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Malha Paulista
da
DORMENTES DE CONCRETO
PARA CARGAS E PASSAGEIROS
DORMENTES PARA AMV
DORMENTES MONOTRILHO
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DORMENTES ESPECIAIS
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DE DORMENTES POR ANO
editorial
mudanças cujos impactos ainda serão medidos e sentidos por muito tempo.
O vírus que intriga a ciência, com múltiplas facetas que dificultam sua
Mobilidade urbana
Locomotiva AC44i Metrôs e trens no mundo
34
(Wabtec) da Rumo em adaptação
Malha Paulista, ao novo normal
próxima a Ibaté (SP).
Estudo de mercado
38
Frota é de 1.552 equipamentos
de manutenção de via
Suprimentos
46
Empresas de equipamentos
de via prontas para a demanda
cartas
lista no Museu de Jundiaí chem uma lacuna biblio-
Navegação mercantil do referido período. Al- gráfica e faz (que) essa
e ferrovia gumas citações do editor publicação se torne uma
Sou professor universitário e quando na contracapa do livro: referência obrigatória na
fiz pós-graduação de mestrado em "O estudo trata da na- historiografia brasileira".
Economia (História Econômica), de- vegação fluvial como O que nos leva à divul-
senvolvi uma pesquisa sobre a navega- estratégia de expansão gação deste trabalho é o
ção mercantil intermodal que a então capitalista. O autor traça fato da importância que
Companhia Paulista de Vias Férreas e o panorama de alguns as- a Revista Ferroviária dá
Fluviais (depois Companhia Paulista pectos tecnológicos da navegação, do à história da ferrovia. E, dentro dessa
de Estradas de Ferro) desenvolveu no tráfego de mercadorias para a expor- perspectiva, a navegação fluvial em
Rio Mogi-Guassu de 1883-1903. tação (como o café) e para o mercado caráter intermodal no último quartel
Esse trabalho posteriormente foi sele- interno (como o sal) e efetua uma com- do século XIX é algo inédito e se tra-
cionado pelo Projeto Edição de Tex- paração de perspectiva econômica, en- duz num esforço surreal dos grandes
tos de Docentes e Pós-Graduandos tre as vias férreas e fluviais, a partir de empreendedores da expansão ferrovi-
da Unesp-Pró-Reitoria de Pós-Gradu- dados da Companhia Paulista de Vias ária na época, não medindo esforços
ação da Unesp- Fundação Editora da Férreas e Fluviais de 1883 a 1903. O no desenvolvimento de tecnologias
Unesp. Dele resultou a publicação em trabalho é pioneiro e inédito [em 2009] de transporte que, vencendo as mais
2009 pela Edunesp do livro de minha no que se refere à pesquisa empírica difíceis restrições operacionais e de
autoria "Navegando o Mogi-Guaçu: a no Oeste Paulista. [...] O autor trata o terreno, deram ao desenvolvimento
agroexportação cafeeira no Oeste Pau- tema com acuidade e critério a partir de ferroviário um caráter desbravador de
lista e a formação de um mercado in- ampla e minuciosa pesquisa em fontes nosso imenso Brasil.
terno regional (1883-1903)". primárias inéditas (a exemplo dos rela- Atenciosamente, com nossas sau-
Esse trabalho, entre outras várias fon- tórios da Companhia Paulista de Estra- dações.
tes, teve como espinha dorsal a pesqui- das de Ferro e Fluviais) [...]. A ampla
Hilário Domingues Neto
sa dos relatórios da Companhia Pau- pesquisa e a abordagem atual preen-
hiladne@terra.com.br
BRASIL EXTERIOR
AGOSTO JULHO
INTERMODAL SOUTH AMERICA COMPRAIL 2020
19 a 21/08 - São Paulo, SP 01 a 03/07 – Evento virtual
SETEMBRO OUTUBRO
AFRICA RAIL 2020
26ª SEMANA DE TECNOLOGIA METROFERROVIÁRIA
19 e 20/10 – Joanesburgo, África do Sul
DA AEAMESP E METROFERR
Organizador: Terrapinn
01 a 04/10 – São Paulo, SP
Site: https://www.terrapinn.com
Organizador: Aeamesp
Site: http://www.aeamesp.org.br/
OUTUBRO 2021
ENCONTRO DE FERROVIAS ABRIL
21 e 22/10 – Curitiba, PR INNOTRANS 2020
Organizador: ANTF 27 a 30/04 – Berlim, Alemanha
NOVEMBRO
EXPOLOG 2020 – FEIRA INTERNACIONAL DE LOGÍSTICA
MAIO
INFRARAIL 2021
25 e 26/11 – Ceará, Fortaleza
11 a 13/05 – Londres, Inglaterra
Organização: Prática Eventos
Organizador: Mackbrooks
E-mail: eventos@praticaeventos.com
Site: https://www.mackbrooks.com
2021
MARÇO
NT EXPO – NEGÓCIOS NOS TRILHOS
10 a 12/03 – São Paulo, SP
Organização: Informa
Site: https://www.ntexpo.com.br/
Divulgação/Rumo
M
arcos Lutz assumiu a presidência do Conselho de Administração
da Rumo no início de abril, com mandato até agosto de 2021. O
executivo deixou a presidência da Cosan, para dar lugar a Luis
Henrique Guimarães, até então à frente da Raízen (uma das subsi-
diárias do grupo Cosan).
Lutz é graduado em engenharia naval pela Escola Politécnica e mestre em Admi-
nistração de Empresas pela Kellogg Graduate School of Management, Northwestern
University. Antes de ingressar na Cosan, atuou como diretor executivo de Infraes-
trutura e Energia na Companhia Siderúrgica Nacional, foi membro do Conselho de
Administração da MRS Logística, CFN Railways e Ita Energética. Antes disso, foi
diretor de Operações da Ultracargo. Como presidente da Cosan, foi escolhido Ferro- Marcos Lutz é presidente do
viário do Ano de 2011 pelo Conselho Editorial da Revista Ferroviária. Conselho de Administração da Rumo
A
CCR anunciou, no início de junho, a suces- diretor-presidente e vice-presidente do Conselho da Lo-
são na presidência do grupo. Marco Antônio g-In Logística Intermodal. O executivo tem MBA pelo
Souza Cauduro assume o cargo no dia 6 de MIT Sloan School of Management, é doutor em Finanças
julho, no lugar de Leonardo Couto Vianna. pela Fundação Getúlio Vargas e já foi professor visitante
Formado em economia pela USP, 43 anos, Cauduro era na Universidade de Stanford.
Gente que faz A RF dá destaque aos ferroviários que trabalham na operação, com o objetivo
de valorizar aqueles que fazem as ferrovias brasileiras funcionarem.
Passageiros
4 anos desafios. conseguimos concluir.
