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Princípios de Espeleologia

Gestão da Segurança
Procedimentos
Condutas

Edmundo “Eddie” Dineli


Capacitação
Guias de Turismo
Abismo Anhumas - Bonito-MS
• “A experiência de visitar uma caverna
desperta a curiosidade e a sensação de
exploração em cada um que se lança neste
projeto. A aventura reflete em benefício
direto na saciedade dos interesses de jovens
e adultos, onde em cada passagem, em cada
volta desfruta-se de uma nova visão e a cada
passo adiante, uma perspectiva nova e
diferente.”

NCA – National Cave Association –


http://www.cavern.com/cavern/why.htm
Espeleologia

•  (do latim spelaeum, do grego σπήλαιον,
"caverna", da mesma raiz da palavra
"espelunca") é a ciência que estuda as 
cavidades naturais e outros fenomenos 
cársticos, nas vertentes da sua formação,
constituição, características físicas, formas
de vida, e sua evolução ao longo do
tempo.
Caverna

• Abertura natural formada em rocha abaixo


da superfície do terreno, larga o suficiente
para a entrada do homem
Caverna

• Segundo o Decreto N. 6.640, de 07/11/2008,


“cavidade natural subterrânea é todo e qualquer
espaço subterrâneo acessível pelo ser humano,
com ou sem abertura identificada, popularmente
conhecido como caverna, gruta, lapa, toca,
abismo, furna ou buraco, incluindo seu ambiente,
conteúdo mineral e hídrico, a fauna e a flora ali
encontrados e o corpo rochoso onde os mesmos
se inserem, desde que tenham sido formados por
processos naturais, independentemente de suas
dimensões ou tipo de rocha encaixante”.
Onde ocorrem as Cavernas?

As cavernas tendem a ocorrer,


principalmente, nos denominados
terrenos cársticos, ou seja, áreas onde a
litologia predominante compreende
rochas solúveis.

Rochas solúveis
=
Rochas Carbonáticas
(calcíticas e dolomiticas)
Carste?

A palavra karst, que foi aportuguesada para


carste, é a forma germânica da palavra
servo-croata kras, cujo significado original é
terreno rochoso, desnudo, característica de
uma região situada no nordeste da Itália e no
noroeste da Eslovênia. Tal região é
considerada entre os especialistas como o
carste clássico, já que foi ali a primeira vez
que esse tipo de relevo foi descrito e
estudado, a partirda segunda metade do
século 19.
Kras
Kras

Dente de cão

PN Serra da Bodoquena
Sistema Cárstico
Sistema Cásrtico

• Exocarste (ou simplesmente carste


superficial), marcado por formas
superficiais geradas primordialmente pelo
ataque químico de águas meteóricas
(chuvas)
• Endocarste (ou carste subterrâneo),
representado por cavidades subterrâneas,
geradas pela dissolução
por águas subterrâneas de origem diversa.
Sistema Cásrtico

• Epicarste, pode também ser


reconhecido, dizendo respeito à zona
logo abaixo da superfície,
englobando o contato entre o solo,
quando existente, e a rocha calcária.
Sistema Cásrtico

• Pseudocarste para se referir as paisagens que


apresentam feições semelhantes às cársticas,
tais como cavernas, dolinas e escarpas rochosas.
No entanto, essas feições não são formadas
sobre típicas rochas solúveis como em um
verdadeiro carste. Por exemplo, as depressões
do tipo doliniformes e cavernas da Serra dos
Carajás, no sudeste do Pará, desenvolvidas em
rochas ferríferas (minério de ferro e canga),
foram denominadas de pseudocársticas por
Maurity & Kotschoubey (1995).
Potencial Espeleológico Brasileiro

N° de cavernas Potencial (não


Litologia Percentual
conhecidas conhecidas)

