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CURSO DE
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM
Aluno:
AN02FREV001/REV 4.0
1
CURSO DE
SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA
DE ENFERMAGEM
MÓDULO I
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são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.
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SUMÁRIO
MÓDULO I
1 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
2 CONCEITO DE SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E
PROCESSO DE ENFERMAGEM
3 BASES LEGAIS PARA A IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA
ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
3.1 CONSTITUIÇÃO FEDERATIVA DO BRASIL
3.2 LEI N° 7.498/86
3.3 DECRETO Nº 94.406/86
3.4 RESOLUÇÃO COFEN N° 311/2006
3.5 RESOLUÇÃO COFEN Nº 159/1993
3.6 RESOLUÇÃO COFEN N° 267/2001
3.7 RESOLUÇÃO COFEN N° 272/2002
3.8 PORTARIA COFEN N° 19/2006
3.9 RESOLUÇÃO COFEN N° 358/2009
4 IMPLANTAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
4.1 PRIMEIRO PASSO
4.2 INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA A ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE
ENFERMAGEM
4.3 PAPEL DO GERENTE DE ENFERMAGEM
4.4 COMPETÊNCIA DO GERENTE
4.5 ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA
5 TEORIAS DE ENFERMAGEM
5.1 COMO SE CONSTITUI UM PROCESSO DE ENFERMAGEM
6 INTRODUÇÃO ÀS TEORIAS DE ENFERMAGEM
6.1 TEORIA DE FLORENCE NIGHTINGALE
6.2 TEORIA DE DOROTHEA E. OREM
6.3 TEORIA DE IMOGENE M. KING
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6.4 TEORIA DE BETTY NEUMAN
6.5 TEORIA DE MADELEINE M. LEININGER
6.6 TEORIA DE VIRGINIA HENDERSON
6.7 PROCESSO DE ENFERMAGEM DE WANDA DE AGUIAR HORTA
6.8 TEORIA DE MARGARET NEWMAN
6.9 TEORIA DE MARTA ROGERS
6.10 TEORIA DE CALLISTA ROY
MÓDULO II
7 INTRODUÇÃO
8 TÉCNICAS PARA EXAME FÍSICO
8.1 INSPEÇÃO
8.2 AUSCULTA
8.3 PALPAÇÃO
8.4 PERCUSSÃO
9 POSIÇÕES PARA EXAME FÍSICO
9.1 INSTRUMENTOS NECESSÁRIOS PARA REALIZAÇÃO DO EXAME FÍSICO
10 EXAME FÍSICO GERAL
10.1 TEMPERATURA CORPORAL
10.2 PRESSÃO ARTERIAL
10.3 PULSO
10.4 RESPIRAÇÃO
10.5 DADOS ANTROPOMÉTRICOS
11 AVALIAÇÃO MENTAL
11.1 FALA E LINGUAGEM
11.2 HUMOR
11.3 PENSAMENTO E PERCEPÇÃO
11.4 FUNÇÃO COGNITIVA
12 EXAME FÍSICO ESPECÍFICO
12.1 PELE
12.1.1 Função da Pele
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12.1.2 Composição
12.1.3 Coloração
12.1.4 Superfície, Integridade e Espessura
12.1.5 Suor
12.1.6 Apêndices Cutâneos
12.1.7 Anormalidades
12.1.8 Técnica do Exame
12.1.9 Inspeção
12.1.10 Palpação
12.1.11 Pesquisa de Manchas Cutâneas
12.1.12 Testes de Sensibilidade
12.1.13 Superfície, Espessura e Integridade
12.2 UNHAS
12.3 PELOS
12.4 CABEÇA
12.4.1 Técnicas de Exame
12.4.2 Inspeção e Palpação
12.5 PESCOÇO
12.6 TÓRAX E PULMÃO
12.7 CORAÇÃO
12.7.1 Exame Físico Cardíaco
13 MAMAS
13.1 MAMA MASCULINA
13.2 MAMA FEMININA
14 AXILAS
15 ABDOME
15.1 FÍGADO
15.2 BAÇO
15.3 RINS
16 GENITÁLIA FEMININA
16.1 TÉCNICAS DE EXAME
17 GENITÁLIA MASCULINA
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17.1 INSPEÇÃO E PALPAÇÃO
17.1.1 Região Pubiana
17.1.2 Pênis
17.1.3 Hérnias
18 RETO E ÂNUS
19 MEMBROS SUPERIORES E INFERIORES
19.1 TÉCNICAS DE EXAME
19.1.1 Inspeção
19.1.2 Palpação
20 SISTEMA NERVOSO
MÓDULO III
21 HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
21.1 ESTRUTURA DO HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
21.1.1 Coleta de Dados – Histórico
21.2 ENTREVISTA
21.2.1 Técnicas de Entrevista
21.3 EXEMPLOS DE HISTÓRICO DE ENFERMAGEM
MÓDULO IV
22 ESTRUTURA DE DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM
22.1 BREVE HISTÓRICO DOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
23 DESENVOLVIMENTO DOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
24 DESENVOLVIMENTO DE UMA TAXONOMIA
25 ESTRUTURA DA TAXONOMIA II (2009/2011)
26 EIXOS DA TAXONOMIA II
26.1 DEFINIÇÕES DOS EIXOS
26.1.1 Eixo 1: O Conceito Diagnóstico
26.1.2 Eixo 2: Sujeito do Diagnóstico
26.1.3 Eixo 3: Julgamento
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26.1.4 Eixo 4: Localização
26.1.5 Eixo 5: Idade
26.1.6 Eixo 6: Tempo
26.1.7 Eixo 7: Situação do Diagnóstico
27 COMPONENTES E TIPOS DOS DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
27.1 TÍTULO
27.2 DEFINIÇÃO
27.3 CARACTERÍSTICAS DEFINIDORAS
27.4 FATORES DE RISCO
27.5 FATORES RELACIONADOS
28 TIPOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
28.1 DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM REAL
28.2 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DE PROMOÇÃO DE SAÚDE
28.3 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DE RISCO
28.4 DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM DE BEM-ESTAR
29 EXEMPLOS DE DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM
MÓDULO V
30 PLANEJAMENTO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM
31 IMPLEMENTAÇÃO DOS CUIDADOS DE ENFERMAGEM
31.1 PRESCRIÇÕES
32 ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
32.1 ASPECTOS LEGAIS DA ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM
32.2 CONSIDERAÇÕES GERAIS DAS ANOTAÇÕES DE ENFERMAGEM
33 EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
33.1 EXEMPLO DE EVOLUÇÃO DE ENFERMAGEM
33.2 PRESCRIÇÕES E ANOTAÇÕES
34 SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM – CONTROLE E
AVALIAÇÃO
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MÓDULO VI
35 MODELOS DE IMPRESSOS UTILIZADOS NA IMPLANTAÇÃO DA SAE
36 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS EM UTI NEONATAL
37 EXPERIÊNCIAS NA IMPLANTAÇÃO DA SAE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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MÓDULO I
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ambientes, públicos ou privados, em que ocorre o cuidado profissional, e dá outras
providências.
