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TRATAMENTO DE ÁGUA DE ABASTECIMENTO

PROF. GIOVANA WIECHETECK

TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA DE ABASTECIMENTO


TRATAMENTO DE ÁGUA DE ABASTECIMENTO

INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO

Matéria Prima Água Bruta

RESÍDUO Indústria ETA RESÍDUO

Produto Final Água Potável


TRATAMENTO DE ÁGUA
Condicionar as características da água bruta, a fim de atender à qualidade necessária a
um determinado uso.
A água a ser utilizada para o abastecimento público deve:
 atender aos padrões de qualidade exigidos pelo Ministério da Saúde e aceitos
internacionalmente;
 prevenir o aparecimento de doenças de veiculação hídrica, protegendo a saúde da
população;
 tornar a água adequada a serviços domésticos;

 prevenir o aparecimento da cárie dentária nas crianças, através da fluoretação;

 proteger o sistema de abastecimento de água, principalmente tubulações e órgãos


acessórios da rede de distribuição, dos efeitos danosos da corrosão a da deposição de
partículas no interior das tubulações.
ASSOCIAÇÃO ENTRE OS USOS DA ÁGUA E OS
REQUISITOS DE QUALIDADE
USO GERAL USO ESPECÍFICO QUALIDADE REQUERIDA
◼ Isenta de substâncias químicas prejudiciais à
saúde;
◼ Isenta de organismos prejudiciais à saúde;
Abastecimento ◼ Adequada para serviços domésticos;
doméstico ◼ Baixa agressividade;

◼ Esteticamente agradável.

◼ Isenta de substâncias químicas prejudiciais à


Água incorporada ao saúde;
produto (ex: alimentos, ◼ Isenta de organismos prejudiciais à saúde;
bebidas, remédios) ◼ Esteticamente agradável

Abastecimento
industrial
Entra em contato com o ◼ Variável com o produto
produto

Água não entra em contato ◼ Baixa dureza;


com o produto (ex: ◼ Baixa agressividade.
refrigeração, caldeiras)
PROCESSOS  OBJETIVOS
PROCESSOS OBJETIVOS
Mais frequentes Menos frequentes
Clarificação Remoção de turbidez, de microrganismos e de alguns
metais pesados.
Desinfecção Remoção de microrganismos patogênicos.
Fluoretação Proteção da cárie dentária infantil.
Controle de corrosão e/ou Acondicionar a água, evitando efeitos corrosivos ou
incrustação incrustrantes no sistema abastecedor e nas instalações
domiciliares.
Abrandamento Redução da dureza, remoção de alguns contaminantes
inorgânicos.
Adsorção Remoção de contaminantes orgânicos e inorgânicos,
controle de sabor e odor.
Aeração Remoção de contaminantes orgânicos e oxidação de
substâncias inorgânicas, como Fe e Mn.
Oxidação Remoção de contaminantes orgânicos e de substâncias
inorgânicas (Fe e Mn).
Tratamento com membranas Remoção de contaminantes orgânicos e inorgânicos.
Troca iônica Remoção de contaminantes inorgânicos.
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS DOCES EM FUNÇÃO DOS USOS
PREPONDERANTES (CONAMA 357/05)
CLASSE
USO
Especial 1 2 3 4
Abastecimento doméstico x (a) x (b) x (c) x (d)
Preservação do equilíbrio natural x
das comunidades aquáticas
Recreação de contato primário x x
Proteção das comunidades x x
aquáticas
Irrigação x (e) x (f) x (g)
Aquicultura x x
Dessedentação de animais x
Navegação x
Harmonia paisagística x
Usos menos exigentes x
(a) após desinfecção; (b) após tratamento simplificado; (c) após tratamento convencional; (d) após tratamento convencional ou avançado
(e) hortaliças
que são consumidas cruas; (f) hortaliças, plantas frutíferas e de parque, com as quais o público possa ter contato direto; (g) culturas
arbóreas, cerealíferas e forrageiras
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁGUAS
ABNT (1992) – NBR 12216 “ Projeto de estação de tratamento de água para
abastecimento público”

