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2ª Dinastia – Dinastia de Avis

2ª Dinastia
D. João I 1385-1433
O de Boa Memória

D. João I nasceu em Lisboa, em 1357, e


faleceu em 1433. Foi o fundador da dinastia
de Avis ou Joanina, sendo conhecido pelo
cognome "de Boa Memória".
Foi durante o seu reinado que Portugal que
se iniciaram as conquistas no Norte de África
e que começaram os Descobrimentos.
São descobertas as ilhas de Porto Santo
(1418), da Madeira (1419) e dos Açores
(1427), além de se fazerem expedições às
Canárias. Também no seu reinado teve início
a colonização dos Açores e da Madeira.
2ª Dinastia
D. Duarte I 1433-1438
O Eloquente
D. Duarte nasceu em Viseu em 1391 e
faleceu em Tomar em 1438.
No seu reinado a expansão marítima
prosseguiu. Gil Eanes dobra o Cabo Bojador,
em 1434, um ponto lendário da época e que
tanto terror causava aos marinheiros.
Em outubro de 1437 dá-se o ataque a
Tânger, que resulta num grande fracasso.
Para se retirarem, os portugueses obtiveram
uma trégua, sob a condição de devolverem
Ceuta aos Mouros, tendo ficado prisioneiro,
como refém, o infante D. Fernando. As
condições impostas pelos Mouros foram
debatidas nas Cortes de Leiria de 1438,
tendo sido rejeitadas. Assim, D. Duarte teve
de sacrificar o irmão (que morreu no
cativeiro em 1443) aos interesses da Nação,
o que muito o afetou.
2ª Dinastia
D. Afonso V 1438-1481
O Africano
D. Afonso V nasceu em 1432 em Sintra, onde também
faleceu em 1481.
Quando seu pai morreu, D. Afonso V tinha apenas 6 anos. A
regência do reino coube, por testamento, à rainha D. Leonor,
sua mãe, que estrangeira. Esse facto deu origem a um
período muito conturbado. Quando atinge a maioridade, em
1446, realizam-se as Cortes de Lisboa e D. Afonso assume o
governo do Reino, ainda que auxiliado pelo tio.
O segundo período do reinado caracteriza-se pelas
campanhas no Norte de África, das quais advirá o cognome
do monarca.
Em 1458, toma Alcácer Ceguer, conquista Tânger e Arzila,
após vários fracassos, em 1471, e Larache. O seu título
passa a ser "rei de Portugal e dos Algarves, de aquém e de
além-mar em África".
O terceiro período da sua governação caracteriza-se por
conflitos com Castela.
Outros factos importantes do seu reinado foi a publicação
das Ordenações Afonsinas, a primeira compilação das leis do
Reino, em 1446.
2ª Dinastia
D. João II 1481-1495
O Príncipe Perfeito
Em 1481, com a morte de D. Afonso V, é aclamado
rei de Portugal.
D. João II lutou, o plano interno, pela centralização
do poder o que originou uma série de intrigas e
conspirações que D. João II reprimiu com violência.
Quanto à expansão ultramarina, D. João já se
encarregava das descobertas no tempo de seu pai,
desde 1474. No seu reinado vai ficar explorada toda
a costa ocidental africana, empreendimento em
que sobressaem Diogo Cão e Bartolomeu Dias, que
vai dobrar o Cabo das Tormentas, depois chamado
da Boa Esperança.
No seu reinado é assinado o Tratado de Tordesilhas,
em 1494, em que se determina que a linha de
meridiano 370 léguas a oeste da Ilha de Santiago,
Cabo Verde, dividia a Terra nas duas zonas de
influência de Portugal e Espanha. Deste modo,
garantia que o Brasil integrasse a zona portuguesa,
tal facto tem levado a supor que D. João II já sabia
da existência das terras do Brasil.
2ª Dinastia
D. Manuel I 1495-1521
O Venturoso
D. Manuel subiu ao trono em 1495, após a morte de D. João
II, seu cunhado, de acordo com o testamento do falecido rei.
Tal ficou a dever-se à morte do único filho legítimo de D.
João, o príncipe D. Afonso.
No que respeita à política ultramarina, quando sobe ao
trono, em 1495, tinha-se dobrado já o Cabo da Boa Esperança
e preparava-se a viagem marítima que levaria os portugueses
até à Índia.
No dia em 5 de julho de 1497 partia de Lisboa uma armada
chefiada por Vasco da Gama, que atingiu Calecute em 20 de
maio de 1498. Estava descoberto o caminho marítimo para a
Índia. Em 1500 manda D. Manuel uma outra armada à Índia,
comandada por Pedro Álvares Cabral que acaba por atingir as
costas da Terra de Vera Cruz. Estava descoberto o Brasil.
A nível cultural, D. Manuel procedeu à reforma dos Estudos
Gerais, criando novos planos de estudo e bolsas de estudo.
Também nesta época surge o estilo manuelino, com motivos
inspirados no mar e nas grandes viagens, em monumentos
como o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém. É na sua
Corte ainda que surge Gil Vicente.
2ª Dinastia
D. João III 1521-1557
O Piedoso
D. João III nasceu em 1503 em Lisboa,
onde faleceu em 1557.
D. João III sobe ao trono, Portugal estava
no apogeu da expansão ultramarina por
vários continentes, mas também com
problemas de uma grande
complexidade.
A nível interno, o monarca continuou a
política centralizadora e absolutista dos
seus antecessores.
No seu reinado começam a sentir-se
enormes dificuldades económicas.
Surgem fomes e epidemias.
Na política ultramarina, a extensão e
dispersão do império eram um
obstáculo à administração, que tinha
custos enormes.
2ª Dinastia
D. Sebastião 1557-1578
O Desejado
D. Sebastião nasceu em 1554, em Lisboa, e morreu em
1578, em Alcácer Quibir.
Assume o governo do reino quando atinge os catorze
anos, em 1568, tratando desde logo de reorganizar o
exército, preparando-se para a guerra.
Entretanto, para o país, o grande problema era o da
sucessão do rei, pois era solteiro e parecia não se
preocupar com isso.
Em 1572, deixa a regência a D. Henrique e faz uma
viagem pelo Norte de África. O pretexto que D.
Sebastião aguardava aparece com um problema surgido
no Magrebe. D. Sebastião toma partido por uma das
partes, sonhando dominar essa área e recuperar as
praças antes abandonadas. O próprio rei, contra todos
os conselhos, parte à frente de um exército que ele
próprio preparara. Apesar de toda a bravura no
combate, o exército português foi derrotado em Alcácer
Quibir, e nessa batalha morre o rei D. Sebastião. Este
desastre irá ter as piores consequências para o país,
colocando em perigo a sua independência.
2ª Dinastia
D. Henrique 1578-1580
O Casto
Filho de D. Manuel e de D. Maria de
Castela, nasceu em Lisboa em 1512.
Na sequência da morte de D. Sebastião,
subiu ao trono em 1578. Procurou resolver
o problema dinástico, designadamente
através da convocação de Cortes em
Almeirim, e propôs-se mesmo anular os
seus votos religiosos, de modo a poder
casar com a rainha-mãe de França para
assim assegurar descendência.
Velho e sem forças para fazer face às
pretensões de D. Filipe II, nomeou uma
regência de cinco governadores para o
substituir, o que veio apressar a perda da
independência. Morreu em 1580, em
Almeirim, sem ter conseguido resolver o
problema da sucessão.
2ª Dinastia – Dinastia de Avis

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