Art. 1º O processo de enfermagem deve ser realizado, de modo
deliberado e sistemático, em todos os ambientes, públicos ou
privados, em que ocorre o cuidado profissional.
§ 1º – os ambientes de que trata o caput deste artigo referem-se a
instituições prestadoras de serviços de internação hospitalar,
instituições prestadoras de serviços ambulatoriais de saúde,
domicílios, escolas, associações comunitárias, fábricas, entre outros.
§ 2º – quando realizado em instituições prestadoras de serviços
ambulatoriais de saúde, domicílios, escolas, associações
comunitárias, entre outros, o processo de saúde de enfermagem
corresponde ao usualmente denominado nesses ambientes como
consulta de enfermagem.
Art. 2º O Processo de Enfermagem organiza-se em cinco etapas
inter-relacionadas, interdependentes e recorrentes:
I – Coleta de dados de Enfermagem (ou Histórico de
Enfermagem) – processo deliberado, sistemático e contínuo,
realizado com o auxílio de métodos e técnicas variadas, que tem por
finalidade a obtenção de informações sobre a pessoa, família ou
coletividade humana e sobre suas respostas em um dado momento
do processo saúde e doença.
II – Diagnóstico de Enfermagem – processo de interpretação e
agrupamento dos dados coletados na primeira etapa, que culmina
com a tomada de decisão sobre os conceitos diagnósticos de
enfermagem que representam, com mais exatidão, as respostas da
pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do
processo saúde e doença e que constituem a base para a seleção
das ações ou intervenções com as quais se objetiva alcançar os
resultados esperados.
III – Planejamento de Enfermagem – determinação dos resultados
que se espera alcançar e das ações ou intervenções de enfermagem
que serão realizadas face às respostas da pessoa, família ou
coletividade humana em um dado momento do processo saúde e
doença, identificadas na etapa de Diagnóstico de Enfermagem.
IV – Implementação – realização das ações ou intervenções
determinadas na etapa do Planejamento de Enfermagem.
V – Avaliação de Enfermagem – processo deliberado, sistemático e
contínuo de verificação de mudanças nas respostas da pessoa,
família ou coletividade humana em um dado momento do processo
saúde doença, para determinar se as ações ou intervenções de
enfermagem alcançaram o resultado esperado e de verificação da
necessidade de mudanças ou adaptações nas etapas do Processo
de Enfermagem.
Art. 3º O Processo de Enfermagem deve estar baseado num suporte
teórico que oriente a coleta de dados, o estabelecimento de
diagnósticos de enfermagem e o planejamento das ações ou
intervenções de enfermagem; e que forneça a base para a avaliação
dos resultados de enfermagem alcançados.
Art. 4º Ao enfermeiro, observadas as disposições da Lei nº 7.498, de
25 de junho de 1986 e do Decreto nº 94.406, de 8 de junho de 1987,
que a regulamenta, incumbe a liderança na execução e avaliação do
Processo de Enfermagem, de modo a alcançar os resultados de
enfermagem esperados, cabendo-lhe, privativamente, o diagnóstico
de enfermagem acerca das respostas da pessoa, família ou
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coletividade humana em um dado momento do processo saúde e
doença, bem como a prescrição das ações ou intervenções de
enfermagem a serem realizadas, face a essas respostas.
Art. 5º O Técnico de Enfermagem e o Auxiliar de Enfermagem, em
conformidade com o disposto na Lei nº 7.498, de 25 de junho de
1986, e do Decreto 94.406, de 8 de junho de 1987, que a
regulamenta, participam da execução do Processo de Enfermagem,
naquilo que lhes couber, sob a supervisão e orientação do
Enfermeiro.
Art. 6º A execução do Processo de Enfermagem deve ser registrada
formalmente, envolvendo:
a) Um resumo dos dados coletados sobre a pessoa, família ou
coletividade humana em um dado momento do processo saúde e
doença;
b) Os diagnósticos de enfermagem acerca das respostas da
pessoa, família ou coletividade humana em um dado momento do
processo saúde e doença;
c) As ações ou intervenções de enfermagem realizadas face aos
diagnósticos de enfermagem identificados;
d) Os resultados alcançados como consequência das ações ou
intervenções de enfermagem realizadas.
Art. 7º Compete ao Conselho Federal de Enfermagem e aos
Conselhos Regionais de Enfermagem, no ato que lhes couber,
promover as condições, entre as quais firmar convênios ou
estabelecer parcerias, para o cumprimento desta Resolução.
e) Art. 8º Esta Resolução entra em vigor na data de sua
publicação, revogando-se as disposições contrárias, em especial, a
Resolução COFEN nº 272/2002.
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se constitui em um elemento organizativo fundamental para as atividades
desenvolvidas pelas equipes, beneficiando tanto o paciente, por intermédio de um
atendimento individualizado, assim como o enfermeiro, facilitando na tomada de
decisões e estabelecendo prioridades e fundamentando os cuidados prestados.
A qualidade do cuidado de enfermagem pode ser entendida como um
conjunto de ações que envolvem desde o saber-fazer até as atividades complexas,
como a formulação do diagnóstico de enfermagem. Isso significa que o enfermeiro
deve ser capaz de transferir seus conhecimentos para a prática diária, desenvolver
julgamento clínico, avaliar o resultado de suas ações, assim como assumir a
responsabilidade dos resultados do planejamento da assistência.
O saber específico do cuidado proporciona ao enfermeiro a possibilidade de
alcance de uma autonomia profissional. A observação sistemática – também
chamada de estruturada ou planejada – é aquela que fazemos para responder a
propósitos preestabelecidos, nos quais os dados são colhidos de forma organizada,
sendo que o mesmo poderá ser lido por diversos observadores, desde que
compreendam as situações e os detalhes da mesma forma. (CIANCIARRULO,
2004).
A sistematização da assistência de enfermagem é um assunto amplo e está
ligado ao trabalho diário do enfermeiro, mesmo por aqueles que desconhecem o
assunto. Diante de suas ações dentro do cuidado assistencial prestado ao paciente
se desenvolvem vários pontos que fazem parte do processo da sistematização da
assistência de enfermagem, porém ainda tem um desenvolvimento precário e não
sistematizado.
Este curso tem como objetivo principal esclarecer aos enfermeiros a
importância da sistematização da assistência de enfermagem, detalhando suas
etapas e seu desenvolvimento e auxiliando-os a traçar estratégias para que a sua
implantação possa ser realizada com facilidade.
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2 CONCEITO DE SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM E
PROCESSO DE ENFERMAGEM
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na efetivação do feedback necessário para prever, avaliar e determinar novas
intervenções. É um método sistemático de prestação de cuidados humanizados que
enfoca a obtenção de resultados desejados de uma maneira rentável. (ALFARO-
LEFEVRE, 2005).
