Cidades resolvendo os problemas urbanos através

de instrumentos de gestão territorial.

O crescimento das cidades vai dando Estão organizadas em 3 escalas:
origem a um conjunto de problemas 01. programa nacional da política de
urbanos: ordenamento do território
1) Socioeconómicos 02. planos regionais de ordenamento
2) Urbanísticos do território
3) Ambientais 03. planos municipais de ordenamento
do território
03.1 Plano diretor municipal
1) Socioeconómicos (estabelece as linhas
- Aumento do desemprego orientadoras de ocupação
do território municipal)
- Aumento da pobreza
03.2 Plano de urbanização
- Aumento da criminalidade (fornece o quadro de
- Aumento da toxicodependência referência para aplicar as
políticas urbanas, definindo
- Aumento dos conflitos sociais a estrutura urbana, ...)
2) Urbanísticos 03.3 Plano de pormenor
(desenvolve e concretiza as
- Falta de habitação
propostas de ocupação de
- sobrelotação e degradação dos edifícios qualquer área do território
(centros históricos) municipal)
- Aumento da habitação clandestina
- Deficiências ao nível do fornecimento de Soluções para os problemas urbanos
água potável
- Renovação urbana
- Falta de sistemas de lixo e de esgotos
- Reabilitação urbana
3) Ambientais
- Requalificação urbana
- Aumento da poluição
Renovação- demolir o edifício para mudar
- Escassez dos espaços verdes a sua estrutura, tornando-o mais moderno.
- Elevado grau de impermeabilização dos Reabilitação- recuperação de uma
solos determinada área, salvaguardando as
- Construção em leitos de cheia funções existentes.

- Construção em solos com elevada Requalificação- alteração funcional de

aptidão agrícola edifícios.

