Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Belém
2014
1
PROJETO PROINT - 2012/2013
“Simulando atenção à saúde pra consolidação da formação médica”
Colaboradores:
Profa. Dra. Nara Macêdo Botelho
Bolsistas PROINT:
Charles Roosevelt Almeida Vasconcelos
Michel Alves Teixeira
2
Costa, Tânia de Fátima D’Almeida.
Simulando atenção à saúde pra consolidação da formação médica /
Tânia de Fátima D’Almeida Costa; Nara Macedo Botelho, Charles
Roosevelt Almeida Vasconcelos; Michel Alves Teixeira -- 2014
1ª.ed. : 20
3
SUMÁRIO
1. EXAME DAS MAMAS 05
1.1. INSPEÇÃO ESTÁTICA 06
1.2. INSPEÇÃO DINÂMICA 06
1.3. PALPAÇÃO 07
1.4. EXPRESSÃO 07
1.5. PALPAÇÃO DOS GANGLIOS 08
2. EXAME ABDOMINAL 08
3. EXAME GENITAL 10
3.1. EXAME GENITAIS EXTERNOS 11
3.1.1. Inspeção Estática 11
3.1.2. Inspeção dinâmica 12
3.1.3. Palpação 12
3.2. EXAME GENITAIS INTERNOS 12
3.2.1. Exame Especular 13
3.2.2. Toque 14
4. EXAME OBSTÉTRICO 15
4.1. CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL 15
4.1.1. Método de Cálculo da Idade Gestacional, quando DUM (Data da Última 15
Menstruação) conhecida
4.1.2. Cálculo de idade Gestacional quando a data da última menstruação é 15
desconhecida, mas se conhece o período do mês em que ela ocorreu
4.1.3. Cálculo de idade Gestacional quando a data e o período da última 15
menstruação são desconhecidos
4.2. MÉTODO PARA CÁLCULO DA DPP 15
4.2.1. Regra de Naegele 15
4.2.2. A Determinação do Trimestre Gestacional 16
4.2.3. Semanas Gestacionais Trimestre 16
4.3. EXAME GERAL 16
4.3.1. Apresentação 17
4.3.2. Situação 17
4.3.3. Atitude 18
4.3.4. Posição 18
4.3.5. Ausculta Dos BCF 18
4.3.6. Variedade De Apresentação 18
4.3.7. Variedades De Posição 19
4.3.8. Mecanismo Do Parto 19
4.3.9. Insinuação: Flexão 20
4.4. MEDIDA DO FUNDO UTERINO 20
4.5. EXAMES DE ROTINA 20
4
Apresentação
5
FACULDADE DE MEDICINA
LABORATÓRIO DE HABILIDADES MÉDICAS
QUADRO 1
O QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES:
1) Quadrantes mamários: por sistematização, as mamas são divididas em
cinco quadrantes:
Fonte:BONTRANGER, 2003
QUADRO 2
O QUE OBSERVAR:
Presença de dor é uma importante queixa da paciente pode oferecer ótimas informações
sobre a sua origem e deve ser caracterizada tanto nos fatores gerais do exame físico,
quanto a sua periodicidade e relação com movimentos:
a) Periodicidade: se é cíclica, e tem relação com a menstruação.
b) Relação com movimentos: Se relacionado pode significar problemas
musculares, ósseas ou cartilaginosas.
1.3) PALPAÇÃO
Pode ser realizada em duas técnicas complementares:
1. A palpação de Vealpeau com a mão espalmada
2. Palpação de Blood Good com a ponta dos dedos.
A palpação deve iniciar de maneira superficial seguindo um sentido circular vindo da
região externa para a região interna da mama e abordando todos os quadrantes.
7
Observar:
o Consistência do parênquima (homogêneo ou granuloso);
o Presença de condensações ou nódulos;
o Temperatura e volume do panículo adiposo.
