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Urbanização em Cidades Pequenas e Médias

ARQUITETURA E URBANISMO - UFG - Regional Goiás


Prof. Me. Marcos Ferreira
Conhecendo os Planos Diretores de Goiás

Roteiro da Aula:
01. Plano Diretor de 1996

02. Plano Diretor de 2023


○ Metodologia;
○ Diagnóstico;
○ Estratégias;
Lei n.º 206
29 de agosto de 1996

Estabelece a Política Urbana,


o Perímetro, a Preservação do
Patrimônio Histórico e
Natural, a Locação das
Atividades, o Parcelamento
do Solo, Normas para
Edificações e Posturas no
município de Goiás.

Cidade de Goiás, 2000. Fonte: Google Earth


Tem por objetivo o ordenamento territorial, visando a garantia das funções
sociais da cidade e da propriedade, de forma a promover o bem-estar de seus
habitantes. Possui como diretrizes da Política Urbana:

I. A ordenação e controle do uso do solo e expansão urbana;


II. Ocupação prioritária dos vazios urbanos;
III. Proteção e recuperação do meio ambiente natural e construído;
IV. Proteção, preservação e recuperação do Patrimônio Histórico, artístico e cultural;
V. A fixação de atividades econômicas;
VI. Estratégias de consolidação, revitalização e preservação da estrutura urbana;
VII. Distribuição do ônus decorrentes das obras e serviços de infra-estrutura;
VIII. Regularização fundiária e urbanização de áreas de ocupação;
IX. Orientação do crescimento da cidade e sistema viário;
X. Saneamento Urbano e disposição do lixo;
XI. Promoção do acesso a moradia às camadas de baixa renda;
“…esses insetos ajudam na
reprodução de diversas
espécies vegetais – seja na
natureza, seja nas cidades.
Além disso, elas fazem um
bem danado para a terra,
pois a escavação de seus
ninhos aumenta a
concentração de nutrientes e
água no solo.”

(Rodrigo M. Feitosa, biólogo do


Departamento de Zoologia da
Universidade Federal do Paraná,
2022).
Enchente de 2001, Cidade de Goiás/GO
CRESCIMENTO
TERRITORIAL
X
DIMINUIÇÃO DA
POPULAÇÃO

CIDADE HISTÓRICA DE PEQUENO


PORTE: DESAFIOS DO PLANEJAMENTO
URBANO MUNICIPAL
Edinardo Rodrigues Lucas; Benny
Shvarsbeg, 2021
Necessidade de um novo Plano Diretor
A falta de planejamento urbano municipal coerente e a não priorização da vida
pública acarreta negativamente em diversos áreas do bem-estar da população
(social, ambiental, cultural e econômica).
“É necessário reprogramar a “máquina de crescimento” numa
outra perspectiva, ambiental e economicamente sustentável e
socialmente inclusiva. Tal mudança de rumo exige: 1 - estudos e
pesquisas – que sempre foram feitos sobre a cidade, mas agora, com a
instalação do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade
Federal de Goiás na cidade podem e devem ser mais efetivos; 2 –
reformulação da Estrutura Organizacional da Prefeitura, incluindo uma
Secretaria de Planejamento Urbano e conselho de participação popular,
3 – imediata revisão do Plano Diretor e planos setoriais.”
(LUCAS, CHVARSBERG, 2021)
Plano Diretor de 2023

Construção de um novo Plano Diretor do Município de Goiás, levando em


consideração metodologias participativas e integradoras e Convenção n.º 169 da
Organização Internacional do Trabalho - OIT, que discorre sobre a consulta prévia
e aprovação popular da comunidade sobre as tomadas de decisão, além de
participação ativa no planejamento e construção do Plano.
Diagnóstico (participativo)
● Aspectos Culturais da cidade;
● Dados Socioeconômicos:
○ Déficit Habitacional;
○ Potencialidades Econômicas (Turismo e eventos culturais, Patrimônio Material e
Imaterial, Bens Tombados);
○ Características dos Usos na Zona Rural;
● Demografia;
● Contexto Regional e Fluxos;
● Segurança Pública;
● Meio Ambiente;
● Área Urbana e Infra-Estrutura:
○ Uso do Solo, Hierarquia Viária, Equipamentos Urbanos e Públicos, Centro
Histórico, Cheios e Vazios, Drenagem Urbana, etc.
Diagnóstico Região Centro - processo participativo
Diagnóstico (técnico)
● Participação de entidades pública/privadas (Poderes Executivos e Legislativo, IFG, UFG,
UEG, IPHAN, Sindicatos etc.)

