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Sistema de direção

Direção mecânica
Câmber e Cáster

Professor: André Olivieri de


Albuquerque
Introdução
• Há dois tipos de sistema de direção, de acordo
com seu acionamento:
• Direção mecânica;
• Direção servoassistida .
• No primeiro tipo, as rodas do veículo são
comandadas por dispositivos mecânicos.
• Na direção servoassistida há a combinação de um
sistema mecânico comum com um sistema auxiliar
hidráulico.
• Dessa forma, reduz-se o esforço físico do
motorista, principalmente em manobras em baixa
velocidade.
Caixa de Direção
Mecânica
Introdução
• A caixa de direção mecânica é um conjunto de
peças articuladas que permitem a condução
do veículo. Ela transmite o movimento do
volante aos braços e à barra de direção.
• Os tipos mais comuns de caixa de direção são:
• Pinhão e cremalheira
• Setor e rosca sem-fim
Sistema setor e
sem-fim
Introdução
• É uma unidade compacta, montada no chassi ou
na carroceria e ligada ao mecanismo de direção
do veículo, por meio de um braço chamado
“pendural de direção” ou Pitman.
• Esta caixa de direção deve ser inspecionada
periodicamente, devendo ser lubrificada com
óleo e regulada sempre com as rodas retas para
frente.
• Devido à sua construção, esta caixa de direção
possui, quando girada aos extremos, uma folga
que é considerada normal.
Introdução
Introdução
Introdução
Modelos
• Os modelos de caixa de direção com rosca
sem-fim são:
• com setor e rosca sem-fim (Combi);
• com rosca sem-fim e esferas circulantes (S10).
Funcionamento
• Todo o conjunto de peças dessa caixa de
direção trabalha em banho de óleo ou graxa,
contido em uma carcaça, muito bem fechada
com tampa aparafusada, além de ter junta e
vedadores.
• Assim, evita-se a saída de lubrificante ou
entrada de impurezas, já que nos dois casos o
funcionamento do mecanismo seria
prejudicado.
Funcionamento
• A rosca sem-fim recebe o movimento do
volante e transmite-o ao setor. O setor e a
rosca sem-fim são de aço tratado, para
diminuir ao máximo o desgaste.
• A rosca sem-fim tem um diâmetro menor no
centro do que nas extremidades.
• Assim ela se ajusta ao setor em toda sua
movimentação, como se observa nas figuras
seguintes:
Funcionamento
• A folga entre o setor e o sem-fim é corrigida
através de dispositivos de regulagem, que
podem ser porcas, parafusos ou calços.

• A rotação dos componentes da caixa é


facilitada pelo uso de rolamentos. A caixa de
direção com setor e sem-fim é ligada às
articulações que dirigem as rodas através de
um braço de direção.
Componentes
Manutenção

• A caixa deve ser inspecionada


periodicamente, realizando-se,
então, reapertos e regulagem dos
componentes, bem como revisar a
linha e lubrificação nos períodos
recomendados.
Sistema pinhão e
cremalheira
Introdução
• É a caixa de direção largamente
utilizada nos veículos de passeio, por
apresentar:
• Boa absorção das vibrações das
rodas;
• Não apresentar folga quando as
rodas estiverem esterçadas.
Introdução
Introdução
1- Tampa superior
Componentes 2- Anel de vedação
3- Mola
4- Prato
5- Dispositivo de
ajuste
6- Carcaça
7- Pinhão
8- Cremalheira
9- Mola
10- Tampão
11- Bucha de ajuste
12- Retentor
13- Braçadeira
14- Coifa
15-Anel trava
Componentes
• Os componentes da caixa são montados
dentro da carcaça de liga leve. Coifas de
proteção de borracha evitam a perda de
lubrificante e protegem os elementos internos
da carcaça .
• O pinhão está montado junto com a árvore de
direção e engrena-se com uma haste linear
dentada que é a cremalheira. A folga entre os
dois – pinhão e cremalheira – é corrigida por
dispositivos de regulagem.
Componentes
• O movimento de rotação do pinhão é
facilitado por rolamentos . Buchas de náilon
tornam mais suave o deslizamento da
cremalheira. Quando o volante de direção é
acionado, o pinhão gira e aciona a
cremalheira, que comanda as barra da
direção. A cremalheira é a parte central da
caixa de direção, ligando-se às barras de
direção por articulações esféricas .
Funcionamento
• O movimento linear da cremalheira
se transforma nos movimentos
angulares das rodas;

