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Universidade Federal Rural do Semi-Árido

Centro de Engenharias
Engenharia Mecânica

Sistema de Direção
Docente: Dr. Francisco Edson Nogueira Fraga
Discentes:
Francisco das Chagas Duarte Neto
Jeremy Michael Venâncio da Silva
Tiago da Rocha Silva
Vinícius de Souza Victor

Mossoró
2023
Sumário
 Introdução;
 Requisitos de um sistema de direção;
 Classificação dos sistemas de direção;
 Funcionamento dos sistemas de direção;
 Atualidades;
 Caster;
 Camber;
 Divergência e convergência;
 Inclinação do pino mestre;
 Verificação do desgaste do pneu;
 Tipos de sistema de alinhamento;
Introdução
 A direção converte o movimento giratório executados pelo
motorista no volante de direção em movimento angular para as
rodas direcionais do veículo. (BOSCH)
 O sistema de direção tem como função transmitir o movimento
e força do volante até as rodas e pneus, fazendo com que eles
rodem adequadamente e movimentem o carro.
 Diretamente relacionado com suspensão, freios e pneus.
Introdução
Evolução
 Partiu de uma simples alavanca ou manivela que atuava nas
rodas dianteiras e exigia grande esforço do motorista até
transformar-se no sistema sofisticado atualmente;
 O primeiro volante de direção teve sua estreia em 1894;
 O volante permitiu melhor controle da direção;
 Desde então, com a chegada do volante, não mudou muito o
principio de funcionamento;
Evolução
Direção retrátil e ajustável
 Retrátil:
1. “Sistema de segurança”;
2. Em caso de impacto frontal, se deforma e impede que o motorista seja
atingido pelo volante;
3. Se parece mais com uma antena de rádio que, em casos de impacto
frontal, se deforma e impede que o motorista seja atingido pelo
volante.
 Ajustável:
1. Regula altura e profundidade do volante;
Direção retrátil e ajustável
Requisitos
 Garantir orientação rápida e segura do veículo;
 Tempo máximo admissível para acionamento;
 Força máxima para operação;
 Comportamento direcional:
1. Choques resultantes das irregularidades da pista devem ser suavizados;
2. A concepção básica deve satisfazer as condições de Ackermann;
3. Veículo deve reagir à mínima correção do volante;
4. Quando liberado, o volante deve retornar à posição central;
5. A direção deve possuir menor relação possível.
Forças regulamentares

Fonte: BOSCH
*: Ou até o batente se este valor não for atingido
**: 50-daN para veículos não articulados, com dois ou mais eixos direcionais, exceto eixos direcionados por atrito
Categorias dos veículos

Fonte: https://www.diariodasleis.com.br/
Classificação
 Direção não assistida:
1. Direção mecânica:
a) Tipo setor e sem fim
b) Sistema pinhão cremalheira

 Direção assistida:
1. Hydraulic Power Steering – HPS – “Direção Hidráulica”
2. ElectroHydraulic Power Steering – EHPS – “Direção Eletro-Hidráulica”
3. Electrically Powered Steering – EPS – “Direção Elétrica”
Funcionamento do sistema de direção

 Direção Mecânica:
Volante
Funcionamento do sistema de direção

 Direção Mecânica:

Volante Coluna de direção Cruzeta Barra de direção


Funcionamento do sistema de direção

 Direção Mecânica:

Terminal de direção
Funcionamento do sistema de direção

 Caixa de direção:

Pinhão e Cremalheira
Funcionamento do sistema de direção

 Caixa de direção:

Setor e rosca sem-fim


Funcionamento do sistema de direção

 Tabela de preços:
Componentes Margem de preço
Volante R$120,00 – R$1300,00
Coluna de direção R$ 300,00 -- R$ 1500,00
Caixa de direção R$ 300,00 -- R$ 950,00

Barra de direção R$ 70,00 -- R$ 240,00

Terminal de Direção R$ 40,00 -- R$ 150,00

 Os componentes citados acima se repetem a todos os próximos sistemas de direção;


Funcionamento do sistema de direção
Funcionamento do sistema de direção

 Direção Hidráulica:
Funcionamento do sistema de direção

 Válvula Rotacional:
Funcionamento do sistema de direção

 Válvula Rotacional:
Funcionamento do sistema de direção

 Caixa de Direção:
Funcionamento do sistema de direção

 Caixa de Direção:
Funcionamento do sistema de direção

 Fluido:
Funcionamento do sistema de direção

 Reservatório:
Funcionamento do sistema de direção

 Reservatório:
Funcionamento do sistema de direção

 Cuidados necessários:
 Não esterçar completamente as rodas;
 Verificar o nível de fluido hidráulico presente no reservatório;
Funcionamento do sistema de direção

