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CINEMA II

Dra. Maria Helena Braga e Vaz da Costa


Departamento de Artes - UFRN
Introdução às teorias do cinema
• A Teoria
• Objetivo: Formular uma noção esquemática da capacidade
cinemática; pensar a “capacidade” cinemática;
questionamentos sobre/gerados pelos filmes, técnicas,
métodos, formas, modelos = teoria.
• Importância da teoria = questionamentos!

• O material / a forma
• O que é importante é que a teoria do cinema “...é um
empreendimento lógico e que, ao mesmo tempo em que
precisamos notar a diferença de abordagem de qualquer
teórico em particular, precisamos ser capazes de comparar e
contrastar seus pontos de vista com os nossos e com os de
outros teóricos” (Andrew, p.20).
• O material / a forma / a ideologia

• O apparatus (tradução anglo-americana) =


dispositif – expressão cunhada por Jean-Louis
Baudry em famoso artigo: o cinema como um
sistema constituído de três níveis articulados:

• A tecnologia de produção e exibição (câmera-


projetor-tela);

• O efeito psíquico-identificação e o iluisonismo;

• O complexo da indústria cultural como instituição


social instituída de um certo imaginário.
• A Teoria Formativa
• Ataque ao realismo na tela; comparações do cinema
com outras artes (arquitetura, música, teatro).
• Ataque à visão de que o cinema não tinha um
significado duradouro além dos eventos que podia
registrar.
• Os teóricos/cineastas da tradição formativa lutavam
para dar ao cinema o status de arte.
• O cinema “transformava o caos e a ausência de
significado do mundo numa estrutura e num ritmo
auto-sustentados”.
• Cinema soviético: Lev kuleshov, V.I. Pudovkin, Sergei
Eisenstein (montagem); Dziga Vertov (cinema-olho). =
Quase todas as questões relativas ao cinema foram
catalogadas por esse grupo como questões de
montagem.
• Período I = 1920 a 1935 – consciência de uma classe
intelectual sobre o cinema não apenas como um
fenômeno sociológico, mas uma poderosa forma
artística; concebe e apresenta novas maneiras de se ver
o cinema – “como forma plástica, tempo congelado,
sincronizado com o tempo de nossos sonhos cotidianos”
(Andrew, p.22)
• Período II = início da década de 1960 – retira a força do
interesse acadêmico burguês pelo cinema. Procura pelo
entendimento do cinema/filme através do estudo da
composição, câmera, iluminação, montagem, som, cor,
interpretação.
• Teoria Formativa = Inteiramente centrada na técnica do
cinema + relação com a linguagem.
• Forma + Linguagem = Arte
• Teóricos:
• Rudolf Arnheim, Hugo Munsterberg, Sergei Eisentein,
Béla Balázs
A Teoria Realista
Mistura do ‘domínio’ da realidade ao ‘domínio’ das
capacidades técnicas do cinema;

Considera o cinema um instrumento técnico científico


criado para explorar níveis e tipos particulares de
realidade;

A matéria-prima do cinema é sempre o mundo visível,


natural, material = fotográfico;

Registro e revelação do mundo visível a nosso redor.

Teóricos:
André Bazin, Siegfried Kracauer. Christian Metz
(potencial criativo), Jean Mitry (linguagem/semiótica
do cinema).

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