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Universidade Federal de Itajubá

SISTEMA APROXIMADO-DIFUSO PARA A


EXTRAÇÃO DE CONHECIMENTO DAS BASES DE
DADOS DOS CENTROS DE CONTROLE

Carlos Henrique Valério de Moraes

Orientador: Prof. Germano Lambert Torres


Co-orientador: Prof. Luiz Eduardo Borges da Silva

Monografia apresentada à Universidade


Federal de Itajubá, para obtenção do
título de Especialista no Uso Racional de
Energia dentro do Programa de Pós-
Graduação em Engenharia da Energia.

Novembro/2007
“Dedico este trabalho aos meus pais
pelo carinho, paciência e
compreensão.”

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SUMÁRIO

Sumário .............................................................................................................. 6
Lista de Figuras .................................................................................................. 9
Lista de Tabelas ................................................................................................. 10
Resumo ............................................................................................................... 11
Abstract .............................................................................................................. 12

Capítulo 1 - Introdução e Objetivos


1.1 - Avaliação de Desempenho .......................................................... 13
1.2 - Tópicos Principais para o Desempenho ...................................... 14
1.2.1 - Avaliação para Seleção ................................................... 16
1.2.2 - Previsão de Desempenho ................................................ 18
1.2.3 - Monitoração de Desempenho ......................................... 20
1.3 - Avaliação de Desempenho de Hardware .................................... 20
1.4 - Avaliação do Desempenho de Máquinas Paralelas ..................... 21
1.5 - Sumário ....................................................................................... 21

Capítulo 2 - Instrumentação do Desempenho em Sistemas de Computação


2.1 - Introdução ................................................................................... 23
2.1.1 - Especificação ................................................................. 23
2.1.2 - Coleta de Dados ............................................................. 24
2.1.3 - Análise de Dados e Visualização ................................... 24
2.2 - Especificação .............................................................................. 25
2.2.1 - Métricas de Desempenho ............................................... 26
2.2.2 - A Carga de Trabalho (“Workload”) ............................... 28

Capítulo 5 - Conclusões ................................................................................... 205

Referências Bibliográficas ................................................................................ 208

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RESUMO

Atualmente, processamento paralelo é uma área de pesquisa de grande


interesse. O estudo das relações entre modelos diferentes para solucionar
grandes problemas computacionais em vários computadores paralelos é
essencial para o uso eficiente da tecnologia disponível. Avaliar o
desempenho de sistemas existentes, capacita-nos a compreender estes
sistemas e a ajustar os algoritmos para fazer melhor uso do hardware
disponível. Usando esta informação, deficiências no projeto do hardware e
do software podem ser identificados e registrados para o melhoramento de
futuras gerações de máquinas. Portanto o estudo de avaliação de
desempenho de sistemas paralelos tem um papel fundamental no processo
de compreensão dos problemas de mapeamento das aplicações nestas
máquinas. Esta dissertação delineia uma taxonomia de sistemas de
hardware paralelo e um modelo de hardware paralelo que unifica a medida
de desempenho e o tratamento dos vários grupos na taxonomia é
introduzido. Três sistemas de hardware paralelo representando o estado-da-
arte são descritos em termos deste modelo.

PALAVRAS-CHAVE

Conjunto difusos, modelagem sistêmica, relações difusas, controle


moderno, controle difuso.

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ABSTRACT

Parallel processing is currently the subject of a great deal of research. The


study of the relationship between different approaches to solve large scale
computational problems on the diverse parallel computers is essential for
the eficient use of the available technology. Evaluating the performance of
existing systems, both enable us to understand these systems and to tune
algorithms to make better use of available hardware. Using this
information, defficiences in hardware and software design can be identified
and earmarked for improvement in the future machine generations.
Therefore, performance evaluation study of parallel computer plays a
fundamental role in the process of understanding the mapping application
problems on these machines. This thesis outlines a taxonomy of parallel
hardware systems and a model of parallel hardware that unifies
performance measurement and treatment of the various groups in the
taxonomy is introduced. Three state-of-the art parallel hardware systems
are described in the terms of this model.

KEYWORDS

Fuzzy sets, modeling, fuzzy relations, modern control, fuzzy control.

