Gestão de Produção e Manutenção Eletrica - Aula 1

MBA - GESTÃO DA PRODUÇÃO E DA MANUTENÇÃO
GESTÃO DE PRODUÇÃO E MANUTENÇÃO ELÉTRICA
Professor: Fabricio Franco

INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
O cenário cada vez mais competitivo do mercado nacional e mundial
demonstra a necessidade crescente de organizações capazes de
participar dessa concorrência e de adaptar-se às constantes
modificações que ocorrem nesses mercados.
INTRODUÇÃO
Nesse cenário, o setor de manutenção das organizações representa um grande
diferencial ao manter ativos e imobilizados em condições de atender às necessidades
dos clientes de maneira eficiente e em tempo hábil.
Para superar esse desafio, os profissionais da equipe de manutenção devem dispor de
todos os recursos para executar as operações de manutenção corretiva, preventiva,
preditiva ou produtiva total, garantindo a da confiabilidade da manutenção.
INTRODUÇÃO
Uma gestão eficiente e racional é imprescindível para suprir as
necessidades do setor de manutenção das organizações para garantir,
além dos recursos indispensáveis para operacionalizar manutenção, que o
setor de manutenção seja autossustentável a ponto de prover o que dele
espera a organização sem onerar demasiadamente o setor.
INTRODUÇÃO
Objetivo da Manutenção para as empresas:
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
A MANUTENÇÃO NO SÉCULO 21
Hoje a visão acerca da contribuição da manutenção para os resultados
da empresa começa a mudar de ângulo e a manutenção deixa de ser
um gerador de passivo para ser um dos mais importantes
contribuidores para a geração de resultados, através de uma adequada
gestão dos ativos da empresa
CENÁRIO ENERGÉTICO DO BRASIL E
MUNDO, COMO SUAS MATRIZES E
DESAFIOS
MATRIZ ENERGETICA DO BRASIL E
MUNDO
MATRIZ ENERGÉTICA
O mundo possui uma matriz energética composta, principalmente,
por fontes não renováveis, como o carvão, petróleo e gás natural:
Matriz Energética Mundial 2018 (IEA, 2021)

MATRIZ ENERGETICA DO BRASIL E MUNDO
A matriz energética do Brasil é muito diferente da mundial.
Por aqui, apesar do consumo de energia de fontes não renováveis

ser maior do que o de renováveis, usamos mais fontes renováveis
que no resto do mundo.
Somando lenha e carvão vegetal, hidráulica, derivados de cana e

outras renováveis, nossas renováveis totalizam 48,3%, quase
metade da nossa matriz energética:
Matriz Energética Brasileira 2020 (BEN, 2021)

MUNDO
Vamos comparar o consumo de energia proveniente de fontes
renováveis e não renováveis no Brasil e no mundo para o ano de 2018?
MUNDO
MATRIZ ELÉTRICA
A geração de energia elétrica no mundo é baseada, principalmente, em

combustíveis fósseis como carvão, óleo e gás natural, em termelétricas.
Vamos conhecer a matriz elétrica mundial?
Matriz Elétrica Mundial 2018 (IEA, 2021)

MATRIZ ELÉTRICA
A matriz elétrica brasileira é ainda mais renovável do que a energética,

isso porque grande parte da energia elétrica gerada no Brasil vem de
usinas hidrelétricas.
A energia eólica também vem crescendo bastante, contribuindo para que

a nossa matriz elétrica continue sendo, em sua maior parte, renovável.
MATRIZ ELÉTRICA
Matriz Elétrica Brasileira 2020 (BEN, 2021)