QUADRO 3
O QUE OBSERVAR:
Nódulos ou áreas de alta consistência (áreas de condensação) podem ser encontrados
ao exame de palpação e quando tal acontecer, as seguintes características devem ser
observadas e anotadas:
a) Limites: se precisos tendência benigna, se irregulares tendência maligna.
b) Consistência: se dura tendência maligna.
c) Mobilidade: pouca mobilidade tendência maligna.
d) Diâmetro: auxilia no estadiamento de possível neoplasia.
e) Fixação a estruturas adjacentes: verificado pela imobilidade (ou baixa mobilidade)
da mama na inspeção dinâmica.
1.4) EXPRESSÃO
Delicada pressão ao nível da aréola de sentido centrípeto, repetindo o movimento em
todos os quadrantes (caso tenha alguma dificuldade pedir para paciente realizar o
procedimento).
O exame será positivo com a saída de secreção que deve ser descrita em suas
principais características.
QUADRO 4
O QUE OBSERVAR:
Quando houver secreção papilar verificar:
a) Se a secreção é espontânea, recorrente ou intermitente;
b) Se é unilateral ou bilateral;
c) Aspecto da secreção: sanguíneo, seroso, claro, purulento, leitoso, esverdeado ou
acastanhado;
d) Se está relacionado com menstruação ou sinal de gestação;
e) Uso de medicamentos: anovulatórios, metroclopramida, clorpromazina, fenotiazina,
reserpina, sulpiride ou metildopa.
1.5) GANGLIOS:
O exame deve ser realizado com o braço da paciente relaxado, solicitando para a paciente
descansar seu braço no ombro do examinador (ou segurando o braço pela mão direita do
examinador) enquanto com a mão contralateral espalmada o examinador verifica as
seguintes cadeias de linfonodos:
a) Supraclavicular
b) Infraclavicular
c) Paraesternais
8
d) Cervicais
e) Axilares (muito importante)
Deve observar se são palpáveis e se palpáveis descrever número, localização,
consistência, mobilidade e aderência a planos adjacentes.
ALÉM DISSO
Em crianças e adolescentes, pode ser feito o estadiamento da mama segundo a classificação
de Tanner:
Estagio 1. pré-puberal = mama completamante plana.
Estagio 2. Pequena elevação da mama abaixo da aréola, aumento do diâmetro da
aréola.
Estagio 3. Aumento de toda a mama, sem protrusão da papila ou da aréola secundária.
Estágio 4. Aumento da aréola e papila como aréola secundária.
Estágio 5. Configuração adulta da mama com protrusão do mamilo.
2) EXAME ABDOMINAL:
O exame do abdômen é fundamental em função da repercussão que muitas doenças dos órgãos
genitais internos exercem sobre o peritônio seroso e alguns dos órgãos viscerais.
O abdômen deve ser examinado obrigatoriamente, pela inspeção e palpação, e,
eventualmente, pela percussão e ausculta. O exame é feito com o paciente em decúbito dorsal.
9
QUADRO 5
O QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES:
1) Regiões abdominais:
2)Sinais de Interesse :
10
Os órgãos genitais internos normalmente não são palpáveis por via abdominal. Sendo
possível identificá-los, indica existir aumento de volume do útero ou anexos.
3) EXAME GENITAL
QUADRO 6
O QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES:
1) Instrumentos e soluções utilizadas no exame:
a) Espéculo vaginal (Collins): Instrumento de ponta longilínea e anatômica com
capacidade móvel de expansão regulada, que tem por objetivo permitir ao
examinador visualizar através do orifício vaginal o colo do útero. O espéculo
possui quatro tamanhos: 0 (virgem) ,1 (pequeno), 2 (médio)e 3 (grande), que
devem ser escolhidos levando em consideração os seguintes critérios:
Idade: Quanto mais avançada a idade menor deve ser o especulo;
Paridade: Quanto maior o número de filhos (parto normal) maior deve
ser o espéculo;
Obesidade: Quanto maior a circunferência abdominal maior o espéculo.
