3.
2 A reorganização da rede população xar-se e usufruir
urbana
Qual é o papel das cidades
médias?
Uma rede urbana equilibrada
encontra-se associada à
existência de um certo número
de cidades de média
dimensão, as cidades médias
ou cidades intermédias, que
se alternam com as grandes
cidades.
Constituem polos de
desenvolvimento regional e de
dinamização de toda a sua área
de in uência, podendo mesmo
alargar os seus tentáculos para
lá desta.
As cidades médias são então,
importantes polos de atração
e gerador de emprego, na
medida em que o seu
dinamismo funcional
(associado ao setor secundáio
e terciário), gerador de
emprego, tende a dominar um
sistema de amplas relações e
uma distribuição de produtos e
serviços vários.
As cidades médias são palco
de uma boa rede de
infraestruturas de apoio e
equipamentos que permitem à
fl
fi
de excelentes parâmetros de
qualidade de vida.
Assim, nelas é possível
encontrar hospitais regionais,
comércio, rede interna de
transportes público organizada,
bancos etc.
A partir da mobilidade
pendular dos municípios
obtemos o grau de abertura
dos municípios face aos
restantes territórios no que
respeita à mobilidade
funcional de trabalho ou
estudo.
Com maior mobilidade
pendular:
- Oss munícipios que
constituem um continuo
territorial centrado na
região de Lisboa e
estendo-se a municípios do
Vale do Tejo.
- Uma outra faixa territorial
com maiores interações
abrange os municípios a Sul
de Coimbra prolongando-
se de forma contínua pelo
Litoral até à Área
Metropolitana do Porto
A população residente que
entra e sai do munícipe
supera a respetiva população
 residente empregada ou
estudante. Nos seguintes
municípios:
• Porto
• São João da Madeira
• Lisboa
• Constância
• Oeiras
O que é uma cidade média
em Portugal?
Em Portugal, os limiares para
que um aglomerado
populacional seja considerado
uma cidade média oscilam
entre os 10 000 e os 100 000
habitantes.
Uma vez que, de acordo com
os limiares estabelecidos pela
Comissão Europeia, não
existiriam cidade médias em
Portugal, dado que só um
reduzido número de cidades
tem uma população a oscilar os
100 000 a 200 000 habitantes.
PROSIURB: Programa de
Consolidação do Sistema
Urbano Nacional e de Apoio à
Execução dos PDM
Objetivos do PROSIURB:
Restruturar e modernizar o
sistema ubano, no quadro
de uma estratégia
fi
fi
concertada de ordenamento
do território.
Promover a requali cação e
melhoria do ambiente
urbano e reforçar a coesão
económica e social das
cidades
Reforçar a inserção nacional
e internacional das áreas
urbanas e promover a
consolidação da rede de
equipamentos sociais e
económicos de carácter
estratégico.
No entanto, a Lei de Bases da
Política de ordenamento do
Território e de Urbanismo
retoma alguns princípios
enunciados no PROSIURB
As cidades médias
estabelecidas no PROSIURB
eram: Braga, Viana do Castelo,
Guimarães, Chaves, Vila Real,
Bragança
No entanto, Portugal continua
carenciado em cidades de
média dimensão, não
esquecendo que a maioria das
já existentes continua ainda,
devido à sua proximidade
geográ ca, a estar uito
dependente de metrópoles de
Lisboa e do Porto.
 Deste modo, tem-se
constatado a ausência de uma
rede urbana nacional
hierarquizada.
A rede urbana nacional e a
necessidade de cidades de
média dimensão
A con guração da rede urbana
nacional é marcada pot um
pequeno número de cidades de
média intermédia (50 000 a 250
000 habitantes).
É conveniente possuir uma
estrutura mais policêntrica
para o sistema urbano,
precisamos de reforçar a
dimensão das cidades de
tamanho intermédio.
ATRAVÉS, da constituição de
eixos urbanos, isto é,
aglomerados que partilhem
equipamentos e adotem uma
estratégia de desenvolvimento
comum.
Contudo, a valorização desta
cidades é necessária, pois
permitem deste modo, criar
foria das 2 Áreas
Metropolitanas polos:
De atração e de iniciativa
empresarial
fi
fi
fi
fi
fi
De xação demográ ca,
com capacidade para gerar
efeitos difusores das Áreas
Metropolitanes e manter
relações com o exterior.
Este facto já vai sendo, apesar
de tudo, vísivel:
• A uma nova con guração
das bacias de emprego
• À melhoria das rede e
meios de transporte que
conferem à população uma
maior mobilidade
• À a rmação das cidades
como centros de emprego
• À expansão das àreas
urbanas
Em Portugal, o aumento da
mobilidade, o
desenvovimento dos meios
de transporte e, sobretudo, a
utilização, cada vez mais
frequentes, do automóvel
particular tem permitido:
• O alargamento da amplitude
das deslocações
(movimentos pendulares)
• O crescimento urbano das
cidades de média
dimensão, e das áreas de
cariz mais rural, mas com
fortes níveis de industrilização
 ou que se encontram
inseridas na área de
in uência das respetivas
cidades médias.
Como atenuar o crescimento
das grandes aglomerações?
O atenuar das grandes
aglomeerações e a diminuição
da garnde polarização das
duas Grandes Áreas
Metropolitanas de Lisboa e do
Porto, acabam por ser uma
necessidade crescente para a
coesão do território e para o