Vamos comparar a utilização de fontes renováveis e não renováveis
para a geração de energia elétrica no Brasil e no mundo para o ano
de 2018?
E CONSUMO?
O setor industrial brasileiro consome cerca de 40% da energia elétrica do

país e dois terços dessa energia são utilizados por sistemas motrizes.
De acordo com a Procel, os motores são responsável por 68% do

consumo de energia elétrica no setor industrial brasileiro (e em alguns
segmentos, como o têxtil, o consumo chega a 98%).
Logo, não seria exagero dizer que ele é o coração da indústria: essencial
para todas as etapas da produção, não há fábrica ou oficina capaz de
sobreviver sem ele.
SISTEMA ELÉTRICO DE POTÊNCIA
Conjunto de equipamentos que operam de maneira coordenada com a
finalidade de gerar, transmitir e distribuir energia elétrica aos
consumidores atendendo a determinados padrões de confiabilidade,
disponibilidade, qualidade, segurança e custos, com o mínimo impacto
ambiental e o máximo de segurança pessoal.
Estrutura:
• BT < 1kV
• 1kV< MT < 69kV
• AT> 69kV
– AT: 69, 138, 230kV
– EAT: 345, 440, 500 e 750kV
– UAT: acima de 750kV
O SISTEMA ELÉTRICO
Níveis de tensão no mundo
Geração
Compreende todo o processo de transformação de uma fonte primária

de energia em eletricidade, destacando-se:
– Transformação de energia mecânica em elétrica por meio de

turbinas hidráulicas (quedas d’água, marés) e eólicas (acionadas
pelo vento);
– Transformação de energia solar em elétrica (células fotovoltaicas);

Geração
–Transformação de energia térmica em mecânica e esta em elétrica

(fissão nuclear, combustão(da energia química));
Geração
Geração
Geração
Geração
TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
Transmissão de energia elétrica é o processo de transportar energia

entre dois pontos. O transporte é realizado por linhas de transmissão
de alta potência, geralmente usando corrente alternada, que de uma
forma mais simples conecta uma usina ao consumidor.
O nível de tensão depende do país, mas normalmente o nível de

tensão estabelecido está entre 13,8 kV e 750 kV.
No Brasil o nível de tensão estabelecido para as redes de transmissão

é: 750; 500; 230; 138; 69; 34,5; 13,8 kV. Sendo os níveis de tensão
mais usuais 500, 230 e 138 kV.
SUBTRANSMISSÃO
Leva a potência gerada aos centros de carga ou a consumidores como
grandes indústrias, estações de tratamento e bombeamento de água.
Até 1999, o Brasil possuía basicamente dois subsistemas

independentes, o Sul-Sudeste- Cento-Oeste e o Norte-Nordeste.
Isso limitava a possibilidade de uma gestão mais eficiente das
diversidades climáticas (regimes de chuvas) e energéticas das várias
regiões do País e do sistema de transmissão que integra as usinas
geradoras de médio e grande porte.
As linhas de transmissão no Brasil costumam ser extensas, porque as

grandes usinas hidrelétricas geralmente estão situadas a distâncias
consideráveis dos centros consumidores de energia.
As principais empresas investidoras em linhas de transmissão no país
estão relacionadas na Tabela abaixo:
Fonte ABRATE Maio/2015

Distribuição
•É a parte de um sistema de potência destinado ao transporte de

energia elétrica a partir do barramento secundário de uma
subestação (onde termina a transmissão ou subtransmissão) até os
pontos de consumo ;
•Começa na subestação de distribuição onde a tensão da linha é

abaixada para valores padronizados nas redes de distribuição
primária tais como usualmente de 13,8 a 34,5 kV no Brasil;
•Termina na alimentação das cargas em baixa tensão 127 a 380 V;
•É mais usada a configuração radial.

