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Introdução à Disciplina

Engenharia de Tráfego
Profª Natália Falcão
Relação
Há uma intrincada relação entre os aspectos econômicos, sociais,

políticos, culturais e históricos sobre a esfera ambiental, urbana e

sustentável.
Política Urbana
Art. 37. São instrumentos de aplicação da política urbana, sem prejuízo de

outros previstos na legislação municipal, estadual e federal:

I. de regulação urbanística, edilícia e ambiental:

a) Lei de Parcelamento do Solo (PLC 29/2013);

b) Lei de Uso e Ocupação do Solo (PLC 33/2013);

c) Código de Obras e Edificações (PLC 31/2013);

d) Código de Licenciamento e Fiscalização (PLC 32/2013);

Prazo: 2 anos a contar da republicação do Plano Diretor em 13 de Abril 2013


Planejamento de uma Cidade
Lei de uso e ocupação do solo

● Conceituação dos parâmetros de


uso e ocupação do solo;
Planejamento de ● Diretrizes de ocupação do solo
(infraestrutura, centralidades,
uma Cidade restrição à ocupação);
● Estratégias de proteção da
paisagem.
Lei de parcelamento do solo

● Parâmetros de parcelamento do
solo;
● Normas de implantação de
infraestrutura, regulamentadas pelo
Planejamento de ● Executivo conforme Normas
Técnicas;
uma Cidade ● Áreas para implantação de
equipamentos;
● Implantação de logradouros
públicos, acessibilidade e maior
permeabilidade da malha viária.
Código de obras e edificações.

● Parâmetros para construção de


edificações;
● Normas para construção das
edificações que assegurem
Planejamento de ● habitabilidade, conforto, ventilação
e iluminação;
uma Cidade ● Conceitos de sustentabilidade,
acessibilidade e segurança das
edificações;
● Características internas das
edificações;
● Áreas comuns das edificações
Código de licenciamento e fiscalização
de obras públicas e privadas

Planejamento de ● Procedimentos para


licenciamentos de obras públicas e
uma Cidade ●
privadas;
Fiscalização dos proprietários e
profissionais envolvidos.
O processo de urbanização sem planejamento
Urbanização
acarreta em:

● Diminuição da porosidade e infiltração de


água;
● Aumentando do escorrimento superficial;
● Pico de vazão e o potencial de enchentes.
● Alterações morfológicas;
● Erosão;
● Poluição por substâncias tóxicas;
● Vetorização de doenças;
● Deslizamento de encostas
Modificação do Solo
Alterações morfológicas nos solos urbanos;

A heterogeneidade morfológica do solo é importante, pois interfere no regime


hídrico e térmico do solo, na sua capacidade de sustentação de plantas e na
sua resistência à errosão e deslizamentos;

Compactação de solos urbanos;

É a compressão do solo não saturado, promovendo o aumento da sua


densidade e redução do seu volume. Possui efeitos diretos sobre propriedades
físicas do solo;
Ilha de calor
Canyons Urbanos

Canyons urbanos são


configurações geométrica de vias
que se localizam entre edificações
que se elevam em ambos os
lados.
Liuzhou - China

Projetada pelo arquiteto italiano


Stefano Boeri , a primeira
"cidadefloresta" da China, e do
mundo, está em construção. A
nova metrópole verde deve ficar em
Liuzhou e acomodar cerca de 30
mil pessoas, com casas, hotéis,
escritórios, hospitais, escolas e
tudo aquilo que uma cidade
tradicional precisa. O ousado plano
é inspirado, entre outros projetos,
na "floresta vertical" construída por
Stefano em Milão.
Liuzhou - China

● Inauguração prevista
para 2020;
● Ocupando um
terreno de 175
hectares;
● Possuirá uma linha
ferroviária de alta
velocidade.
Liuzhou

● No total, a "cidade da
floresta" receberá 40
mil árvores
● Aproximadamente
um milhão de plantas
de mais de 100
espécies diferentes.
Liuzhou
● Previsão de produção de
900 toneladas de oxigênio;
● Absorção de quase 10 mil
toneladas de dióxido de
carbono e 57 toneladas de
poluentes.