b) Pinça de Cherron: Pinça com duas hastes longas e uma curvatura proximal
que facilita a visualização do orifício no processo de uso. Geralmente usada na
assepsia do local.
c) Algodão: Para aplicação de soro ou limpeza do local examinado.
d) Luvas: podem ser de procedimentos.
e) Espátula de Ayre: é um instrumento utilizado para a obtenção do material
cérvico-vaginal (colo do útero e vagina). O formato da espátula é ideal para a
amostragem da superfície ectocervical e da porção mais externa do canal
endocervical e vagina (na coleta tríplice)
f) Escovinha endocervical: escova alongada usada no canal do colo uterino
para obter amostragem de material da endocérvice.
g) Lamina de vidro de borda fosca: placa usada na coleta e pesquisa das
amostras, sendo obrigatória a identificação da paciente.
h) Álcool: para assepsia local.
i) Soro Fisiológico: com ação mucolítica para limpeza de colo e vagina.
j) Lugol: solução de iodo iodetada, com propriedades de reagir na presença de
polissacarídeos como Amido, glicogênio ou Dextrina. É usado no Teste de
Schiller ou Teste do Iodo.
11
Fonte: POTTER, P. A. e PERRY, A. G, 2009
12
QUADRO 7
O QUE OBSERVAR:
1. Inspeção vulvar:
3.1.3) Palpação:
O examinador palpa toda a extensão da vulva tentando identificar tumores, cistos (de
Bartholin) e linfonodos de vulva.
QUADRO 8
O QUE VOCÊ PRECISA SABER ANTES:
1. Colocação do espéculo:
Para a introdução do espéculo, o examinador afastará os grandes e pequenos lábios
com o polegar e o 3º dedo da mão esquerda para que o espéculo possa ser
introduzido suavemente na vagina.
A mão direita, que introduzirá o espéculo, deverá pegá-lo pelo cabo.
O espéculo é introduzido fechado com o pino para baixo.
Apóia-se o espéculo sobre a fúrcula, ligeiramente oblíquo (para evitar trauma uretral),
13
e faz-se sua introdução lentamente;
Antes de ser completamente colocado na vagina, quando estiver em meio caminho,
deve ser rodado, ficando as valvas paralelas às paredes anterior e posterior da vagina;
posição que ocupará no exame.
Na retirada do espéculo tem-se o cuidado de tracionar, para liberar o colo, e retirar
fechando lentamente e observando as paredes da vagina.
14
Espátula de Ayre Escovinha de coleta endocervical
QUADRO 9
O QUE OBSERVAR:
Teste do Iodo (Schiller): Aplicação da solução iodo iodetada (Lugol) na região do colo
uterino e vagina. A solução reage com o glicogênio (polissacarídeos ricamente presente
no citoplasma das células superficiais e intermediárias) dando a coloração marrom
escura. A coloração é proporcional a quantidade de glicogênio, corando fortemente as
células da camada superficial e intermediárias e de maneira mais clara as células
basais (epitélio atrófico) e colunares (glandulares).
O teste pode se apresentar:
Teste do iodo negativo (Schiller Positivo): realizar colposcopia e biópsia da área. São
casos de lesões atípicas (Mosaico, epitélio branco, leucoplasia...) ou representar
infiltração de células carcinomatosas.
Teste do iodo positivo ( Schiller Negativo): situação normal, cor acastanhado escuro.
A JEC (junção-escamo-colunar) deverá estar no OE (orifício externo do colo uterino),
área de transição do iodo positivo ( epitélio escamo estratificado- ectocérvice e vagina)
com iodo claro (epitélio colunar – endocérvice). Caso a JEC esteja na ectocérvice é
denominada negativa ( -1, -2 -3) caso esteja na endocérvice será positiva ( +1,+2,+3)
15
EXAME OBSTETRICO
4.1.3) Cálculo de idade Gestacional quando a data e o período da última menstruação são
desconhecidos:
I. Medir a altura uterina e posicionar o valor encontrado na curva de crescimento
uterino.