SUBESTAÇÃO
•As subestações de energia podem ser definidas como conjuntos de

equipamentos que transformam tensão e corrente para adequar a
energia elétrica às necessidades de transmissão, distribuição e
consumo.
•Essencialmente, as subestações contam com equipamentos de

proteção e transformadores que rebaixam ou elevam a tensão da
energia para diversas finalidades. De acordo com elas, as
subestações podem ser:
SUBESTAÇÃO
Subestações de energia elevatórias
São instaladas junto às usinas geradoras. Elas elevam a tensão

para que a energia seja transmitida aos centros de consumo de
modo econômico.
Isso ocorre porque, quanto maior a tensão, menores são as

perdas geradas no transporte pelo aquecimento da eletricidade
com os condutores das linhas de transmissão (conhecido como
efeito Joule).
SUBESTAÇÃO
Subestações de energia de distribuidoras
Reduzem a tensão ao chamado “nível primário de distribuição”,

com valores padronizados iguais ou superiores a 2,3 kV – a
chamada média tensão.
Também conhecidas como “estações de transmissão”,

concentram grandes blocos de carga. E estes são conduzidos às
estações de “subtransmissão” das distribuidoras, mais próximas
aos pontos de consumo.
SUBESTAÇÃO
Subestações de energia rebaixadoras
Localizadas junto às cidades, diminuem a tensão ao nível próprio

para a população.
Devido à ação das subestações rebaixadoras, consumidores finais

recebem a energia em baixa tensão (110 a 440 V).
SUBESTAÇÃO
Subestações de energia de consumidores
Grandes consumidores (com potência instalada igual ou superior a

75 kW) são abastecidos em tensão primária.
Por isso grandes indústrias, centros comerciais, edifícios,

condomínios residenciais, supermercados, hospitais e obras ou
eventos que necessitam de cargas elevadas precisam ter suas
próprias subestações transformadoras.
TIPOS DE SUBESTAÇÃO
Subestações de energia externas

Subestações de energia interna de cabines metálicas

Subestações de energia em alvenaria

Subestações de energia interna modular

Subestações de energia subterrânea

Distribuição
A rede de distribuição de energia elétrica é um segmento do sistema

elétrico, cuja construção, manutenção e operação é responsabilidade das
companhias distribuidoras de eletricidade. As redes de distribuição
alimentam consumidores industriais, consumidores comerciais e de
serviços e consumidores residenciais. No Brasil o nível de tensão
estabelecido para as redes de distribuição é:
•Distribuição primária em redes públicas: 34,5 e 13,8 kV
•Distribuição secundária em redes públicas: 380/220 e 220/127 volts, em

redes trifásicas; 440/220 e 254/127 volts, em redes monofásicas.
Sistema Interligado Nacional - SIN
O parque gerador nacional é constituído, predominantemente, de centrais

hidrelétricas de grande e médio porte, instaladas em diversas localidades
do território nacional.
Por outro lado, existe uma concentração de demanda em localidades

industrializadas onde não se concentram as centrais geradoras.
Sistema Interligado Nacional - SIN
Até 1999, o Brasil possuía vários sistemas elétricos desconectados, o que

impossibilitava uma operação eficiente das bacias hidrográficas regionais
e da transmissão de energia elétrica entre as principais usinas geradoras.
Criação do sistema interligado nacional - SIN, o qual é responsável por

mais de 95% do fornecimento nacional. Sua operação é coordenada e
controlada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS.
Vantagens dos sistemas interligados
Aumentoda estabilidade – sistema torna-se mais robusto podendo

absorver, sem perda de sincronismo, maiores impactos elétricos.
Aumento da confiabilidade – permite a continuidade do serviço em

decorrência da falha ou manutenção de equipamento, ou ainda devido às
alternativas de rotas para fluxo da energia.
Aumento da disponibilidade do sistema – a operação integrada acresce a

disponibilidade de energia do parque gerador em relação ao que se teria
se cada empresa operasse suas usinas isoladamente.
Vantagens dos sistemas interligados
Mais econômico – permite a troca de reservas que pode resultar em

economia na capacidade de reservas dos sistemas.
O intercâmbio de energia está baseado no pressuposto de que a demanda

máxima dos sistemas envolvidos acontece em horários diferentes.
O intercâmbio pode também ser motivado pela importação de energia de

baixo custo de uma fonte geradora, como por exemplo, a energia
hidroelétrica para outro sistema cuja fonte geradora apresenta custo mais
elevado.
Desvantagens dos sistemas interligados
Distúrbio em um sistema afeta os demais sistemas interligados.
A operação e proteção tornam-se mais complexas.
Elevação dos níveis de curto-circuito

Gestão de Produção e Manutenção Eletrica - Aula 1

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Gestão de Produção e Manutenção Eletrica - Aula 1

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

MBA - GESTÃO DA PRODUÇÃO E DA MANUTENÇÃO

GESTÃO DE PRODUÇÃO E MANUTENÇÃO ELÉTRICA

Professor: Fabricio Franco

Matriz Energética Mundial 2018 (IEA, 2021)

A matriz energética do Brasil é muito diferente da mundial.