Ferrovia significa... Um bom ferroviário é... Expectativa profissional
Meio de transporte através Aquele que, superando as O trabalho produz como fruto
do qual visamos encurtar adversidades, se motiva o crescimento do indivíduo.
caminhos, além de oferecer com os desafios diários Sem medir esforços, estarei
previsibilidade e segurança, para entregar um serviço de sempre dando tudo de mim
promovendo a melhoria excelência à população. o que, como consequência,
da qualidade de vida da renderá crescimento
Momento para recordar
população. profissional e me colocará
Um deles, o desafio da área
na posição ideal.
Desafio diário de Gestão e Coordenação
O desejo de entregar um para a revitalização de dois Vicente Correia
serviço de excelência sempre grupos geradores a diesel Agente Especializado em
nos motiva a buscar soluções de 5000kVA no total e, após Engenharia da CCR Metrô Bahia
Há quantos anos na ferrovia dos limites da empresa, nas sobre um projeto da empresa
Carga
Pedro Palma
Diretor geral da Rumo Malha Central
dentro daquilo que já recebemos pronto do governo, es- ligar todos esses trechos, abrindo para carga geral, tan-
tamos refazendo alguns pontos, recuperando alguns ele- to para importação e exportação via Santos, quanto para
mentos para que estejam no nosso padrão de operação. mercado interno da região de São Paulo. E através de Im-
Existe uma série de obras que no fundo precisa ser con- peratriz, acesso ao supermercado do Norte do país, inclu-
cluída para que essa ferrovia realmente entre em caráter sive chegando até a Zona Franca de Manaus por hidrovia.
operacional dentro do prazo esperado, que é no primeiro O plano da Brado envolve uma operação bastante interes-
semestre do ano que vem. sante, uma diversidade de cargas superbacana. A Brado
atrasou um pouco essa entrada em Imperatriz, em razão
RF – Qual será o primeiro trecho da Malha Central a entrar de uma dificuldade inicial de localização e do terreno
em operação pela Rumo? propriamente dito, e depois entramos no cenário da Co-
PP – Será entre São Simão e Estrela D’Oeste, em São vid-19, que todos nós estamos enfrentando agora. Então,
Paulo. O trecho vai entrar em operação no primeiro se- é possível que a operação desse terminal fique um pouco
mestre, não posso precisar a data exata ainda, mas o que mais para frente. Mas a instalação em Imperatriz continua
a gente, sim, está trabalhando é que ele seja o primeiro avançando dentro do plano.
trecho a operar. A ferrovia se ligará primeiramente em
São Simão e pouco tempo depois ela chegará em Rio RF – Por que Imperatriz foi escolhida como a ponta para as
Verde (GO), quando fazemos a conclusão. Então, pri- operações da Brado?
meira operação da Malha Central começará em São Si- PP – A região de Imperatriz é um polo muito forte no
mão, seguida de Rio Verde. Eu não posso afirmar agora mercado de distribuição de bens de consumo e produtos
exatamente o mês que entra em operação, mas, sim, São industrializados. A partir dali, você abastece muitos muni-
Simão começa a funcionar antes de Rio Verde e as duas cípios da região Nordeste, existe também a proximidade
operações estarão prontas até meados do ano que vem, com a hidrovia, que leva até a Zona Franca de Manaus.
primeiro semestre de 2021. Geograficamente é uma posição muito bacana, tem um
potencial ali.
RF – O trecho Porto Nacional a Anápolis, de 855 km, está con-
cluído pela Valec desde 2015. A Rumo já começou a operar lá? RF – Imperatriz fica mais perto do Porto de Itaqui, mas vocês
PP – Esse trecho já está operacional, logo quando assu- pretendem descer para Santos?
mimos, passamos alguns meses fazendo todo um trabalho PP – Isso. Imperatriz é volume da Brado, é um fluxo bem
de recuperação do trecho, manutenção. Ou seja, a partir caro de exportação. Então, falando em exportação, a gente
do momento em que assumimos um ativo dessa relevân- enxerga daquele ponto até Santos como mais competitivo
cia, todos os protocolos e a preocupação com a segurança do que a exportação via Itaqui. Isso está vinculado à nossa
operacional foram levados em conta, então, obviamente competitividade como operador logístico de todo trecho,
tínhamos que fazer um trabalho ali de revisão e entendi- desde a Malha Central até a operação na Malha Paulista.
mento da via antes de autorizar os fluxos nesse processo. Esse corredor é supercompetitivo, supereficiente, quan-
Hoje o trecho já recebe operações comerciais, os trens que do nós olhamos a renovação da Malha Paulista ela vai se
circulam por ali provêm de direito de passagem da VLI. tornar ainda mais eficiente, com ainda mais capacidade e
A primeira carga dentro do sistema Rumo que nós preten- mais segurança. Para acessar o principal mercado consu-
demos operar nesse trecho está vinculada ao projeto da midor, que é a China, o Porto de Santos está mais próximo
Brado, que tem um plano de terminal em Imperatriz, no e é mais barato do que o Porto de Itaqui. Então o nosso
Maranhão, para o fluxo Anápolis-Imperatriz. plano é descer todas as cargas de exportação para Santos.
RF – Então a ideia é transportar carga geral desde Imperatriz, RF – Podemos dizer que a operação do trecho mais ao Norte
no Maranhão? será feita apenas pela Brado?
PP – Quando tivermos toda a ligação pronta, faremos PP – Não. Posso adiantar que teremos operações nascen-
Imperatriz-Anápolis-Sumaré-Santos. Então, o objetivo é do em Anápolis, independentemente da operação da Bra-
cluído e entregue à ANTT. Então, isso tudo é detalhado aquilo que é efetivamente necessário realizar para co-
e demonstrado, quais são os eventuais vícios de constru- locar a linha em operação, mas a linha será colocada
ção, a responsabilidade em corrigir esses processos e ga- em operação com segurança. Esse compromisso nosso
rantir a utilização correta de toda a via é nossa, da Rumo. será cumprido.
O que acontece é que na hora em que é fechado esse
levantamento e através da discussão com a ANTT isso RF – Sobre o sistema de sinalização e controle, já há o mode-
vai gerar um processo de reequilíbrio em função dessa lo e a empresa que o implementará?
divergência que possa ser encontrada. Esse é um proces- PP – O sistema vai ser definido e instalado antes do início
so já previsto no contrato, já dentro da estrutura desde a da operação. Então, a gente está ativamente nessa discus-
origem da situação. E é de se esperar que, num contrato são agora. O sistema estará alinhado ao da Malha Paulista,
de 30 anos, a gente vai ter, sem dúvida, um espaço para pois é mais seguro e eficiente trabalharmos dentro do mes-
acertar essas equações. mo modelo operacional de sinalização e controle. Então
esse é um trabalho que nós estamos discutindo junto com
RF – A não substituição desses dormentes pode inviabilizar o nosso time da Operação Norte, para que a gente chegue
começo da operação na Malha Central? numa solução única. A expectativa é que a gente encerre
PP – Não inviabiliza, mas essa é uma discussão de isso até o começo do ano que vem, para o início das opera-
ajustes de equilíbrio. Acho que nos investimentos ções comerciais já obviamente estarem com o sistema de
previstos no caderno de obrigações, estão impressos sinalização implementado e seguro.
