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2020

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO DE
SURDOS NO MARANHÃO

Profa. Dra. Livia Zaqueu


No Maranhão

◦ Princípios ideológicos clínico-terapêuticos, que


defendiam a oralização com o meio mais eficaz para o
surdo ter acesso ao ensino

QUIXABA; SANTAROSA, 2015


Início
Em 1966 – Escola Modelo Benedito Leite

Classes especiais

 Em 1971 – Unidade Integrada Raimundo Correa (20 anos) – Método


Oralista – Escola foi equipada por recursos e profissionais

QUIXABA, 2011
Outros atendimentos surgiram

 Unidade Escolar Castelo Branco


 Unidade Integrada Monteiro Lobato
 Unidade Escolar Estado do Piauí
 Complexo Educacional de Ensino Fundamental e Médio
Governador Edison Lobão - CEGEL
Inclusão Educacional do estudante
surdo

 Em1998 – 5ª Série do ensino Fundamental (professora


com fluência em Libras)

Figura do Intérprete
Maranhão

 Em 2001, foi criado o CAP - 1º Centro de Apoio Pedagógico à


Pessoa Cega - Profa. “Ana Maria Patelo Saldanha”, Bairro da
Santa Cruz em São Luís.

 Em 2003, foi fundado o CAS – Centro de Apoio à Pessoa com


Surdez profa. Maria da Glória Costa Arcangelli – situado na rua de
Santa Rita, nº. 320, São Luís - Centro.
 Em 1982, foi criado na rede estadual, o 1o Centro de Ensino
Especial “Helena Antipoff” em São Luís, com o objetivo de promover
o ensino pré-profissionalizante e atender alunos com deficiência
mental/intelectual;

 Em 1994, foi implantada a Educação Especial na rede pública


municipal de ensino em São Luís.

 Em 1997, foi criado o 1º Centro de Avaliação e Diagnóstico “Padre


João Mohana”, no Bairro do Vinhais em São Luís;
Atualmente

◦ Formação de professores – Centro de Ensino e de Apoio a Pessoa


com Surdez Maria da Glória Costa Arcangeli – CEAPS CAS

◦ Em vários municípios
◦ (Professores intérpretes e instrutores)
No âmbito municipal

Duas Escolas Bilíngues

São Luís e Imperatriz


2020

ASPECTOS LEGAIS DA
LÍNGUA BRASILEIRA DE
SINAIS - LIBRAS

ProProfa. Dra. Livia Zaqueu


A Língua de sinais é Universal?
Língua Brasileira de
Sinais (Libras) tem sua
origem na Língua de No Brasil
Sinais Francesa, sendo
reconhecida como uma
língua com estrutura
própria por meio da Lei
10.436/2002.
Lei 10.436 de 24 de abril 2002

◦ Art. 1º- É reconhecida como meio legal de


comunicação e expressão a Língua Brasileira de
Sinais - Libras e outros recursos de expressão a ela
associados.
◦ Parágrafo único. Entende-se como Língua Brasileira
de Sinais - Libras a forma de comunicação e
expressão, em que o sistema linguístico de natureza
visual-motora, com estrutura gramatical própria,
constituem um sistema linguístico de transmissão de
ideias e fatos, oriundos de comunidades de pessoas
surdas do Brasil.
Art. 4° da Lei 10.436/2002
O sistema educacional federal e os sistemas
educacionais estaduais, municipais e do Distrito
Federal devem garantir a inclusão nos cursos de
formação de Educação Especial, de
Fonoaudiologia e de Magistério, em seus níveis
médio e superior, do ensino da Língua Brasileira
de Sinais - Libras, como parte integrante dos
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs,
conforme legislação vigente.
Lei 10.436/2002

§ único - A Língua Brasileira de


Sinais - Libras não poderá substituir
a modalidade escrita da língua
portuguesa.
DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE
DEZEMBRO DE 2005

◦ Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de


2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de
Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de
19 de dezembro de 2000.
Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005
Art 20
◦ Pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva,
compreende e interage com o mundo por meio de
experiências visuais, manifestando sua cultura
principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais -
Libras.

◦ Parágrafo único. Considera-se deficiência auditiva a


perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis
(dB) ou mais, aferida por audiograma nas freqüências de
500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz.
Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005
Art 20

◦ § 1o Todos os cursos de licenciatura, nas diferentes áreas


do conhecimento, o curso normal de nível médio, o curso
normal superior, o curso de Pedagogia e o curso de
Educação Especial são considerados cursos de formação
de professores e profissionais da educação para o
exercício do magistério.
◦ § 2o A Libras constituir-se-á em disciplina curricular
optativa nos demais cursos de superior e na educação
profissional.
DA INCLUSÃO DA LIBRAS COMO
DISCIPLINA CURRICULAR
Art. 3o

◦ A Libras deve ser inserida como disciplina curricular


obrigatória nos cursos de formação de professores para o
exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos
cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino,
públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos
sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
A LSKB (Língua de Sinais Kaapor do Brasil)
é usada pelos índios surdos Kaapor na
Floresta Amazônica.
Língua de Sinais Kaapor Brasileira
Em 1968, o linguista Jim Kakumasu (500 indivíduos de uma aldeia, 7 eram
surdos).

Língua Gestual Kaapor Brasileira, também conhecida por Língua


de Sinais Urubu-Kaapor) é uma língua de sinais utilizada pela
etnia indígena brasileira dos urubu-caapores, que vivem no sul do
estado do Maranhão

A tribo Kaapor-Urubu possui uma relação de um surdo para cada


grupo de 75 não-surdos.
Esta alta percentagem de surdez faz com que tanto surdos quanto
não-surdos da tribo aprendam a língua de sinais de modo a se
comunicar no seu cotidiano.
A língua é utilizada somente dentro da tribo, ao contrário de outras
línguas indígenas de sinais que são utilizadas como línguas francas.  
O Antropológo Darcy Ribeiro em 1949
Libras
É uma das siglas usadas para reportar a Língua
Brasileira de Sinais. Esta sigla é utilizada pela
FENEIS (Federação Nacional de Educação e
Integração dos Surdos). Outra sigla utilizada para
referir a Língua Brasileira de Sinais é a LSB, visto
que esta segue os padrões internacionais de
denominação das línguas de sinais.
•No Brasil há registro de duas línguas de sinais – LSKB e
Libras;
Língua de Sinais Urubu Kaapor
Referências
◦ BRASIL. Lei nº. 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua
Brasileira de Sinais e dá outras providências. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10436.htm>
◦ BRASIL. DECRETO Nº 5.626, DE 22 DE DEZEMBRO DE 2005.
Regulamenta a Lei no 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a
Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei no 10.098, de 19 de
dezembro de 2005.
◦ QUIXABA, M. N. O. O ensino da língua de sinais brasileira como
possibilidade de inclusão sócio-político-cultural das pessoas surdas no
sistema público estadual de ensino de são luís – ma. 2011. III Seminário
Linguagem e Identidades: múltiplos olhares.
◦ BASTOS, E. M. R. ZAQUEU, L. C. C. Discussões acerca da inclusão da
Língua Brasileira de Sinais como disciplina na educação básica Revista
Querubim – revista eletrônica de trabalhos científicos nas áreas de
Letras, Ciências Humanas e Ciências Sociais – Ano 14 Nº34 vol. 02 –
2018 ISSN 1809-3264.

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