4.

1 - As cidades médias são aquelas que, sendo polarizações urbanas, desempenham papeis de
equilíbrio do sistema urbano pois combatem, um pouco, a tendência de crescimento das já
grandes cidades reduzindo as assimetrias regionais.

As cidades médias contrariam também a tendência de redução da população do interior do

país pois têm acolhido população das áreas rurais e funcionam como polos de
desenvolvimento regional

Contudo, as cidades médias simultaneamente acentuam os desequilíbrios já existentes pois

dificilmente conseguem competir com as grandes cidades em termos de capacidade de atrair
sedes de empresas multinacionais e não têm acesso aos mercados e ligações interurbanas e
internacionais. Continua a haver uma forte polarização em torno de Lisboa e Porto (as maiores
cidades nacionais) e a tendência para o desequilíbrio da rede urbana devido à fraca
representatividade das cidades médias.

4.2 – Para a criação de polos regionais importantes em torno das cidades médias/capitais de
distrito seria necessário promover a valorização de potencialidades regionais e recursos
endógenos e investimento em atividade económicas, equipamentos e infraestruturas. De
salientar a importância de uma boa rede de transportes para promover a complementaridade
e a cooperação interurbanas. Se a qualidade de vida for elevada nas cidades médias e as
acessibilidades interurbanas melhoras, haverá mais possibilidade de desenvolvimento de polos
regionais. Igualmente deve haver um aumento da capacidade de oferta de diferentes
especializações e de investimento em âncoras de desenvolvimento regional.

5 – Renovação urbana ou reabilitação urbana é a transformação de uma cidade, zona ou outra

área urbana a fim de rejuvenescê-la.

Esta renovação pode abranger edificações, transporte e infraestrutura de uma determinada

área urbana. Trata-se do processo de reconstrução de área antigas que precisam de
manutenção e modernização para continuar a suplantar o seu uso ou para atender a novos
usos.
Requalificação urbana evidencia o património histórico e a reestruturação dos núcleos urbanos
e parece ser um pouco contrário à ideia de renovação urbana

A requalificação propõe ações para a proteção de áreas degradadas e voltadas para o

enquadramento contemporâneo sem tirar importância do património histórico como
elemento básico para a composição da zona.

O Programa Polis é um instrumento de apoio financeiro a programas de revitalização

urbanística custeado pela União Europeia e gerido pelo Governo de Portugal.

O POLIS teve início formal em 15 de Maio de 2000 (Resolução do Conselho de Ministros n.º
26/2000), após a preparação do programa por um Grupo de Trabalho (criado em 18 de
Novembro de 1999, por iniciativa e na dependência direta do Ministro do Ambiente e do
Ordenamento do Território).
 O Programa Polis provém de uma sociedade entre o Estado (Ministério das Cidades,
Ordenamento do Território e Ambiente) e as Câmaras Municipais das várias cidades em que
intervém (Autarquias Locais) com o objetivo de intervir as vertentes urbanísticas e ambientais
das cidades aumentando a atratividade das cidades. O Estado contribui com 60% do capital e
as autarquias locais com os restantes 40%.
 O Programa Polis elabora Planos de Pormenor que servem de instrumentos de gestão
territorial e definem o que se pode fazer numa determinada área.
 Os principais objetivos do Programa Polis são:

 A requalificação urbana tendo sempre em conta a valorização ambiental;

 Promover a multi-funcionalidade e revitalizar e requalificar as cidades desenvolvendo
ações que contribuam para tal;
 Melhorar a qualidade do ambiente urbano e valorizar a presença de elementos
ambientais tais como frentes de rio apoiando ações de requalificação;

 Aumentar os espaços verdes, as áreas pedonais e diminuir o tráfego automóvel

no interior das cidades apoiando iniciativas que contribuam para tal.

 É de salientar que o Programa Polis tem como função primordial criar Planos de Pormenor
consoante as necessidades das cidades em questão e colocá-los em discussão pública.
Numa fase inicial foram selecionadas 18 cidades e, numa segunda fase, mais 10 foram
escolhidas com base num concurso nacional.