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ABORDAGEM AO PACIENTE COM ARTRITE

Estágio Supervisionado em Clínica Médica II


Medicina
12º período
Vinícius Eduardo Joia Peres
SUMÁRIO
1) Classificação das artrites
2) Artrites agudas
3) Artrites crônicas
4) Bibliografia
CLASSIFICAÇÃO DAS ARTRITES

Há ou não artrite? CARACTERIZAÇÃO DA ARTRITE


Quanto à duração: aguda (até 2 semanas), subaguda (2 a 6 semanas) e
crônica (acima de 6 semanas)

Tendinite Quanto ao número de articulações: monoarticular, oligoarticular (2 a 4


articulações) e poliarticular (5 ou mais)

Bursite Quanto à evolução: migratória ou aditiva (cumulativa)


Quanto ao padrão: inflamatória (>2.000 leucócitos/mm3) ou não-
Artrite inflamatória (<2.000 leucócitos/mm3)
Presença de manifestações extra-articulares (glomerulonefrite,
capilarite, neuropatia, vasculite)

Edema articular
ARTRITE AGUDA MONOARTICULAR

Identificar se de fato é uma artrite e se de fato é monoarticular.


DEVEMOS SEMPRE PENSAR EM 3 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS:

ARTRITE
ARTRITE
SÉPTICA
INDUZIDA POR TRAUMA
CRISTAIS
ARTRITE AGUDA MONOARTICULAR

Identificar se de fato é uma artrite e se de fato é monoarticular.


DEVEMOS SEMPRE PENSAR EM 3 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS:

ARTRITE
ARTRITE INDUZIDA POR
SÉPTICA CRISTAIS

• Padrão inflamatório • Padrão inflamatório TRAUMA


• Febre • Afebril
• Leucocitose periférica • Sem leucocitose periférica
• Pode ser afebril e sem leucocitose • Pode ser febril e com leucocitose
ARTRITE AGUDA MONOARTICULAR

LABORATORIAIS IMAGEM
RADIOGRAFIA
ARTROCENTESE
- Fraturas em casos de traumas
- É indicada em todos os casos de monoartrite
aguda não explicada. - Pseudogota: condrocalcinose

- Leucócitos > 50.000/mm3 – na artrite séptica - Gota: erosões características


pode passar de 100.000/mm3.

- Coloração de Gram e pesquisa de cristais por


microscopia de luz polarizada.

- Cultura positiva em mais de 90% dos casos de


artrite não-gonocócica e em 20-50% dos casos de
artrite gonocócica.
ARTRITE AGUDA OLIGOARTICULAR

Identificar se de fato é uma artrite e se de fato é oligoarticular.


DEVEMOS SEMPRE PENSAR EM 3 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS:

INFECÇÃO ARTRITE SÉPTICA


ESPONDILO
GONOCÓCICA NÃO-
DISSEMINADA ARTROPATIAS GONOCÓCICA

A infecção gonocócica disseminada São artropatias inflamatórias com


é a principal causa de oligoartrite envolvimento do esqueleto axial Artrite reumatóide em fases iniciais
aguda – pacientes jovens e (coluna e articulações sacroilíacas) Infecção por parvovírus B19
sexualmente ativos. Costuma causar oligoartrite
20% dos pacientes têm oligoartrite. assimétrica.
ARTRITE AGUDA OLIGOARTICULAR

IMAGEM
LABORATORIAIS RADIOGRAFIA
- Pouco úteis nas oligoartrites verdadeiramente
ANÁLISE E CULTURA DE agudas

LÍQUIDO SINOVIAL.
- Deve ser realizada cultura de faringe, uretra,
cérvice e reto para N. gonorrhoeae e C.
trachomatis.

- Anti-CCP -> Artrite Reumatóide (embora


sensibilidade limitada nas fases iniciais)
ARTRITE AGUDA POLIARTICULAR

Identificar se de fato é uma artrite e se de fato é poliarticular.


DEVEMOS SEMPRE PENSAR EM 2 PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS:

ARTRITE INFECÇÕES
REUMATÓIDE VIRAIS

Início insidioso – paciente procura


Os principais agentes das infecções
consulta após meses de sintomas.
virais são Parvovírus B19 e vírus da
No entanto, em uma minoria de
Hepatite B.
pacientes, o início pode ser agudo.
ARTRITE AGUDA POLIARTICULAR

LABORATORIAIS IMAGEM
RADIOGRAFIA
- Pouco úteis nas poliartrites agudas. Pode ser
SOROLOGIAS PARA INVESTIGAÇÃO DE
adiada até que esteja claro o diagnóstico da
INFECÇÃO VIRAL poliatrite.

IgM + na parvovirose.
Anti-Hbc IgM+ na hepatite B.

Anti-CCP + PCR e VHS

FAN – LES? – alta sensibilidade / baixa


especificidade
ARTRITE CRÔNICA MONOARTICULAR

Diferenciar entre inflamatória e não-inflamatória é vital para o diagnóstico:


EXAME CLÍNICO + EXAME DO LÍQUIDO SINOVIAL

ARTRITES
OSTEOARTRITE
INFECCIOSAS

- Quadril, joelho, primeira articulação - Artrite séptica gonocócica e não-gonocócica –


carpometacarpiana ou acrômio-clavicular. em casos de mascaramento por uso de corticoide,
- Osteonecrose – dor com radiografia normal, antibióticos, AINEs.
especialmente em pacientes jovens com fatores - Doença de Lyme
de risco. - Artrite tuberculosa
ARTRITE CRÔNICA MONOARTICULAR

LABORATORIAIS IMAGEM

RADIOGRAFIA
EXAME DO LÍQUIDO SINOVIAL - Nesses casos a radiografia pode auxiliar,
demonstrando sinais de doença crônica.
- Capaz de diferenciar as artrites inflamatórias
das não inflamatórias

EXAMES LABORATORIAIS GERAIS

- Hemograma
- PCR e VHS
ARTRITE CRÔNICA POLIARTICULAR

Diferenciar entre inflamatória e não-inflamatória é vital para o diagnóstico:


EXAME CLÍNICO + EXAME DO LÍQUIDO SINOVIAL

ARTRITE
OSTEOARTRITE
REUMATÓIDE

- Articulações interfalangianas distais, proximais - Articulações interfalangianas proximais,


e primeira carpometacarpiana. metacarpofalangianas e dos punhos.
- Poupa metacarpofalangianas, punhos, - Poupa as articulações interfalangianas distais, a
cotovelos, glenoumerais e tornozelos coluna torácica e a lombossacra, além das
articulações sacroilíacas.
ARTRITE CRÔNICA POLIARTICULAR

LABORATORIAIS IMAGEM

RADIOGRAFIA
EXAME DO LÍQUIDO SINOVIAL - Nesses casos a radiografia pode auxiliar,
demonstrando sinais de doença crônica.
- Capaz de diferenciar as artrites inflamatórias
das não inflamatórias

EXAMES LABORATORIAIS GERAIS

- Hemograma
- PCR e VHS
REFERÊNCIAS

1) Imboden, John B. Current [recurso eletrônico] : reumatologia : diagnóstico e


tratamento / John B. Imboden, David B. Hellmann, John H. Stone. – 2. ed. –
Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2011.
2) Sérgio C. L. de Almeida, Luis F. Joaquim, Pedro V. Schwartzmann, Jarbas S
Roriz-Filho, Julio C. Moriguti. Avaliação do paciente com artrite.

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