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NORBERTO BOBBIO
Disciplina: Historiografia 1
As disciplinas históricas:
○ Duas fontes principais para o estudo do Estado: história das instituições
políticas e história das doutrinas históricas;
○ A história das doutrinas se desenvolveu primeiro que a história das
instituições;
○ “A primeira fonte para um estudo das instituições autônomo com respeito às
doutrinas é fornecida pelos historiadores”. (p. 54)
○ A história das instituições primeiramente foi uma história do direito.
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Filosofia e ciência política:
○ O Estado é um sistema complexo, ele é estudado em si, em suas estruturas, funções,
mecanismos, órgãos, elementos constitutivos, entre outros atributos, além de haver
uma importância da relação entre ele e outros sistemas;
○ Duas disciplinas para a análise do Estado: Filosofia política e Ciência Política;
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Funcionalismo e marxismo:
FUNCIONALISMO MARXISMO
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Estado e sociedade:
○ Antiguidade Clássica: Família como primeira forma embrionária e imperfeita
da pólis, sociedades formadas para fins particulares, hegemonia da sociedade
política – Estado maior que a Sociedade;
○ Hegel: Estado como momento culminante do Espírito objetivo, supera a família
e a sociedade civil;
○ Inversão das relações entre instituições políticas e sociedade com o advento da
sociedade industrial – Sociedade se torna maior que o Estado;
○ Ideia da inevitável extinção do Estado ou redução deste aos mínimos termos;
○ Os tratados sobre o Estado se tornam tratados parciais a vista dos tratados
gerais da sociedade;
○ O Estado hoje é basicamente um subsistema.
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Da parte dos governantes e dos governados:
○ Contraposição entre a relação política fundamental – Relação específica entre
dois sujeitos, um com direito de governar e outro de obedecer;
○ Os escritores políticos tratam o problema do Estado principalmente do ponto de
vista dos governantes;
○ Início da Idade Moderna: Visão dos governados e os direitos naturais do
indivíduo;
○ Johannes Althusius: Libertação dos cidadãos, bem-estar, prosperidade e
felicidade dos indivíduos, direito de resistência a leis injustas, articulação da
sociedade política em partes contrapostas, divisão e contraposição do centro do
poder;
○ Ponto alto da mudança de visão: Declarações de Direitos;
○ A mudança começa a adquirir um ponto positivo.
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2. O NOME E A COISA
Origem do nome:
○ A palavra Estado adquire importância a partir de Maquiavel, mas o termo surge a
partir da separação do termo clássico status rei publicae;
○ Estado como substituição para termos antigos, mas não ocorreu de forma abrupta;
○ Palavra usada pelos romanos para designar várias formas de governo era civitas;
○ Necessidade de uma palavra que representasse todas as realidades;
○ Estado: “condição de posse permanente e exclusiva de um território e de comando
sobre os seus respectivos habitantes” (p. 67)
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Argumentos em favor da descontinuidade:
○ O termo Estado surgiu então para dar nome a uma nova realidade;
○ Seria próprio que o adjetivo “moderno” acompanhasse o termo “Estado”?
○ O problema da origem do Estado: Seria algo criado apenas na modernidade ou
que já existia mas sofreu alterações?
○ Weber e o communis opinio: Estado definido diante a presença de um aparato
administrativo e o monopólio legitimo da força;
○ Observação das definições do Estado e suas funções, comparar os
ordenamentos políticos;
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Argumentos em favor da continuidade:
○ Alguns tratados pré-modernidade continuam tendo importância;
○ Pensadores da Antiguidade como fontes importantes para pensadores modernos
e contemporâneos;
○ “Não se explicaria esta continua reflexão sobre a história antiga e as instituições
dos antigos se a um certo momento do desenvolvimento histórico tivesse
ocorrido uma fratura grande o suficiente para dar origem a um tipo de
organização social e política incomparável com as do passado, tão
incomparável que apenas ele mereceria o nome de ‘Estado’.” (p. 71)
○ A História é feita de continuidades de descontinuidades;
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Quando nasceu o Estado?
