óvulos produzidos nos ovários até cistos paratubários. Variantes maiores são encontradas
esse órgão. É nas tubas que ocorre a fecundação. próximo à extremidade fimbriada da tuba ou nos ligamentos
largos e são citadas como hidátides de Morgagni. Esses
Possuem camadas muscular, mucosa e serosa e se dividem cistos, revestidos por epitélio seroso benigno (tipo tubário),
em quatro partes: são supostamente originados de vestígios do ducto de
Muller e tem pouca importância.
• Parte uterina: localiza-se na parede do útero;
• Istmo: situa-se junto ao útero. Corresponde à TUMORES BENIGNOS: adenomatoides (na subserosa ou na
porção medial, menos calibrosa e menos móvel do mesossalpinge).
órgão;
• Ampola: dilatação que se segue ao istmo e onde em TUMORES MALIGNOS: adenocarcinoma primário (massa
geral ocorre a fecundação. É a parte mais longa e tubária dominante).
calibrosa das tubas;
• Infundíbulo: extremidade da tuba, que se abre OVÁRIOS
próximo ao ovário. É nessa última porção que se
localizam as fímbrias, espécies de franjas que se Os ovários são gônadas femininas com formato e tamanho
abrem na cavidade do peritônio por meio de uma semelhantes ao de uma amêndoa, nos quais se desenvolvem
abertura denominada óstio abdominal. As fímbrias os oócitos, que são as células germinativas femininas. Eles
se movimentam, conduzindo o ovócito para o são glândulas produtoras dos hormônios sexuais. Cada
interior das tubas. ovário é suspenso por uma curta prega peritoneal ou
mesentério, chamado de mesovário, que é uma subdivisão
do ligamento largo. A superfície do ovário é revestida pela
túnica albugínea do ovário (tecido conjuntivo), que, por sua
vez, é revestida pelo mesotélio ovariano, também chamado
de epitélio germinativo (epitélio simples cúbico,
acinzentado, fosco). O ligamento suspensor do ovário se
torna contínuo com o mesovário do ligamento largo.

O ligamento útero-ovárico curto fixa o ovário ao útero,


unindo a extremidade uterina do ovário ao ângulo lateral do
útero, inferior à entrada da tuba uterina. O ovário está
suspenso na cavidade peritoneal e sua superfície não é
coberta por peritônio.

Os distúrbios mais comuns que afetam a tuba uterina são as


infecções e condições inflamatórias associadas, seguidas em
frequência pela gravidez ectópica (tubária) e pela
endometriose.

INFLAMAÇÕES
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Beatriz Loureiro

HISTOLOGIA: estroma hipercelular, ninhos nítidos de células


com citoplasma vacuolado.

As mais comuns lesões encontradas no ovário incluem cistos


benignos ou funcionais e tumores. Os distúrbios neoplásicos
podem ser agrupados de acordo com a sua origem a partir
de cada um dos três tipos de células principais dos ovários:
(1) o epitélio mulleriano; (2) as células germinativas; e (3) as
células estromais dos cordões sexuais. As inflamações
primárias do ovário (ooforite) são incomuns, e em raras
ocasiões podem ter uma base autoimune (ooforite
autoimune); as reações autoimunes afetam os folículos
ovarianos e podem levar à infertilidade.

CISTOS FUNCIONAIS E NÃO NEOPLÁSICOS

CISTOS FOLICULARES E LUTEÍNICOS

Os foliculares são comuns nos ovários, com origem nos


folículos graafianos que não se romperam ou nos folículos
que se romperam, mas foram imediatamente fechados.

MORGOLOGIA: os foliculares são múltiplos, preenchidos por


líquido seroso claro e revestido por membrana cinza-
brilhante. Os luteínicos são revestidos por borda de tecido
amarelo-brilhante contendo células da granulosa
luteinizadas.

OVÁRIOS POLICÍSTICOS E HIPERTECOSE ESTROMAL

A síndrome do ovário policístico (SOP) ou síndrome de Stein-


Leventhal, é um distúrbio endócrino, em que há
hiperandrogenismo, anormalidades menstruais, ovários
policísticos, anovulação crônica e diminuição de fertilidade.

FATORES DE RISCO: obesidade, DM II e aterosclerose


prematura.

PATOGENIA: desregulação das enzimas que fazem a


biossíntese de andrógenos e estão envolvidas na produção
excessiva de andrógenos. Assim, há formação de cistos
foliculares que aumentam os ovários, deixando a mulher
com risco de hiperplasia endometrial e carcinoma.

A hipertecose estromal ou hiperplasia estromal cortical, é


um distúrbio do estroma ovariano que pode se sobrepor à
SOP, causando o aumento uniforme do ovário e uma
coloração branco ou marrom-claro.

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