Informe Publicitário
Inspeção autônoma de vias
Ensco é a dona da tecnologia ATGMS, capaz de fazer inspeção da via de forma
autônoma, rápida, prática, segura e econômica, dispensando carros de controle
*Informações de
responsabilidade da
empresa anunciante
capa
Renovação A
assinatura do ter-
mo aditivo que sa-
cramentou a reno-
vação antecipada
histórica
do contrato de concessão da
Rumo Malha Paulista, no últi-
mo dia 27 de maio, foi o fim
de um processo que durou qua-
Rumo promete elevar a Malha Paulista a um se cinco anos, desde o pedido
feito pela concessionária até a
outro patamar de transporte nos próximos anos formalização do contrato apro-
Por Bianca Rocha vado pelo Tribunal de Contas
da União. Melhor dizendo, foi
o início. A partir daquela data,
começaram-se a contar os pra-
zos determinados pela Agên-
cia Nacional de Transportes
Terrestres (ANTT) para uma
série de investimentos, que
prometem elevar a ferrovia a
um novo patamar de transporte
num curto espaço de tempo.
Fotos: Lucas M. Rosa
até 2024. Os atuais de madeira serão 100% trocados por Componentes loco 329.258.554,03
aqueles com vida útil maior que 30 anos, podendo ser de Componentes vagões 681.563.942,17
aço ou de concreto, afirma Penin. As regiões dos AMVs Superestrutura Ferroviária 1.107.531.854,51
e nas linhas desviadas de pátios, no entanto, continua- Conflitos Urbanos 1.014.141.681,30
rão com dormentes de madeira. A taxa de dormentação Total 6.070.221.624,18
na linha tronco é de 1.667 dormentes/km. Serão ao todo Fonte: Caderno de Engenharia anexo ao termo aditivo de renovação da Malha Paulista
Locomotivas e vagões
O presidente da Greenbrier Maxion, Eduardo Scolari, chama
atenção para a frota de vagões no Brasil. “Cerca de 47% tem
mais de 30 anos. Desses, quase 14 mil vagões já passaram
dos 50 anos. O momento atual exige renovação e serviços, não
apenas de manutenção e reparos, mas principalmente de trans-
formação, com novas tecnologias que otimizem e melhorem as
capacidades de carga e descarga”. Para o executivo, a reno-
Vagão modelo HPT para o transporte vação da Malha Paulista foi um passo importante, mas “outras
de grãos, no pátio de São Carlos (SP) prorrogações terão que sair para que a indústria retome sua
linha de produção e seja competitiva”.
A Cavan vem se preparando para grandes demandas do mercado A Randon evidencia também os altos e baixos do setor de pro-
há algum tempo”, diz o presidente Guilherme Godoy Pereira. dução e afirma que as renovações poderão dar mais constância e
Fabricante de dormentes de aço, a Hidremec enxerga a reno- sustentabilidade aos negócios. “Mais do que tudo, o setor precisa
vação da Rumo Malha Paulista como uma possibilidade de manter de previsibilidade e regularidade das demandas. Assim, a cadeia
negócios com a concessionária. “Já fornecemos aproximadamen- consegue suportar a necessidade do setor”, diz a empresa em nota.
te 300 mil dormentes para a Malha Paulista até o ano passado”, Marcos Costa, presidente e CEO da Wabtec Corporation para
afirma o diretor Carletto Gordano, ressaltando que a capacidade América Latina, se diz confiante de que a conclusão do processo
instalada da empresa é de 60 mil dormentes/mês. da Malha Paulista vai acelerar a análise das demais renovações.
Giuseppe Junior, diretor da Empac, fabricante de dormentes E destaca o portfólio da empresa, ampliado após a incorporação
de concreto, se diz otimista com o programa de renovações. da GE Transportation pela Wabtec, no ano passado. “Além da
“Praticamente todos os processos de prorrogação antecipada fabricação de locomotivas, a Wabtec atua em grande parte da
trarão demandas para o nosso mercado”. Atualmente, a em- cadeia ferroviária de carga e de passageiros”. Na linha de carga,
presa fornece para a EFVM e VLI, além de ter projetos com a a empresa oferece também componentes para vagões (sistemas
CPTM e o MetrôRio. de freios, aparelhos de choque, sapatas, truques etc.), aplicativos
Wilson Rodrigues, presidente da Conprem, também fabricante de softwares e soluções como o Controle Positivo de Trem (PTC)
de dormentes de concreto, espera que o grosso dos investimen- e sinalização, além de contratos de manutenção de serviços de
tos ferroviários aconteça a partir de agora. “Acreditamos que a longo prazo.
26 REVISTA FERROVIÁRIA | Maio/Junho DE 2020
Lider em Inspeção Autônoma de Trilhos
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Sistema de medição autônomo de geometria e perfil de trilhos montado em um vagão
• Operação autônoma completa com GPS inercialmente corrigido e rastreamento
automatizado da via e edição de exceção/defeitos
• O sistema mede e reporta a geometria da via, incluindo bitola, superelevação, empeno,
torção, nivelamento, alinhamento e desgaste do trilho.
• Fluxos de dados sem fio para o servidor central para filtragem e processamento de exceções
e envia automaticamente alertas para o pessoal de campo apropriado
• •Baixo consumo de energia operacional utilizando painéis solares, banco de baterias e
células de combustível.
ensco.com
MCGMAR-5211
capa
Sobre equipamentos de manutenção de via, a operadora pretende
encomendar ainda esse ano uma máquina desguarnecedora de lastro
de alta capacidade, uma máquina desguarnecedora para ombro de las-
tro e um carro de controle para registro de via permanente (370 kW).
Sinalização
A renovação trará também um novo sistema de sinalização para a
Malha Paulista, substituindo o atual, baseado em GPS e Autotrac. O
sistema proposto deve contar com a implantação de itens como Cen-
tro de Controle Operacional Integrado (CCOI), para melhorar a capa-
cidade de autorização e cancelamento de licenças; Sistema de Contro-
le de Bordo (SCB), para aperfeiçoar a comunicação com o CCOI e a
monitoração da velocidade e licenças vigentes; Sistema de Wayside
(WSD), que aprimorará o controle da detecção de trens e execução
dos limites das licenças dadas; e Sistema de Comunicação de Dados
(SCD), para melhorar a capacidade do CCOI em autorizar ou cancelar
as licenças dos trens.
A implantação deverá acontecer entre 2020 e 2024, para um total
de 20 lotes na linha tronco da ferrovia. No trecho compreendido entre
Perequê e Evangelista ainda será implantado um sistema mais robus-
to que contará com comunicação via rádio. Essa comunicação clear
channel tem por objetivo reduzir o tempo de ociosidade do trecho. No
restante, até Rubinéia, será utilizada outra solução satelital que não
Contorno ferroviário
envolva o modelo atualmente utilizado (Autotrac). Assim, a ideia é
de Araraquara, entre os
que o sistema tenha uma solução clear channel, com latência reduzida pátios de Tutóia e Ouro
e menor limitação de tráfego de dados.