II. Até a 6ª semana não ocorre alteração do tamanho uterino; Na 8ª semana o útero
corresponde ao dobro do tamanho normal;
III. Na 10ª semana o útero corresponde a três vezes o tamanho habitual; Na 12ª
semana enche a pelve de modo que é palpável na sínfise púbica;
IV. Na 16ª semana o fundo uterino encontra-se entre a sínfise púbica e a cicatriz
umbilical; Na 20ª semana o fundo do útero encontra-se na altura da cicatriz
umbilical;
- Regra de Naegele:
ESTÁTICA FETAL:
- APRESENTAÇÃO:
I. Região fetal que se localiza na área do estreito superior. É importante o registro se a
apresentação fetal está fixa (insinuada) ou móvel (alta).
- SITUAÇÃO:
• Classificação:
- ATITUDE
Caracteriza-se pela relação das diversas partes fetais entre si, flexão generalizada.
17
i. Atitude do polo cefálico na apresentação cefálica: flexão ou deflexão
a) Pélvica simples ou incompleta modo de nádegas: quando as coxas estão fletidas sobre
a bacia e as pernas estendidas sobre a superfície anterior do tronco.
b) Pélvica variedade de pés ou joelho: quando essas partes fetais ocupam o estreito
superior da bacia
- POSIÇÃO:
É a relação do dorso fetal com pontos de referencia do abdome materno. Na situação
longitudinal pode ser direita ou esquerda. Na situação transversa, pode ser anterior ou
posterior em relação à coluna vertebral materna.
- Variedade de apresentação:
Apresentação cefálica fletida: ponto de referencia é a fontanela posterior.
- Variedades De Posição:
Pontos de referencia da pelve materna
18
MEDIDA DO FUNDO UTERINO
I. Posicionar a gestante em decúbito dorsal com o abdômen descoberto.
III. Fixar a extremidade inicial zero cm da fita métrica sobre a borda superior da sínfise
púbica, fixando com os dedos indicador e médio;
IV. Proceder à leitura quando a extremidade cubital da mão atingir o fundo uterino.
MANOBRA DE LEOPOLD-ZWEIFEL
19
3º tempo: Verificar o polo fetal que se apresenta ao estreito superior e sua mobilidade.
Apreender a apresentação entre o polegar e os dedos e imprimir movimentos laterais.
Se estiver encaixada/insinuado a mobilidade é pequena. Caso móvel a apresentação
está alta (não encaixada)
4º tempo: o examinador fica de frente para os pés da gestante, e com as pontas dos
dedos exerce pressão em direção ao eixo da entrada da pelve. Procura sentir o grau
de penetração na apresentação na pelve.
MECANISMO DO PARTO
20
Os tempos do mecanismo de parto não são independentes uns dos outros pois antes
de terminar um já inicia o outro. O parto fisiológico é o feto em apresentação cefálica fletida e
por ser a variedade OET (occipício esquerda transversa) a mais frequente descreve-se os seis
tempos do mecanismo de parto com esta variedade de posição:
PRIMEIRO TEMPO: INSINUAÇÃO
Consiste na passagem do bi-parietal através do estreito superior da bacia. O estreito
superior tem os seguintes limites: promontório, asa do sacro, sinostose sacri-ilíaca, linha
arqueada do íleo, eminência íleo pectínea, margem superior da pube e sínfise púbica. Para
que a insinuação se processe é necessária a flexão do polo cefálico (explicada pela teoria de
Zweifel), assim oferece um diâmetro menor permitindo a passagem pelo estreito superior.
21
REFERÊNCIAS
22
MANUAL MERCK. Exame Ginecologico do aparelho reprodutor. 2009, cap. 231, seção 22,
Biblioteca Médica Online. Disponível em <http://www.manualmerck.net/?id=257&cn=1623#> .
Acesso em: 07 de Janeiro de 2014.
23