○ Teoria da descontinuidade: “o nascimento do Estado assinala o início da Idade
Moderna” (p. 73)
○ Teoria da continuidade: “o nascimento do Estado representa o ponto de
passagem da idade primitiva, gradativamente diferenciada em selvagem e
bárbara, à idade civil, onde ‘civil’ está ao mesmo tempo para ‘cidadão’ e
‘civilizado’.” (p. 73)
○ Vico: O Estado teria surgido a partir da união dos chefes de família;
○ Engels e o Estado como instrumento de dominação das classes: Interpretação
exclusivamente econômica – Propriedade privada e divisão de classes;
○ Sociedades primitivas: Teriam conhecido formas de Estado ou seriam
sociedades sem Estado?
○ Não é porque uma sociedade não é estatal que ela não é política.
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3. O ESTADO E O PODER
Teorias do poder:
○ Uso de “sistema político” ao invés de “Estado”;
○ O que Estado e política tem em comum: Referência ao fenômeno do poder;
○ “Aristocracia”, “Democracia”, “Olocracia”, “Monarquia”, “Oligarquia”: Todas essas
palavras surgem os mesmos termos – Kratos e Arché;
○ Não há teoria política que não parta de uma definição de poder;
○ “Se a teoria do Estado pode ser considerada uma parte da teoria política, a teoria
política pode ser por sua vez considerada como uma parte da teoria do poder.” (p.
77)
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AS TRÊS TEORIAS DO PODER
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As formas do poder e do poder político:
○ Diferenciar as teorias políticas de relações de poder;
○ Três tipos de poder de acordo com a Política: poder paterno, poder senhorial e
poder político;
○ Formas corruptas de governo: poder paternalista/patriarcal e o governo
despótico;
○ Medievo: poder da Igreja e do Estado – O Estado é responsável pela força e a
Igreja pela doutrina;
○ Jean Bodin e o poder absoluto: Poder justo de muitas famílias onde o poder é
absoluto e perpétuo;
○ Weber: Estado detentor do monopólio da coação física legitima;
○ Kelsen: Estado como regulador da força.
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As três formas de poder:
○ “O que têm em comum estas três formas de poder é que elas contribuem
conjuntamente para instituir e para manter sociedades de desiguais divididas em
fortes e fracos com base no poder político, em ricos e pobres com base no poder
econômico, em sábios e ignorantes com base no poder ideológico.
Genericamente, em superiores e inferiores.” (p. 83)
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○ Visão marxiana do sistema social: a base real é o sistema econômico, enquanto
a superestrutura se divide em sistema ideológico e jurídico-político;
○ Visão gramsciana: Superestrutura divido em momento da hegemonia (sociedade
civil) e do domínio (Estado);
○ Teoria tradicional: Poder espiritual e poder temporal (dominium e imperium);
○ Na teoria tradicional o poder mais importante é o ideológico e na marxiana é o
poder econômico;
○ Hobbes: Liberdade natural (libertas), poder político (potestas), poder religioso
(religio);
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O primado da política:
○ Doutrina da razão do Estado e teoria do Estado Moderno;
○ Independência do juízo político em relação ao juízo moral;
○ A política é mais importante que a moral, diferentemente do medievo;
○ “o princípio da ação do Estado deve ser procurado na sua própria necessidade
de existir” (p. 86)
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4. O FUNDAMENTO DO PODER
O problema da legitimidade:
○ O uso da força seria o suficiente para a aceitação do poder político?
○ O que é o poder e o que deve ser o poder?
○ “uma coisa é sustentar que o poder político não pode ser apenas forte no sentido de
que não é possível, outra coisa é que não pode ser apenas forte no sentido de que
não é licito.” (p. 87)
○ A filosofia política clássica nega um poder apenas forte;
○ O poder político é necessário para manter a ordem;
○ Para a segurança da sociedade é necessário que haja alguém que detenha
legitimamente o poder;
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○ Principio da legitimidade;
○ Gaetano Mosca e as duas formas políticas de legitimidade: poder da autoridade
divina e autoridade do povo.
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Os vários princípios de legitimidade:
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Legitimidade e efetividade:
○ Positivismo jurídico e o problema da legitimidade;
○ Apenas o poder efetivo é legitimo;
○ Kelsen: Para um governo ser legitimo ele precisa ser eficaz do ponto de vista
internacional;
○ Weber e as três formas de poder legitimo: Poder tradicional (obediência), poder
racional-legal (crença na racionalidade do comportamento conforme a lei),
poder carismático (crença nos dotes do líder);
○ Niklas Luhmann: sociedades complexas com processos de positivação
concluídos a legitimidade é efeito da aplicação de certos procedimentos.