Carbonatos 7.000 >150.000 <5%

Quartzitos 400 >50.000 <1%

Arenitos 400 >50.000 <1%

Minério de ferro 2.000 >10.000 <20%

Outras
200 >50.000 <0,5%
Litologias

Estimativa, em ordem de grandeza, do número de cavernas Brasileiras


Principais áreas carbonáticas do Brasil
Geoespeleologia
O carste e as cavernas
O processo básico que provoca a
geração das formas cársticas em
regiões calcarias pode ser sintetizado
pela equação:

H₂O + CO₂ + CaCO₃ = 2HCO₃- + Ca2+


Geoespeleologia

A água de chuva absorve dióxido de


carbono (CO₂) na atmosfera e se
torna acida devido a formação de
acido carbônico (H₂CO₃). Esta água
ao entrar em contato com a rocha já
e capaz de dissolver o calcário
Formas Cársticas
Dolinas estão entre as formas cársticas
mais comuns. Consistem em depressões
no terreno por vezes suaves, por vezes
abruptas
Formas Cásrticas - Dolinas
Dolinas em áreas urbanas
Buraco de Cajamar - Brasil
Evolução e formação de espeleotemas
Megafauna
Megafauna
Megafauna
Escala geológica
Escala geológica
Prospecção, topografia e
espeleometria
A prospecção espeleológica envolve
todos os trabalhos, desenvolvidos
em escritório e em campo, que
levam ao reconhecimento e
caracterização inicial do conjunto de
ocorrências espeleológicas de uma
área
Idade dos calcários e das cavernas

• Edmundo Dineli Costa Jr Ricota,Preciso saber a


idade (mesmo que aproximada) dos carbonatos e dos
cavernamentos aqui da serra da bodoquena, há muita
discrepância entre os que os guias atuais falam e
gostaria de passar uma informação mais adequada.
• 18:27
• William Sallun Filhobem, os calcários são de mais
ou menos de 630 a 530 milhões de anos
• porém as cavernas são muito mais novas, mas
não dá pra 'chutar' uma idade, mas calculam-se
alguns milhões de anos, tipo no máximo 15 ou
10 milhões de anos, mas não dá pra dizer certo não
O Abismo Anhumas
Nível do lago baixo
Corte longitudinal
Cortes transversais
Nível do lago alto
Nível do lago baixo
Megagidiella azul e Potiicoara brasiliensis
SGS – ISSO 21.101:2014

• Política da Segurança
• Declaração de conhecimento de risc
o
• Informativo
• Ficha de registro de acidentes
Operação

• Trabalho em conjunto com os


monitores
– Atividades complementares não
concorrentes
• Os monitores controlam o ritmo da
operação
• Esforço conjunto
• NOVIDADE PARA TODOS!
Operação

• Bote: duração de 30 minutos


• Flutuação de 30 minutos

• Foco na qualidade da experiência

• Sugestões são bem vindas!


• Comunicação POR ESCRITO!
Condutas

• Atenção e adesão aos protocolos de


biossegurança
– Não basta ser seguro, tem que parecer
seguro!
• Regras básicas de convivência
• Regras básicas de apresentação
• Respeito com os colegas e visitantes
• Cuidado com as brincadeiras
• Namoros, xavecos, indiscrições, etc
Considerações finais

• Experência NOVA para todos


• Paciência, paciência, paciência!
– Já falei paciência?!
• Muitas mudanças na estrutura do
Abismo Anhumas –
tudoaomesmotempoeagora
• Evitar conflitos com a equipe de
monitores.
Esta é uma história de quatro pessoas:
TODO MUNDO, ALGUÉM, QUALQUER UM e NINGUÉM. 

Havia um trabalho importante a ser feito e TODO MUNDO


tinha certeza de que ALGUÉM o faria.
QUALQUER UM poderia tê-lo feito, mas NINGUÉM o fez. 
ALGUÉM zangou-se porque era um trabalho de TODO
MUNDO. 
TODO MUNDO pensou que QUALQUER UM poderia fazê-lo,
mas NINGUÉM imaginou que TODO MUNDO deixasse de fazê-
lo. 

Ao final, TODO MUNDO culpou ALGUÉM quando


NINGUÉM fez o que QUALQUER UM poderia ter feito.
Obrigado!

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