 Cuidados necessários:
Funcionamento do sistema de direção

 Tabela de preços:
Componentes Margem de preço
Bomba hidráulica R$ 600,00 -- R$2200,00
Coluna de direção R$ 150,00 -- R$ 1200,00
Caixa de direção R$ 400,00 -- R$ 1300,00
Barra de direção R$ 70,00 -- R$ 240,00
Terminal de Direção R$ 40,00 -- R$ 150,00
Reservatório R$ 50,00 – R$ 400,00
Fluido R$ 17,00 – R$ 50,00
Tubulações R$ 300,00 – R$ 400,00
Correias R$ 100,00 – R$ 215,00
Polias R$ 100,00 – R$ 250,00
Válvula de Rotação R$ 300,00 – R$ 580,00
Funcionamento do sistema de direção

 Direção Eletro Hidráulica:


Funcionamento do sistema de direção

 Tábela de preços:
Componentes Margem de preço
Bomba Eletro Hidráulica R$ 1000,00 -- R$7100,00
Coluna de direção R$ 150,00 -- R$ 1200,00
Caixa de direção R$ 400,00 -- R$ 1300,00
Barra de direção R$ 70,00 -- R$ 240,00
Terminal de Direção R$ 40,00 -- R$ 150,00
Reservatório R$ 50,00 – R$ 400,00
Fluido R$ 17,00 – R$ 50,00
Tubulações R$ 300,00 – R$ 400,00
Correias R$ 100,00 – R$ 215,00
Polias R$ 100,00 – R$ 250,00
Válvula de Rotação R$ 300,00 – R$ 580,00
Funcionamento do sistema de direção

 Ajuste de altura:
Funcionamento do sistema de direção

 Ajuste de profundidade:
Funcionamento do sistema de direção
Componentes Mecânica Hidráulica Eletro Hidráulica Elétrica

Volante ✅ ✅ ✅ ✅
Coluna de Direção ✅ ✅ ✅ ✅
Caixa de Direção ✅ ✅ ✅ ✅
Barra de Direção ✅ ✅ ✅ ✅
Terminal de Direção ✅ ✅ ✅ ✅
Bomba Hidráulica ❌ ✅ ✅ ou ❌ ❌
Fluido ❌ ✅ ✅ ❌
Válvula de Rotação ❌ ✅ ✅ ❌
Tubulações ❌ ✅ ✅ ❌
Reservatório ❌ ✅ ✅ ❌
Correias e Polias ❌ ✅ ✅ ❌
Motor/Bomba Eletro
Hidráulica ❌ ❌ ✅ ❌

Motor Elétrico ❌ ❌ ❌ ✅
Sensores ❌ ❌ ✅ ✅
Direção Elétrica
 Simplicidade construtiva;
 Anula quase totalmente o consumo de combustível;
 Sistema compacto e leve que é instalado na caixa de direção,
na coluna de direção ou na própria cremalheira;
 Redução do esforço durante manobras;
 Baixo ruído;
 Não depende de bombas nem fluidos;
Direção Elétrica
 Um motor elétrico ajuda a movimentar a direção, sempre que o
sistema eletrônico auxiliar perceber que o motorista tem a
intenção de movimentar o volante;
 Altera a assistência em função da velocidade;
 Em modelos mais sofisticados auxilia o motorista corrigindo
problemas como desníveis na pista e ventos laterais;
 Pode ser integrada a sistemas semiautônomos de direção e
estacionamento;
 Faixa de preço: R$ 600 – 2000
Componentes
 Volante
 Coluna de direção
 Árvore de direção
 Caixa de direção
 Barra de direção
 Articuladores de direção
 Motor elétrico
 Senso de ângulo
 ECU (Módulo de injeção)
Componentes
Funcionamento
 A assistência ao motorista no sistema EPS começa ao girar o
volante, nesse instante o sensor de torque informa a existência
de um esforço na barra de torção dado pelo deslocamento
angular relativo entre os extremos da barra. Simultaneamente,
um sensor de ângulo da direção informa o ângulo girado pelo
motorista e a velocidade com que é movimentado o volante.
Funcionamento
Funcionamento
Possíveis problemas
 Folga e barulhos na direção;
 Presença de muitos sensores e atuadores;
 Pode haver pane no sistema elétrico.
Sistema 4 control
Sistema 4 control
 Eixo traseiro esterçante;
 A baixas velocidades, ele ajuda o carro a virar em espaços
menores; a altas, torna o veículo muito mais estável;
 Melhora a agilidade e o equilíbrio dinâmico em curva;
 Diminui o raio de esterçamento;
 As rodas traseiras possuem um pivô de articulação nos braços
da suspensão e no sistema de barras de direção, acionadas por
motor elétrico que também lhes permite girar. 
Sistema 4 control
 Abaixo de 60 km/h, as rodas traseiras viram (3,5°) no sentido
oposto ao das rodas da frente;
 Quando se ultrapassa os 60 km/h, as rodas traseiras podem
viram (2°) para o mesmo lado das rodas dianteiras;
 Todo o sistema é controlado por uma unidade eletrônica
específica que recolhe diversos dados; velocidade do veículo, a
aceleração angular do volante e o ângulo de esterço a partir da
central de controle de estabilidade (ESP);
 Pode auxiliar em estacionamento. 
Sistema 4 control
Direção dinâmica
 Combina direção hidráulica convencional com um motor
elétrico, controlado eletronicamente e acoplado ao eixo de
direção;
 Estabilidade direcional incomparável;
 A tarefa do motor elétrico é justamente aumentar a
sensibilidade de direção;
Direção dinâmica
Direção por GPS
 Utiliza direção eletrohidráulica;
 Bastante utilizados em máquinas agrícolas;
 Utiliza um controlador de direção acoplado à máquina;
 Por meio da antena instalada no teto do equipamento, o
componente recebe informação do satélite e a direciona para
as válvulas eletrônicas acopladas à direção hidrostática. O
comando então aciona os cilindros hidráulicos que, por sua vez,
determinam o direcionamento das rodas.
Sistema Steer-By-Wire
 Possibilita a direção autônoma;
 Não existe conexão mecânica, existem apenas cabos entre o
volante e o atuador que orienta as rodas;
 Elimina coluna de direção e acrescenta atuadores;
Sistema Steer-By-Wire
Caster
É o ângulo em torno do qual o conjunto da roda gira em relação a
vertical em uma vista lateral do veículo.
Caster - NEGATIVO POSITIVO +
Caster