Por isso mesmo, torna-se o processo de enfermagem uma prática intelectual
deliberada, desenvolvida de maneira ordenada e sistemática. É uma prática
deliberada porque existe a intenção de fazer de maneira organizada, atendendo a
uma lógica do raciocínio clínico. A eficiência, como resultado do processo, dizemos
ser uma prática ordenada e sistemática.
O processo de enfermagem, se efetivamente praticado, proporciona a
possibilidade plena de o enfermeiro avaliar a qualidade da assistência prestada,
justificando a enfermagem como uma ciência pela aplicação de conceitos e teorias
próprias, fundamentadas nas ciências biológicas, físicas, comportamentais e
humanas sempre presentes no processo de cuidar.
Segundo Horta (1979), “o conhecimento científico passa a ser ciência
quando se organiza num sistema de proposições demonstradas experimentalmente
e que se relacionam entre si”. Ainda segundo o autor, “o que caracteriza uma ciência
é a indicação clara de seu objeto, sua descrição, explicação e previsão. O objeto do
conhecimento científico não é o ser, por que esse, por si próprio, é inobjetivável”.
O objeto da ciência é o ente concreto que se revela ao homem e todo ente
está no habitáculo do ser. Um único ser pode ter seus entes concretos como objeto
de várias disciplinas científicas. A psicologia, a sociologia, a história, a economia, a
administração, a antropologia, a medicina e todas as demais ciências têm seu ente
próprio, um único habitáculo, que é o ser humano.
A enfermagem enquanto ciência revela o homem como um ser humano
composto e que compõe o indivíduo, a família, a comunidade e todas as influências
que exerce ou sofre em termos sociais, profissionais e pessoais, atendendo ao
indivíduo em suas necessidades afetadas, que caracterizam os entes da
enfermagem.
O enfermeiro, em seu papel primordial, desenvolve um trabalho voltado para
o entendimento destes problemas, relacionando-os entre si e agindo sobre esses,
caracterizando o aspecto científico do cuidar. A enfermagem como ciência identifica,
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analisa, estuda os fenômenos reais e sempre passíveis de experimentação, com
muitas teorias já desenvolvidas e amplamente validadas, que estabelecem
relacionamento entre os fatos e os atos existentes e identificados.
Considera como base de suas conclusões a certeza probabilística de que
todas as ciências estão presentes, das hermenêuticas às empírico-formais, inclusive
a física, caracterizando-se como uma ciência formal ou positiva. O processo de
Enfermagem é descrito em cinco fases essenciais para a sua efetividade e eficácia,
quais sejam:
Coleta de Dados;
Diagnóstico;
Planejamento;
Implementação;
Avaliação.
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Esse indivíduo deverá ser olhado, pelo enfermeiro, como ele próprio, família,
comunidade, profissional e todo o universo que o compõe. É a base para a
identificação e determinação das intervenções de enfermagem (prescrição de
enfermagem) e estabelecimento de metas desejadas. A implementação constitui-se
da colocação do plano de cuidados em ação.
Segundo Alfaro-LeFevre (2005), esta fase subdivide-se em seis subfases:
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Isso resultará em um processo aplicado em nível individual ou coletivo, em
um contínuo processo de retroalimentação, visando à promoção, proteção,
prevenção, recuperação e reabilitação da saúde. O enfermeiro, além de ter o seu
papel centrado na promoção, proteção, prevenção, recuperação e reabilitação da
saúde, desempenha também um papel fundamental na prestação de cuidados
primários e secundários, no atendimento e controle de urgências/emergências e na
prevenção quanto aos acidentes do trabalho.
Art. 197:
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3.3 DECRETO Nº 94.406/86
I-Privativamente:
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Considerando que a consulta de enfermagem compõe-se de histórico de
enfermagem (compreendendo a entrevista), exame físico, diagnóstico de
enfermagem, prescrição e implementação da assistência e evolução de
enfermagem;
RESOLVE:
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3.8 PORTARIA COFEN N° 19/2006
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4 IMPLANTAÇÃO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
Regimento;
Organograma;
Normas;
Rotinas;
Protocolos;
Procedimentos;
Relatórios gerenciais diversos;
Pastas de comunicados;
Pastas de ordens de serviços;
Portarias;
Livro de ocorrências das unidades;
Escala de serviço mensal;
Escala de atribuições;
Programação de férias;
Censo diário;
Ficha funcional.
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O que o serviço de enfermagem achar importante para o seu funcionamento.
Facilitador;
Incentivador;
Líder.
Habilidades técnico-científicas;
Relacionamento;
Comunicação;
Obter resultados.
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5 TEORIAS DE ENFERMAGEM
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Uma dessas teorias, a sinergística, relaciona-se mais com o cuidado de
enfermagem do que a enfermagem em si. A teoria homeostásica aplica a teoria dos
sistemas. Outras como as de Imogenes King e Martha Rogers são denominadas
pelos nomes de suas respectivas autoras.
Todas as teorias existentes, no entanto, são bastante diversas, dinâmicas,
versáteis e aplicáveis em quaisquer situações em que exista a necessidade do
cuidado de enfermagem, e o enfermeiro, por sua característica ocupacional,
necessita conhecê-las, não para decorá-las, mas entendê-las e redefinir sua postura
e conduta profissional em relação às necessidades do cliente e suas
responsabilidades ético-profissionais.
As teorias de enfermagem, longe de serem meros conteúdos teóricos,
traduzem em seus conceitos e modelos o infinito trabalho profissional da
enfermagem, fundamentado na ciência do conhecimento e do saber. É o uso efetivo
do conhecimento e do saber com sabedoria e não com imagens deste
conhecimento. As teorias de enfermagem envolvem profundos saberes e
conhecimentos culturais, sociais, comportamentais, englobando não somente o
indivíduo enquanto pessoa, mas enquanto família, social, profissional, comunidade,
cultura e instituição.
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apostaram no processo científico do trabalho da enfermagem, autônomo e
independente, afastados do modelo biomédico a que somos levados no processo de
formação profissional.
O enfermeiro, dentro do que lhe compete desenvolver, deve direcionar seu
trabalho para alguns objetivos, entre os quais, destacamos:
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As que são orientadas para os sistemas:
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influenciando diretamente Johnson, King, Neuman, Orem, Roy, Rogers, Leininger e
Newman.
A dependência e o seu papel na enfermagem, identificado por Henderson,
serviu de base para Orlando, Orem e Levine. A independência, por sua vez, é
enfocada por Peplau, Rogers, Hall, King e Parse. A interdependência, por sua vez, é
a inspiração de Erickson, Tomlin, Swain, Newman, Boykin e Schoenhofer. A
adaptação é tema das teorias ou modelos de Florence, King, Levine, Rogers, Roy e
Erickson, Tomlin e Swain. A teoria de sistemas é utilizada por Rogers, King, Roy,
Johnson, Neuman, Parse e Newman.
