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Metabolismo de aminoácidos

e nucleotídeos

Silvana Marcussi
 Em eucariontes, as proteínas da dieta iniciam seu processo
de digestão no estômago.

 Estômago: o pepsinogênio é convertido em pepsina na


presença de ácido clorídrico;

 Pepsina catalisa a hidrólise de proteínas.

 Intestino delgado: o tripsinogênio, proveniente do suco


pancreático, é convertido em tripsina pela ação de enzimas, e a
tripsina por sua vez ativa quimotripsinogênio, as
procarboxipeptidases e a proelastase.
 Tripsina e a quimotripsina hidrolisam em peptídeos menores
os peptídeos resultantes da ação da pepsina.

 Em pH ideal (8,0 – 9,0) as


enzimas intestinais catalisam a
hidrólise de polipeptídeos e
pH baixo
dipeptídeos em aa. Estômago
Pepsinogênio
Pâncreas → pepsina

 Os aa são absorvidos pelo


pH 7
epitélio intestinal, e transportados
Ativação de zimogênios da
via corrente sanguínea até os tripsina, quimotripsina e
carboxipeptidases A e B
tecidos.
Intestino
delgado
Degradação intercelular de proteínas

- Lisossomal: após a endocitose,


enzimas lisossomais encarregam-se da
“quebra” dos polipeptídeos e dipeptídeos
em aa;

- Ubiquitina: se liga covalentemente às


proteínas marcando-as para a degradação
pelo proteossomo;

- Proteossomo: grande complexo


multiprotéico que degrada proteínas
gastando ATP.
As proteínas são direcionadas para localizações específicas

- SRP (complexo-proteína/RNA) – partícula que reconhece


uma sequência sinalizadora presente na proteína,
geralmente encontrada no N-terminal, e transfere o
ribossomo e o polipeptídeo incompleto ao retículo
endoplasmático.

- o polipeptídeo é então modificado e transportado para o


Complexo de Golgi; em seguida enviado a um lisossomo,
membrana plasmática ou vesícula transportadora.
Descreva o processo de digestão das proteínas
da dieta destacando as enzimas que
trabalham na digestão extracelular e as
organelas e moléculas que participam da
digestão intracelular.
CICLO DA URÉIA

- Parte da Degradação intracelular de aminoácidos

- Composto por 5 reações enzimáticas: 2 mitocondriais, 3


citosólicas.

- Função: excreção do excesso de nitrogênio


proveniente da quebra de aa.
- Degradação intracelular de aminoácidos

Proteína intracelular

Proteínas aminoácidos
da dieta

Biossíntese de aa,
nucleotídeos e aminas
biológicas

Carbamil fosfato -cetoácidos

Desvio
Ciclo da aspartato- Ciclo do
uréia succinato
ác. cítrico
do ciclo do
ác. cítrico

oxaloacetato
Uréia
(excreção do nitrogênio)
Glicose
(neoglicogênese)
Ciclo da uréia interligado ao ciclo do ácido cítrico

Ciclo da uréia

Citosol

Ciclo do
ácido cítrico Matriz
mitocondrial
Descreva passo a passo o ciclo da uréia, citando
intermediários do ciclo e locais onde as reações
ocorrem (citoplasma ou mitocôndria).

Em seguida explique porque o ciclo da uréia


está interligado ao ciclo do ácido cítrico.
DESAMINAÇÃO DOS AA

- Remoção do grupo amino, que geralmente aparece como


glutamato, sendo incorporado na uréia para excreção.

- o α- cetoácido do aa pode ser quebrado até CO2 e H2O


(Ciclo de Krebs) ou convertido em glicose (neoglicogênese),
Acetil-CoA (para a síntese de lipídios) ou em compostos
cetônicos.
DESAMINAÇÃO DOS AA

Fígado

aa das proteína
ingeridas

Glutamina dos
Alanina do músculos e
músculo outros tecidos

Amônia, uréia
ou ácido úrico
Excretado por:

Primatas,
ácido úrico pássaros,
répteis, insetos

Maioria dos
alantoína mamíferos

alantoato Peixes ósseos

Primatas,
uréia Anfíbios e peixes
cartilaginosos

Invertebrados
marinhos
• aa glicogênicos: degradados até piruvato, α-cetoglutarato,
succinil-CoA, fumarato ou oxaloacetato, precursores da glicose.
• aa cetogênicos: degradados até acetil-CoA ou acetoacetato
- precursores de ácidos graxos ou corpos cetônicos.
ACETIL - CoA: alanina, glicina, serina, cisteína, triptofano e treonina.