Classificação Fonte
Tipo A Águas subterrâneas ou superficiais de bacias
sanitariamente protegidas
Tipo B Águas subterrâneas ou superficiais, provenientes
de bacias não protegidas
Tipo C Águas subterrâneas ou superficiais de bacias não
protegidas
Águas superficiais de bacias não protegidas,
Tipo D sujeitas à poluição ou contaminação
TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO RECOMENDADAS PARA
CADA TIPO DE ÁGUA

Tipo Tecnologia de Tratamento


A Desinfecção e correção de pH
Desinfecção, correção de pH e
B ◼ decantação simples para água contendo sólidos sedimentáveis, de
modo a atender ao Padrão de Potabilidade;
◼ filtração, precedida ou não de decantação, quando a turbidez e a cor
aparente forem inferiores a 40 uT e 20 uH, respectivamente.
C Coagulação, seguida ou não da decantação, filtração rápida,
desinfecção e correção de pH.
D Tratamento mínimo da água tipo C e tratamento complementar
apropriado a cada caso.
CLASSIFICAÇÃO DA ÁGUA BRUTA
NBR 12216/92
Características básicas Tipo
A B C D
DBO5 (mg/L)
◼ média < 1,5 1,5 a 2,5 2,5 a 4,0 > 4,0
◼ máxima (qualquer amostra) 3,0 4,0 6,0 > 6,0
Coliformes totais (NMP/100 ml)
◼ média mensal 50 a 100 100 a 5000 5000 a 20000 > 20000
◼ máximo > 100* > 5000** > 20000*** ____
pH 5a9 5a9 5a9 3,8 a 10,3
Cloretos (mg/L) < 50 50 a 250 250 a 600 > 600

Fluoretos (mg/L) < 1,5 1,5 a 3,0 > 3,0 ------


* Em menos de 5% das amostras examinadas; ** menos de 20%; *** menos de 5%
ÁGUA BRUTA

Pré- Pré-
Coagulação Coagulação Coagulação Coagulação
tratamento tratamento

Filtração Pré- Filtração Floto Coagulação


Filtração
Ascendente Floculação Ascendente Filtração
Lenta
Floculação
Desinfecção, Filtração Filtração Desinfecção,
Desinfecção, Fluoretação, Fluoretação,
Fluoretação, Descendente Descendente
Correção de pH Correção de pH
Correção de pH Decantação
ou
Desinfecção, Desinfecção, Flotação
Fluoretação, Fluoretação,
Correção de pH Correção de pH

Filtração
Descendente

Desinfecção,
Fluoretação,
Correção de pH

Filtração Filtração Direta Filtração Direta Dupla Floto Tratamento em


Lenta Ascendente Descendente Filtração Filtração Ciclo Completo
COMPARAÇÃO ENTRE AS TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA
PARÂMETRO TECNOLOGIA DE TRATAMENTO
Filtração lenta Filtração direta Filtração direta Tratamento
descendente ascendente convencional
Operação Simples Especializada Especializada Especializada
Consumo de produtos Baixo (dosagem de Baixo (dosagem de Alto (dosagem de
Nulo
químicos coagulante < 10 mg/L) coagulante < 10 mg/L) coagulante > 15 mg/L)
Resistência à variação
da qualidade da água Baixa Baixa Moderada Alta

Raspagem da
Lavagem dos filtros camada superficial
Fluxo ascendente Fluxo ascendente Fluxo ascendente

Limitar a pequenas
Porte da estação instalações
Sem limitações Sem limitações Sem limitações

10 - 100 (depende
Custo de implantação
da TF e do processo 2 - 30 5 -45 10 – 60
(US$/hab) construtivo)

Área Grande Pequena Pequena Média


PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NO
TRATAMENTO DE ÁGUA

 Adsorventes: carvão ativado em pó (CAP) e carvão ativado granular (CAG);

 Acidificantes: ácido clorídrico e ácido sulfúrico;

 Acalinizantes: cal hidratada, cal virgem, carbonato de sódio, soda cáustica


sólida, soda cáustica líquida;
 Auxiliares de coagulação/floculação: polímeros naturais, polímeros sintéticos;