As teorias possuem características que inter-relacionam conceito e permitem
uma visão de determinado fenômeno, dentre elas podemos destacar:
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6.1 TEORIA DE FLORENCE NIGHTINGALE
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e buscando melhorar a qualidade dessa assistência, brigando por materiais
específicos, além de alimentos, leitos e material de higiene ambiental e pessoal nos
alojamentos assistenciais.
Envolvida pela busca incessante de uma qualidade nesta assistência,
Nightingale criava condições para o bem-estar dos feridos de guerra ou não,
incentivando e exigindo infraestrutura humanitária e social, como lavanderia,
biblioteca, redação de cartas e até meios para que os soldados tivessem como
economizar seus salários, além de um hospital para as famílias que estivessem nas
frentes de batalhas.
Preocupava-se com o conforto aos enfermos e aos que estavam em estado
terminal, envolvendo-se em questões administrativas de eficácia e eficiência
plenamente reconhecidas por seus superiores. Finda a guerra, dedicou-se ao ensino
da enfermagem, estimulando e abrindo escolas de enfermagem, marcando sua
época na profissão.
Faleceu em 13 de agosto de 1910, e esta data é até hoje celebrada na Igreja
de St. Margaret, em East Wellow, Inglaterra, sendo considerada como a mãe da
enfermagem moderna. Em Kaiserwerth, Alemanha, surgiu a primeira escola de
enfermagem organizada no mundo, em 1836, que ensinava às camponesas locais
noções de higiene ambiental e pessoal.
Em 1850, por 14 dias Nightingale realizou visita a esta escola, candidatando-
se à mesma e manifestando seu desejo de se tornar enfermeira, tendo sido admitida
em 6 de julho de 1851, permanecendo lá por três meses, levando para a Inglaterra
os conhecimentos adquiridos, onde se envolveu na luta por reformas na área de
saúde e bem-estar dos cidadãos ingleses.
Ela não concordava com as condições no país, que restringia a participação
da mulher na política social e governamental. Sua missão na Crimeia, na vida militar,
foi extremamente penosa, pela rejeição à figura da mulher nesse tipo de condição.
Encontrou no campo de batalha alojamentos assistenciais precários e infestados de
insetos, ratos, com esgoto a céu aberto, possibilitando a ocorrência de infecções
letais e transmissíveis entre os feridos e sadios.
A taxa de mortalidade, nos níveis de 43%, era caracterizada muito mais pela
transmissão de contaminantes e biológicos do que por ferimentos na batalha. A sua
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intervenção ambiental reduziu, em menos de seis meses, esta taxa para apenas
2,2%, conquistando reconhecimento e respeito pelo trabalho desenvolvido.
Seus relatórios manuscritos foram entregues ao Ministro da Guerra na
época, Sidney Herbert, com aplicações estatísticas, iniciando o movimento de
reforma hospitalar no país. Este trabalho rendeu-lhe reconhecimento e admissão
como membro da Royal Statistical Society, em 1858, sendo considerada, com inteira
justiça, como a primeira enfermeira pesquisadora no mundo.
Nightingale utilizou intensamente a observação dos fatos e eventos,
associando-os à incidência e prevalência dos agravos e da doença como
abordagem dos cuidados de enfermagem a serem desenvolvidos. Esses
conhecimentos e a sábia utilização de conceitos administrativos organizacionais e
estruturais se instituíram no principal enfoque de seu trabalho, com adequado
controle ambiental, envolvendo indivíduos e famílias no processo.
Enfatizava a importância da ventilação e iluminação nos quartos dos
pacientes, escrevendo “Notes and Nursing”, como forma de orientação aos cuidados
em Enfermagem, que se constituiu em um marco sobre a organização e
manipulação dos ambientes dos enfermos.
Interpretava a doença como um processo reparador, definindo a
enfermagem como diagnóstico e tratamento das respostas humanas aos problemas
de saúde vigentes ou potenciais. Escreveu também “Notes on hospitals in
introductory notes lyingin institutions” (primeiros centros de maternidade).
A influência do ambiente sobre o ser humano e sobre a natureza crítica do
equilíbrio entre eles foi a principal característica de seu trabalho científico.
Nightingale foi a primeira a incentivar a existência de instituições específicas para a
maternidade, afastada dos enfermos, por meio de análise de dados sobre a
mortalidade neonatal e no parto, recomendando cuidados ambientais e a lavagem
persistente das mãos para eliminar a febre puerperal, principal causa da mortalidade
na época.
Também trabalhou com enfoque nas características ambientais gerais, como
iluminação, ruído, ventilação, higiene ambiental, cama, roupa de cama e nutrição. O
desequilíbrio entre esses exigiria maior energia do indivíduo, assim, originando o
estresse e prejudicando a recuperação e reabilitação do enfermo. Seus conceitos e
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ideias se estendiam, inclusive, aos domicílios, ressaltando a importância da água
pura e higiene ambiental e pessoal como fatores de saúde.
Acreditava que a pessoa poderia adoecer se respirasse seu próprio ar, sem
renovação, e preocupava-se com o ambiente externo às casas como fator de
desequilíbrio (poluição, gases, excrementos). Tinha atenção especial com os
utensílios dos enfermos, como louças. Cuidava, com a mesma atenção, da
temperatura dos ambientes.
Com relação à luz, enfatizava a importância da luz solar para a saúde e
alertava para o fato de os hospitais da época não atentarem para esse aspecto
durante suas respectivas construções. Quanto ao ruído, era bastante enérgica e
rigorosa com relação aos sons ambientais que importunavam os pacientes e exigia
que a enfermeira sob seu comando estivesse sempre atenta a essa questão.
Sua preocupação com a saúde ambiental chegava, inclusive, às cores,
quadros e pinturas do ambiente como fator de conforto e bem-estar, e defendia
processos terapêuticos pelo lazer, trabalhos manuais, leitura e escrita. Quanto às
roupas de cama e colchões, preocupava-se com a questão da permeabilidade
destas superfícies.
Nessa observação, levantou que o adulto exalava, aproximadamente, 1,5
litros de umidade pelos pulmões e pele nas 24 horas, constituindo-se em matéria
orgânica que impregnava as roupas, favorecendo o desequilíbrio de saúde pelo
desconforto causado, lembrando sempre o cuidado que o enfermeiro precisava ter
em não se inclinar ou se sentar na cama, e que esta deveria estar próxima à janela e
à luz solar.
Entendia que essas roupas, se não bem cuidadas e ajustadas à cama,
causavam lesões na pele do enfermo pela pressão exercida em pontos específicos.
Suas observações atingiam também o aspecto nutricional, identificando que as
refeições em pequenas e regulares porções favoreciam a recuperação do enfermo.
Embora suas preocupações tivessem como foco o ambiente físico,
Nightingale não se descuidava do ambiente “social e psíquico do enfermo”, tendo
incluído em seu primeiro livro um capítulo sobre esse aspecto, denominado
“Conversando sobre Esperanças e Conselhos”, observando a relação entre doença,
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morte e pobreza, com observações e estudos estatísticos e epidemiológicos que
fundamentavam inúmeras cartas e protestos aos governantes.