aumento da competitividade
das regiões nacionais.
A rede urbana policêntrica…
O ideal para o país
A rede urbana policêntrica, é
a mais desejável, porque:
- traduz uma rede urbana
equilibrada
- permite uma visão
estratégica quer ao nível do
ordenamento do território
nacional, quer ao nível do
reposicionamento do País
ao nível, ibérico, europeu e
mesmo intercontinetal
- Permite a reorganização do
espaço urbana, numa
fl
perspectiva de sistema
policêntrico, vital para a
coesão do território e para
a competetividade, não só
nacional e do sistema
urbano, mas também ibérica,
europeia e intercontinental
- Permite que se criem polos
regionais que constituem
uma mais-valia para o
desenvolvimento
harmonioso e sustentável
da região, em particular, e
do País, em geral
Neste sentido, o Programa de
Ação do Programa Nacional
da Política de Ordenamento
do Território (PNPOT) teve
como objetivos estratégicos:
• Reforçar a competitividade
territorial entre Portugal e a
sua integração nos espaços
ibérico, europeu e global
• Promover o desenvolvimento
policêntrico dos territórios e
reforçar as infraestruturas d
suporte à integração e à
coesão territorial.
As parcerias entre as cidades
e o mundo rural
Texto pag.150 -importante
 Se, no passado, rural era tudo
o que não se enquadrava na
cidade, hoje esta realidade já
não é verdade, frutos dos
crescentes processos, como a
suburbanização e a
periurbanização.
Suburbanização: processo de
desenvolvimento do espaço à
volta das cidades.
Periurbanização: espaço
exterior à cintura suburbana,
onde os usos e estruturas
urbanas se misturam com as
rurais.
Ou seja, resulta de uma
interligação entre o espaço
urbano e o rural, não havendo
por isso, uma distinção nítida
entre a cidade e o campo.
Assim, a urbanização provoca
uma alteração dos modos de
vida da população, que se
traduz, por exemplo, na adoção
pela população de novos
comportamentos.
Independentemente da sua
dimensão e do seu grau de
desenvolvimento, a cidade não
é um espaço geográ co
isolado e independente, mas
cria, com o espaço periférico,
diversas relações de
interdependência/
complementaridade
fi
fi
As cidades são, áreas que
desempenham um papel muito
importante e apresentam-se
como aquelas em que os
fatores de competitividade
estão presentes.
A sua importância resulta então
de uma inter-relação de fatores,
como por exemplo:
A existência de mão de obra
quali cada
A facilidade no
estabelecimento dos
contactos face-a-face
A maior existência de
infraestruturas de apoio às
atividades económicas
A maior oferta cultural
O maior dinamismo dos
serviços
Estes fatores transformam a
cidade num lugar de trocas
comerciais com o espaço
rural envolvente.
As trovas:
Campo
- Alimentos
- Matérias primas
- Abastecimento de água
- Tranquilidade
- Qualidade ambiental
Cidades
- Serviços
- Universidades
- Comércio
- Assistência médica
especializada
- Informação
As migrações e os uxos
populacionais, o comércio e
as trocas de produtos são
então sinais da relação entre as
áreas urbanas e as áreas rurais.
Ao que se junta a escolaridade
obrigatória, a in uência das
redes culturais e religiosas e
a expansão dos serviços
urbanos às áreas rurais que
aumentam a intensidade e o
reforço das interações entre
o urbano e o rural.
Problemas
Contudo, esta nova relação
campo/cidade é necessária
para dar resposta aos desa os
com que os territórios se vem
confrontados.
Cerca de 75% da população
europeia é citadina, se há uma
restuturação ou emergência
dos centros urbanos e uma
fi
fi
fl
fl
fl
fi
fi
expansão das cidades para
além do seu perímetro urbano.
Por outro lado, há um espaço
rural marginalizado, devido,
em parte, ao grande abandono
demográ co e ao crescente
envelhecimento populacional,
ao afastamento das grandes
metrópoles, à escassez de
equipamentos e
infraestruturas ou à ausência
de diversi cação económica
provocada pelo peso excessivo
da agricultura.
Quais as estratégias de
cooperação institucional?
A Política de Desenvolvimento
Rural 2007-2013, centrou-se:
• No aumento da
competitividade dos setores
agrícola e orestal
• Na melhoria do ambiente e
paisagem rural
• Na melhoria da qualidade de
vida nas áreas rurais e a
promoção da diversi cação
da economia rural
O renascimento rural, ou seja,
o reconhecimento da
 agricultura como fulcral para a
economia do espaço rural, as

ajudas nanceiras, que em

nome da coesão, devem
continuar presentes nas zonhas
desfacorecidas, e

não isolamento das regiões

são aspetos que devem estar
presentes para a integração
ambicionada do espaço rural.

Assim, uma política rural

integrada é fundamental para
o aumento do emprego, para a
igualdade de oportunidades,
para a qualidade dos produtos
e para a proteção do meio
ambiente.

O desenvolvimento do turismo,
do comércio e das novas
tecnologias, bem como da
agricultura, do artesanato e
da qualidade do espaço rural,
são fundamentais para o
desenvolvimento rural e para a
integração de novas relações
cidade-campo.
fi