Jonas Martins
centenária, fabricada em 1892,
está exposta na estação ferro-
viária de São Lourenço, em Mi-
nas Gerais, cidade que faz parte
do trajeto turístico do Trem das
Águas. Chamada de Mont Ser-
rat, foi adquirida no século XIX
junto com 19 locomotivas de
bitola 0,80m pela Companhia
Docas de Santos. A número 8
(da foto) operou na linha de
Itatinga até a década de 1980,
quando foi leiloada e depois ce-
dida para a Associação Brasilei-
ra de Preservação Ferroviária,
numa parceria com a Codesp.
A fabricante da Mont Serrat é a alemã Lokomotivfabrik Krauss &
Comp. A locomotiva tem número de série 2761, modelo 0-4-0T
(Four Wheels) e cilindros 203mm x 305mm (diâmetro x curso). VEJA A FOTO AMPLIADA
arquivo ferroviário
RF 80 anos A Revista Ferroviária carrega em suas páginas
parte importante da história das ferrovias no
Brasil nos seus 80 anos de circulação ininterrupta,
completados em 2020. Queremos resgatar essas
histórias através de relatos de nossos leitores
fiéis e apaixonados por ferrovia. Lançamos em
abril, em nosso site, a campanha “Qual é a sua
história com a Revista Ferroviária?”, que seguirá
Qual é a sua história ativa até o fim desse ano. O resultado até agora
Revista
dessa memória coletiva é o resgate de fatos e
com a experiências que nos levam a uma viagem no
tempo e à certeza de que a ferrovia sempre foi e
Ferroviária?
continuará sendo relevante para a história dessas
pessoas e do Brasil. Veja alguns depoimentos...
“Iniciei minha história com a Revista Ferroviária quando fui para o Rio de Janeiro estudar no Instituto Militar de
Engenharia, nos idos de 1976. No Rio, trilhei pelos caminhos de ferro, conhecendo a história do IME, a envergadura dos
trabalhos do Geipot, a RFFSA com a sua pujança de carga e passageiros e a Divisão Especial de Subúrbios do Grande Rio,
onde fiz estágio. Conheci também o famoso Terminal de Minério de Ferro da Ilha Guaíba (TIG) e a Linha do Centro da
então SR3 Juiz de Fora, que hoje faz parte da MRS.
Finalizado o curso, voltei à Bahia desbravando o interior como engenheiro residente
da RFFSA-SR7 nas cidades ferroviárias de Iaçu e Brumado e nas históricas
Cachoeira e São Félix, onde devorava cada edição da RF, com seus dados técnicos e
estatísticas. Lembro bem quando a equipe da revista esteve em São Félix e fez uma
reportagem, na edição julho 1984,
1984 sobre as manobras dos trens dentro da cidade,
participei da mesma com desenhos e dados de um trabalho técnico sobre acidentes
ferroviários. Na edição de janeiro de 1991, publiquei artigo com o título “A Ferrovia
Brasileira, o Consumo de Derivados de Petróleo, o Meio Ambiente e a Segurança”.
Após as concessões das ferrovias de carga, trabalhei na FCA por dois anos e
continuei no setor atuando na Transnordestina há 20 anos, chegando agora aos 45
anos de trabalhos ininterruptos nos sistemas ferroviários. Ao longo deste tempo,
fui agraciado por duas vezes com o prêmio Ferroviário Padrão de Carga em 2012
e 2015. Considero-me realmente um leitor voraz da Revista Ferroviária, leio e
consulto as edições, anuários ferroviários e mapas das Estradas de Ferro, além das
publicações do site.”
Carlos Matta
Especialista em Ferrovias da Ferrovia Transnordestina Logística
Ivan Vasconcelos
Aposentado
“A Revista Ferroviária é a própria historia “Em 2011, participei do prêmio Ferroviário Padrão de Passageiros.
da ferrovia do Brasil. O país ainda vai Não fui o premiado, mas muito me honrou o simples fato de ter sido
construir muita ferrovia, ao meu ver. lembrado entre tantos outros nomes importantes. Aproximadamente
Minha participação na Revista Ferroviária um mês depois, por ocasião do dia do ferroviário, concedi uma
foi com o início da construção do Metrô de entrevista para a revista,
revista na edição abril/maio de 2011, falando sobre a
São Paulo, quando eu era então presidente origem do meu DNA ferroviário, através da história do meu avô, que
da empresa. Foram entrevistas e artigos trabalhou na Rede Ferroviária Federal. História que tanto me enche
publicados sobre o projeto e a obra.”
obra de orgulho pela sua superação.
a mobilidade
Planos que envolvem o escalonamento de horários por
segmento de atividade, aumento da disponibilidade da
frota para reduzir o número de passageiros por carro e hi-
Voltados para o transporte de massa, gienização excessiva são comuns nas cidades que foram
afetadas pela pandemia. Em Londres, na Inglaterra, por
metrôs e trens precisam se adaptar
exemplo, a lotação do metrô está limitada a 50%, e há blo-
na pandemia queio de alguns assentos dentro dos trens para garantir a
distância entre os usuários e a não permissão de embarque
D
quando a nova capacidade é atingida. Em todo o sistema,
epois de uma paralisação forçada para evitar as escadas rolantes receberam sinalização com orientação
a propagação do novo coronavírus, muitas de distanciamento de seis degraus entre os passageiros. A
cidades estão voltando aos poucos a se loco- limpeza em espaços de contato como corrimãos, mastros
mover. Para o sistema metroferroviário, há e maçanetas passou a ser mais frequente.
um desafio nessa reabertura: metrôs e trens não foram O uso de novas tecnologias também tem sido aliado
projetados para ficar vazios e, sim, para ser a espinha de alguns países. Em Wuhan, na China, onde a pandemia
dorsal do transporte de massa. Evitar a aglomeração nes- teve início, o metrô instalou equipamentos de leitura de
ses sistemas está exigindo planejamento conjunto entre imagens térmicas (infravermelho) usadas para medir, à
operadoras, governo e sociedade. A ordem agora é se distância, a temperatura de quem circula por trens e me-
adaptar ao novo momento. trôs para a identificação de passageiros com febre. A tec-
Na Europa já há exemplos de restrições e adoção de nologia substitui o uso de pistolas de mensuração de tem-
medidas rígidas, além de novas tecnologias, para evitar peratura. Além disso, os usuários fazem check-in online
os riscos de contágio no transporte público após a rea- ao ingressar no sistema, dessa forma é possível rastrear
bertura gradativa das atividades. O Brasil – leia-se prin- entrada e saída de quem teve contato com passageiros que
cipalmente São Paulo – caminha nessa direção, muito apresentam sintomas da doenças.
embora ainda apresente dificuldades de evitar a quanti- “A aglomeração é decorrente de alta demanda nos horá-
Divulgação/VLT Carioca
Divulgação/CPTM
a Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Au-
tomotores (Anfavea). Para
este ano, o setor prevê 1,35
milhão de carros emplaca-
dos – queda de 40% nos li-
cenciamentos, na compara-
ção com 2019.
