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24/10/2016 Folha 

de S.Paulo ­ Suprema ganha mais força com motor 4.1 ­ 1
1/12/1994

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  São Paulo, domingo, 1 1 de dezembro de 1994

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Suprema ganha mais força com motor 4.1
DA REDAÇÃO

O carro nacional mais caro e sofisticado é o Chevrolet Omega CD (e sua
versão perua, a Suprema 4.1 CD). Eles perderam o motor 3.0 (de 3.000
cc) importado da Alemanha e ganharam o motor 4.1 (de 4.100 cc)
nacional, o mesmo que fez a fama dos Opala.
Apesar de ser um projeto antigo, este motor –com comando de válvulas
no bloco– melhorou a dirigibilidade. O carro ganhou mais força em baixas
rotações e ficou mais agradável de guiar
. Também ficou mais barato.
A Suprema CD 4.1 avaliada custa R$ 40,8 mil (cerca de US$ 48 mil). É
cara, apesar do motor grande. Dá para comprar um BMW 318i sedã ou
um Mercedes­Benz C 180, com o prestígio e qualidade das marcas
alemãs.
A Suprema se destaca pelo grande espaço interno, elevada cilindrada e
eletrônica. Também por oferecer maior rede de assistência técnica. Mas
parte dos importados tem garantia por dois anos.
O desempenho do carro (veja números do teste no quadro ao lado)
mudou muito pouco com o aumento tão grande de cilindrada. Afinal são
1.100 cc a mais (um motor de Mille e mais um motor de moto Honda C­
100 Dream, só para ilustrar).
O motor 4.1 teve um "banho de loja": no lugar do carburador entrou uma
injeção de combustível multiponto sequencial gerenciada em conjunto com
a ignição variável. T
ecnologia atual.
O modelo ficou mais forte, mas não se tornou um carro ágil. Ao contrário,
continua dando impressão de pesadão.
As respostas do motor, volante e câmbio são lentas. É difícil um carro
grande ser ágil, parecer pequeno "nas mãos". A Suprema 4.1 não
consegue.
O motor melhorou em baixas rotações, mas perdeu fluidez na passagem
de médias para altas rotações. "Sobe de giro" mais lentamente.
O câmbio ficou mais longo –para aproveitar melhor o torque em baixas
rotações. O componente mudou, mas continua com o curso da alavanca
longo demais, embora proporcionando engates precisos.
O volante é muito grande e fino na empunhadura. A forração em couro é
agradável e permite regulagens em altura.
Em conforto, a Omega Suprema é imbatível. T em muito espaço interno
para passageiros e para bagagens. Ideal para famílias de até cinco pessoas
em viagens.
O problema crônico do carro é que, sem o uso do ar­condicionado, o
interior se aquece, especialmente na região próxima ao túnel central
(passagem do eixo cardã).

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O acabamento é satisfatório e transmite sensação de qualidade. O ponto
alto é a suspensão.
Sólida, permite grande estabilidade em curvas e em altas velocidades.
Com tração traseira –a caixa do diferencial é fixa e fica presa no chassi,
dispensando o tradicional eixo rígido atrás–, a Suprema é gostosa de
dirigir na estrada, mesmo com curvas.
O nível de equipamentos de segurança é bastante elevado. T em reforços
laterais nas portas e freios ABS (não derrapam).
Fazem falta o airbag (almofada que se infla à frente do motorista em
colisão) e os pré­tensionadores dos cintos de segurança (equipamentos
oferecidos por alguns de seus concorrentes).
Ponto naturalmente fraco em carros desse porte é o consumo. Afinal não é
com pouca gasolina que se circula com um motor de 4,1 litros por aí. 

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