Apregoava como objetivo principal para a enfermagem que o melhor a ser
feito seria colocar o paciente na melhor condição para que a natureza aja sobre ele,
e que este deveria ter o menor gasto possível de energia com os fatores ambientais
que possam causar desequilíbrios.
Florence acreditava que a enfermagem deveria estar atenta não somente
aos enfermos, mas também aos sadios, buscando meios de promoção da saúde.
Acreditava que a enfermagem poderia atuar no ambiente como um todo, para que o
enfermo obtivesse o equilíbrio necessário e, assim, a natureza faria o resto para a
recuperação e reabilitação.
Dizia, em seus escritos, que a mais importante lição prática a ser dada às
enfermeiras é ensiná-las a observar (e como observar) que sintomas indicam
melhora/piora, quais são importantes ou não, quais evidenciavam negligência ou
não. Esse conceito, tão atual, mostra que já naqueles dias Nightingale conseguia
evidenciar a importância da observação como método primário de coleta de dados,
para avaliar respostas do cliente à intervenção.
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32
6.2 TEORIA DE DOROTHEA E. OREM
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crianças, esses cuidados são necessários mediante incapacidade dos pais e/ou
responsáveis interferirem neste processo.
A primeira publicação deste conceito deu-se em 1959. Em 1971, publicou
Nursing: Concepts of practice, com repetidas edições em 1980, 1985 e 1991. Cada
uma dessas edições trouxe aprimoramento e ampliação dos conceitos, com
desfecho em 1991 na publicação de sua teoria geral, que define a intervenção da
enfermagem na ausência da capacidade de manter a quantidade e qualidade do
autocuidado, como terapêuticas na sustentação da vida e da saúde, na recuperação
da doença ou da lesão ou no enfrentamento de seus efeitos.
Nas crianças, a condição é a incapacidade dos pais/responsáveis em manter
continuamente a quantidade e qualidade do cuidado terapêutico. É a teoria do deficit
do autocuidado, que é composta por três teorias inter-relacionadas:
Universal;
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Desenvolvimento;
Desvio de saúde.
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Iniciar e manter relacionamento com o paciente/família até estado de
“alta” da enfermagem;
Determinar “se e como” devem receber apoio da enfermagem;
Estar atento às necessidades do paciente/família em relação à
enfermagem;
Prescrever, proporcionar e regular a ajuda direta aos pacientes/família
da assistência de enfermagem necessária;
Coordenar e integrar a enfermagem na vida diária do paciente.
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36
Podem ocorrer situações em que uma ou mais situações se façam presentes
e necessárias, simultaneamente. A Teoria de Orem proporciona uma base
compreensiva para a prática da enfermagem, com utilidade na educação, prática
clínica, administração, pesquisa e sistemas de informação na enfermagem.
De fácil entendimento e compreensão, define quando a enfermagem é
necessária e a intensidade de sua intervenção, relacionada com as necessidades
afetadas do paciente/familiar, em que o enfermeiro atua parcial ou totalmente, mas
nunca deixando de ser o condutor, educador e orientador do processo de cuidar.
Fundamenta sua teoria na promoção e manutenção da saúde, considerando
os aspectos holísticos da assistência de enfermagem e a responsabilidade do
indivíduo em relação ao processo do cuidar, tornando-se um sistema dinâmico,
versátil e fluente em relação aos objetivos, sendo simples o entendimento, embora
complexo na composição. Sua teoria continua a evoluir, universalmente, com
impacto na profissão, contribuindo, significativamente, para o desenvolvimento das
teorias de enfermagem.
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6.3 TEORIA DE IMOGENE M. KING
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Alternativas para as situações;
Cursos alternativos para embasar decisões críticas;
Que habilidade e conhecimento são essenciais para embasar essas
decisões.
Publicou o livro A Theory for Nursing: Systems, Concepts, Process em 1981,
que enfocava a gama de conhecimentos para o enfermeiro e as consequentes
dificuldades para a escolha de fatos e conceitos importantes para determinada
situação, traduzindo as preocupações da teorista a respeito.
Oferece uma abordagem ao desenvolvimento de conceitos e à aplicação do
conhecimento na enfermagem, apresentando uma estrutura conceitual como
estrutura de sistemas abertos e a teoria, como obtenção de metas. A estrutura
conceitual preconizada por King inclui a meta, estrutura, função, recursos e tomada
de decisão como elementos essenciais para o trabalho do enfermeiro.
Os fenômenos de enfermagem, segundo King, são organizados em três
sistemas dinâmicos de interação, quais sejam:
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predominam são a organização, autoridade, poder, estado, tomada de decisão e
controle. A teoria de obtenção de metas proposta por King foi fundamentada a partir
desses conceitos e dos sistemas de sua estrutura conceitual. O enfermeiro, nesse
processo, interage com o cliente/paciente por intermédio da percepção,
comunicação, transação, o ser, o papel de cada um, o estresse envolvido, o
crescimento e desenvolvimento, o tempo e o espaço, estabelecendo-se metas a
serem obtidas.
Para a autora, a teoria de obtenção de metas leva o enfermeiro a adotar a
seguinte postura:
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Interação em grupos de duas pessoas;
Interações limitadas à enfermeira habilitada e ao cliente, necessitando de
atendimento de enfermagem;
Interações ocorrendo em ambientes naturais.
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6.4 TEORIA DE BETTY NEUMAN
Betty Neuman nasceu em 1924, em Ohio. Seu pai, passando por longo
período de internação hospitalar e vindo a falecer, quando tinha 11 anos de idade,
elogiava o trabalho das enfermeiras, influenciando Neuman quanto à sua opção
profissional, determinada a se tornar uma dessas enfermeiras no futuro.
Pobre e sem recursos, trabalhou como técnica em recuperação de
instrumentos aeronáuticos e como cozinheira em Dayton, Ohio, economizando
recursos para sua sobrevivência e projeto educacional posterior. Por meio do
Programa do Corpo de Cadetes-Enfermeiros, antecipou seu ingresso na
enfermagem hospitalar, formando-se em 1947, desenvolvendo Mestrado em Saúde
em 1966.
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Em 1985, tornou-se PhD em Psicologia Clínica. Atuou em diversas funções
como enfermeira em instituições hospitalares e ambientes comunitários. Em 1967,
após Mestrado, assumiu cadeira no programa onde havia se formado, retornando a
Ohio em 1973 para prosseguir estudos de sua Teoria de Enfermagem.
O Modelo de Sistemas de King iniciou-se em 1970, como resposta à
solicitação de estudantes de graduação da Universidade da Califórnia para que
fosse criado curso proporcionando visão geral dos aspectos fisiológicos,
psicológicos, socioculturais e desenvolvimentistas dos seres humanos.
