O documento resume as principais características e obras das gerações do Modernismo brasileiro entre 1930 e 1945. A Geração de 30 se concentrou na prosa realista e regionalista, retratando problemas sociais como a seca. A Geração de 45 explorou novas formas de expressão após a Segunda Guerra e é representada por Clarice Lispector na prosa intimista e João Guimarães Rosa no regionalismo.
O documento resume as principais características e obras das gerações do Modernismo brasileiro entre 1930 e 1945. A Geração de 30 se concentrou na prosa realista e regionalista, retratando problemas sociais como a seca. A Geração de 45 explorou novas formas de expressão após a Segunda Guerra e é representada por Clarice Lispector na prosa intimista e João Guimarães Rosa no regionalismo.
O documento resume as principais características e obras das gerações do Modernismo brasileiro entre 1930 e 1945. A Geração de 30 se concentrou na prosa realista e regionalista, retratando problemas sociais como a seca. A Geração de 45 explorou novas formas de expressão após a Segunda Guerra e é representada por Clarice Lispector na prosa intimista e João Guimarães Rosa no regionalismo.
Geração de 30: • O Modernismo desdobrou-se em novas manifestações na década de 1930, prolongando-se até meados da década seguinte. Presenciou-se momentos de importantes transformações na sociedade, marcados pela modernização social do período entre guerras, fruto do crescimento industrial. Enquanto as mudanças nos setores comercial e financeiro faziam com que o país deixasse de ter um perfil econômico agrícola. • A revolução de 1930 marcou o fim da primeira república, golpe que fez de Getúlio Vargas presidente e derrubou a hegemonia política de São Paulo e Minas Gerais. Em 1932, um movimento armado tentou derrubar o poder de Getúlio, mas foi derrotado. Três anos depois, uma tentativa de golpe apelidada de "intenções comunistas" foi esmagada pelo governo de Getúlio, que começou a perseguir os comunistas. • Essa perseguição levou à criação do regime do Estado Novo (1937 - 1945), que estabeleceu o totalitarismo no Brasil, já presente na Europa de Hitler e Mussolini. Esses novos fatos direcionam o processo artístico para a prosa, que se concentra menos no experimentalismo estético da O romance de 30: • A prosa adotará os contornos do neorrealismo, retratando a realidade e conscientizando o leitor. A prosa assume um lado regionalista, sua tentativa de retratar a periferia do Brasil, resultando na imagem do oprimido, uma das maiores conquistas da década de 30 da ficção brasileira: a união de personagens marginais. • Esses escritores voltaram-se para os problemas de sua realidade imediata, e a literatura regional se caracterizou pela condenação social. Como resultado, a seca tornou-se um dos temas mais importantes da literatura da época. Foi proposto pela primeira vez por José Américo de Almeida em A bagaceira (1928) e posteriormente utilizado por muitos outros autores • Por outro lado, temos também o surgimento da ficção de intimidade, que é uma narrativa mais subjetiva em que se aproxima do coração do indivíduo que se angustia com essa realidade esgarçada. Este ensaio tenta aproximar-se da relação conflituosa entre o homem e o mundo e, como são tratadas internamente pelo mesmo homem, chamamos-lhe um romance psicológico. • Esse momento do modernismo, apelidado pelos críticos literários de era do romance, desenvolveu uma prosa caracterizada pela grosseria da linguagem e pela captura direta do fato, combinada com um renascimento do naturalismo que deu ao romance o caráter de documento. Trecho/Citação: • Cota zero (Carlos Drummond de Andrade) Stop. A vida parou ou foi o automóvel?
Nesse poema, vemos nitidamente a
incorporação de valores estéticos de 22, acrescidos do questionamento à modernidade e seus valores culturais e à própria condição humana diante dela, numa expressão de síntese Geração de 45: • A terceira fase modernista é também conhecida como “Geração de 45” porque o ano de 1945 assinala o seu início. Em 1945 se encerrava a Segunda Guerra Mundial. Desse modo, nesse período do modernismo o mundo estava em estado de pós guerra bélica e vivenciando a o início da Guerra Fria. No Brasil, o período era de redemocratização do país e do início da Era Vargas. • A geração de autores da terceira fase do modernismo foi a que mais se afastou da proposta fundadora do movimento no Brasil. Assim as obras apresentavam aspectos bem distintos daqueles estabelecidos na primeira fase. Por esse motivo, alguns dos teóricos consideram que essa já é uma fase “pós-modernista”. • Enquanto a primeira fase usava a linguagem coloquial e defendia a liberdade de forma, com os versos livres, por exemplo, a “Geração de 45” tinha outras preocupações estéticas. Desse modo, os autores da época buscavam novas formas de expressão estética, recorrendo a inovações na estética, nos temas e nos usos linguísticos. A prosa modernista da “Geração de 45” se divide urbana, regionalista e intimista. A obra de Clarice Lispector (1920-1977) é excelente representante da prosa intimista com obras como “A Cidade Sitiada” (1949), “A Paixão Segundo GH” (1964) e “A Hora da Estrela” (1977). João Guimarães Rosa (1908-1967) representa bem a prosa regionalista com “Grande Sertão: Veredas” (1956) ao lado de João Cabral de Melo Neto (1920-1999) com “Morte e Vida Severina” (1955). Frases de Clarice Lispector:
• "Dor é vida exacerbada."
(Água Viva) "Gostar de estar vivo dói." (Felicidade Clandestina)