 Desinfetantes e Oxidantes: cloro líquido ou gasoso, hipoclorito de sódio,


hipoclorito de cálcio, dióxido de cloro, ácido peracético, ozônio,
permanganato de potássio, peróxido de hidrogênio;
PRODUTOS QUÍMICOS UTILIZADOS NO
TRATAMENTO DE ÁGUA
SAL FÉRRICO OU DE
ALUMÍNIO

 Coagulantes químicos: cloreto férrico PA, cloreto férrico


líquido, sulfato ferroso clorado líquido, sulfato férrico PA,
sulfato férrico, sulfato férrico líquido, hidroxi-cloreto de
alumínio líquido (cloreto de polialuminio - PAC), hidroxi-
cloreto de alumínio em pó, sulfato de alumínio PA,
sulfato de alumínio sólido, sulfato de alumínio líquido.
sulfatos são sais inorgânicos derivados do ácido sulfúrico

Um cloreto trata-se de um sal inorgânico onde está


presente como ânion (partícula carregada negativamente
) o átomo de cloro monovalente, e um cátion metálico.
ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS QUÍMICOS
ESCOLHA DA TECNOLOGIA DE TRATAMENTO DE ÁGUA

•Enquadramento •Ensaios de
do manancial de Qualidade Tecnologias laboratório em
abastecimento; da de jarteste;
•Ensaios em
•Programa de
água bruta tratamento instalações piloto
gestão da
qualidade da
água

Disponibilidade de:
Capacidade de •Produtos químicos;
sustentação •Pessoal qualificado para
construção, operação e
manutenção.
TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA
FATORES DE SELEÇÃO DA TECNOLOGIA

Sabogal-Paz, L.P. & Di Bernardo, L. Seleção de tecnologias de


tratamento de água em função do risco e eficiência das
ETAs. Revista AIDIS, V 1, nº 3, 2007.
TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA
FATORES DE SELEÇÃO DA TECNOLOGIA

FATORES

RISCO EFICIÊNCIA
MCS
45.000 habitantes

VARIÁVEIS INDICADORES

MCS = MODELO CONCEITUAL DE SELEÇÃO


TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO DE ÁGUA
FATORES DE SELEÇÃO DA TECNOLOGIA

• Dados de entrada - permitem que os níveis “filtrem” as opções tecnológicas


1 sustentáveis, segundo os dados fornecidos pelo usuário do modelo.

• Critérios - fazem referência aos aspectos previamente estabelecidos como


2 conceitos, padrões e normas utilizados para, posteriormente, tomar decisões.

• Procedimentos - são executados com base na informação de entrada (F) e


3 nos critérios básicos (A), correspondem aos cálculos do MCS.

• Seleção - conforme os procedimentos, são construídas as seleções das


4 alternativas sustentáveis.

ETA com maior probabilidade de SUSTENTABILIDADE


COMO ESCOLHER A MELHOR TECNOLOGIA?

No caso do risco, os fatores avaliados foram:


i) tipo de risco atuante na fonte de abastecimento e sua
importância sanitária;
ii) formas de quantificar o risco;
iii) necessidade de monitoramento do risco na água bruta e na
água tratada;
iv) informação disponível para avaliar a eficiência das ETAs na
remoção do perigo.
COMO ESCOLHER A MELHOR TECNOLOGIA?
A definição da eficiência das tecnologias requer a avaliação dos seguintes fatores:
i) qualidade da água bruta;
ii) vazão afluente à ETA;
iii) tipo de ETA;
iv) variáveis de risco a serem reduzidas pelas ETAs;
v) processos e operações de tratamento de água para combater o risco;
vi) tipos de tecnologias de tratamento de água;
vii) produtos químicos utilizados no tratamento da água;
viii) transferência de tecnologia;
ix) legislação federal brasileira;
x) particularidades da área de estudo e
xi) desempenho e limitações das estações.
COMO ESCOLHER A MELHOR TECNOLOGIA?
As atividades realizadas para avaliar os fatores de risco e de eficiência
das tecnologias foram baseadas em:
• revisão de literatura;
• realização de 26 visitas em ETAs em escala real, 21 no Brasil e 5 na
Colômbia;
• avaliação das recomendações de pesquisadores para escolha das
variáveis (parâmetros de qualidade de água) e dos indicadores
(unidades dos parâmetros de qualidade) de risco;
• análise do risco regulamentado na legislação federal brasileira;
• revisão da quantidade e qualidade dos dados disponíveis das
variáveis de risco;
COMO ESCOLHER A MELHOR TECNOLOGIA?

