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MÓDULO 2 TEMA

A CULTURA DO SENADO CASO PRÁTICO AULA 32 1

OS FRESCOS DE POMPEIA
Pompeia foi uma antiga cidade helenística que
foi integrada no Império Romano em 80 a. C.
A cidade tinha uma intensa vida urbana,
possuindo boas infraestruturas e os principais
equipamentos – fórum, termas, teatro, basílica,
templos, palestra, mercado, etc.
Era procurada pelos patrícios como estância de
CARDO DECUMANO POMPEIA férias que ali construíam as suas villae de
campo.
ANFITEATRO Em 79 d. C. a cidade ficou submersa em lava e
cinzas pela erupção do vulcão Vesúvio, vindo a
ser descoberta por arqueólogos em 1748.
As escavações deram a conhecer não só o
FÓRUM melhor testemunho acerca da civilização e da
cultura romana, como também o mais
completo espólio de pintura que a cultura
romana nos legou.
Paulo Simões Nunes
História da Cultura e das Artes 10 | 10.º ano
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OS FRESCOS DE POMPEIA

Tanto na arquitetura das villae como na


decoração interior foi possível perceber o
conforto, o luxo e o requinte de que os
Romanos disfrutavam na sua vida privada.
Grande parte da urbe de Pompeia era formada
por villae (casas de férias) dos patrícios que
para aqui vinham fruir os seus tempos de ócio e
Fórum de Pompeia, século I. de lazer.
O bom estado em que as moradias se
encontravam permitiu conhecer o modo de
vida dos Romanos, as comodidades e a
sumptuosidade da sua vida privada.
Do mesmo modo, permitiu efetuar pesquisas
muito aprofundadas sobre a pintura a fresco e
estabelecer quatro períodos de
desenvolvimento, os «quatro estilos» da
pintura romana.
Paulo Simões Nunes
Casa de Marcus Lucrecius, Pompeia, século I. História da Cultura e das Artes 10 | 10.º ano
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OS FRESCOS DE POMPEIA

O «primeiro estilo» da pintura romana (c. 250-


-27 a. C.) caracteriza-se pelas imitações de
revestimentos de mármores coloridos e
elementos arquitetónicos, como pilastras, frisos,
cornijas, etc.
Desta forma, os artistas romanos deram início à
Villa de Arianna, primeiro estilo da pintura prática de decorar os interiores das habitações
romana, c. 50 a. C.
com pinturas a fresco.
O «segundo estilo» da pintura romana (c. 27 a.
C.--180 d. C.) caracteriza-se pelo tratamento das
paredes com motivos figurativos de temas
mitológicos, históricos, paisagens, etc.
Surgem criações de figurações realistas
integradas em cenários arquitetónicos, com
criação de efeitos de perspetiva numa sugestão
de «rasgar» as paredes e ampliar os espaços
interiores.

Villa de Fannius Sinistor, segundo estilo da pintura romana,


Paulo Simões Nunes
Pompeia, século I. História da Cultura e das Artes 10 | 10.º ano
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OS FRESCOS DE POMPEIA
Um dos conjuntos mais importantes
representativos do «segundo estilo»
encontra--se na Villa dos Mistérios, num
conjunto de painéis que representam várias
cenas rituais e místicas de uma religião
mistérica de culto a Dionísos.

Villa dos Mistérios, Pompeia, c. 50 a. C. Paulo Simões Nunes


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OS FRESCOS DE POMPEIA

O «terceiro estilo» da pintura romana (c. 250-27 a. C.)


caracteriza-se pela criação de efeitos ornamentais com
um sentido mais decorativo.
Os elementos arquitetónicos são combinados com
motivos ornamentais, como grinaldas, sanefas e
elementos vegetalistas de inspiração oriental.
Villa dos Vetti, Pompeia, século I. É uma fase em que se observa uma preferência pelo
caráter decorativo da superfície das paredes.
O «quarto estilo» (c. 180-476) define-se como um
período eclético, reunindo características dos estilos
anteriores.
Trata-se de um estilo muito complexo, ornamental e
cenográfico que mistura imitações de mármores,
perspetivas arquitetónicas, paisagens e cenas
mitológicas.
Acompanhando o período do Alto Império, criou
ambientes muito sofisticados, exuberantes e
fantasistas.
Paulo Simões Nunes
Villa dos Vetti, Pompeia, século I. História da Cultura e das Artes 10 | 10.º ano
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