O modelo preconizado por Neuman tem enfoque holístico no Modelo de
Sistemas que desenvolveu e apresenta forte influência de sua experiência pessoal e
profissional, dentro da filosofia do ajudar cada um a viver. Para ela, a enfermagem é
considerada um sistema porque a sua prática contém elementos em interação,
considerando o Holismo tanto um conceito filosófico quanto biológico, incluindo os
relacionamentos que surgem da totalidade, da liberdade dinâmica e da criatividade,
à medida que o sistema responde aos estressores dos ambientes externos e
internos.
O Modelo de Sistemas de Neuman baseia-se em dois principais
componentes, que são o estresse e a reação ao mesmo, em que o indivíduo
(indivíduo, grupo, família, comunidade) é constituído por um sistema aberto e
dinâmico, com ciclos de entrada, processo, saída e retroalimentados contínua e
organizadamente.
Ocorre interação entre indivíduo e ambiente, que se afetam um ao outro,
com reciprocidade de trocas e ajustes. As influências ambientais são denominadas
intra, inter e extrapessoais. As variáveis apresentadas no modelo são: fisiológicas,
psicológicas, socioculturais, desenvolvimentistas, espirituais, estrutura básica e
recursos de energia, linhas de resistência, linha normal de defesa, linha flexível de
defesa, estressores, reação, prevenção primária, secundária e terciária, fatores
interpessoal, reconstituição com o ambiente, saúde e enfermagem incluídas no
processo.
Basicamente, a estrutura é formada por fatores de sobrevivência
fundamentais comuns à espécie (por exemplo, manutenção da temperatura,
características genéticas, entre outras, do indivíduo), dentro de um conceito de
AN02FREV001/REV 4.0
43
sistema aberto, com reações e respostas, retroalimentação e busca pelo equilíbrio
pelo próprio sistema.
As variáveis individuais (fisiológicas, psicológicas, socioculturais,
desenvolvimentistas e espirituais) agem em harmonia e com estabilidade em relação
aos estressores externos e internos, e estas variáveis são entendidas pela
enfermagem. As linhas de resistência agem como protetoras da estrutura básica,
sendo ativadas quando a linha de defesa normal é invadida pelos estressores
ambientais, como por exemplo, o sistema imunológico.
Se essas linhas de resistência não conseguirem suportar os estressores,
pode ocorrer a morte do indivíduo. A linha normal de defesa representa as respostas
ao ambiente e pode ser rompida quando a linha flexível de defesa não protegê-la.
Nesse ponto, ocorre a resposta do sistema do indivíduo, reagindo à forma de
instabilidade e doença.
A linha flexível de defesa é o limite externo e resposta inicial, tornando-se a
proteção do sistema contra os estressores. Funciona como um amortecedor,
cedendo, contraindo, aproximando-se da linha normal de defesa, protegendo-a,
como escudo. Quanto maior a distância entre ambas, maior a proteção para o
sistema. Ambiente, para Neuman, são os fatores ou influências internas/externas
que circundam o cliente ou sistema, podendo ocorrer influências entre ambos,
positivas ou negativas.
A variação pode afetar a direção da resposta (como exemplo, a
suscetibilidade aos agravos biológicos entre indivíduos repousados ou não). A
investigação do ambiente, pelo enfermeiro, consiste nas seguintes situações:
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enfermeiro, do tipo, natureza, intensidade, momento de encontro deste com o
sistema e a reação observada, quantificando a energia utilizada.
Para Neuman (1970), a saúde é resultante desse equilíbrio ou estado de
bem-estar em determinado momento, sendo vista como continuidade do conforto
para a doença, dinâmica e versátil ao longo do tempo. A prevenção primária,
secundária e terciária, como intervenções de enfermagem, é importante para reter,
atingir e manter o equilíbrio do sistema.
A primária é quando a prevenção ocorre antes da reação ao estressor,
incluindo promoção da saúde e manutenção da higidez. A prevenção secundária
ocorre após reação do sistema ao estressor, nos termos dos sintomas identificados,
e o objetivo da intervenção deve ser o enfoque do fortalecimento das linhas internas
de defesa, protegendo a estrutura do sistema, tratando-se os sintomas, adquirindo a
estabilidade e conservar energia. Sua falha pode resultar em morte.
A prevenção terciária, quando ocorre após as reações às intervenções
secundárias, com o objetivo de manter o bem-estar e/ou reconstrução do sistema e
conservando a energia, podendo reconduzir o processo de intervenção à prevenção
primária. A enfermagem tem como fundamental papel proporcionar e auxiliar o
indivíduo a manter, recuperar e reconstruir a estabilidade do sistema e da estrutura,
estabelecendo vínculo permanente entre o sistema do indivíduo, ambiente, saúde e
enfermagem. Este modelo pode ser utilizado por outras disciplinas/profissões de
saúde, embora tenha como enfoque a enfermagem.
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6.5 TEORIA DE MADELEINE M. LEININGER
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46
Os termos enfermagem transcultural, etnoenfermagem e enfermagem
cultural foram utilizadas por Leininger em 1960. Em 1966, ministrou o primeiro curso
sobre esse subcampo. Quanto à enfermagem transcultural, definiu-a como o ramo
que tem como foco principal o estudo comparativo e a análise de culturas com
respeito à enfermagem e às práticas de cuidados saúde-doença, aos valores e às
crenças, visando à eficiência e eficácia na assistência de enfermagem, de acordo
com os valores culturais e contexto saúde-doença dos indivíduos que fazem parte
do processo.
Quanto à etnoenfermagem, definiu como sendo o estudo das crenças,
valores e práticas dos atendimentos percebidos e conhecidos por determinada
cultura, por suas experiências diretas, crenças e valores. Reconhecendo o cuidado
como essencial ao conhecimento e à prática da enfermagem, Leininger produziu sua
Teoria de Cuidado Cultural, retirando da Antropologia o componente cultural e da
Enfermagem o componente cuidado, acrescentando à teoria os termos diversidade e
universalidade. Nascia, então, a Teoria da Universalidade e Diversalidade do
Cuidado Cultural, com a primeira apresentação em 1988.
Em 1991, apresentou definições orientadoras para os conceitos de cultura,
cuidado cultural, diversidade e universalidade do cuidado cultural, enfermagem,
visão de mundo, dimensões da estrutura cultural e social, contexto ambiental, etno-
história, sistema de cuidados genéricos, sistema de cuidados profissionais,
assistência de enfermagem culturalmente congruente, saúde, cuidado/cuidar,
conservação do cuidado cultural e repadronização do cuidado cultural.
Leininger diz que a enfermagem é a ciência do cuidado, devendo enfocar
não somente a relação Enfermeira/Cliente/Paciente, mas envolver e interagir com
família, grupos, comunidades, culturas completas e instituições (instituições
mundiais de saúde, desenvolvimento de políticas e práticas de enfermagem
internacionais).
Descreve que em culturas não ocidentais a família e as instituições
prevalecem sobre a pessoa. Aborda explicitamente os sistemas de saúde, práticas
da assistência, mudanças de padrões, promoção da saúde e manutenção da saúde
em seu modelo. Segundo Leininger (1991), o enfermeiro nem sempre está
adequadamente preparado para enfrentar essas diferenças culturais e suas
AN02FREV001/REV 4.0
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respectivas influências no cuidar, ou então, que não a valorizam ou reconhecem
como legítimas.
