Você sabe o que é chamado “cinema mudo”? São aqueles
filmes que não são acompanhados diretamente por sons, ou seja, nos quais não há música, diálogos ou sonoplastia atrelados às imagens. A música em diferentes espaços Ate o fim da década de 1930, por questões tecnológicas, a maioria dos filmes produzidos no mundo eram mudos. Mas é um engano pensar que, nessa época, as pessoas não ouviam nenhum som quando iam ao cinema. Pelo contrário: muitas vezes pianistas ou orquestras completas acompanhavam a exibição dos filmes, executando múscas para sonorizálos. Afinal, o que é o som? Sabemos que um som é produzido a apartir da vibração de um corpo. Por exemplo, quando jogamos uma pedra na água, podemos ver que seu impacto gera pequenas ondas que se propagam. Da mesma forma quando batemos um gongo, o impacto provoca pequenas ondas no ar – não podemos vê-las, mas sim escutá-las. Gongo Isso é som. Com os sons em ordem
• O som possui quatro
qualidades básicas que permitem diferenciá-lo e classificá-lo. São elas: • Altura: se um som é grave ou agudo; • Intensidade: se ele é forte ou fraco; • Duração: curta ou longa; • Timbre: é a identidade do som, sua personalidade, sua “cor”. A música pode ser considerada uma forma de organizar a execução e/ou a escuta dos sons. Ao compor, por exemplo, um músico pode determinar quais sons devem ser executados, e em que altura, duração e intensidade.
Uma das formas de representar essa ordenação de sons é
por meio da escrita musical. Geralmente, utilizando partituras, o compositor emprega símbolos que representam os diversos elementos de sua música. A partitura
Uma partitura é o registro escrito completo de uma música.
As partituras são estruturadas em pentagramas, que são grupos de cinco linhas nas quais os símbolos são escritos.
Logo no início de uma partitura temos a clave, um símbolo
que vai indicar o nome e a altura das notas. As claves mais comuns são a de Sol e a de Fá. Clave de Sol A arte de Vila-Lobos • Heitor Vila Lobos (1887-1959) foi instrumentista, compositor e maestro brasileiro, nascido na cidade do Rio de Janeiro. • Começou sua carreira tocando choro • Aos 19, já fazia suas primeiras composições • Aos 35 anos, participou da Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo. • Neste período, Vila-Lobos começou a incorporar às suas criações elementos inusitados, como cantos de pássaros, canções indígenas e melodias folclóricas brasileiras. • Instrumentos regionais, cantigas típicas, e até mesmo aos sons que vinham das matas. Esses elementos passaram a integrar suas composições.
• Um exemplo de toda essa mistura brasileira é a sua música
Choros nº 10, também intitulada como Rasga Coração.
• Na segunda parte da música, o artista mistura um tema
tradicional indígena, intitulado Macocê-cê-Maká.
• Vila-Lobos foi considerado um dos principais compositores
da música brasileira. Sons de uma história Noel Medeiros Rosa (1910-1937), mas conhecido como Noel Rosa, foi compositor, bandolinista, violonista e intérprete. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, no bairro de Vila Isabel, onde ficou conhecida como o “Poeta da Vila”. Noel foi responsável por popularizar o samba, levando-a dos morros para as áreas mais desenvolvidas da cidade do Rio de Janeiro no início do século XX. O samba dos anos 1920 tinha forte influência do maxixe e do xote, que são alguns ritmos tradicionais da época, e Noel com toda sua musicalidade e jeito de cantar ajudou a moldar e definir o samba que conhecemos hoje como tradicional. Tudo é instrumento musical Música deita com caixa de fósforos, latas de lixo e panelas. Sucatas de plásticos, metal e madeira que viram instrumentos musicais. Essa é a proposta do grupo de percussão Stomp que surgiu na cidade inglesa de Brighton, em 1991. O grupo é formado por artistas de várias nacionalidades, que viajam em turnê por muitos países. Entre eles um brasileiro, percussionista baiano Marivaldo dos Santos. O grupo Stomp dedica-se também a ações educativas e de inclusão social. Em 2007, desenvolveram uma oficina para os internos da prisão Bullingdon, na Inglaterra.