Na avaliação de Marcus
Quintella, da FGV, algumas
pessoas devem privilegiar o
transporte individual na re-
tomada por se sentirem mais
seguras. “No mundo intei-
ro, quem puder, vai usar o
transporte individual, no pri- Cinco trens da CPTM receberam “máscaras” em campanha de prevenção
empac.com.br | comercial@empac.com.br
32 3574.1580 - 81 3726.1176
estudo de mercado
Previsão positiva
Frota de equipamentos de via apresenta leve redução, mas há planos de aquisições
A
frota total de equipamentos de manutenção de foi adquirido entre maio de 2019 e maio de 2020.
via das operadoras de carga e de passageiros no A ViaMobilidade foi a única entre as operadoras a re-
Brasil é de 1.552 máquinas. O número repre- gistrar novas aquisições no período. Foram quatro máqui-
senta uma leve redução em relação ao que foi nas: LOC03 (trator de manobras), RDF-04 (veículo rodo-
computado no ano passado, 1.561 unidades. Entre as ferro- ferroviário com cesto) e dois troleys para lançador de fio
vias de carga, são 896 equipamentos no total. No segmento de contato. O total da concessionária passou de 68 para 72
de passageiros, as operadoras contabilizam 656 máquinas. equipamentos.
Do ano passado para cá, a Rumo registrou seis novas As demais operadoras seguem com o mesmo balanço
unidades de carros de linha da Empretec, passando de 169 de 2019. Algumas, porém, aguardam a entrega de equipa-
para 175 unidades no total de equipamen- Divulgação/VLI
CPTM
Ano de País de Ano de País de
Equipamento Fabricante Quant. Equipamento Fabricante Quant.
fabricação Origem fabricação Origem
Socadora, Alinhadora e Socadora, Alinhadora e
Plasser & Theurer 2009 Áustria 1 Plasser & Theurer 1986 Áustria 1
Niveladora de Vias 09-16 CSM Niveladora de Vias 07-16
Socadora, Alinhadora e Plasser & Theurer 2009 Áustria 1 Socadora, Alinhadora e Plasser & Theurer 1982 Áustria 1
Niveladora de AMV's 08-275 3S Niveladora de AMV's 07-275
Reguladora de Lastro SSP 203 Plasser & Theurer 2009 Áustria 1 Reguladora de Lastro SSP103 Plasser & Theurer 1986 Áustria 1
Caminhão de Linha VMT 750 Geismar 2009 Itália 6 Caminhão de Linha OBW-8 Plasser & Theurer 1996 Brasil 4
Veículo de Controle e Apoio à Caminhão de Linha VMT 721 Geismar 1995 Itália 1
Geismar 2006 Itália 3
Rede Aérea VMT 865 Socadora, Alinhadora e Plasser & Theurer 1996 Áustria 1
Veículo Lançador e Rebobinador Niveladora de Vias 08-16
de Cabos e Fios de Rede aérea Geismar 2010 Itália 1 Socadora, Alinhadora e Niveladora
de Tração VMT 865 DER Plasser & Theurer 1996 Áustria 1
de AMV's Modelo 08-275
Desguarnecedora de Lastro Plasser & Theurer 2011 Áustria 1 Reguladora de Lastro SSP 203 Plasser & Theurer 1996 Áustria 1
VM 250 JUMBO
Esmerilhadora / Reperfiladora Suíça /
Estados Speno 1996 1
Carro Controle EM100U Plasser & Theurer 2011 1 de Trilhos Atlas RR16 Itália
Unidos
Total 30
Caminhão de Linha BFCL 1054 Borg / Geovia 1981 Brasil 3
Fonte: CPTM
A
assinatura da renovação do contrato de con- “Trabalhamos em inovações para atender as tendên-
cessão da Rumo Malha Paulista movimentou o cias mundiais e as demandas do mercado nacional. Esses
setor de equipamentos de manutenção de via. equipamentos proporcionam à ferrovia um alto nível de
Pelo cronograma de ações, a concessionária segurança, qualidade de serviço e produtividade”, adianta
estimou para esse ano a aquisição de uma máquina des- o gerente comercial da Geismar, Maxence Marchalot.
guarnecedora de lastro de alta capacidade, uma máquina As socadoras usadas na correção geométrica de via são
desguarnecedora para ombro de lastro e um carro de con- o carro-chefe da Matisa, especializada em máquinas de
trole para registro de via permanente (370 kW). grande porte para manutenção, renovação e construção de
A Geismar do Brasil, que fabrica peças, máquinas e ferrovias. Os Trens de Renovação são capazes de remover
equipamentos de construção e manutenção de via e de a grade ferroviária e substituir dormentes, trilhos e fixa-
rede aérea, está focada em alguns lançamentos esse ano. ções, com produtividade de 200 metros por hora a 300
Para o portfólio da empresa estão previstos troles de me- metros por hora. Esses e outros equipamentos são usados
dição Emerald, para via rebocável (até 20km/h) e Topaz, em obras e atividades de empresas como a Somafel, SST
para medir a geometria da via e das flechas; a MAS150E, Engenharia e Comsa.
uma esmerilhadora automática de solda para estaleiro; o No início do ano, a socadora de alta produtividade B
PEM-LEM, um sistema modular de lançamento de AMVs 66 UC-D começou a ser usada na Itália. O equipamento
pré-montados com controle remoto; e o PWP+WPA, um dispõe de um sistema de medição ótico e é integrado ao
pórtico de lançamento de AMV com vagão basculante sistema Matisa Data Service, que transmite dados em tem-
para transportar em longas distâncias e alta velocidade, po real para os gestores da via.
entre outros. “A máquina opera em AMV e, ao mesmo tempo, em
Divulgação/Loram
Implementos, criada re-
centemente para fornecer
produtos de implementa-
ção rodoferroviária, como
rebocadores de vagão,
escavadeiras e vagonetas
especiais; e pela Nomad-
log Brastan, de inovação
e tecnologia ferroviária.
“Estamos ampliando
nosso mix de produtos
para melhor atender as
diferentes demandas de
renovação de via e, por
meio da Brastan Imple-
mentos, oferecer equipa- Equipamento
mentos rodoferroviários. MHC (Material
Nossa expectativa é que Handling Car)
da Loram
novos projetos aconteçam
Fiol, Ferrogrão e Fico e
outras possíveis renovações antecipadas”, completa Die- de formatação de cargas em vagões para ampliar a efici-
go Darli, diretor geral no Grupo Brastan. ência energética, aumentar o peso médio transportado e
melhorar a produtividade no carregamento.