• avaliação do método de quantificação e período de coleta dos


dados das variáveis de risco;
• seleção das características dos processos e das operações de
tratamento de água;
• definição da combinação dos processos e das operações de
tratamento de água nas ETAs;
• cálculo do desempenho das ETAs;
• definição das limitações das tecnologias;
• estabelecimento dos requisitos de domínio do modelo.
FATORES, VARIÁVEIS E INDICADORES PARA A SELEÇÃO DO RISCO

Fatores Variáveis Indicadores


- Tipo de risco presente na fonte de Coliformes totais NMP/100 mL
Risco microbiológico
abastecimento e importância sanitária Escherichia Coli NMP/100 mL
- Quantificação do risco
Turbidez uT
- Necessidade de monitoramento do
risco na água bruta e na água tratada Cor verdadeira uH
- Informação disponível para avaliar a Risco físico Ferro total mg/L
eficiência das ETAs na remoção do risco Manganês total mg/L
Avaliação das variáveis de risco Independente
Obs: O modelo avalia independentemente as variáveis de risco; assim, não considera conjugação de
parâmetros de qualidade.
Fonte: Sabogal-Paz, L.P. & Di Bernardo, L. Seleção de tecnologias de tratamento de água em função do risco e eficiência das
ETAs. Revista AIDIS, V 1, nº 3, 2007. Cor real/verdadeira = amostra passa por processo de filtração/
centrifugação/sedimentação posteriormente é feita a leitura da
NMP - número mais provável cor da água.
Cor aparente = leitura de cor da água sem passar processos
previos, há influência da turbidez no resultado da leitura
TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO AVALIADAS PELO MCS

Fator Variáveis
Variações da Indicadores
ETA
Tecnologia
Ciclo Completo (CC) 4
Tecnologia de Filtração Direta Ascendente (FDA) 1
Tratamento de
Água Filtração Direta Descendente (FDD) 1 Especificidades de
Dupla Filtração (DF) 1 cada variação
Floto-Filtração (FF) 2
Filtração em Múltiplas Etapas (FiME) 3
Fonte: Sabogal-Paz, L.P. & Di Bernardo, L. Seleção de tecnologias de tratamento de água em função do risco e eficiência das
ETAs. Revista AIDIS, V 1, nº 3, 2007.
VARIÁVEIS E INDICADORES CONSIDERANDO QUALIDADE DA ÁGUA BRUTA, VAZÃO
AFLUENTE À ETA, TIPO DE ETA, PRODUTO QUÍMICO UTILIZADO, TRANSFERÊNCIA DA
TECNOLOGIA, LEGISLAÇÃO E PARTICULARIDADES DA ÁREA DE ESTUDO

Fatores Variáveis Indicadores


Qualidade da AB Até o horizonte de projeto Constante
Vazão afluente à ETA Até o horizonte de projeto Constante
Tipo de ETA Categorias avaliadas pelo MCS Fase de projeto (novas)
Coagulante Sulfato de alumínio
Produto químico utilizado Cloreto férrico
Desinfetante Hipoclorito de sódio
Produto da fluoretação Ácido fluorsilícico
Transferência de tecnologia Conhecimento das técnicas pelos eng. projetistas Amplo
locais, de comunidade de pequeno e médio porte
Legislação NBR 12211 (1992) e NBR 12216 (1992), Portaria nº 518 Qualidade da água
(2004)*, Resolução CONAMA nº 357 (2005) conforme legislação
*Portaria atualizada é a Portaria no 888 do Ministério da Saúde, 2021.
Fonte: Sabogal-Paz, L.P. & Di Bernardo, L. Seleção de tecnologias de tratamento de água em função do risco e eficiência das
ETAs. Revista AIDIS, V 1, nº 3, 2007.
VARIÁVEIS E INDICADORES CONSIDERANDO QUALIDADE DA ÁGUA BRUTA, VAZÃO
AFLUENTE À ETA, TIPO DE ETA, PRODUTO QUÍMICO UTILIZADO, TRANSFERÊNCIA DA
TECNOLOGIA, LEGISLAÇÃO E PARTICULARIDADES DA ÁREA DE ESTUDO