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Capítulo 1

INTRODUÇÃO

1.1 O COMPLEXO NOVO CENÁRIO OPERATIVO

A operação dos sistemas elétricos de potência é cada dia mais tarefa mais
complexa. Diversos elementos concorrem para isto, seja o crescimento da carga sem o
respectivo aumento na capacidade dos equipamentos (fato imposto pela atual cenário
regulatório que não nem sempre remunera novos investimentos), seja pela pressão dos
consumidores da das agências reguladoras que exigem cad vez mais uma energia de
qualidade, livre de interrupções ou de desbalanceamentos.

Antigamente, a operação no Brasil era relagada a em segundo plano, pois devido


aos investimentos estatais os problemas operativos eram quase todos estudados e
resolvidos a priori, na fase de planejamento. Quanto se percebia que uma região ou
determinado equipamento poderia vir a ter problemas (fosse de sobrecarga ou de
regulação de tensão), reforços eram colocados com a finalidade de mitigar ou mesmo
eliminar o problema. Assim, quando da operação do sistema, os depachantes
trabalhavam com uma grande variedade de recursos, fato que facilitava suas ações.

Uma outra medida do planejamento que auxiliava à operação dos sistemas


elétricos era o carregamento dos equipamentos que nunca eram para ser utilizados em
sua capacidade máxima nominal.. Quando alocados no sistema, sempre existiam
reservas fosse esta em sua capacidade nominal ou em condições especiais de
funcionamento (como no caso dos transformadores com ventilação forçada que chegam
a ter um aumento de 20% quando da utilização desses dispositivos).

Esses dois pontos atualemente já não são mais verdadeiros. Com o advento do
novo cenário desregulamentado da energia elétrica, que se propagou em todo o mundo,
inclusive aqui no Brasil, as empresas antes estatais e financiadas com recursos públicos
passaram a ser privadas. E mais, remuneradas de acordo com o seu ativo e sua

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produtividade. Qualquer nova obra ou instalação deve ser aprovada antecipamente pelo
órgão regulador e somente gerará recursos para a companhia se ficar comprovada sua
utilidade imediata, não sendo mais permitidas as folgas de espeficicação que ocorriam
no passado. Neste novo cenário, inclusive, novas obras, dentro do antigo conceito de
“área de conceção”, podem ser licitadas, gerando a inclusão de uma outra companhia
dentro da área da primeira. Este é o caso que ocorre na CHESF, que atulamente interage
com companhias de geração e empresas de transmissão dentro da região Nordeste.

Este fato é tão estranho, que, por exemplo, em uma dessas linhas a CHESF
entrega energia em uma ponta da linha, a segunda empresa transmite e entrega no outro
extremo da linha para a própri CHESF. Cada vez mais, estes exemplos se multiplicarão
no país.

Outro fato interessante é que a operação do sistema é feito por um outro órgão
independente, no caso brasileiro pelo Operador Nacional do Sistema (ONS). Assim, as
empresas têm a guarda dos ativos (e são remuneradas por isto), porém sua operação
depende de um terceiro ente. Inicialmente, por absoluta falta de estrutura o ONS
utilizou os centros de operação das principais empresas de geração e transmissão do
país. Assim, FURNAS, CHESF, CTEEP, ELETRONORTE, ELETROSUL, entre outras
foram solicitadas a “alugar” seus centros de controle (juntamente com seus
despachantes) para o ONS.

Isto fez com que seus despachantes tivessem funções na sua empresa de origem
e no ONS. Este fato permitiu que ocorresse uma transição mais suave entre o antigo
modelo estruturado pela Eletrobrás (com comitês corrdenadores, como o GCOI – Grupo
Coordenador da Operação Interligada, que regulava a operação nas regiões sul e
sudeste) para o atual modelo. Entretanto, sempre existia um conflito de interesses, por
mais claras que fossem as regras de operação do ONS, fato que também não ocorria
pois os Procedimentos de Rede (normas operativas do ONS) só foram feitas e aprovadas
pela ANEEL muito tempo depois no início das operações do ONS.

O conflito de interesse residia no fato de que as empresas passaram a ser


remunaradas pela sua produção e produtividade, assim quando um operador do centro
de controle deveria aumentar a geração para suprir a carga, ele poderia optar por

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despachar uma usina de sua empresa ou despachar uma geração da outra empresa. Desta
forma, sempre poderia ficar a dúvida: o despacho efetuado cumpriu somente requisitos
técnicos ou foram levados em consideração outros elementos? Esta é uma dúvida
inaceitável na operação do sistema.

