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HERBICIDAS

Compostos químicos que destroem plantas

Geral: Matar ervas daninhas sem causar prejuízo à vegetação desejável.


• Diminuição da mão de obra agrícola.
• Eliminar plantas das margens de estradas e ferrovias
• Desfolhar uma região inteira
→ pesticida mais usado desde 1960 (EUA) com U$ 4 bilhões/ano

Antigamente sais inorgânicos, hoje só compostos orgânicos


R1 N R2
HERBICIDAS MODERNOS: TRIAZINAS
N N R1=Cl, R2 e R3= grupos amino

H
Cl N N R3

- A atrazina é muito usado, a partir de 1958, para destruir


Atrazina
N N
ervas daninhas em lavouras de milho , soja, cana etc...
- Alguns kg por hectare.
NH
- Bloquear fotossíntese → etapa fotoquímica que inicia a redução
do CO2 a carboidrato.
- Plantas superiores, como o milho, toleram melhor as triazinas que as
ervas daninhas. → degradação rápida em metabólitos não-tóxicos por
plantas superiores.
- Concentração elevada → esterilização total das plantas.
- Moderadamente solúvel em água → contaminação de água potável
- Agricultores expostos a forte dose podem desenvolver câncer

→ perturbadores endócrinos (câncer de seio e próstata)


- Desde 2004, a atrazina foi proibida na União Europeia mas continua de
ser usada nos EUA.
- Itália vende várias centenas de toneladas de atrazina para empresas
agrícolas brasileiras todos os anos.
MINISTÉRIO DA SAÚDE
PORTARIA N.º 518, DE 25 DE MARÇO DE 2004
Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle
e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão
de potabilidade, e dá outras providências.
Art.14. A água potável deve estar em conformidade com o padrão de
substâncias químicas que
representam risco para a saúde expresso na Tabela 3, a seguir:
Valor Máximo Permitido= Atrazina 2 μg/L

RESOLUÇÃO CONAMA No 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005

Art. 14. As águas doces de classe 1 observarão as seguintes


condições e padrões:
Atrazina 2 μg/L

Art. 16. As águas doces de classe 3 observarão as seguintes


condições e padrões:
Atrazina 2 μg/L
Outros herbicidas orgânicos

O
O

R1 R1 Luz, H2O
N CH2Cl degradação
N CH2Cl
R2 Cloroacetamida
R2 Cloroacetamida

_ _
Cl Cl
+ +
N N

Paraquat
- “Famoso” para destruir campo de maconha
- Solúvel em água → tratar campo antes de plantar

A Guerra às drogas: helicóptero


jogando o herbicida Paraquat nos
campos de maconha.
Herbicidas do tipo Fenóxi

Mistura de herbicidas de tipo fenóxi =


Agente Laranja

Os subprodutos da síntese dos herbicidas


fenóxi são mais interessante, do ponto de
vista ambiental, que os próprios fenóxi
→ DIOXINAS !!!!!
Síntese dos herbicidas de tipo fenóxi

OCH2CO2H OCH2CO2H Ácido 2,4,5-triclorofenoxiacético


2,4,5 T

Cl Cl Cl CH3

2,4 D MCPA

Reação secundária na síntese dos herbicidas de tipo fenóxi: Formação de DIOXINAS.

Contaminação tolerada: 0,1 ppm

Agente laranja = 2,4,5 T + 2,4 D (1:1)

Na Guerra do Vietnã foi usado o agente


laranja com 10 ppm de dioxina. Produção
Dioxina: TCCD
sem controle na época
→ câncer nos soldados americanos
→ má formação na população local
2,3,7,8 Tetraclorodibenzo-p-dioxina (TCCD)
DL50oral (LD50) = 0,6 µg/kg cobaia
dioxano
Agente Laranja é o nome dado para um dos herbicidas e desfolhantes utilizados pelo exército dos
EUA como parte de seu programa de “Guerra Herbicida”, Operação Hand Ranch, durante a Guerra
do Vietnã de 1961 a 1971. O Vietnã estima que 400.000 pessoas foram mortas ou mutiladas, e
500.000 crianças nasceram com defeitos congênitos.
Uma mistura 50:50 de 2,4,5-T e 2,4-D, foi fabricado para o Departamento de Defesa dos EUA
principalmente pela Monsant Corporation e Dow Chemical. Mais tarde foi descoberto que o 2,4,5-T
utilizado para produzir o agente laranja estava contaminado com 2,3,7,8-tetraclorodibenzodioxina, um
composto de dioxina extremamente tóxico. Seu nome foi dado a partir da cor dos galões (200 L) de
risca-de-laranja em que foi armazenado e enviado.
Durante a Guerra do Vietnã, entre 1962 e 1971, o exército dos Estados Unidos pulverizou 12.000.000
galões (50 milhões L) de herbicidas e desfolhantes no Vietnã, Laos Oriental e partes do Camboja,
como parte da Operação hand Ranch. O objetivo do programa era desfolhar terrenos florestais e
rurais, privando guerrilheiros de cobertura; outro objetivo era forçar o projeto de urbanização,
destruindo a capacidade dos camponeses se sustentarem no campo, e obrigando-os a fugir para os
EUA dominando cidades, privando assim os guerrilheiros da sua base de apoio rural e oferta de
alimentos.
A Cruz Vermelha do Vietnã informou que 3 milhões de pessoas vietnamitas foram afetados pelo
agente laranja, incluindo pelo menos 150.000 crianças nascidas com defeitos congênitos. De acordo
com Ministério dos Negócios Estrangeiros Vietnamita, 4,8 milhões de pessoas vietnamitas foram
expostas ao agente laranja, resultando em 400.000 pessoas sendo mortas ou mutiladas, e 500.000
crianças nascidas com defeitos congênitos. O solo e sedimentos contaminados continuam a afetar os
cidadãos do Vietnã, envenenando sua cadeia alimentar e causam doenças, entre elas, doenças de
pele graves e uma variedade de tumores no pulmão, laringe, e próstata. Dioxinas do Agente Laranja
persistem no ambiente Vietnamita desde a guerra, a migração através do solo, e seu transporte por
uma variedade de processos naturais as arrastam para o abastecimento de água. Movimento de
dioxinas através da rede alimentar resultou em bioconcentração e biomagnificação. As áreas mais
contaminadas com dioxinas são os sítios de ex-bases aéreas dos EUA.
Estudos com veteranos que serviram no Sul durante a guerra mostram que têm aumentado as taxas
de câncer, doenças dos sistemas nervoso, digestivo, respiratório e de pele. Veteranos do sul tiveram
maiores taxas de câncer de garganta, leucemia aguda/crônica, linfoma de Hodgkin e linfoma não-
Hodgkin, câncer de próstata, câncer de pulmão, sarcoma de tecido mole e câncer de fígado.

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