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5. ESTADO E PODER
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O governo das leis:
LEIS DO
LEIS NATURAIS
GOVERNANTE
• Advindas da tradição
• Leis não-escritas, leis Os grandes legisladores
comuns
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Os limites internos:
○ Crença no poder ilimitado do príncipe através das leis positivas: leis postas pela
vontade do soberano;
○ Bodin: Limitação do poder do príncipe através das leis naturais, divinas e
fundamentais do reino;
○ Tirano X Usurpador;
○ O poder real não pode invadir a esfera do direito privado a não ser que seja
motivado ou tenha justificativa;
○ Monarquia absoluta X Monarquia constitucional;
○ Separação de poderes – legislativo, executivo e judiciário;
○ Instituição dos direitos básicos do cidadão;
○ Constitucionalismo.
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Os limites externos:
○ Nenhum Estado está só;
○ Limites para condutas e comportamentos entre os Estados;
○ Tipos de limites: Relações internas (governantes e governados) e relações
externas (entre Estados);
○ Quanto maior a relação interna, mais independente o Estado se torna de outros;
○ Dissolução de impérios e unificação de pequenos Estados;
○ “Somente através da união federativa a república, que durante séculos após o
fim da república romana foi considerada uma forma de governo adequada aos
pequenos Estados, pode tornar-se a forma de governo de um grande Estado
como os Estados Unidos da América.” (p. 103)
○ Republicas universais
○ Estado universal: Mais limites internos, menos limites externos.
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6. AS FORMAS DE GOVERNO
Tipologias clássicas:
○ Formas de governo: estrutura de poder e relações entre vários órgãos;
○ Tipos de Estado: Relações de classes, entre sistemas de poder, sociedade, ideologias,
fins, características históricas e sociológicas;
○ Três tipologias clássicas de governo:
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○ Hegel e o curso histórico da humanidade: Despotismo;
○ Kelsen e a nova forma de classificar o governo: Criação do ordenamento
político do alto (não participação do povo – autocracia) ou de baixo
(participação do povo – democracia)
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Monarquia e república:
○ Distinção entre monarquia e república;
○ Vico, Montesquieu e Hegel: “a monarquia representa a forma de governo dos
modernos, a república a dos antigos ou, na idade moderna, a forma de governo
adequada apenas aos pequenos Estados.” (p. 107)
○ Perda dos significados originais;
○ Governo presidencial X Governo parlamentar;
○ Os sistemas de partidos.
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Outras tipologias:
○ Gaetano Mosca: “o governo em toda organização política pertença a uma
minoria” (p. 110)
○ Quatro formas de governo aristocrático com respeito à formação e democrático
de acordo com a organização;
○ Sistemas políticos a partir de dois critérios (diferenciação dos papeis e
autonomia dos subsistemas):
1. Sociedades primitivas – baixa diferenciação de papeis e baixa autonomia de
subsistemas
2. Sociedades feudais – baixa diferenciação de papeis e alta autonomia de
subsistemas
3. Monarquias modernas – Alta diferenciação de papeis e baixa autonomia de
subsistemas;
4. Estados democráticos – Alta diferenciação de papeis e alta autonomia de
subsistemas. 32
O governo misto:
○ A melhor forma de governo é a combinação das três ou duas formas puras;
○ Platão: Monarquia e democracia, alcance da liberdade e da concordia;
○ Aristóteles: A melhor constituição é a junção de todas;
○ Políbio: Organização do poder romano, poder monarquico, oligárquico e
democrático;
○ Idade Moderna e a demonstração de superioridade inglesa;
○ Discordâncias ao Estado misto – Teóricos absolutistas (Bodin e Hobbes);
○ Gaetano Mosca: “os regimes melhores (...) são os governos mistos, por
“governos mistos” entendendo não só aqueles em que são temperados os
diversos princípios mas também aqueles em que o poder religiosos está
separado do poder laico e o poder econômico está separado do poder político.
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7. AS FORMAS DE ESTADO
Formas históricas:
○ Dois critérios para distinções das formas de Estado: Histórico e relativo a expansão
do Estado em detrimento da sociedade;
○ Critério histórico: Estado feudal, Estado estamental, Estado absoluto, Estado
representativo;
○ Gaetano Mosca: Estado feudal e Estado burocrático;
○ Estado estamental: organização política composta por grupos de indivíduos
semelhantes socialmente, que se fazem valer contra o poder real.