● Levantamento de Dados;

● Elaboração de mapas técnicos;


○ Habitação, Macrozoneamento, Zoneamento e Perímetro Urbano, Dinâmica
imobiliária, Segurança Pública, Qualidade de vida urbana e ambiental, Patrimônio
cultural e histórico, Uso e ocupação do solo, Desenvolvimento econômico,
Grandes projetos de impacto social e ambiental, Meio ambiente, Saneamento,
Mobilidade e transporte, Desenvolvimento rural sustentável, Equipamentos
públicos; Turismo, Áreas de risco à vida, Financiamento do desenvolvimento
urbano, Gestão democrática e participação popular.
Zoneamento Urbano

Roteiro da Aula:
01. O que é e pra que serve o zoneamento urbano?

02. Uso do Solo;

03. Características e restrições;


ZONEAMENTO

O que é o zoneamento?

Mecanismo comum de um Plano


Diretor responsável pela divisão
da cidade em áreas. Ele dirige o
planejamento urbano visando o
desenvolvimento espacial e
socioeconômico, separando as
áreas de acordo com o seu uso
e ocupação do solo.
Objetivos

O zoneamento tem como alguns dos seus principais objetivos:

● Controle do crescimento urbano;


● Proteção de áreas inadequadas à ocupação urbana (evitando assim
desastres);
● Controle do tráfego em cada região;
● Preservação de patrimônios naturais, áreas de interesse cultural e de centros
históricos, entre outros.
Área inadequada à ocupação urbana, Sul da Bahia. (Fonte: Jornal O Globo, 2021)
Uso do Solo
Limitações por zona territorial: categorizadas de acordo com sua função
(residencial, comercial, industrial, agrícola, institucional etc.), podendo ser
exclusiva ou mista.
Regulação paramétrica: consiste na definição de níveis para as
incomodidades das atividades (comum para áreas industriais).
Limitações pelo sistema viário: nesse sistema as atividades são
separadas como na regulação paramétrica, porém em cima disso ainda
adicionam à questão se a via é mais importante, sendo mais tolerante, ou
se é uma via local, sendo menos tolerante aos incômodos. (Avenidas
comerciais, parques, shopping etc.).
CARACTERÍSTICAS E RESTRIÇÕES
Tamanho mínimo do lote: em geral usado em loteamentos novos e no desmembramento de lotes que já
existem;

Altura total da edificação: para isso podem ser usados a altura calculada do pavimento térreo ao nível da
cobertura e/ou um número máximo de pavimentos;

Coeficiente de Aproveitamento (CA): é determinado dividindo a área máxima que pode ser construída
pela área total do lote;

Taxa de Ocupação (TO): representa a porcentagem do lote que pode ser ocupada por edificações;

Taxa de permeabilidade: relaciona a área permeável à água com a área total do terreno;

Afastamentos frontais, laterais e de fundos;

Características estéticas: em alguns casos esse critério é usado onde se deseja manter uma regularidade
e harmonia entre as estruturas. Por exemplo, as fachadas de um centro histórico.
EXERCÍCIO FINAL
● Grupos 1 e 2;

● Entrega (PDF) e apresentação (seminário): 02/02;

● Propor zoneamento adequado para duas ÁREAS DE OCUPAÇÃO IRREGULAR no


município de Goiás;

● Pranchas/Slides contendo: Planta de Situação, análise do terreno e aspectos físicos


e ambientais, uso e ocupação existente (residências, comércio, equipamentos e
infraestrutura urbana etc.), projeto de intervenção (zoneamento), plantas técnicas e
croquis.

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