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MÃES NO CÁRCERE

O ENCARCERAMENTO MATERNO NA INFÂNCIA

Componentes:
Jocivaldo Santos Da Silva
Guilherme da Silva Oliveira
José Germano Haab
APRESENTAÇÃO

TESE:

Fundamentamos a nossa tese na perspectiva do desenvolvimento da


criança que se encontra alojada em presídios, devido à privação de liberdade de
sua progenitora, que se encontra em condição de encarceramento.

OBJETIVO:

Nosso objetivo é argumentar sobre a situação enfrentada pela criança e a


relação mãe-bebê nos sistemas prisionais, embasando nossos argumentos em
fatos, dados, legislação e pesquisas prévias.
APRESENTAÇÃO

OBJETIVO:

Nosso objetivo é argumentar sobre a situação enfrentada pela criança e a


relação mãe-bebê nos sistemas prisionais, embasando nossos argumentos em
fatos, dados, legislação e pesquisas prévias.

A presente apresentação abordará as complexidades do encarceramento


materno, e os impactos do cárcere na vida da criança, bem como no seu
desenvolvimento. Também será realizado uma análise jurídica da condição dos
encarcerados, vinculado cada situação ao que dispõe a legislação vigente.
APRESENTAÇÃO DO TRABALHO E TÓPICOS ABORDADOS:

A presente apresentação abordará as complexidades do encarceramento


materno, e os impactos do cárcere na vida da criança, bem como no seu
desenvolvimento. Também será realizado uma análise jurídica da condição dos
encarcerados, vinculado cada situação ao que dispõe a legislação vigente.

O encarceramento materno é uma questão multifacetada que afeta não


apenas as mães presas, mas também suas famílias, especialmente os filhos. Os
impactos nas crianças incluem a separação familiar, traumas, estresse e
desafios no desenvolvimento. A análise jurídica será fundamental para avaliar
como as leis protegem os direitos das pessoas encarceradas e das crianças
afetadas, bem como identificar possíveis melhorias.
Introdução

● Aumento do número de mulheres presas

● Assunto carece de estudos

● Poucas penitenciárias possuem ambiente berçário ou creche para o cuidado das crianças
dentro das penitenciárias

● Muitos filhos dividem as celas da prisão com a mãe, sem a mínima condição adequada
para seu cuidado.
Pergunta 01

Podemos retirar o direito do convívio entre uma mãe e seu filho?

Art. 5º, L, CF - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com
seus filhos durante o período de amamentação;

Art. 19, Lei 8.069/1990 - ECA. - É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no
seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência
familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral
Mãe retornando para casa

https://youtu.be/qQCkN45AFMc?si=S-60XaTf-wZhLNKT&t=827
Pergunta 02

O que é melhor para a criança: estar “presa” mas junto à mãe ou “livre” mas
sem o convívio dela?

Art. 5º, XLV, CF - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a obrigação de reparar o
dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;

DILEMA: A mãe tem o direito de permanecer com seu filho após o nascimento, ao mesmo tempo
em que ela exerce esse direito, ela viola o direito do seu filho de viver em liberdade, de crescer
em uma sociedade ou de conviver com seus familiares.
Criança presa junto à mãe

https://youtu.be/qQCkN45AFMc?si=CBpPRbAZlU9kz3m9&t=749
Taxa de Aprisionamento feminino
Data de referência: 30/06/2023

Fonte SENAPPEN
Estatísticas
Data de referência: 30/06/2023

Fonte SENAPPEN
Impacto Jurídico do Encarceramento Materno
Gestante em Privação de Liberdade:

A privação de liberdade e a dignidade da pessoa humana.

Art. 3º da Lei 7210/1984, Caput: Ao condenado e ao internado serão assegurados todos os direitos não atingidos pela sentença ou
pela lei.

Certamente, a situação de mulheres grávidas que se encontram em condições de privação de


liberdade é um fato preocupante, tendo em vista que toda gestação requer um
acompanhamento médico, e demais cuidados para que a gestação ocorra de maneira saudável,
protegendo a mãe e o filho, logo às grávidas devem receber um atendimento digno.

O Decreto Brasileiro nº. 57.783, de 10 de fevereiro de 2012, em consonância com as Regras de


Bangkok de 2010, que aborda sobre o tratamento das gestantes que estão em regime de
reclusão, expressa o seguinte:

Artigo 1º - Fica vedado, sob pena de responsabilidade, o uso de algemas durante o trabalho de parto da presa e no
subseqüente período de sua internação em estabelecimento de saúde.
Direitos da gestante:
A gestante em condição de privação de liberdade também tem os mesmos direitos
de uma gestante que não esteja na mesma condição, conforme é assegurado pela Lei
N°13.257, de 8 de Março de 2016:
Art. 8º É assegurado a todas as mulheres o acesso aos programas e às políticas de saúde da mulher e de planejamento reprodutivo e,
às gestantes, nutrição adequada, atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério e atendimento pré-natal, perinatal e
pós-natal integral no âmbito do Sistema Único de Saúde.