Tecnologias para via “Atuamos com nossos equipamentos no projeto S11D
A Harsco Rail, fornecedora tecnologias para manuten- da Vale e alcançamos produtividade na construção de fer-
ção de via, planeja inserir alguns equipamentos no mer- rovias até três vezes maior que a projetada inicialmente”,
cado brasileiro. É o caso das socadoras TX 16, que pos- afirma Bernardo Zeferino, diretor da Super Metal. A ex-
sui 16 ferramentas para alta produção em linha corrida pectativa da empresa é ampliar a participação do setor fer-
e AMVs, e 6700 com truque traseiro para realização de roviário no faturamento total, chegando a 90%.
trabalhos em bitola métrica, que permite o deslocamento A Loram do Brasil tem em seu protfólio máquinas para
e facilita o trabalho em curvas de raio curto. Atualmente gerenciamento do lastro e para esmerilhamento de trilhos,
a empresa atende Metrô de São Paulo, Vale e Construtora soluções para lubificação de trilho e equipamentos para
Monteiro de Castro. movimentação de materiais. Além disso, dispõe de servi-
Loram do Máquinas, equipamentos e Máquinas para gerenciamento do lastro; Murilo Ferreira Martins
Brasil sistemas Máquinas para esmerilhamento de Trilhos; (11) 98723-7240
Soluções para lubrificação do trilho;
Máquinas para movimentação de materiais
Socadora, reguladora, desguarnecedora; Bruno Bonella
Matisa do Venda e locação de Trem de renovação e construção, vagões de bruno.bonella@
Brasil máquinas ferroviárias transporte de AMVs, vagões especiais; matisadobrasil.com.br
Veículo de medição e ultrasom Central: (27) 3315-9103
Peças, recuperação e manutenção de
componentes, manutenção de máquinas; Plasser &
Plasser do Fornecimento de máquinas Theurer e assistência técnica; Göran Sjöström
Brasil de médio e grande porte Fornecimento de máquinas, ferramentas e diretoria@plasser.com.br
equipamentos da Robel;
Serviço de geo-radar para via férrea
Fabricação e locação Equipamentos rodoferroviários; Leandro Ribeiro
de equipamentos para Equipamentos e implementos para manutenção de leandro.ribeiro@
Super Metal
operação e manutenção superestrutura e infraestrutura ferroviária; supermetal.com.br
metroferroviária Comportas automáticas para descarga de lastro (33) 99108-0033
Gestão dos equipamentos e das manutenções Monique Coelho
Via Equipamentos de via realizadas em campo; vendas@viapermanente.
Permanente permanente Revisão de máquinas e equipamentos de via net
permanente (32) 99104-6267
Carros de controle
Braço de inovação do Grupo Bras- Ensco, já conhecida por seus equipa- ajudam a reduzir riscos nos trilhos e des-
tan, recentemente, a Nomadlog lançou mentos autônomos, como o Autonomous carrilamento, entre outros problemas.
a nova geração de equipamentos de Track Geometry & Rail Wear Systems, Recentemente a companhia integrou
inspeção de geometria de via para car- busca ampliar presença no Brasil com o ATGMS com o software Vampire Pro
ros de controle. A empresa desenvolve o Autonomous Track Geometry Measu- para análise em um sistema de Digital
equipamentos de engenharia mecânica rement Systems - ATGMS, instalado di- Twin, que ajuda a identificar e prever
e eletromecânica, cria softwares para retamente no vagão e que envia dados riscos futuros. Os sistemas oferecidos
computadores e dispositivos embarca- em tempo real para um servidor virtual. aos clientes são customizados para
dos, serviços de inspeção de via férrea Robert Coakley, diretor de Desenvolvi- atender as necessidades específicas
e sensoriamento de material rodante. A mento de Negócios da Ensco, espera que de cada operadora. “A Rumo foi a pri-
empresa de tecnologia, hoje, trabalha no a oferta de novas tecnologias contribua meira empresa brasileira a usar o nossa
desenvolvimento de um produto de me- para o crescimento da empresa por aqui. tecnologia autônoma para inspecionar
dição da qualidade e degradação da via, O diretor conta que o veículo de inspe- ferrovias, melhorando aspectos de se-
previsto para ser lançado no fim do ano. ção autônoma tem chamado a atenção gurança e eficiência nas operações.
Especializada em desenvolvimento dos operadores. Esses equipamentos são Continuaremos a apoiar a empresa com
de tecnologias de inspeção de vias e instalados nas locomotivas para medir a expansão de seus programas de ins-
prevenção de riscos, a norte-americana impacto na roda, instabilidades na via e peção”, completou Coakley.
REVISTA FERROVIÁRIA | Maio/Junho DE 2020 49
nota técnica
Uso de simulação
elétrica de tração
Metodologia traz benefícios para a operação e manutenção
Rogério Guariento Ribeiro Braga, agente especializado de Engenharia da ViaQuatro,
e Willian Miceli Forastieri, analista de Engenharia da ViaQuatro
1 Headway é o intervalo entre trens. Este parâmetro é dado em segundos e está proporcionalmente ligado à performance
operacional de uma linha de metrô ou trem de subúrbio. (fonte: Wikipedia – visualizado em 03/2020).
REVISTA FERROVIÁRIA | Maio/Junho DE 2020 51
nota técnica
regras que são requeridas para garantir a prestação do ser- inicia o processo de deslizamento e frenagem para parar
viço aos passageiros, levando em considera-ção as condi- no local correto, respeitando os parâmetros de segurança
ções de segurança do sistema. Para iniciar um estudo de e conforto.
tráfego, deve-se prever no mínimo os itinerários, tempos
de parada nas estações e tempos para reversão de cabi- 4. APLICAÇÃO
ne. Desta forma, engloba-se estes dados juntamente com Dentre as possibilidades operativas de um simulador
parâmetros referentes às restrições civis e do sistema de de tração elétrica, é possível:
sinalização, impondo limites de velocidades compatíveis • Validar os limites do sistema e mapear todas as
com a segurança da operação. ações necessárias de contingência caso ocorra
O sistema de sinalização é concebido de forma a bus- uma situação de degradação, ou seja, quando al-
car o desempenho necessário para operação e, como item gum equipamento ou infraestrutura necessários
prioritário, garantir a segurança. Por meio desse sistema, para a operação em condições normais, entra em
estabelecem-se rotas permitidas e velocidades máximas falha ou fica indisponível;
para os trens, podendo ser reduzidas ou aumentadas em • Avaliar desempenho e modos de condução visan-
função do distanciamento entre trens consecutivos. do economia de energia;
Um outro tipo de restrição é dado pelo próprio trem • Ensaiar operações com as vias disponíveis inte-
por meio da característica do esforço de tração e frena- gralmente ou com parte da linha em via singela;
gem em função da velocidade. Um exemplo básico para Por meio das diversas possibilidades de estudos,
este tipo de restrição é considerando a variável “espaço” vemos que é possível, inclusive, expandir uma visão
entre duas estações consecutivas. Essa variável pode in- voltada aos serviços de manutenção que requer o des-
dicar, por cálculos, em que ponto entre as duas estações ligamento temporário de um equipamento ou sistema.