Sugere três tipos de ações de enfermagem baseadas culturalmente,
congruentes com as crenças e valores dos clientes:
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48
Virginia Henderson nasceu em 1897, em Kansas City, e o interesse pela
enfermagem surgiu durante a Primeira Guerra Mundial, pois desejava prestar
atendimento aos feridos e enfermos de guerra. Formou-se em 1921, na Escola do
Exército, concluindo seus estudos e mestrado em 1926. Ministrou cursos com
enfoque na Enfermagem Clínica, na área analítica, de 1930 a 1948, sendo indicada
como pesquisadora na Universidade de Yale, em 1953.
Sua obra trouxe grande influência e impacto à enfermagem da época, em
todo o mundo, com a publicação de The nature of nursing, em 1966, e Basic
principles of nursing care, em 1960, traduzidas em várias línguas. Em 1991 escreveu
sua obra mais recente, intitulada The nature of nursing – Reflections after 25 years.
Os principais questionamentos que inspiraram sua obra foram:
Henderson defendia a tese de que uma ocupação que afeta a vida humana,
como a enfermagem, deve ter suas funções esquematizadas e suas ideias são
fortemente influenciadas pela prática profissional e pelo ensino profissional que
sempre fizeram parte de sua vida como enfermeira.
Sua filosofia profissional era a de aprender fazendo, desempenho rápido,
competência técnica e domínio bem-sucedido dos procedimentos de enfermagem. O
enfoque sobre doença, diagnóstico e tratamento na instrução da enfermagem a
deixava descontente e incentivava sua luta para mudança desta abordagem.
Enquanto estudante preocupava-se com a ausência de um modelo
apropriado para o atendimento de enfermagem e não se conformava com uma
prática distante da teoria, como na psiquiatria, pela falta de entendimento sobre o
papel do enfermeiro na saúde mental.
Sua experiência na pediatria foi mais bem-sucedida, devido ao enfoque
centrado no paciente, na continuidade do cuidado e naquele baseado na atenção e
no carinho, embora não houvesse nada ligado à família, desconsiderando-se a
importância do envolvimento desta no processo do cuidado e do autocuidado.
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Sua experiência no atendimento de enfermagem comunitária lhe trouxe a
fase mais positiva de sua formação, pois lhe permitiu identificar falhas no processo
do cuidar, no qual o cuidado extrainstituição era desconsiderado e levou-a a se
identificar com a enfermagem não hospitalar, que lastimava e recusava-se a aceitar.
Posteriormente, como professora de graduação, reconheceu a necessidade
de maiores conhecimentos e esclarecimentos sobre as funções da enfermagem,
levando-a a aprender sobre as ciências e humanidades relevantes para a matéria,
desenvolvendo uma abordagem inquisitória e analítica em sua personalidade.
Como professora desenvolveu várias ideias sobre enfermagem, com
conceitos centrados no paciente, no método do problema de enfermagem, em
substituição ao modelo médico, na experiência de campo, no atendimento e
acompanhamento familiar e no atendimento à enfermagem crônica. Estabeleceu
clínicas de enfermagem e incentivou o cuidado multidisciplinar ordenado.
Na revisão de um livro escrito com Berta Harmer, enfermeira canadense,
reconheceu a necessidade de definição das funções do enfermeiro (HARMER &
HENDERSON, 1939; SAFIER, 1977), desenvolvendo uma escrita sólida e definitiva
da descrição do cuidar.
Preocupou-se com a regulamentação profissional em muitos estados,
acreditando que esta definição proporcionaria os parâmetros para os princípios e a
prática da enfermagem e garantiria o atendimento profissional adequado e isento de
consequências aos pacientes, devido ao despreparo e desqualificação profissional
até então observados.
Sua atuação interferiu, inclusive, na própria ANA (American Nurse´s
Association), que considerando as declarações oficiais inespecíficas e
insatisfatórias, acabou provocando uma modificação da definição anterior para:
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Mesmo assim, Henderson, considerando insatisfatória a definição da ANA,
publicou a sua primeira definição em 1855, que dizia:
Respirar normalmente;
Comer e beber adequadamente;
Eliminar resíduos orgânicos;
Movimentar-se e manter posturas desejáveis;
Dormir e descansar;
Selecionar roupas adequadas – vestir-se e despir-se;
Manter a temperatura corporal dentro da variação normal, adaptando a
roupa e modificando o ambiente;
Manter o corpo limpo e bem arrumado, proteger a pele;
Evitar os perigos ambientais e evitar ferir os outros;
Comunicar-se com os outros, expressando emoções, necessidades,
medos ou opiniões;
Adorar de acordo com a própria fé;
Trabalhar de forma a ter uma sensação de realização;
Participar de variadas formas de recreação;
Aprender, descobrir ou satisfazer a curiosidade que leva ao
desenvolvimento e à saúde normais e usar os serviços de saúde
disponíveis.
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51
amplitude do seu pensamento sobre as funções de enfermagem e os 14
componentes do atendimento básico são necessários se estudarem os “Basic
principles of nursing care”, publicação do CIEE, em que estão descritos cada um dos
componentes, servindo de perfeito guia para delinear as funções da enfermagem.
Em 1991, Henderson publicou que a definição sobre a enfermagem ainda
permanece em questão, com confusões entre o papel da enfermagem e dos demais
profissionais, e considera que o ensino atual da enfermagem deve incluir uma
discussão mais ampla sobre teoria e processo de enfermagem.
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Ser enfermeiro (gente que cuida de gente);
Ser cliente/paciente (indivíduo, família, comunidade);
Ser enfermagem (comprometimento, compromisso).
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53
suas teorias, sistematizando seus conhecimentos, pesquisando e tornando-se dia a
dia, como uma ciência independente.
Horta inspira-se no desenvolvimento de seus estudos, na Teoria da
Motivação Humana de Maslow, fundamentada nas necessidades humanas básicas.
Elaborou sua teoria sobre a motivação humana, fundamentado nas necessidades
humanas básicas assim descritas:
Necessidades fisiológicas;
Segurança;
Amor;
Estima;
Autorrealização.
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O ser humano é parte integrante do universo dinâmico, sujeito às leis
que o regem no tempo e no espaço;
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outros profissionais. Este conceito de Horta impõe as seguintes proposições sobre
as funções do enfermeiro:
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Plano assistencial, que consiste na determinação global da assistência de
enfermagem que o ser humano deve receber diante do diagnóstico
estabelecido;
Plano de cuidados/prescrição de enfermagem, que consiste na
implementação do plano assistencial pelo roteiro diário (ou período
aprazado), que coordena a ação da equipe de enfermagem na execução dos
cuidados adequados ao atendimento das necessidades básicas e específicas
do ser humano;
Evolução de enfermagem, que consiste no relato diário (ou aprazado) das
mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano sob assistência
profissional, avaliando-se a resposta do ser humano à assistência
implementada;
Prognóstico de enfermagem, que consiste na estimativa da capacidade do ser
humano em atender suas necessidades básicas alteradas após a
implementação do plano assistencial e à luz dos dados fornecidos pela
evolução de enfermagem.