Segundo o escritório de Stefano:


"Pela primeira vez na China e no
mundo, um complexo urbano
combinará o desafio da
auto-suficiência energética e do
uso de energia renovável com o
de aumentar a biodiversidade e
efetivamente reduzir a poluição do
ar - o que é realmente crítico para
a atual China".
Projeto Fujisawa-Japão
● Reconstruida depois de diversos desastres
naturais;
● Casas que são construídas com molas em
suas estruturas;
● O projeto espera que nada que seja poluente
seja usado pela cidade.
● Isso inclui não utilizar nenhuma energia
nuclear ou elétrica.
Fujisawa
O transporte coletivo
elétrico;

Nas principais avenidas da


cidade foram plantadas
árvores com o objetivo de
se criar o eixo-verde;
Fujisawa
● melhor uso da ventilação e luz natural,
além disso o revestimento externo é feito
com um material onde a sujeira não é
aderida, evitando desperdício de água
para limpeza;
● Sistema de gerenciamento de energia
inteligente, que permite diagnosticar os
maiores consumos e melhorar o uso do
recurso, por exemplo.
Fujisawa
● No total a cidade possui 200.000m², com 600
casas, 400 apartamentos, lojas, serviços de
educação e saúde;
● Estrutura que favorece o convívio comunitário
dos cerca de três mil habitantes.
● Monitoramento de consumo.
Fujisawa

As novas soluções tecnológicas e a


arquitetura sustentável utilizadas na cidade
buscam reduzir em 70% a emissão de CO2 e
economizar 30% no consumo de água.
Fujisawa ● A inauguração da cidade é uma das
comemorações dos 120 anos do nascimento
do fundador da empresa.
● Fujisawa, que fica a dois quilômetros do mar e
com vista privilegiada do Monte Fuji, contou
com a parceira de 18 empresas. Este também
é o primeiro conjunto de casas que cobrará
condomínio mensal, de cerca de US$ 120 (R$
300) para a manutenção da cidade. Antes, a
cobrança existia apenas em edifícios.
● - Esta cidade é feita para existir por 100 anos e
ela tem de ser sustentável - afirmou Masahiro
Ido, diretor da Panasonic Business Solution.
Soluções?
Políticas
As políticas visam proporcionar “o acesso
amplo e democrático ao espaço urbano,
priorizando os modos de transporte
coletivo e os não motorizados, de forma
segura, socialmente inclusiva e
sustentável” (MINISTÉRIO DAS CIDADES,
2004a).
Mobilidade Urbana, Conceito.
● Facilidade de deslocamento das pessoas e bens na cidade, com o
objetivo de desenvolver atividades econômicas e sociais no
perímetro urbano
● Combater às desigualdades sociais, transformando as cidades em
espaços mais humanizados e priorizando o transporte coletivo
urbano.
Mobilidade Urbana Sustentável

“Conjunto de políticas de transporte e circulação que prioriza as pessoas não os


veículos, visando proporcionar “o acesso amplo e democrático ao espaço urbano,
através da priorização dos modos não motorizados e coletivos de transporte, de
forma efetiva, que não gere segregações espaciais, socialmente inclusiva e
ecologicamente sustentáveis” (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2004a).
Políticas Nacionais da Mobilidade Urbana Sustentável

Priorizar pedestres, ciclistas, passageiros de transporte coletivo, pessoas com deficiência, portadoras de
necessidades especiais e idosas.

Promover a ampla participação cidadã, garantindo o efetivo controle social das políticas de Mobilidade
Urbana.

Barateamento das tarifas de transporte coletivo

Articular e definir, em conjunto com os Estados, Distrito Federal e Municípios, fontes alternativas de custeio
dos serviços de transporte público, incorporando recursos de beneficiários indiretos no seu
financiamento.(MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2004)
Políticas Nacionais da Mobilidade Urbana Sustentável

Combater a segregação urbana.

Promover o acesso das populações de baixa renda, especialmente dos desempregados e trabalhadores
informais, aos serviços de transporte coletivo urbano.

Promover e difundir sistemas de informações e indicadores da Mobilidade Urbana.

Estabelecer mecanismos permanentes de financiamento da infraestrutura, para os modos coletivos e não


motorizados de circulação urbana.(MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2004)
Políticas Nacionais da Mobilidade Urbana Sustentável

Incentivar e apoiar sistemas estruturais, metro ferroviários e rodoviários de transporte coletivo, em


corredores exclusivos nas cidades médias e nas Regiões Metropolitanas, que contemplem mecanismos de
integração intermodal e institucional.

Promover e apoiar a implementação de sistemas ciclo viários seguros, priorizando sua integração à rede de
transporte público. (MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2004)
Política Nacional de Trânsito

A Política Nacional de Trânsito, expressa no Plano Brasil para Todos tem como macro objetivo (MINISTÉRIO
DAS CIDADES, 2004b):

a) Crescimento com geração de trabalho, emprego e renda, ambientalmente sustentável e redutora de


desigualdades regionais.

b) Inclusão social e redução das desigualdades sociais.

c) Promoção e expansão da cidadania e fortalecimento da democracia.