Fonte: Equipe Cactus Baja


Caster
 Determinado pela inclinação da parte superior da roda, para
dentro ou para fora do veículo, em relação a um plano
vertical.
Quando fazer cambagem?

 O camber é determinado pela inclinação da parte superior da roda, para dentro ou


para fora do veículo, em relação a um plano vertical.
Divergência
Convergência
Inclinação do pino mestre

 Também conhecido como:

 SAI - Steering Axis Inclination


(inclinação do eixo de direção)

 KPI - King Pin Inclination


(inclinação do pino mestre )
Inclinação do pino mestre

 O prolongamento do eixo de rotação da


roda, deve passar o mais próximo possível
da linha de centro vertical da roda que
define o centro da área de contato do pneu
com o solo. Para que ocorra o mínimo de
arraste do pneu em manobras a baixa
velocidade, diminuindo o esforço do
motorista e do sistema de direção.
 A utilização deste raio nulo tende a deixar o
veículo instável com o veículo em
movimento executando curvas.
Verificação dos desgastes dos pneus
Tipos de sistemas de alinhamento

 Manual ou ótico;

 Computadorizado;

 Sistema 3D;
Alinhamento 3D

 O sensor lê a posição de um refletor em


cada roda, com isso cria um desenho
tridimensional de partes do veiculo,
mostrando a variação da geometria da
suspensão;
Alinhamento manual ou óptico

 Canhão de luz são presos a roda


dianteira e eles projetam esse feixe
luminoso em um painel. Assim
mostrando a geometria do veiculo;
Computadorizado

 Neste caso não se utiliza o


painel os feixes de luz são
trocados por projetores a laser,
dando mais rapidez e precisão;
Inspeção
 Verificar o estado das mangas de ajuste, grampo e parafusos;
 Verificar o nível de desgaste das articulações;
 Verificar nos braços da suspensão o estado das buchas quanto
a folga e danos;
 Controle livre do movimento das rodas em ambos sentidos;
 Verificar se a barra de direção não apresenta desgaste ou
folgas nas junções;
 Verificar a fixação da caixa de direção no chassi e se a folga
lateral não é excessiva;
Inspeção
 No caso de veículos equipados com direção hidráulica, ligar o motor e observar
se não existem vazamentos de óleo do motor e se o nível do fluído está normal;
 Controlar também o estado da correia de acionamento da bomba hidráulica;
 Girar o volante ligeiramente para ambos os lados, para avaliar a pressão da
bomba;
 Verificar o estado das buchas da barra estabilizadora e dos tirantes (caso
houver);
 Verificar o estado das molas e amortecedores (observar a altura do veículo);
 Qualquer componente danificado deve ser substituído para se obter um serviço
de alinhamento adequado.
Agradecimentos

Obrigado pela atenção!

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