§ 1º O atendimento pré-natal será realizado por profissionais da atenção primária.

§ 2º Os profissionais de saúde de referência da gestante garantirão sua vinculação, no último trimestre da gestação, ao
estabelecimento em que será realizado o parto, garantido o direito de opção da mulher.

§ 3º Os serviços de saúde onde o parto for realizado assegurarão às mulheres e aos seus filhos recém-nascidos alta hospitalar
responsável e contrarreferência na atenção primária, bem como o acesso a outros serviços e a grupos de apoio à amamentação.

§ 5º A assistência referida no § 4º deste artigo deverá ser prestada também a gestantes e mães que manifestem interesse em
entregar seus filhos para adoção, bem como a gestantes e mães que se encontrem em situação de privação de liberdade.

§ 6º A gestante e a parturiente têm direito a 1 (um) acompanhante de sua preferência durante o período do pré-natal, do trabalho de
parto e do pós-parto imediato.
§ 7º A gestante deverá receber orientação sobre aleitamento materno, alimentação complementar saudável e crescimento e
desenvolvimento infantil, bem como sobre formas de favorecer a criação de vínculos afetivos e de estimular o desenvolvimento integral da
criança.

§ 8º A gestante tem direito a acompanhamento saudável durante toda a gestação e a parto natural cuidadoso, estabelecendo-se a aplicação
de cesariana e outras intervenções cirúrgicas por motivos médicos.

§ 9º A atenção primária à saúde fará a busca ativa da gestante que não iniciar ou que abandonar as consultas de pré-natal, bem como da
puérpera que não comparecer às consultas pós-parto.

§ 10. Incumbe ao poder público garantir, à gestante e à mulher com filho na primeira infância que se encontrem sob custódia em unidade de
privação de liberdade, ambiência que atenda às normas sanitárias e assistenciais do Sistema Único de Saúde para o acolhimento do filho,
em articulação com o sistema de ensino competente, visando ao desenvolvimento integral da criança.
Direito da criança:

O ECA enfatiza a preferência pela guarda parental e destaca o direito à convivência da criança
com o genitor privado de liberdade, assegurando visitas periódicas para preservar laços
familiares, mesmo em casos de acolhimento institucional. Essa medida visa garantir o
desenvolvimento integral da criança, reconhecendo a importância do ambiente familiar, mesmo
diante de desafios como a privação de liberdade de um dos genitores.

Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta,
assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral.

§ 4 o Será garantida a convivência da criança e do adolescente com a mãe ou o pai privado de liberdade, por meio de visitas periódicas
promovidas pelo responsável ou, nas hipóteses de acolhimento institucional, pela entidade responsável, independentemente de
autorização judicial.
Políticas e Programas de Apoio

A situação de mães que estão em situação de encarceramento é uma questão complexa que envolve diversos
aspectos, como o impacto nos filhos, a ressocialização das detentas, e a necessidade de programas de apoio específicos.
Políticas e programas direcionados a mães no cárcere têm o objetivo de abordar essas questões de maneira mais
adequada

Programas governamentais voltados para mães no cárcere podem variar de acordo com os estados e municípios, aqui
vamos abranger um geral.

Objetivo: Facilitar a reintegração social de mães que estão cumprindo pena no sistema prisional, promovendo a
manutenção dos vínculos familiares e proporcionando apoio durante e após o período de encarceramento

*Programas de Educação e Treinamento:

Oferecer oportunidades de educação e treinamento profissional dentro do sistema prisional pode ajudar as mães a adquirir
habilidades que serão úteis após a libertação.

Esses programas podem contribuir para a reintegração bem-sucedida na sociedade, reduzindo as taxas de reincidência,
estatísticas já mostram .
Apoio Psicossocial:
Oferecer serviços de apoio psicossocial, como aconselhamento e terapia, é
fundamental para auxiliar as mães a lidar com o estresse e os desafios
emocionais associados ao encarceramento.
Instalações Adequadas:
Garantia de instalações prisionais que atendam às necessidades
específicas de mães, incluindo espaços para cuidados com crianças, áreas
de amamentação e condições sanitárias adequadas.
Assistência Jurídica:
Orientação jurídica para questões relacionadas à
maternidade, guarda dos filhos e outros direitos parentais.
Facilitação do acesso à justiça.

A Constituição Federal do Brasil prevê que cabe à Defensoria Pública a prestação de assistência
jurídica gratuita e apoio integral às pessoas que dele necessitam. (artigo 134 CF)

Importante reforçar que é direito das mães encarceradas e também de seus filhos a assistência
jurídica gratuita, cabendo ao Defensor Público que atua na Vara da Infância e Juventude ou nas
Varas de Execução Penal primar pelo interesse e continuidade de convivência familiar.

Este acesso deve ser viabilizado por todos, sendo acionado a qualquer tempo, buscando garantir
direito ou prevenir violações.

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