Desta forma, o ONS está agora se estruturando com os seus próprios centros de
operação e pessoal também próprio. Isto leva a solução do problema anterior, porém
gera um outro problema, que ainda não foi resolvido. Com a aproximação das margens
operativas às condições nominais dos equipamentos, pelos fatores anteriormente
discutidos, por vezes, os despachantes são obrigados, para manter a qualidade dos
serviços prestados, a operar certos equipamentos em sobrecarga, aí surgem dois
problemas.

Quanto eles eram das companhias proprietárias do equipamento, normalmente,


sabiam as condições que o equipamento estava, ou seja, se seria permitida uma
operação em sobrecarga e por quanto tempo. Por vezesm as equipes de manutenção
eram postas em alerta para monitorar com maior cuidado o equipamento que estava
trabalhando em condições adversas. Afinal eram todos de uma mesma empresa.

Agora, o ONS é uma outra empresa que não tem condições de impingir ações
com a relatada acima (por equipes da concessionária em alerta). E mais. Como segundo
problema surge o fato de que ainda não está claramente definido qual a remuneração
extra que a concessionária receberá por ter um equipamento seu trabalhando em
sobrecarga.

1.2 O AMBIENTE DOS CENTROS DE CONTROLE

Como visto na seção anterior, o cenário operativo nacional é ainda repleto de


interrogações, seja pelas questões que ainda estão abertas nos Procedimentos de Rede,
seja pelos estudos operativos ainda incompletos (as chamas IOs –Informes Operativos,
que regem as ações dos despachantes.

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Os Centros de Controle (ou de Operação) normalmente são constituídos por
duas partes fundamentais: uma para a parte de geração e outra para a parte de
transmissão. Via de regra, eles possuem a mesma configuração em suas máquinas e
computadores e podem a qualquer instante um assumir a operação do outro. Isto é feito
para que se tenha certo grau de redundância e para organizar dos trabalhos.

Cada console possui um grande número de programas (tais como: estimadores


de estado, de fluxo de carga, de previsão de carga, entre outros), que podem a qualquer
momento ser ativados pelos despachantes para auxiliar em sua análise de um
determinado problema.

1.2.1 Avaliação para seleção

Segundo Hockney, em [5,6], a descrição de dois parâmetros, r e n½, para um


“vector pipelines” é feita no sentido de se determinar quanto de trabalho útil é realizado
durante o tempo de “vector start-up”. O parâmetro r representa o desempenho máximo
ou assintótico em Mflops/S. Para um sistema genérico isto ocorre assintóticamente para
vetores de comprimento infinito, portanto o subescrito; Esta máxima performance é
caracteristica da tecnologia usada no sistema computacional. O parâmetro n½ determina
o comprimento do vetor para se obter metade do máximo desempenho. Este parâmetro
é uma medida da quantidade de paralelismo na arquitetura do sistema computacional e
não é afetada por mudanças na tecnologia. O tempo t para executar uma instrução
vetorial com comprimento n é dada por [7]:

t= r-1( n+n½) (1.1)

A Figura 1.1 mostra a estrutura de uma ferramenta de hardware simples. O


dispositivo detecta sinais e os passa para módulos lógicos, os quais realizam operações
lógicas seqüenciais e combinacionais para derivar o sinal a ser medido (“pattern
matching”). Os resultados são enviados para contadores, que podem contar pulsos
representando eventos elementares ou gravar o tempo entre dois eventos elementares.

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Periodicamente o sistema operacional lê o conteúdo dos contadores e os armazena em
localizações de memórias especiais ou registros da CPU. Subseqüentemente, estas
localizações poderão ser acessadas pelos programas monitores.

Fig. 1.1 - Esquema básico de um monitor de hardware

Agora, o ONS é uma outra empresa que não tem condições de impingir ações
com a relatada acima (por equipes da concessionária em alerta). E mais. Como segundo
problema surge o fato de que ainda não está claramente definido qual a remuneração
extra que a concessionária receberá por ter um equipamento seu trabalhando em
sobrecarga. A Tabela 1.1 ilustra este fato.

Tabela 1.1 – Exemplos de Estados.

Tipo 1 2 3 4 5 6
30 0,419 0,48 0,48 0,12 0,275 0,2
31 0,446 0,52 0,52 0,129 0,3 0,2
32 0,73 0,835 0,835 0,246 0,452 0,2
33 0,654 0,791 0,791 0,227 0,439 0,2
34 0,917 1,067 1,067 0,543 0,613 0,257
35 0,654 0,829 0,829 0,356 0,425 0,257
36 0,437 0,48 0,48 0,144 0,275 0,23
37 0,463 0,52 0,52 0,158 0,288 0,23

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