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AS CARACTERÍSTICAS DA REDE URBANA EM PORTUGAL

Em 2011, a rede urbana caracterizava-se, segundo o INE:


• Pela existência de 588 lugares com dois mil ou mais habitantes, o que
correspondia a 2,2% dos cerca de 27 mil lugares do país;

• Pela existência de apenas sete lugares com dimensão igual ou superior a 100
mil habitantes que concentravam cerca de 14% da população total;

PORTO
AS CARACTERÍSTICAS DA REDE URBANA EM PORTUGAL

Em 2011, a rede urbana caracterizava-se, segundo o INE:


• Pela existência de lugares com uma dimensão entre 20 mil e 100 mil
habitantes localizados fora das duas áreas metropolitanas, sobretudo no
interior do Continente (Viseu ou Vila Real, entre outros) mas também cidades
mais próximas do litoral (Faro, Aveiro, entre outros);
• Pela ausência de lugares com mais de 20 mil habitantes no Litoral alentejano:
Sines (12 mil habitantes) constitui o maior lugar no Litoral Oeste a Sul da AML.

FARO AVEIRO VISEU

Nas últimas décadas, a tendência geral tem sido a concentração em lugares urbanos, em
lugares com dois mil ou mais habitantes.
AS CARACTERÍSTICAS DA REDE URBANA EM PORTUGAL

Distribuição dos lugares com dois mil ou mais habitantes segundo os


escalões de dimensão populacional (Portugal, 1981, 1991, 2001 e 2011)

• Em 2011, cerca de 3/5 da população (61%);


Assim, estes • Em 2001, cerca de 55% da população;
lugares • Em 1991, cerca de 48% da população;
concentravam:
• Em 1981, cerca de 43% da população.
A REDE URBANA EM PORTUGAL
A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL

A contínua urbanização do espaço nacional é visível no reforço dos lugares de


maior dimensão (cidades e vilas), contrariamente aos lugares de menor dimensão
e de características mais rurais.

Isto traduz o reforço das duas áreas metropolitanas, de Lisboa e do Porto e das
cidades de média dimensão, mas também a concentração da população ao longo
da faixa litoral.

LISBOA
A REDE URBANA EM PORTUGAL
A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL

As cidades portuguesas possuem uma repartição assimétrica, que se


traduz:

Na concentração de cidades e população na faixa litoral entre


Setúbal e Viana do Castelo – com destaque para as Áreas
Metropolitanas de Lisboa e do Porto – e no litoral algarvio;

Nas regiões do interior, desde o Nordeste até ao interior algarvio,


possuem um baixo número de cidade e reduzida população urbana,
com excepção de alguns municípios que possuem cidades médias.

Nos Açores e na Madeira, o número de cidades também não é muito elevado.


A REDE URBANA EM PORTUGAL
A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL

População residente nos centros urbanos com 2000 ou mais habitantes


em Portugal, em 2011
A REDE URBANA EM PORTUGAL
A DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL

Entre 2001 e 2011,


assistiu-se:

• Ao reforço da concentração
populacional no litoral – em
particular, na AML e AMP –
num processo de continuidade
da tendência de litoralização e
bipolarização da população
residente.
DENSIDADE POPULACIONAL POR NUT III (PORTUGAL, 2011)

A menor densidade populacional


regista-se:
• No interior do país e no litoral
alentejano;
• Destacam-se: Beira Interior Sul, Alto
Alentejo, Alentejo Litoral e Baixo
Alentejo.

Nos arquipélagos:

• Na generalidade das ilhas dos Açores,


sobretudo, dos grupos Ocidental e
Central, bem como Santa Maria, no
grupo Oriental.
DENSIDADE POPULACIONAL POR NUT III (PORTUGAL, 2011)

A menor densidade populacional


regista-se:
• No litoral ocidental entre Setúbal e Viana do
Castelo.
• Destacam-se: Grande Lisboa e Grande Porto e
o litoral algarvio;
• Nas cidades médias localizadas no interior,
como Évora, Castelo Branco, Viseu, Guarda,
Portalegre, Vila Real e Bragança.

Nos arquipélagos:

• Na vertente sul da ilha da Madeira;


• No litoral das ilhas de São Miguel e da Terceira
(que são as mais densamente povoadas).
TAXA DE VARIAÇÃO DA POPULAÇÃO POR MUNICÍPIO
(Portugal Continental, 2011)

Apesar da litoralização e bipolarização, os municípios de Lisboa e do Porto


têm vindo a perder população residente e densidade populacional!
A REDE URBANA NACIONAL

Quando falamos em rede urbana, temos de atender que a existência de


uma rede urbana ou sistema urbano só é possível se existir:

Uma rede hierarquizada de cidades, ou relativamente


hierarquizada;

Uma relação de dependência ou complementaridade,


em termos funcionais, entre as cidades e entre estas e
as áreas rurais limítrofes
A REDE URBANA NACIONAL

Uma rede urbana só é hierarquizada se possuir:

Um pequeno número de cidades de grande dimensão com uma repartição


espacial relativamente afastada. São as que têm um maior número de funções
e as que exercem uma enorme influência sobre o território nacional (Lisboa e
Porto);

Um maior número de cidades de média dimensão, intercaladas entre as


cidades de grande dimensão, com as quais estabelecem intensos fluxos. São
caracterizadas por um grande dinamismo funcional e um crescimento
demográfico;

Um número ainda maior de pequenas cidades na área de influência das


cidades de média dimensão.
TIPOS DE REDES URBANAS

II – Polarizadas
I – Monocêntricas policêntricas ou
ou Macrocéfalas polinucleares
AS REDES
URBANAS
PODEM SER:
III - Bipolares ou IV - Multipolares
bicéfalas
A REDE URBANA NACIONAL

A rede urbana nacional tem sido marcada pelo


peso, não só demográfico, mas sobretudo
funcional, da Área Metropolitana de Lisboa:

Pelo crescimento demográfico da Área


Metropolitana do Porto ser muito
superior ao funcional;

Pela ausência de um escalão significativo


de cidades de média dimensão.
A REDE URBANA NACIONAL (TENDÊNCIAS)

A rede urbana/sistema urbano


nacional caminha para a existência de:

a) Duas Áreas Metropolitanas (Lisboa e


Porto), com dinamismos e processos de
estruturação interna diferenciados, que
aliam uma grande dimensão em termos
nacionais com uma frágil projeção
funcional em termos internacionais;

b) Uma extensa mancha litoral de


urbanização difusa, onde emergem alguns
sistemas urbanos polinucleados e se
destacam diversos centros urbanos de
maior dimensão e dinamismo, embora
sem o tamanho demográfico de cidade
média de acordo com os padrões
europeus; A rede urbana/sistema urbano nacional
A REDE URBANA NACIONAL (TENDÊNCIAS)

A rede urbana/sistema urbano


nacional caminha para a existência de:

c) Uma urbanização linear ao longo da


costa algarvia;

d) Uma rede de pequenas e médias


cidades no interior, nalguns casos
configurando eixos e sistemas urbanos
multipolares.

A rede urbana/sistema urbano nacional

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