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OPIÓIDES
INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – UFBA
Departamento de Ciências da Biorregulação
Disciplina: Farmacologia Médica
Prof. Rômulo Luiz de Castro Meira
Termos Utilizados
Opióide Termo preferido em farmacologia e se refere às
drogas naturais ou sintéticas, com ações semelhantes às da
morfina, cujos efeitos são passíveis de reversão por
antagonistas como a naloxana.
Compostos morfínicos
têm em sua estrutura
HO
o anel fenantrênico O
Morfina OH
Química
Morfina
alcalóide pentacíclico (cinco ciclos)
ponte de oxigênio na posição 4,5
três ciclos principais (a, b, c)
a hidroxila na posição 3 (fenólica) e 6
(alcoólica)
modificações nessas posições
b modificam a farmacocinética e a
potência dos derivados
c
nitrogênio na posição 16
alterando-o pela adição de um
radical acila transforma o composto
em naloxona (i.e. de agonista para
antagonista)
Tipos de Ligantes do Receptor Opióide
N CH 3 N CH2 CH CH2
OH
HO HO
O O
Morfina OH Naloxona O
Agonista Antagonista
Analgésicos Opióides
N CH 3 N CH 3
CH3OCO CH O
3
O O
Heroína OCOCH 3 Codeína OH
M iose
Atividade dos Receptores
Opióides III
delta
analgesia (medular & supramedular)
alteração do humor
liberação de GH
sigma
disforia (oposto de euforia)
alucinação (tanto visual quanto auditiva)
estimulação vasomotora e respiratória
midríase
Mecanismo de Ação
Os opióides atuam em receptores de neurônios de
circuitos da dor
MU-1
Analgesia, euforia, prurido, náusea, obstipação
MU-2
Depressão respiratória, dependência, bradicardia
KAPA
Analgesia, sedação, miose
DELTA
Analgesia (medular e supramedular), alteração do humor, náusea,
liberação de GH
SIGMA
Disforia, alucinação, midríase, estimulação vasomotora e
respiratória
Receptores OPIÓIDES
Distribuição não uniforme no SNC
Encontram-se nas áreas rel. com a dor
Localização dos receptores opióides pelas
áreas de maior concentração:
1. Córtex cerebral
2. Amígdala
3. Septo
4. Tálamo
5. Hipotálamo
6. Tronco cerebral
7. Medula
Principais Vias Analgésicas dos
Opióides
1. Substância cinzenta periaquedutal
2. Tronco cerebral ventromedial
3. Corno dorsal da medula espinhal
Peptídios Opióides Endógenos
Prodinorfina ou proencefalina B
Peptídios Opióides Endógenos
Encefalinas
são formadas por 5 aminoácidos
têm met-encefalina (metionina na posição 5') ou
leu-encefalina (leucina na posição 5')
são neuromoduladores pois são pequenos
peptídios oriundos de peptídios maiores
(proencefalinas).
o gene da proencefalina codifica peptídios de 276
aminoácidos
o fracionamento da proencefalina dá 4 a 5 peças
de encefalinas ativadas
Peptídios Opióides Endógenos
Endorfina
a POMC dá origem ao hormônio melanócito
estimulante (g-MSH), adrenocorticotrofina (ACTH),
e b-lipotrofina (b-LPH); na seqüência dos 91
aminoácidos da b-LPH encontram-se b-endorfina e
b-MSH
é formada por 30 aminoácidos
os 5 últimos aminoácidos estão na mesma
seqüência das encefalinas
as endorfinas são neurohormônios
encontrada entre diferentes espécies
pouca diferença em humanos
Peptídios Opióides Endógenos
Prodinorfina
origina mais de sete peptídios que contêm
leu-encefalina, inclusive dinorfina A(1-
17),que pode ser fracionada em
dinorfina A(1-8),
dinorfina B(1-13), e
absorção
prontamente absorvida no trato GI, mucosa
nasal, pulmões, via subcutânea e IV
distribuição
alívio da dor
doença terminal
medicação pré- e pós-operatória
edema pulmonar agudo
efeito constipante
efeito antitússico
analgesia obstétrica
Interações Medicamentosas com
Opióides
** a coadministração de depressores do
SNC com OPIÓIDES freqüentemente
produzirá pelo menos depressão
aditiva (potenciação)
Interações Medicamentosas com
Opióides
OPIÓIDE e fenotiazinas
produz depressão aditiva do SNC bem como
acentuação das ações OPIÓIDES (depressão
respiratória)
essa combinação pode também aumentar a incidência
de hipotensão ortostática
OPIÓIDE e antidepressivos tricíclicos
pode produzir acentuação da hipotensão
meperidina e IMAOs
resulta em reações imediatas e graves que incluem
excitação, rigidez, hipertensão e depressão respiratória grave
Interações Medicamentosas com
Opióides
OPIÓIDE e barbitúricos
aumento do “clearance”
morfina e anfetamina
aumento do efeito analgésico
Farmacologia dos OPIÓIDES
Codeína
substituição da OH fenólica da morfina (carbono 3) por metila
um décimo da potência analgésica da morfina
pronta absorção no trato GI
absorção mais regular e previsível do que com morfina
administração oral
metabolizada como a morfina por glucuronoconjugação
dependência física é a necessidade da droga sem abstinência
tolerância e dependência física mais tardia do que com a morfina
vez que a potência da codeína é menor
abstinência da codeína é leve comparada à da morfina
excelente antitússico
Farmacologia dos OPIÓIDES
Heroína (diacetilmorfina)
acetila em substituição às hidroxilas dos
carbonos 3 e 6
potência analgésica 3 a 4 vezes superior
à morfina
heroína é o mais lipofílico dos
OPIÓIDES
abstinência de opióide NÃO É fatal
Farmacologia da Heroína
quando ingerida a heroína atravessa rapidamente a
barreira hematoencefálica (morfina o faz lentamente)
onde é hidrolizada a monoacetilmorfina (perde uma
acetila) e depois é hidrolizada a morfina levando mais
droga para dentro do cérebro e portanto 3 a 4 vezes
mais potente
sintomas de abstinência da heroína são similares
mas, mais intensos do que os da morfina (efeito
rebote)
midríase
diarréia
vasoconstricção
disforia
etc.
Farmacologia dos OPIÓIDES
Hidromorfona (Dilaudid®)
tem cetona em lugar de hidroxila no carbono 6 da
morfina
potente agonista
9 vezes mais potente do que a morfina
maior sedação do que a morfina, portato menos
euforia e conseqüentemente menor abuso
menos obstipante
não produz miose
tolerância e dependência física mais intensas do que
a morfina devido à sua mior potência
depressão respitatória igual à da morfina
Farmacologia dos OPIÓIDES
Fentanila (Fentanil® , Durogésic®)
composto sintético
estrutura diferente da morfina
80 a 100 vezes mais potente que a morfina
droga de ação rápida
usada como medicação preoperatória
ação de duração curta (30-45 min)
início de ação em 5 minutos
altíssima potência
alto abuso, conhecida nas ruas como “branco da
china” ou “pó da china”
Farmacologia dos OPIÓIDES