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O QUE SÃO LESÕES FUNDAMENTAIS?
são alterações morfológicas que aparecem na mucosa bucal ou na pele assumindo
características clínicas padronizadas e individualizadas são denominadas Lesões
fundamentais ou elementares
TIPOS DE LESÃO

Podemos classificar inicialmente as lesões em 3 grandes grupos:


Lesões planas ou elevadas: grupo que compreende lesões que têm como característica
principal a alteração de cor e/ou que representam crescimentos sólidos.
• Mácula/Mancha
• Placa
• Pápula/Nódulo
Aumentos de volume que contém líquido
• Vesícula
• Bolha
Lesões envolvendo perda de substância: lesões causadas pela perda de substância ou mais
especificamente de tecido.
• Erosão
• Úlcera
MANCHA OU MÁCULA
Caracteriza uma alteração de cor SEM alteração de superfície, ou seja, trata-se de lesões planas,
que não
apresentam elevação em relação aos tecidos adjacentes.
• Podem representar depósito de melanina produzida pelas células normais, pigmentos
relacionados à implantação de corpos estranhos de forma intencional ou não, lesões
tumorais, entre outras.
Principais hipóteses diagnósticas:
• Leucoplasia • Pigmentação induzida por medicamentos
• Cicatriz • Tatuagem por amálgama
• Mácula melanótica • Melanoma
• Névus • Hematoma
MANCHA OU MÁCULA
Considerações sobre a descrição das lesões
Neste tipo de lesão, algumas características merecem mais ênfase no momento da avaliação clínica e descrição:
• Simetria
• Borda: regular (em linha reta) ou irregular
• Cor: homogênea (cor única) ou heterogênea
(mais de uma cor ou diferentes intensidades)
• Diâmetro
• Localização

mancha acastanhada, mostrando simetria,


borda regular,
cor homogênea, medindo 3 mm de diâmetro
localizada na
mucosa de transição do lábio inferior. Este
caso é um
exemplo de mácula melanótica. Fonte:
Neville et al. (2009
PLACA
• Alteração de cor com alteração de superfície, ou seja, trata-se de lesões discretamente elevadas em
relação aos tecidos adjacentes, mas mais amplas em largura do que em altura.
• Neste grupo, podemos observar lesões benignas, desordens potencialmente malignas ou lesões
malignas.
Principais hipóteses
• Candidíase pseudomembranosa
• Ceratose friccional
• Líquen plano
• Sífilis secundária
• Leucoplasia
• Mordiscamento crônico
PLACA
Considerações sobre a descrição das lesões
Algumas características merecem mais ênfase no momento da avaliação clínica e descrição,
dentre elas:
• Número: únicas ou múltiplas
• Cor: branca, vermelha
• Superfície: lisa ou irregular
• Localização

Placa, única, coloração branca


associada a áreas
avermelhadas, superfície rugosa
irregular, formato irregular, localizada
na mucosa jugal esquerda. Fonte:
HCPA
EROSÕES E ÚLCERAS
• São lesões em que o tecido epitelial foi parcial (EROSÕES) ou totalmente (ÚLCERAS)
perdido.
• Podem ser solitárias (únicas) ou múltiplas, estar associadas a algum fator irritativo (trauma)
ou ser a manifestação de doença autoimune, infecciosa ou, ainda, uma neoplasia maligna.
Principais hipóteses Diagnósticas:
Lesões traumáticas
• Úlcera traumática Doenças infecciosas
• Candidíase
• Herpes
• Micoses profundas
EROSÕES E ÚLCERAS
São lesões em que o tecido epitelial foi parcial (EROSÕES) ou totalmente (ÚLCERAS)
perdido. Podem ser solitárias (únicas) ou múltiplas, estar associadas a algum fator irritativo
(trauma) ou ser a manifestação de doença autoimune, infecciosa ou, ainda, uma neoplasia
maligna.
Principais hipoteses: Doenças imunologicamente mediadas
Lesões traumáticas • Líquen plano
• Úlcera traumática • Lupus eritematoso
Doenças infecciosas • Penfigóide benigno de mucosas
• Candidíase • Pênfigo vulgar Tumores malignos
• Herpes • Carcinoma espinocelula
• Micoses profundas
EROSÕES E ÚLCERAS

Úlcera dolorosa única contornada por mucosa


Desenho esquemático mostrando a diferença entre erosão e avermelhada localizada em mucosa labial. Paciente
úlcera relata que já
teve lesões semelhantes no lábio anteriormente, que
não há lesões
em outras partes do corpo e que não houve trauma
na região.
Fonte: FOUFRGS
VESÍCULAS E BOLHAS
• Crescimentos que contém líquido medindo menos do que 3 mm de diâmetro (vesícula)
ou
mais do que 3 mm de diâmetro (bolha).
• Podem ser solitárias (únicas) ou múltiplas, estar associadas a algum fator irritativo
(algum
alimento ou trauma) ou surgir espontaneamente.
• Alguns casos mostram alterações sistêmicas associadas (febre, mal-estar, linfadenopatia)
ou lesões semelhantes em outras partes do corpo, principalmente pele ou outras mucosas.
• Esse grupo de lesões não inclui nenhum exemplo de desordem potencialmente maligna
ou
benigna.
VÉSICULAS E BOLHAS
PRINCIPAIS HIPÓTESES:
Doenças virais:
• Herpes
Doenças autoimunes
• Pênfigo vulgar
• Penfigóide benigno de mucosas
Lesões associadas a trauma
• Mucocele
• Rânula
VESÍCULAS E BOLHAS
CONSIDERAÇÕES SOBRE A DESCRIÇÃO DAS LESÕES
Quando visualizar lesões deste tipo, observe:
• Número: única ou múltiplas lesões
• Localização
• Ocorrência prévia de lesões semelhantes na boca
• Presença de lesões semelhantes em outras partes do corpo
• Episódio de trauma prévio
VESÍCULAS E BOLHAS