o trem inicia o deslizamento ou “coasting”2 e a frenagem, Esses tipos de atividades são normalmente realizados
até sua parada (Pires, 2006). Observa-se na figura 3, que o de madrugada, quando a linha não está prestando servi-
trem não alcança a velocidade máxima permitida da linha, ço aos passageiros.
uma vez que “conhece” o local de sua próxima parada e Tomando como exemplo um estudo no qual simu-
la-se cenários com falhas de subestações retifi-
cadoras e a linha operando com capacidade de
carregamento de passageiros e desempenho em
suas condições máximas. Os resultados podem
apresentar problemas nesse tipo de situação, e
como solução, pode-se recorrer a mudanças na
infraestrutura atual, como instalação de cabos
de reforço ou aumento da potência instalada das
retificadoras, mas para resolver sem a implanta-
ção de novos sistemas, a saída está na adoção de
restrições operacionais.
Por outro lado, caso os resultados mostrem que
a infraestrutura instalada suporta tais condições,
mesmo com uma retificadora fora de operação,
pode ser levada em consideração a possibilidade
de realizar alguns serviços de manutenção, que
requerem a desenergização de uma subestação
Figura 3 – Estações próximas entre si retificadora, durante o horário comercial.
(Fonte: Yano; Sanuki - 10ª Aeamesp, 2004)
Em vista dos argumentos apresentados, en-
2 Deslizamento ou “coasting”: Fase em que os motores de tração são desligados e o movimento do trem é regido apenas pelo
esforço resistente total (fonte: Pires, 2006).
52 REVISTA FERROVIÁRIA | Maio/Junho DE 2020
tende-se que uma ferramenta de simulação permite 5. CONCLUSÃO
facilitar uma série de análises visando alternativas de O presente artigo aborda os critérios de desenvolvi-
estratégias voltadas para operação e manutenção, uma mento para estudos voltados à operação de uma linha
vez que cada estudo real desta finalidade demanda- férrea eletrificada por meio de simulações computacio-
ria preparação envolvendo uma grande quantidade de nais, bem como os benefícios relacionados a essa me-
recursos e elementos, o que resultaria num alto custo todologia.
comparado à efetuação de análises computacionais. Diante dos resultados obtidos nos estudos, podemos
Da mesma forma, é imprescindível recordar que a re- elencar as tomadas de ações necessárias, seja por meio
alização de simulações de modelos matemáticos apre- de implantação, operação e, consequentemente, a ma-
senta inevitavelmente pequenos desvios por conta dos nutenção.
níveis de precisão dos modelos de cada um dos subsis- De fato, os simuladores são instrumentos poderosos
temas ao digitalizar os dados. Quanto maior o detalha- na previsão de um comportamento real, permitindo a
mento, maior o tempo de cálculo. Desse modo, é impor- realização de um ensaio das alternativas operacionais
tante a utilização de métodos matemáticos apropriados a custo reduzido, podendo assim encaminhar de forma
para que a simulação ocorra num tempo adequado ao orientada e assertiva uma posterior comparação a ser
nível do estudo (Pires; Nabeta; Cardoso, 2008). realizada na prática.
REFERÊNCIAS
BERNARD, M. L’aérodynamique des trains. Revue PIRES, C. L.; NABETA, S. I.; CARDOSO, J. R. Simulação
Générale des Chemins de Fer, ano 90, p. 90-96, digital do sistema de tração elétrica metroferroviária:
Février 1971. modelagem e métodos. Exacta, São Paulo, v. 6, n. 2, p.
229-235, jul./dez. 2008.
CHAMBADAL, M. Les problemes d´aérodynamique ferro-
viaire. Revue Générale des Chemins de Fer, ano 102, p. PIRES, C. L. Simulação do sistema de tração elétrica me-
133-138, Mars 1983. tro-ferroviária / C. L. Pires. – Tese (Doutorado) - Escola
Politécnica da Universidade de São Paulo. Departamen-
DOS SANTOS Jonas Clemente; SOBRAL Marcos Fe-
to de Engenharia de Energia e Automação Elétricas São
lipe Falcão, Diagnóstico, perspectivas de uso e ex-
Paulo, 2006.
pansão dos serviços de trens metropolitanos no Bra-
sil - Rev. Adm. Pública vol.48 no.2 Rio de Janeiro TOLEDO, E. D. et al. Tração elétrica. 1.ed. São Paulo: No-
mar./abr. 2014. bel, 1987. v.1. 371p.
FREITAS FILHO, Paulo J., Introdução à Modelagem e Si- YANO, M; SANUKI, W. K. Simulação de Marcha para Sis-
mulação de Sistemas – com aplicações em Arena. Flo- tema de Sinalização Ferroviária – 10ª Semana de Tec-
rianópolis: Visual Books, 2001. nologia Metroviária – AEAMESP 2004.
estatísticas
A
chegada do novo coronavírus ao Brasil e a da Baixada Santista, que justificou a falta de envio dos
consequente quarentena nos estados fez cair números à operação irregular nos meses de março e
abruptamente a movimentação nos sistemas abril. Ao contrário do que acontece tradicionalmente,
de passageiros. Os números mostram que o os dados do Metrô de Salvador foram obtidos junto à
setor apresentou uma redução média de 80% em abril. Companhia de Transportes do Estado da Bahia e não
Março apresentou desempenho pouco melhor, devido ao por meio da operadora do sistema, a CCR Metrô Bahia,
isolamento social ter começado apenas no início da segun- que afirmou não estar divulgando os números desde o
da quinzena daquele mês. Em abril, alguns sistemas foram começo da pandemia.
paralisados integralmente (como os do Ceará - Metrofor, O transporte de carga apresentou queda na movimen-
VLT Sobral e VLT Cariri; o Bonde de Santa Teresa, no tação em março, mas o volume aumentou em abril, quan-
Rio; e o Metrô de Teresina, no Piauí, cuja paralisação foi do a variação foi positiva tanto em toneladas úteis (TU)
decretada em março). quanto em TKU (tonelada por quilômetro útil) em relação
Algumas operadoras não enviaram os números de ao mesmo mês em 2019. A maior alta registrada entre as
movimentação a tempo do fechamento da edição. São operadoras foi da Estrada de Ferro Carajás, cujo aumento
elas: Metrô de São Paulo e CPTM, cujos dados passa- foi de 55,4% em TU e 60% em TKU em abril. O acumula-
ram a ficar concentrados na secretaria de Transportes do até o quarto mês do ano, no entanto, teve queda de 60%
Metropolitanos; ViaQuatro e ViaMobilidade, que não em TU e 138,5% em TKU comparados ao mesmo período
forneceram as informações relativas a março; e VLT do ano passado.