Fatores Variáveis Indicadores


Tipo de comunidade Pequeno e médio porte
Acesso à população e à ETA por via terrestre, aérea,
Fácil
marítima e/ou fluvial
Recursos financeiros Suficientes
Desenvolvimento tecnológico para projeto e construção
Excelente
das unidades de tratamento selecionadas pelo modelo
Particularidades
da área de estudo Disponibilidade de energia elétrica para funcionamento da
Contínua e suficiente
ETA
Disponibilidade de materiais de construção Suficiente
Disponibilidade de pessoal qualificado para operação e
Suficiente
manutenção dos componentes da ETA
Disponibilidade de área para implantação da ETA Suficiente
Fonte: Sabogal-Paz, L.P. & Di Bernardo, L. Seleção de tecnologias de tratamento de água em função do risco e eficiência das
ETAs. Revista AIDIS, V 1, nº 3, 2007.
VALORES LIMITES SELECIONADOS PELO MCS,
CONFORME O CONCEITO DE MÚLTIPLAS BARREIRAS

Fonte: Sabogal-Paz, L.P. & Di Bernardo, L. Seleção de tecnologias de tratamento de água em função do risco e eficiência das ETAs.
Revista AIDIS, V 1, nº 3, 2007.
SELEÇÃO CONFORME VALORES DE TURBIDEZ PARA AS
TECNOLOGIAS TIPO FDD, FDA, DF, FF E FIME
RSOLUÇÃO Nº888/21 CONAMA

VMP - Valor máxima permitido de


Unidade de Turbidez (uT) após
desinfecção (água supercificial) ou
após filtração em água subterrânea

Filtração lenta - 1,0 uT(2) em 95% das


amostras. 2,0 uT no restante das
amostras mensais coletadas

Filtração rápida (tratamento


completo ou filtração direta) - 0,5 uT(2)
em 95% das amostras. 1,0 uT no
restante das amostras mensais
coletadas

Fonte: Sabogal-Paz, L.P. & Di Bernardo, L. Seleção de tecnologias de tratamento de água em função do risco e eficiência das ETAs.
Revista AIDIS, V 1, nº 3, 2007.
SELEÇÃO CONFORME VALORES DE COR VERDADEIRA
PARA AS TECNOLOGIAS TIPO FDD, FDA, DF, FF E FIME

Fonte: Sabogal-Paz, L.P. & Di Bernardo, L. Seleção de tecnologias de tratamento de água em função do risco e eficiência das ETAs.
Revista AIDIS, V 1, nº 3, 2007.
TECNOLOGIAS DE TRATAMENTO AVALIADAS PELO MCS
CONCLUSÕES

 Constatou-se que as ETAs avaliadas pelo modelo têm diferentes graus


de confiabilidade, dependendo do número de etapas que compõem
o sistema;

 Sistemas mais robustos como CC, FF e FiME são mais seguros, do ponto
de vista sanitário, comparados com FDD, FDA e DF, que somente
utilizam uma ou duas unidades de filtração como única barreira de
remoção do risco, antes da desinfecção.
Fonte: Sabogal-Paz, L.P. & Di Bernardo, L. Seleção de tecnologias de tratamento de água em função do risco e eficiência das ETAs.
Revista AIDIS, V 1, nº 3, 2007.
COAGULAÇÃO

A coagulação é geralmente realizada por sais de alumínio ou de ferro,


resultando em dois fenômenos:
 O primeiro, essencialmente químico: consiste nas reações do coagulante
com a água e na formação de espécies hidrolisadas com carga positiva e
depende da concentração do metal e do pH final da mistura;
 O segundo, fundamentalmente físico: consiste no transporte das espécies
hidrolisadas para que haja contato entre as impurezas presentes na água.
CARACTERÍSTICAS DAS PARTÍCULAS COLOIDAIS
Movimento Browniano Efeito Tyndall
Bombardeamento pelas moléculas de água. Propriedade de dispersar a luz (nefelometria)

É o fenômeno pelo qual


partículas pequenas
suspensas em um líquido
tendem a se mover em
caminhos pseudoaleatórios
ou estocásticos através do
líquido, mesmo se o líquido
estiver calmo. É o resultado
da assimetria nos impactos cinéticos das moléculas que compõem o líquido.

