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Cefaleia Cefaleia Na cefaleia induzida por álcool, a dor aparece entre 5 e 12 horas após a ingestão
atribuída a induzida pelo alcoólica e desaparece dentro de 72 horas (devendo apresentar pelo menos um dos
substâncias uso ou seguintes critérios: bilateral, localização frontotemporal, caráter pulsátil e piora com a
exposição atividade física)
aguda a uma A cefaleia induzida pela cocaína inicia em 1 hora após o uso, e a cefaleia induzida pela
substância maconha, em 12 horas. Ambas desaparecem dentro de 72 horas.
A cefaleia induzida por componentes alimentares aparece em 12 horas após a ingestão
do desencadeador alimentar e desaparece dentro de 72 horas após sua ingestão. A
feniletilamina, a tiramina e o aspartame têm sido responsabilizados por esse tipo de
cefaleia.
Na cefaleia por efeito adverso agudo atribuído ao uso de medicamento utilizado para
outras indicações, a dor deve aparecer dentro de minutos a horas depois do uso do
medicamento e desaparecer dentro de 72 horas
Cefaleia por também chamada de cefaleia-rebote
uso excessivo a maioria das vezes se sobrepõe a uma cefaleia primária, frequentemente à migrânea ou
de à cefaleia do tipo tensão
medicamento A identificação desse tipo de cefaleia tem fundamental importância clínica, pois os
pacientes com cefaleia crônica não respondem bem ao tratamento profilático da dor
enquanto durar o uso excessivo de medicamentos para o tratamento abortivo;
A cefaleia por uso excessivo de medicamento ocorre em 15 dias ou mais por mês em um
paciente com cefaleia primária preexistente e se desenvolve como consequência do uso
excessivo e regular de medicamentos para a dor, em 10 dias ou mais ou em 15 dias ou
mais por mês, dependendo do medicamento, por mais de 3 meses.
Cefaleia como Para o diagnóstico desse tipo de cefaleia, o paciente deve fazer uso crônico de
efeito adverso medicamento para qualquer indicação terapêutica e a dor deve aparecer durante a
atribuído ao vigência da medicação e desaparecer após sua interrupção, podendo levar meses;
uso crônico de A retirada de medicamentos de uso crônico também pode ser causa de dor. São
medicamento exemplos de substâncias ou medicamentos que podem causar cefaleia em sua retirada:
ou à sua cafeína, opioides, estrogênios, corticoides, antidepressivos tricíclicos, inibidores seletivos
retirada da recaptação da serotonina e AINEs
Cefaleia atribuída à infecção cefaleia atribuída à infecção sistêmica, viral, bacteriana ou fúngica tem pelo menos uma
sistêmica ou intracraniana das seguintes características: dor difusa, intensidade aumentando gradualmente até
moderada ou forte e associada a febre, mal-estar geral ou outros sintomas de infecção
sistêmica;
A cefaleia aparece durante a infecção sistêmica e desaparece dentro de 72 horas após o
tratamento da infecção;
Em infecções intracranianas, encefalites ou meningites, a cefaleia é um sintoma
invariavelmente encontrado, sendo súbita, difusa e associada a sintomas como febre,
alteração de consciência, náuseas e vômitos.
O meningismo é caracterizado por cefaleia, fotofobia e rigidez de nuca, pesquisada
pelos sinais de Kernig e Brudzinski, sendo indicativa de meningite.
Cefaleias atribuídas a No contexto da APS, são relevantes as cefaleias atribuídas à crise hipertensiva, à doença
transtornos da homeostase cardíaca e ao hipotireoidismo;
A cefaleia atribuída à crise hipertensiva, definida como um aumento paroxístico da
pressão arterial sistólica (para valor > 180 mmHg) e/ou diastólica (para valor > 120
mmHg), comumente é bilateral e de caráter pulsátil
A cefaleia aparece durante a crise hipertensiva e desaparece dentro de 1 hora após a
normalização da pressão arterial
Na cefaleia causada por doença cardíaca, a dor aparece concomitantemente com a
isquemia miocárdica aguda e desaparece após o seu tratamento;
Cefaleia ou dor facial atribuída a distúrbio do crânio, do pescoço, dos olhos, dos ouvidos, do nariz, dos seios da face, dos
dentes, da boca ou de outras estruturas faciais ou cranianas
¹ CEFALEIAS SECUNDÁRIAS (continuação)
FONTES: (1) Medicina ambulatorial : condutas de atenção primária baseadas em evidências [recurso eletrônico] /
Organizadores, Bruce B. Duncan... [et al.]. – 5. ed. – Porto Alegre : Artmed,2022. (2) Headache Classification Committee
of the International Headache Society.
Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para
serviço de urgência/emergência:
pacientes com cefaleia e sinais de alerta (“RED FLAGS”):
dor desencadeada pelo esforço, coito, tosse, atividade física ou manobra de Valsalva
outras cefaleias primárias que não se caracterizam como migrânea (enxaqueca) ou tipo tensão; OU
paciente com necessidade de investigação com exame de imagem (RMN ou TC de crânio), quando
exame não for disponível na APS.
FONTES: Brasil. Ministério da Saúde. Neurologia adulto [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. 31 p. : il. – (Protocolos de encaminhamento da atenção
básica para a atenção especializada ; v. 16) Modo de acesso: World Wide Web:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_encaminhamento_atencao_basica_neurologia.pdf
ISBN 978-65-5993-237-5
Condições clínicas que indicam a necessidade de encaminhamento para a Neurocirurgia
paciente com cefaleia e exame de imagem (RMN ou TC de crânio) com alteração sugestiva de potencial
indicação cirúrgica
1. sinais e sintomas (descrever as características e a frequência das crises convulsivas, idade de início,
tempo de evolução, fatores desencadeantes, exame físico neurológico, outros sinais e sintomas fo’ra
das crises convulsivas);
3. tratamentos em uso ou já realizados para epilepsia (medicamentos utilizados com dose e posologia);
4. resultado do exame de imagem (TC ou RMN de crânio), com data (se realizado);
5. número
avaliaçãodaclínica
teleconsultoria,
da adesão ao
se o
tratamento
caso foi discutido
(sim ou com
não);o Telessaúde.
FONTES: Brasil. Ministério da Saúde. Neurologia adulto [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Universidade Federal
do Rio Grande do Sul. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022. 31 p. : il. – (Protocolos de encaminhamento da atenção
básica para a atenção especializada ; v. 16) Modo de acesso: World Wide Web:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolos_encaminhamento_atencao_basica_neurologia.pdf
ISBN 978-65-5993-237-5