Engenharia de
Tráfego
Trânsito

Segundo o Código de Trânsito, "Considera-se trânsito a utilização


das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em
grupos, conduzidos ou não, para fins de circulação, parada,
estacionamento e operação de carga ou descarga."
Tráfego

TRÁFEGO tem relação com o fluxo sistêmico de um sistema organizado


baseado na operação técnica e dinâmica de transporte, onde se faz uso da
malha viária para o deslocamento de pessoas ou cargas.
Exemplo

a) quando um motorista está conduzindo um veículo de transporte coletivo, ele


está transportando pessoas nas condições que o tráfego lhe permite, no
trânsito.

Outro exemplo: Quando você está dirigindo seu automóvel, você está em trânsito
e ao fazer uma manobra, precisa olhar as condições do tráfego.

(Fonte:http://alexandrebasileis.blogspot.com/2017/11/engenharia-de-trafego-ou-
transito.html)
A Engenharia de Tráfego é um importante ramo da área de transportes, e está prevista no
Capítulo VIII do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), em seu artigo 91.
Estudos que envolvem a ● Fatores geradores de viagens, origens e
destinos;
Engenharia de Tráfego:
● Sistema de transporte;
● Acidentes.
● Algumas medidas da engenharia de
● Veículos e fatores Tráfego:
humano; ● Instalação de dispositivos para
● Volume de tráfego e controle de tráfego;
velocidade; ● Reversibilidade de vias;
● Fluxo de tráfego; ● Canalização das correntes de
● Análise de capacidade de tráfego;
vias; ● Sistema de semáforo;
● Sistema de sinalização viária.
A Engenharia de Tráfego (ET) envolve aspectos como:

•projeto geométrico;
•planejamento;
•operação do tráfego de vias rodoviárias (rurais ou urbanas);
•malha rodoviária;
•terminais;
•interação com o uso solo adjacente(uso do solo) e;
•a integração entre os diversos modos de transporte
(Pingnataro,1973;Silva2008)
Objetivo
Visa proporcionar a
movimentação segura, eficiente
e conveniente de pessoas e
mercadorias.
Um conceito mais moderno para engenharia de tráfego seria“Engenharia
da Mobilidade”,que tem por base em três fatores(Vieira,1999):

•Engenharia Veicular;

•Engenharia Viária;

•Fatores humanos.
Interfaces
Engenharia;

Arquitetura;

Urbanismo;

Ecologia;

Sociologia;

Economia;

Psicologia;

Pedagogia;

Direito.
Algumas
Consequências

A lentidão do trânsito afeta


o sistema emocional dos
condutores, podendo
causar emoções de caráter
desgastante, como:
ansiedade, estresse,
nervosismo,medo, irritação
(...) veículos paralisados na
via são mais propensos a
assaltados.
Conceito
Ramo da engenharia de transportes que se relaciona com o projeto geométrico, o
planejamento e a operação do tráfego de estradas e vias urbanas, suas redes, os
seus terminais, o uso do solo adjacente e o seu inter-relacionamento com os outros
meios de transporte.

(ITE – Instituto de Engenheiros de Transporte - EUA).


Fator histórico

Primeiro semáforo
Abertura de caminhos Primeiro automóvel em instalado em Houston
pelos assírios e 1886 – Alemanha. (ITE), Texas, em
egípicios. 1921.

Caminho de pedras mais antigo foi Primeiro motor a


construído pelo rei Keops, usado no gasolina em 1888 –Nova
transporte das imensas pedras das York.
pirâmides. (historiador Heródoto)
Referências
STROGANOVA, M.N.; AGARKOVA, M.G. Urban soils: experimental study and classification (exemplified by
soils of Southwestern Moscow). Eurasian Soil Science, v.25, n.3, p.59-69, 1993. [ Links ]

SPAARGAREN, O.C. Other systems of soil classification. In. SUMMER, M.E. Handbook of soil science.
Boca Raton : CRC, 2000. Section E, p.137-174. [ Links ]

USDA-NRCS. Urban soil compaction. Urban Technical Note Nº 2, march, 2000a. Capturado em 15 de maio
de 2002. Online. Disponível na Internet http://www.statlab.iastate.edu/ survey/SQI/pdf/u01d.pdf

USDA-NRCS. Erosion and sedimentation on construction site. Urban Technical Note Nº 1, march, 2000b.
Capturado em 15 de maio de 2002. Online. Disponível na Internet
http://www.statlab.iastate.edu/survey/SQI/pdf/u02d.pdf

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