Nota-se presença de múltiplas vesículas (lado direito


da foto) e de crostas (lado esquerdo da foto) na região peribucal.
Paciente referiu que não tem lesões em outras partes do corpo,
que elas aparecem 3 vezes por ano e que costuma perceber coceira antes

de as lesões aparecerem. Todas essas características favorecem o


diagnóstico de herpes labial. Fonte: FOUFRGS
PÁPULAS E NÓDULOS
Representam crescimentos sólidos com menos do que 5 mm de diâmetro (pápula) ou mais
do que 5 mm de diâmetro (nódulo).
• Podem ser solitários (únicos) ou múltiplos,
• Podem estar associados a algum fator irritativo (biofilme bacteriano ou trauma) ou ter
surgimento espontâneo.
• Neste grupo, estão incluídas as lesões que se caracterizam pelo crescimento tecidual,
incluindo lesões de natureza reacional/inflamatória e neoplasias, em particular as de
natureza benigna. Na maioria dos casos indicam lesão benigna, mas em alguns casos,
trata-se de tumor maligno.
PÁPULAS E NÓDULOS

Desenho ilustrando aspecto das pápulas e dos nódulos.


A direita, desenho esquemático mostrando os diferentes tipos
de inserção (base) que podem ser observados nestas
lesões.
Principais hipóteses Diagnósticas:
• Hiperplasia inflamatória, granuloma piogênico, fibroma ossificante periférico, lesão periférica de
células gigantes, papiloma, lipoma, fibroma, carcinoma espinocelular.
Considerações sobre a descrição das lesões
Alguns detalhes são fundamentais para a descrição apropriada destas lesões e a boa condução
do diagnóstico:

• Consistência: mole, firme/ fibroelástica/ borrachóide


ou dura
• Base da lesão: pediculada (estreita) ou séssil
(ampla)
• Cor
• Presença de áreas avermelhadas ou ulceradas na
sua superfície: sim ou não
COMO SURGEM?
Essas anomalias ocorrem, em maioria das vezes, nas primeiras décadas de vida.
"Essas deformidades dentarias, geralmente, não apresentam sintomas e são
diagnosticadas em exames radiográficos realizados para outros fins". Existem
inúmeras razões para surgirem. Esses fatores divididem-se hereditários,
congênitos e adquiridos.

Sendo considerados fatores hereditários (alteração genética), por alguma


deficiência genética ou passada de geração para geração.

Congênitos (formação intra-uterina); uso de medicamentos


ou drogas na gestação, deficiências nutricionais e distúrbios hormonais.

Fatores adquiridos (locais ou sistêmicos);


infecção , traumatismo, acidentes cirúrgicos, má higiene bucal.
IDENTIFICANDO O PROBLEMA

É muito importante realizar um diagnóstico e tratamento precoce dessas anomalias.


Novamente nota-se a importância de visitar seu dentista com regularidade, né? Só ele
pode identificar com precisão o problema e tomar as medidas necessárias para tratá-
lo, além de minimizar futuras complicações. Para isso, ele realiza uma série de
exames clínicos e radiográficos.
COMO TRATAR?

O tratamento vai depender do tipo de anomalia, sua gravidade e do nível de


comprometimento que causou ou está causando na sua boca. "As anomalias mais
comuns são as de posição, que se caracterizam pela discrepância entre o tamanho do
dente e o tamanho da arcada. Nesses casos é indicado o tratamento de ortodontia“.
Mas fique tranquilo, extração nem sempre é a solução. O procedimento só é indicado
quando o surgimento de outro dente é alterado pela presença desta anomalia, quando
ela interfere algum tratamento ortodôntico ou a estética do sorriso, e caso haja
reabsorção em raízes dos dentes ao lado.
COMO PREVENIR?
"A prevenção é muito importante, porém, só será possível em casos em que as anomalias
sejam decorrentes de fatores locais ou extrínsecos, como: trauma, medicamentos ou
infecções", E qualquer tratamento será indicado quando for necessário restabelecer a
função, estética e autoestima do paciente.
Consulte seu dentista, no mínimo, a cada seis meses ou quando sentir algo de diferente
acontecendo na sua boca. É importante também conhecer o histórico de doenças de
seus antepassados, conversando com seus pais ou avós. Caso descubra algo, fale com
seu dentista para que ele faça um acompanhamento mais cuidadoso.
OBRIGADA PELA ATENÇÃO!

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