Comportamento Elétrico
Existência de cargas negativas e positivas na
superfície do colóide (Eletroforese).
Técnica de separação
que se baseia no
princípio de migração
de íons em um
campo elétrico.
DUPLA CAMADA ELÉTRICA (DCE)

A dupla camada elétrica é formada pelas cargas superficiais e


pelo excesso de íons com carga oposta (contra-íons) adsorvidos
na partícula, deixando o meio circundante eletricamente neutro
e mais distante da superfície, e por co-íons (íons de mesma
carga) distribuídos de maneira difusa no meio polar.
O potencial zeta é uma medida da magnitude da repulsão ou da
atração eletrostática ou das cargas entre partículas, sendo um
dos parâmetros fundamentais que afetam a estabilidade.
TEORIA DA DUPLA CAMADA - ESTABILIDADE COLOIDAL

A carga líquida na
superfície da partícula
afeta a distribuição de íons
na sua vizinhança,
aumentando a
concentração de contra-
íons junto à superfície.
Assim, forma-se uma dupla
camada elétrica na
interface da partícula com
o líquido.
CONFIGURAÇÃO ESQUEMÁTICA DA DUPLA CAMADA
ELÉTRICA – COMPRESSÃO DA CAMADA DIFUSA
A concentração de íons positivos próximos à superfície do
colóide é denominada Camada de Stern, a partir da qual
se forma a Camada Difusa, onde a concentração de íons
é menor. O potencial elétrico criado pela presença do
colóide na água diminui com a distância, a partir da
superfície do mesmo, onde é denominado Potencial de
Nernst. Existe uma distância mínima entre a superfície do
colóide e os íons de carga contrária, no qual o potencial
elétrico decresce linearmente; em seguida, a diminuição
resulta exponencial, passando pela fronteira das camadas
Compacta e Difusa, região em que o potencial elétrico é
chamado de Potencial Zeta. O conceito deste potencial
está associado à aplicação da diferença de potencial em
uma amostra de água contendo colóides negativos de tal
forma que certa porção do meio, em torno de partícula,
caminha junto com esta ao eletrodo positivo,
caracterizando o Plano de Cisalhamento. Configuração esquemática da DCE
PROCESSOS E OPERAÇÕES NO TRATAMENTO DE ÁGUA
COAGULAÇÃO
Mecanismos de coagulação:
✓ compressão da dupla camada elétrica;
✓ adsorção e neutralização de cargas;
✓ varredura;
✓ adsorção e formação de pontes.

Diagrama de Coagulação
Ensaios de Jarteste
MECANISMOS DE COAGULAÇÃO
Coagulação > floculação

Caminhos para a coagulação por adsorção-neutralização de carga e por varredura utilizando sulfato de alumínio
DIAGRAMA
DE
COAGULAÇÃO
EQUIPAMENTO DE JARTESTE
UNIDADES DE MISTURA RÁPIDA
Mecanizadas:

 Tanques providos de agitadores mecânicos, com entrada de água


pela parte inferior ou pelo fundo e saída pela parte superior.

Não mecanizadas:

 Câmaras/canais com chicanas: movimento horizontal e movimento


vertical

 Ressalto hidráulico: Vertedor Parshall


UNIDADES DE MISTURA RÁPIDA
Hidráulica Mecanizada

CALHA PARSHALL
MISTURA RÁPIDA
UNIDADES DE MISTURA RÁPIDA

Agitadores mecanizados

Câmaras com agitadores mecânicos


(DI BERNARDO e DANTAS, 2005)
Mistura rápida por meio de injetor e malha
de fios e de difusores
Mistura rápida em tubulações com dispositivos especiais (DI BERNARDO e DANTAS, 2005).
(DI BERNARDO e DANTAS, 2005).
Mistura rápida
em ressalto
hidráulico
(DI BERNARDO e DANTAS, 2005).

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