Por aqui, apesar do consumo de energia de fontes não renováveis

Somando lenha e carvão vegetal, hidráulica, derivados de cana e

Matriz Energética Brasileira 2020 (BEN, 2021)

A geração de energia elétrica no mundo é baseada, principalmente, em

Matriz Elétrica Mundial 2018 (IEA, 2021)

A matriz elétrica brasileira é ainda mais renovável do que a energética,

A energia eólica também vem crescendo bastante, contribuindo para que

Matriz Elétrica Brasileira 2020 (BEN, 2021)

O setor industrial brasileiro consome cerca de 40% da energia elétrica do

De acordo com a Procel, os motores são responsável por 68% do

Compreende todo o processo de transformação de uma fonte primária

– Transformação de energia mecânica em elétrica por meio de

– Transformação de energia solar em elétrica (células fotovoltaicas);

–Transformação de energia térmica em mecânica e esta em elétrica

Transmissão de energia elétrica é o processo de transportar energia

O nível de tensão depende do país, mas normalmente o nível de

No Brasil o nível de tensão estabelecido para as redes de transmissão

Até 1999, o Brasil possuía basicamente dois subsistemas

As linhas de transmissão no Brasil costumam ser extensas, porque as

Fonte ABRATE Maio/2015

•É a parte de um sistema de potência destinado ao transporte de

•Começa na subestação de distribuição onde a tensão da linha é

•Termina na alimentação das cargas em baixa tensão 127 a 380 V;

•É mais usada a configuração radial.

•As subestações de energia podem ser definidas como conjuntos de

•Essencialmente, as subestações contam com equipamentos de

Subestações de energia elevatórias

São instaladas junto às usinas geradoras. Elas elevam a tensão

Isso ocorre porque, quanto maior a tensão, menores são as

Subestações de energia de distribuidoras

Reduzem a tensão ao chamado “nível primário de distribuição”,

Também conhecidas como “estações de transmissão”,

Subestações de energia rebaixadoras

Localizadas junto às cidades, diminuem a tensão ao nível próprio

Devido à ação das subestações rebaixadoras, consumidores finais

Subestações de energia de consumidores

Grandes consumidores (com potência instalada igual ou superior a

Por isso grandes indústrias, centros comerciais, edifícios,

Subestações de energia externas

Subestações de energia interna de cabines metálicas

Subestações de energia em alvenaria

Subestações de energia interna modular

Subestações de energia subterrânea

A rede de distribuição de energia elétrica é um segmento do sistema

•Distribuição primária em redes públicas: 34,5 e 13,8 kV

•Distribuição secundária em redes públicas: 380/220 e 220/127 volts, em

O parque gerador nacional é constituído, predominantemente, de centrais

Por outro lado, existe uma concentração de demanda em localidades

Até 1999, o Brasil possuía vários sistemas elétricos desconectados, o que

Criação do sistema interligado nacional - SIN, o qual é responsável por

Aumentoda estabilidade – sistema torna-se mais robusto podendo

Aumento da confiabilidade – permite a continuidade do serviço em

Aumento da disponibilidade do sistema – a operação integrada acresce a

Mais econômico – permite a troca de reservas que pode resultar em

O intercâmbio de energia está baseado no pressuposto de que a demanda

O intercâmbio pode também ser motivado pela importação de energia de

Distúrbio em um sistema afeta os demais sistemas interligados.

A operação e proteção tornam-se mais complexas.