Política nacional de ordenamento do Programas específicos de planeamento

território (PNOT) urbano

As PNOT são utilizadas para melhorar a  PRAUD (programa de recuperação

qualidade de vida urbana, prevenindo e de áreas urbanas degradas) traduz
 se no apoio técnico e financeiro aos
municípios através de operações de
reabilitação e renovação de áreas
urbanas.
 URBAN I e URBAN II (programa
de reabilitação urbana)
 PER (programa especial de
realojamento)
 POLIS e POLIS XXI (programa de
requalificação urbana e valorização
ambiental das cidades)
Regeneração urbana
Conjunto de intervenções socio-
urbanísticas em áreas urbanas marcadas
pela degradação do edificado e do espaço
publico, pela insuficiência de
equipamentos sociais elementares e por
processos crescentes de exclusão social.
Foram assim aprovados vários projetos de
regeneração urbana no âmbito da política
das cidades POLIS XXI.
 aumento e melhoria dos espaços
verdes
 Melhoria da mobilidade
(implementação do transporte
publico)
 recolha e tratamento de resíduos
 Organização do estacionamento
 Políticas de envelhecimento ativo
 Criação de emprego e atração de
jovens
 Melhoria da segurança e
intervenção social
 Construção de ares de lazer e
complexos desportivos
 Desenvolvimento urbano
sustentável
Rede urbana
Conjunto de cidades que estabelecem entre si relações de
complementaridade.
Tipos de redes urbanas:
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a. Monocêntricas/ Macrocéfalas (países
em desenvolvimento, em que se
regista uma forte concentração de
pessoas e atividades numa cidade)
b. Policêntricas/ polinucleares (países
com várias metrópoles, com funções
diferenciadas que se complementam
(ex: Alemanha)
c. Bipolares/ bicéfalas (países com 2
grandes metrópoles, dividindo entre si
as funções superiores ex: Espanha)
d. Multipolares (dominam normalmente
em países desenvolvidos, onde
aparecem cidades de diversos níveis
hierárquicos)
A distribuição dos lugares urbanos em
Portugal põe em evidencia algumas
assimetrias, tendo as seguintes
características:
I. 2 áreas metropolitanas com uma
grande dimensão em termos
demográficos e territoriais
II. Uma extensa mancha litoral de
urbanização, entre Setúbal e Viana
do Castelo
III. Uma urbanização linear ao longo
da costa algarvia
IV. Uma rede de pequenas e médias
cidades no interior
Uma rede urbana caracteriza-se:
- Distribuição espacial das cidades
- Dimensão
- Importância quanto às funções
Hierarquia dos lugares na rede urbana
Lugar central: qualquer aglomerado onde
se exerça pelo menos uma função central,
ou seja qualquer atividade económica,
social ou cultural que assegure o
fornecimento de bens e serviços centrais
(serviços médicos, educativos,)
Bens centrais: podem ser bens vulgares, de
utilização frequente que se podem adquirir
em qualquer lado ou bens raros, de
utilização menos frequentes e só acessíveis
nos lugares centrais.
A área de influência ou interland de um
lugar central é determinada pela distância
máxima que a pessoas estão dispostas a
percorrer para adquirir um bem ou serviço
isto também se pode chamar raio de
eficiência.
A concentração da população apresenta
algumas vantagens para as empresas e os
indivíduos:
 Cria economias de escala, ou seja,
o elevado número de utilizadores
de um serviço faz com que o custo
médio de funcionamento seja
menor
 Cria economias de aglomeração (a
utilização dos equipamentos
aumenta, aumentando a
rentabilidade e diminuindo os
custos)
No entanto o crescimento contínuo das
grandes aglomerações coloca
problemas, como o aumento de custos
na manutenção de equipamentos,
podendo gerar situações de
deseconomias de aglomeração e
deseconomias de escala (a utilização
dos equipamentos aumenta e os custos
também, ou seja, já não existem
vantagens na sua concentração)
Reorganização da rede urbana
Para reorganizar a rede urbana, garantir a
coesão do território, devemos investir nas
cidades médias, (têm de aliar um valor
populacional mínimo e um conjunto de
características qualitativas, capacidade
de responder à procura no campo da
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educação, saúde, lazer, desemprego...)
pois estas vão:
- Valorizar os recursos regionais
- Ajudar na fixação da população, travando
o despovoamento e o envelhecimento
- Ajudar na estagnação das áreas mais
deprimidas
- Contribuir para atenuar o crescimento
das grandes aglomerações.
Políticas e programas de valorização
urbana:
- PROSIURB (programa de consolidação
do sistema urbana), decorreu entre 1994 e
1999e o seu objetivo principal era
promover o crescimento e a consolidação
de centros urbanos que desempenhassem
um papel estratégico no sistema urbano.
- POLIS XXI, decorreu entre 2007 e 2013,
constituiu o principal programa de
ordenamento do território de cidades. Os
seus objetivos principais, são estimular
novas formas de governação baseadas em
mecanismos de cooperação interurbana
entre as cidades e os espaços envolventes e
transformar as cidades em espaços de
coesão, competitividade e qualidade
ambiental.
A diminuição das assimetrias passa pela
reorganização da rede urbana, que devera
conduzir ao desenvolvimento de uma rede
policêntrica, constituída por centros de
grande, media e pequena dimensão
distribuídos de forma equilibrada, que
estabelecem relações de
complementaridade. Para isto é preciso
atenuar o crescimento das grandes
aglomerações (AML e AMP) aumentando
a capacidade de atração das cidades
médias e a sua are de influência ajudando
dessa forma:
  A intensificar as relações urbano-
rurais
 A reforçar a competitividade
territorial de Portugal e a sua
integração no espaço ibérico,
europeu e global
Dinâmica da rede urbana da Península
Ibérica
Áreas estruturantes:
 Madrid (cidade dominante)
 As grandes áreas metropolitanas de
segunda ordem (Lisboa e
Barcelona)
 As restantes áreas metropolitanas
As redes urbanas portuguesas e
espanholas são condicionadas:
-Pela posição periférica face UE
-Pelas dificuldades de ligação interna
nomeadamente de Portugal para o
centro da península e da península para
o resto da Europa
-Pelo afastamento das duas capitais
A rede urbana europeia caracteriza-se por
elevados níveis de urbanização, por um
padrão de distribuição de cidades denso e
equilibrado e por uma grande diversidade
de sistemas urbanos.
Parcerias entre as cidades e mundo
rural
As parcerias urbanas rurais assumem um
carater fundamental na reorganização do
território, uma vez que estabelecem
relações de complementaridade. Estas têm
vindo a reforçar na sequência do
desenvolvimento dos transportes e
melhoria das acessibilidades.
As áreas rurais são procuradas pela:
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- Produção agrícola em quantidade e
qualidade
- Manutenção da identidade e património
cultural
- Turismo e conservação da natureza
TRANSPORTES
Tipo: aquáticos, terrestres e aéreos
Modos: marítimo, fluvial, ferroviário,
rodoviário, aéreo, tubular
Meios: Barco, camião, comboio,
automóvel, helicóptero, ...
Conceitos:
Distancia-tempo: tempo necessário para
efetuar uma determinada deslocação
usando um certo meio de transporte.
Isócronas: linhas que unem pontos de igual
distância- tempo.
Distância-custo: despesas efetuadas numa
determinada deslocação, usando um certo
meio de transporte.
Isótimas: linhas que unem pontos de igual
distancia-tempo.
Redes de Transporte
Apresentam-se hierarquizadas e servem de
suporte aos meios de transporte que se
caracterizam quanto maior ou menor:
o Comodidade
o Velocidade
o Segurança
o Flexibilidade dos itinerários
o Adequação para o transporte a
curta, média, ou longa distância
o Consumo de energia
o Vocação para transportar
passageiros ou mercadorias
Tipo de transporte Vantagens
- Grande mobilidade,
comodidade e flexibilidade
- Rápido e económico para
Rodoviário curtas distâncias
- Elevado grau de
especialização
- Fraca sinistralidade
- Elevada capacidade de carga
- Reduzidos impactes
Ferroviário ambientais
- Rapidez
- Comodidade
Aéreo - Segurança
- Adaptado a qualquer tipo de
carga
- Menor custo de transporte
Marítimo e fluvial para longas distâncias
-Grande capacidade de carga
- Baixo risco de acidentes
Tubular - Não depende das condições
atmosféricas
- Não depende da ação do
homem
Transporte multimodal/ intermodal:
sistema de transporte que combina
diferentes meios de transporte;
Interface/plataforma multimodal:
superfície onde se realiza o transbordo de
um modo de transporte para outro.
Desvantagens
- Elevado consumo de
combustíveis fosseis
- Elevada sinistralidade
- Custos elevados com
infraestruturas
- Pouco flexível em termos de
percursos
- Exigência de transbordo
- Elevados custos de
manutenção
- Elevada poluição
- Grande ocupação de espaço
- Elevado consumo de
combustível
- Velocidade reduzida
- Pode causar forte poluição em
caso de desastre
- Exigência de levados
investimentos
- Custo das infraestruturas
- Impossibilidade de alterar a
capacidade
- Necessidade de articulação
com outro meio de transporte