• As rodas podem fazer seus


movimentos, independentemente da
articulação da suspensão.
Funcionamento
Funcionamento
Ângulo câmber e
cáster
Necessidade de mercado
Necessidade de mercado
Necessidade de mercado
Necessidade de mercado
Necessidade de mercado
Câmber
Câmber é o ângulo formado pela inclinação da
linha normal da roda em relação à vertical e é
medido em graus, sendo:
A) NULO – quando a linha normal da roda coincidir
com a vertical, ou seja, não
existir inclinação;
B) POSITIVO – quando a parte superior da roda
ficar para fora devido à
inclinação;
C) NEGATIVO – quando a parte superior da roda
ficar voltada para dentro
devido à inclinação.
Câmber
Câmber
Durante a marcha e sob a ação da carga,
esse ângulo tende a se anular de
modo que as rodas fiquem perpendiculares
ao solo. Um ângulo câmber incorreto
causa desgaste irregular da banda de
rodagem do pneu e anomalias na direção do
veículo.
Defeitos
Defeitos
Defeitos
Cáster
O Cáster proporciona a possibilidade das
rodas manterem-se estáveis em
linha reta e é o responsável pelo retorno do
volante, automaticamente, após as
curvas. Nos veículos atuais de suspensão
independente, o cáster resulta da
inclinação dada ao suporte da manga de
eixo que, por sua vez, obriga o pino-mestre
a acompanhar esta posição.
Cáster
O cáster é, então, a inclinação para frente
ou para trás do pino-mestre
em relação à vertical, ou o ângulo de avanço
do pivô (eixo imaginário de apoio do
veículo).

O exemplo típico de cáster pode ser visto na


bicicleta, onde o mancal do garfo é colocado
bem atrás do centro da roda. Com esta
solução a roda tende a voltar para linha reta
Cáster
Cáster
O ângulo do cáster é medido, também, em graus e
pode ser:
POSITIVO – quando a projeção da linha de centro
do pivô ou pino-mestre estiver à
frente do ponto de apoio do pneu com o solo;
NEGATIVO – quando a projeção da linha de
centro do pino-mestre ou pivô estiver
atrás do ponto de contato do pneu com o solo.
NULO - quando a projeção da linha de centro do
pivô ou do pino-mestre coincidir
com o ponto de apoio da roda no solo.
Cáster
Defeitos
O ângulo do cáster não tem influência sobre o
desgaste do pneu, porém, se for muito acentuado
exigirá muito esforço para girar o volante nas
curvas. Além disso, as rodas dianteiras voltarão à
posição reta rapidamente, o que não é
conveniente.
A não observância do ângulo do cáster pode
acarretar:
• instabilidade em altas velocidades;
• trepidação no volante (Shimmy);
• não correção da direção;
• direção muito pesada.
Defeitos
Valores diferentes de cáster para cada roda são
prejudiciais, pois não
permitem uma estabilidade direcional equilibrada,
provocando desvios do veículo sobre solos
irregulares. Para se executar a correção deste
ângulo, independente do equipamento utilizado, o
veículo deve estar sobre piso nivelado e ter a sua
carroçaria nivelada em relação ao piso. A
verificação e o controle do ângulo do cáster só
podem ser feitos com o auxílio de equipamentos
adequados com operações e leituras específicas.
Questões
1) Quais são os 2 tipos de sistema de direção?
Qual o princípio de funcionamento de cada
uma?

2) Defina o que é caixa de direção.Quais os tipos


mais comuns?

3) Onde está montado o pinhão no sistema de


caixa de direção pinhão e cremalheira? Para
que servem os dispositivos de regulagem deste
sistema?
Questões
4) Como a rosca sem-fim se ajusta ao setor na
movimentação do mesmo? Através de que
componente a rosca sem-fim recebe
movimento?E o setor?

5) Defina ângulo câmber e ângulo cáster. Indique e


explique os defeitos que ocorrem com um valor
de câmber errado e indique 4 dos defeitos que
podem ocorrer com um valor de cáster errado.

6) Explique como funciona basicamente o sistema


de pinhão e cremalheira.
Questões
7) Por que seria praticamente impossível o
motorista esterçar as rodas se o volante fosse
diretamente ligado nas mesmas? Explique este
conceito através do mecanismo de redução de
forças do sistema pinhão e cremalheira.

8) Complete a coluna da esquerda relacionando-a


ao termo da coluna da direita ( O mesmo termo
pode ter relação com mais de um item).
( ) Possui uma folga considerada normal. (1)Pinhão e cremalheira
(1) É a caixa de direção mais utilizada em (2) Setor e sem-fim
veículos leves.

( ) Este ângulo não influencia o desgaste (3)Câmber


do pneu

( ) A diferença máxima entre lados é de (4)Cáster


30 segundos.

( ) Possui duas engrenagens que se


acoplam com o objetivo de redução de
forças.

( ) Um ângulo positivo causa desgaste no


ombro externo no pneu.

( ) No ângulo positivo a parte inferior da


roda fica voltada pra dentro.

( )Um dos tipos é com esfera recirculante

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