Veja mais em www.revistaferroviaria.com.br
Nas tabelas de transporte urbano sobre trilhos estão contabilizadas as transferências entre as linhas
TRANSPORTE DE CARGA POR FERROVIA - MARÇO 2020
Δ% Acumulado no ano até Março
03/19 03/20
Operadoras Mar 20/Mar 19 2019 2020 Δ%
TU (10³) TKU (10 )
6
TU (10³) TKU (10 )
6
TU TKU TU (10³) TKU (10 )
6
TU (10³) TKU (106) TU TKU
Rumo - Malha Sul 1.903,6 1.199,7 1.599,3 1.023,5 (16,0) (14,7) 5.058,6 3.189,6 4.211,5 2.618,4 (16,7) (17,9)
Transnordestina Log. 88,2 40,0 208,5 43,7 136,4 9,3 273,5 128,2 597,7 146,6 118,5 14,4
E.F. Carajás 10.710,5 9.612,3 10.724,1 9.716,7 0,1 1,1 40.655,8 36.581,6 39.976,5 36.209,6 (1,7) (1,0)
E.F.V.M. 7.440,4 4.063,4 5.313,1 2.848,6 (28,6) (29,9) 25.113,3 13.971,4 15.959,3 8.659,2 (36,5) (38,0)
Rumo - Malha Paulista 417,0 424,1 300,4 340,1 (28,0) (19,8) 1.166,9 1.243,8 1.356,6 1.476,8 16,3 18,7
Rumo - Malha Norte 2.265,2 3.376,5 1.581,1 2.297,3 (30,2) (32,0) 5.475,4 8.194,8 5.169,4 7.639,2 (5,6) (6,8)
Ferroeste 158,8 48,4 49,6 11,9 (68,8) (75,4) 308,2 111,3 170,4 87,7 (44,7) (21,2)
FCA 2.262,2 1.940,0 2.376,2 1.902,8 5,0 (1,9) 8.268,1 6.148,9 6.076,1 4.338,7 (26,5) (29,4)
FTC 243,3 18,9 270,0 21,1 11,0 11,6 721,2 56,0 753,4 58,6 4,5 4,6
MRS Logística 8.468,1 3.833,5 7.622,4 3.391,1 (10,0) (11,5) 28.897,0 13.149,0 20.749,9 9.134,1 (28,2) (30,5)
Rumo - Malha Oeste 229,8 59,4 167,3 17,2 (27,2) (71,0) 669,9 186,4 577,1 108,3 (13,9) (41,9)
Ferrovia Norte-Sul 1.051,4 1.008,0 947,8 910,8 (9,9) (9,6) 2.269,6 2.119,4 1.715,8 1.612,1 (24,4) (23,9)
Total 35.238,5 25.624,2 31.159,8 22.524,8 (66,0) (243,9) 118.877,5 85.080,4 97.313,7 72.089,3 (58,9) (173,0)
Fonte: ANTT.
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artigo
A década
da ferrovia
BENONY SCHMITZ
Presidente da Ferrovia Tereza Cristina (FTC) e do Conselho Diretor da
Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF)
P
ara quem não conhece ou não acompanha o Integração Centro-Oeste (Fico) – conectando o nordeste
setor ferroviário de carga brasileiro, a notícia, do Mato Grosso à Ferrovia Norte-Sul.
dias atrás, de mais de R$ 6 bilhões de investi- Em relação ao processo da MRS Logística, que com-
mentos e a criação de 7 mil empregos por uma preendeu a realização de diversas e bem-sucedidas audiên-
única associada da ANTF pode ter causado alguma sur- cias públicas, seu plano de negócios já está nas mãos da
presa, especialmente quando anunciada em meio à maior Agência Nacional de Transportes Terrestres, para elabora-
crise econômica global das últimas décadas. Além de sua ção de relatório que será submetido, na sequência, à análise
grande eloquência, os números da renovação antecipada do Ministério da Infraestrutura. A ferrovia prevê investi-
do contrato de concessão da Malha Paulista, operada pela mentos de cerca de R$ 7,5 bilhões com grande foco na ex-
Rumo, pareciam estar algo dessin- pansão de capacidade da carga geral,
cronizados da realidade. "(...) Quem conhece e e não somente no minério de ferro, e,
Não estavam. Ao contrário, quem de outro lado, numa ampla redução
conhece e acompanha o setor sabe
acompanha o setor sabe de interferências a partir da segrega-
o quanto – e como – as concessio- o quanto – e como – as ção de trechos e da construção de inú-
nárias se preparam para participar, concessionárias se preparam meras passarelas, entre outras obras.
desde meados de 2015, de seus res- para participar, desde meados Por sua vez, já qualificada pelo
pectivos processos de renovação. PPI, a prorrogação do contrato da
Trata-se de processos de altíssima
de 2015, de seus respectivos Ferrovia Centro-Atlântica (vincula-
complexidade técnica, de um deta- processos de renovação. da à associada VLI Logística) cami-
lhismo (necessário) exaustivo, que Trata-se de processos de nha para a conclusão do plano de ne-
envolvem negociações entre a em- gócios definido e trará, igualmente,
altíssima complexidade
presa e diversos entes governamen- números bilionários de investimen-
tais visando ao interesse público e técnica, de um detalhismo tos para o setor.
que contemplam cifras na maioria (necessário) exaustivo (...)" A soma dos investimentos desses
das vezes bilionárias. cinco processos de renovação ante-
Além do processo da Rumo, outros três estão em curso. cipada, de acordo com o Governo Federal, deverá ultra-
Já sob o escrutínio do Tribunal de Contas da União, os adi- passar R$ 30 bilhões nos próximos anos. São recursos que
tivos de prorrogação das Estradas de Ferro Vitória-Minas permitirão um considerável aumento de capacidade de
e de Carajás, ambas ferrovias operadas pela Vale, deverão todo o sistema ferroviário do Brasil, além de sua melhoria
trazer investimentos superiores a R$ 16 bilhões e ainda operacional. Os planos de negócios das concessionárias
viabilizar a construção de uma nova malha – a Ferrovia de preveem aportes para ampliações de pátios e instalações,
Classificados RF
A locomotiva Vectron Dual Mode, lançada pela Siemens na
InnoTrans 2018, conquistou seu primeiro cliente. Até o fim desse
ano, duas máquinas serão entregues para a Railsystems RP, empresa
alemã de leasing de locomotivas e equipamentos ferroviários. A
máquina, projetada para o transporte de cargas, pode operar em
linhas eletrificadas e em trechos sem cabos aéreos, já que
possui um tanque a diesel com capacidade para
2.600 litros. O Vectron Dual Mode pesa 90
toneladas e pode alcançar velocidade
máxima de 160 km/hora.
Foto: Divulgação/Siemens
foto do mês
RENDIMENTO I PRECISÃO I CONFIABILIDADE
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