Habilidades;
Conhecimentos;
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Atitudes;
Observação;
Comunicação;
Destreza manual;
Planejamento;
Avaliação;
Criatividade;
Trabalho em equipe;
Utilização de recursos da comunidade.
O que o paciente acha de sua doença: qual a causa, por que adoeceu, o que
pensa que está acontecendo, o que significa para ele a doença, tratamento,
internação, hospital, alta, cirurgia, exames, enfermagem e outros aspectos
importantes;
Que doenças já teve e suas experiências a respeito;
Medos ou preocupações a respeito;
Fase da doença: grave, aguda, crônica, subaguda, etc.;
Resultados de exames de interesse.
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6.8 TEORIA DE MARGARET NEWMAN
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Richard Moss e Arthur Young. Retirou de Rogers os conceitos de padrão e natureza
unitária dos seres humanos, definindo-o como aberto e interagindo com o ambiente,
sem limites verdadeiros, e o padrão como identificação da totalidade da pessoa.
Segundo Newman, a doença é uma manifestação do padrão. (WALLACE &
COBER, 1990). Os inspiradores de Newman defendiam o seguinte:
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Tempo e espaço têm um relacionamento exemplar;
Movimento é um meio pelo qual espaço e tempo tornam-se realidade;
Movimento é reflexo da consciência;
Tempo é função do movimento;
Tempo é uma medida da consciência.
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como um padrão emergente que pode ser entendido em termos de energia, em que
“ver a doença como uma manifestação de padrão pode ajudar as pessoas a
conscientizarem seu padrão de interação pessoa-ambiente”.
Os seres humanos são unitários com o ambiente, onde não existem limites e
os são identificados por seus respectivos padrões. Os padrões do indivíduo são
integrantes com os da família, estes com os da comunidade, e estes com os da
sociedade. Os homens organizam-se de forma crescente e são capazes de tomar
decisões.
Discute a enfermagem como profissão com três estágios de
desenvolvimento: formativo (estabelece identidade e responde por suas práticas),
normativo (a enfermagem perde autoridade e é mais competitiva e persuasiva em
relação ao ambiente, em que se dirige para o hospital e tornam-se empregados),
integrador (terá relação com outros profissionais e com clientes, em cooperativa
mútua, como parceiros), aonde a enfermagem ainda não chegou.
Para Newman, o gerente de enfermagem exerce o papel de integrador
principal, existindo ainda outros dois papéis, que é o de líder de equipe e enfermeiro
de equipe. O líder serve de ligação entre a enfermeira de equipe e o gerente, para
integrar e coordenar as ações. Acredita que o cuidar é um imperativo moral para a
enfermagem. É algo que transforma todos nós e tudo o que fazemos, mais do que
ser algo que fazemos. Cuidar reflete o todo da pessoa, exige que sejamos abertos e
ser aberto pode ser vulnerável. Ser vulnerável leva ao sofrimento, que queremos
evitar, e isso pode prejudicar nossos esforços em direção aos níveis de consciência.
Sem o cuidado, a enfermagem não ocorre. E abraçar a experiência é
permitir a descoberta da expansão da consciência. O enfermeiro e o cliente tornam-
se parceiros na vivência durante o período de desequilíbrios e no surgimento de um
nível superior de consciência.
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FONTE: Disponível em: <http://2.bp.blogspot.com/-BCNj89musgI/T7-
dfVlXx7I/AAAAAAAAAB0/498DftEC0aE/s1600/Martha_Rogers%255B1%255D.jpg >.
Acesso em: 31 jul. 2013.
Pressupostos:
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O processo de vida dos seres humanos evolui irreversível e
unidirecionalmente ao longo de uma sequência de espaço de tempo;
Os padrões identificam os seres humanos e refletem sua totalidade
inovadora;
O indivíduo é caracterizado pela capacidade de abstração, visualização,
linguagem e pensamentos, sensação e criação.
Campo de energia;
Abertura;
Padrão;
Pandimensionalidade.
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6.10 TEORIA DE CALLISTA ROY
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O receptor do cuidado de enfermagem pode ser o indivíduo, a família, a
comunidade ou a sociedade, cada qual com uma abordagem holística de adaptação.
Os aspectos individuais compõem um ser unificado e as pessoas sempre estão
interagindo com o ambiente, com permanente troca de informações, estímulos e
respostas, constituindo um sistema em que existem entradas, saídas, controles e
retroalimentação.
Esse sistema apresenta entradas na forma de estímulos e nível de
adaptação, e saídas com respostas comportamentais, que poderão ser
retroalimentadoras e determinantes de processos de controles (mecanismos de
enfrentamento). Essas entradas podem ter origem no meio externo à pessoa ou em
si próprio, e os estímulos poderão ter características classificadas como focal,
contextual e residual. O estímulo focal é o que mais impacto causa na pessoa,
determinando mudanças.
O estímulo contextual são aqueles que advêm do meio interno ou externo à
pessoa, com influência positiva ou negativa sobre a situação. O estímulo residual
são aqueles que, advindos do meio interno e/ou externo, não são claramente
identificados. Com esses estímulos entra em ação o sistema adaptativo, cujo nível
será determinado pela intensidade dos estímulos presentes.
As respostas são individuais e o nível de adaptação está sempre em
constante mudança. Essas respostas são identificadas pelas mudanças ocorridas e,
nesta situação, o enfermeiro se faz necessário para a identificação destas respostas,
por intermédio de sua percepção.
A adaptação a esses estímulos constitui a resposta do indivíduo e promove
o equilíbrio e integridade do sistema e, por consequência, da própria pessoa. As
respostas do indivíduo na forma de controle do processo constituem-se no
mecanismo de enfrentamento defendido por Roy, que podem ter natureza genética
ou de herança (sistema imunológico), ou de aprendizagem (por exemplo, uso de
antissépticos para ferimentos).
A regulação na busca do equilíbrio é identificada e pode ter origem externa
ou interna, tendo como resposta mecanismos reguladores como, por exemplo, os de
natureza química, neural ou endócrina. Ela considera, por exemplo, a existência de
subsistemas reguladores que respondem aos estímulos. Entre os muitos existentes
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está àquele que promove a retroalimentação respiratória, em que o aumento do
dióxido de carbono estimula os quimiorreceptores na medula a aumentar a
frequência respiratória como compensação.
Outro subsistema identificado por Roy é o subsistema cognato, relacionado
com as funções cerebrais superiores de percepção, processamento de informações,
julgamento e da emoção. A dor é reconhecida como estímulo interno de entrada que
leva o indivíduo a perceber, avaliar, julgar e decidir.
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FIM DO MÓDULO I
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