○ Otto von Gierke: Estado com duas assembleias e Estado de estamentos (clero,
nobreza e burguesia);
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○ A transição entre Estado estamental e absoluto não é linear ou total;
○ “Como forma intermediária entre o Estado feudal e o Estado absoluto, o Estado
estamental distingue-se do primeiro por uma gradual institucionalização dos
contra-poderes e também pela transformação das relações de pessoa a pessoa,
próprias do sistema feudal, em ralações entre instituições: de um lado as
assembleias de estamento, de outro o rei com seu aparato de funcionários que,
onde conseguem se afirmar, dão origem ao Estado burocrático característico da
monarquia absoluta.” (p. 115)
○ Formação do Estado absoluto através da concentração e centralização de
poderes em um determinado território;
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O Estado representativo:
○ Origem do Estado representativo: monarquia constitucional;
○ Esse poder se afirma a partir do compromisso do poder do príncipe e dos
indivíduos singulares;
○ Descoberta e afirmação dos direitos naturais dos cidadãos;
○ O indivíduo vem antes do Estado;
○ Sistemas políticos com sufrágio restrito e universal;
○ Eleições com valor puramente formal já que os representantes são escolhidos
dentro do partido;
○ “Em nossas sociedades pluralistas constituídas por grandes grupos organizados
em conflito entre si, o procedimento da contratação serve para manter em
equilíbrio o sistema social mais do que a regra da maioria”. (p. 118)
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Os Estados Socialistas:
○ Até mesmo os governos autoritários prestam homenagem a democracia
representativa;
○ Dificuldade em definir qual forma de Estado se encaixa o Estado soviético;
○ Weber: É um Estado burocrático;
○ Diferença entre democracia e Estado socialista: contraste entre sistema
multipartidário e monopartidário;
○ Poder do partido como um “príncipe coletivo”;
○ Análise de que seria próximo ao Estado totalitário;
○ Estado Soviético como despotismo oriental.
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Estado e não-Estado:
○ Estado totalitário como ponto alto do Estado;
○ O não-Estado é o limite do poder estatal;
○ Quando o poder do Não-Estado é maior, o Estado precisa se ajustar a este;
○ O não-Estado através das esferas religiosa e econômica:
RELIGIÃO ECONÔMIA
• Formação da classe
• Domínio da Igreja sobre
burguesa e a obediência
as regras morais;
econômica às leis
• Ponto alto: Medievo.
naturais.
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Estado máximo e mínimo:
○ Os tipos de relação entre Estado e não-Estado variam entre a maior e menor
expansão do primeiro ao segundo;
○ Dois tipos ideais: O Estado que assume tarefas do não-Estado e o Estado
neutro;
○ Esfera religiosa: Estado confessional e Estado laico;
○ Esfera econômica: Estado intervencionista e Estado abstencionista;
○ Estado eudemonológico: Estado que se compromete com a felicidade dos
súditos;
○ Estado liberal: Estado laico + Estado abstencionista;
○ Processo de secularização;
○ Estado confessional e intervencionista não desapareceram por completo.
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8. O FIM DO ESTADO
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○ Juízo positivo: Crença no Estado e na formação do Estado Universal;
○ O “eu zen” de Aristóteles: a pólis existe para a felicidade da vida;
○ Visão dos escritores modernos: o Estado existe para a proteção humana;
○ Duas versões de concepções negativas sobre o Estado: Estado bestial e o Estado
da anarquia;
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O Estado como mal necessário:
○ Duas visões sobre a concepção negativa do Estado como um mal necessário:
CONTROLE DA
POPULAÇÃO ATRAVÉS ESTADO MÍNIMO
DO MEDO
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O Estado como mal não necessário:
○ Esse é o fim do Estado;
○ “o fim do Estado quer dizer nascimento de uma sociedade que pode sobreviver
e prosperar sem necessidade de um aparato de coerção.” (p. 131)
○ A república dos sábios;
○ Teoria engelsiana: Com o desaparecimento das classes o Estado também
desaparecerá;
○ Três formas de fim do Estado: Sociedade sem Estado com origem religiosa, fim
da sociedade e classe política, anarquia.
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