Acetil-CoA
A quebra de DNA e RNA também resulta em excreção de
nitrogênio pelo ciclo da Uréia

Bases nitrogenadas

Nucleotídeos são ésteres


fosfatados de uma pentose
(ribose ou desoxirribose).
Purinas

Pirimidina
Biossíntese de aa.
Nitrogênio

• 4/5 da atmosfera terrestre são constituídos por N2;

• Os aa essenciais, são sintetizados pelos vegetais a partir da


fixação do N2.

• A fixação do N2 pelas plantas depende de associações


simbióticas com bactérias do solo.

Nódulos de fixação de N2

Raíz de
leguminosa

Bactérias sinbióticas fixadoras de


N2 em nódulo de raíz de ervilha
Biossíntese de aa essenciais
Redução por algumas
bactérias anaeróbicas e
pela maioria dos vegetais

Aa e outros compostos
de nitrogênio e carbono
Síntese nos
reduzidos
vegetais e
Ciclo do nitrogênio microorganismos

Degradação por animais e


microorganismos

denitrificação Fixação por


algumas
bactérias

Nitrificação pelas
Nitrificação por
bactérias do solo bactérias do solo
(Nitrosomonas)
(Nitrobacter)
Descreva a fixação do nitrogênio atmosférico e suas
diferentes utilizações por organismos vivos
(eucariontes e procariontes).
Aminoácidos essenciais e não-essenciais para o homem

Não-essenciais Essenciais

Sintetizados pelo organismo Fornecidos pela alimentação


Biossíntese de aa

Vias envolvidas

• Glicólise
• Ciclo do ácido cítrico
• Via das pentoses fosfato
A partir do Triptofano 3 importantes sub-produtos podem ser
sintetizados:

Niacina Indolacetato (fator


de crescimento de Serotonina
(precursor de (neurotransmissor)
NAD e NADP) planta)
Glicina
Arginina

Creatina é sintetizada a partir de glicina,


Metionina arginina e metionina.

Creatina
• Fosfocreatina: fornece reserva de alta
energia para formação de ATP (células
musculares e nervosas).

fosfocreatina
• Tirosina origina uma família de
catecolaminas (dopamina, norepinefrina e
epinefrina) em resposta a estresse físico,
psicológico ou estimulação simpática.
• Catecolaminas:
- aumento da frequência e força de
contração cardíacas;
- glicogenólise hepática e muscular;
Dopamina -liberação de glicose e ácidos graxos no
sangue;
- redistribuição do sangue aos músculos
esqueléticos;
- pressão arterial e frequência
Norepinefrina respiratória.

•pouca dopamina está relacionada a


doença de Parkinson e seu excesso a
Esquizofrenia.
Epinefrina ou Adrenalina
• Histidina é descarboxilada para formar histamina (potente
vasodilatador; liberada como parte da resposta alérgica).
Síntese de Proteínas

- Proteínas: sintetizadas, por expressão gênica, em


resposta às necessidades correntes das células
- Tradução: é a síntese protéica guiada pelo mRNA
- Códon: trinca de nucleotídeos que codifica 1 aa
específico
- Códon de Iniciação (AUG): sinaliza o início e
codificação (Met)
- Códons de finalização (UAA, UAG, UGA)
• Código genético: sistema de correspondência
entre a linguagem do DNA (nucleotídeos) e a
linguagem das proteínas (aa)
• mRNA: sofre maturação perdendo
os íntrons (nucleotídeos sem
significado na síntese protéica) e os
éxons são ligados entre si.

• O mRNA abandona o núcleo em


direção ao citoplasma.
Etapas da síntese protéica (TRADUÇÃO)

Iniciação: Ligação do mRNA e


do tRNA que transporta o aa
Met até a subunidade pequena
do ribossoma - Junção da
subunidade grande ao
conjunto.
Alongamento: ligação de
um novo tRNA com outro
aa, ao códon do mRNA –
ligação peptídica entre 2 aa
– avanço de 3 bases pelo
ribossomo – repetição do
processo.
Finalização: chegada do
ribossoma a um dos códons
de finalização – liberação da
proteína – separação das
subunidades do ribossoma.
Descreva passo a passo a síntese protéica a partir
da expressão gênica, detalhando todas as fases do
processo de transcrição e tradução.
Anemia falciforme e malária (causada por protozoário do
gênero Plasmodium)

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