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Frequência / Registro
Todo usuário deve receber treinamento inicial, que deverá se repetir, no
mínimo, a cada 12 meses.
Ensaio de vedação
A avaliação da vedação adequada de um respirador no rosto de cada
usuário é parte essencial de um PPR.
Todo usuário de respirador com vedação facial deve ser submetido a um
ensaio de vedação para determinar se o respirador selecionado se
ajusta bem ao seu rosto. Os sem vedação facial não são submetidos a
este ensaio.
As coberturas das vias respiratórias com vedação facial (peça um quarto
facial, peça semifacial filtrante, peça semifacial, peça facial inteira e
capuzcom peça semifacial em seu interior) somente proporcionarão
proteção adequada se vedarem de modo satisfatório a face do usuário,
isto é, se forem aprovadas nos ensaios de vedação.
Ensaio de vedação
É importante que o ensaio de vedação seja realizado antes do primeiro
uso do respirador e seja conduzido por pessoa competente e
experiente, com conhecimentos de proteção respiratória. O condutor do
ensaio não pode ser apenas um operador do equipamento indicado no
protocolo.
O resultado do ensaio de vedação deve ser usado, entre outros
parâmetros, na seleção de tipo, modelo e tamanho de respirador para
cada usuário.
Ensaios de vedação permitidos
Os ensaios de vedação podem ser quali ou quantitativos.
Os qualitativos somente são indicados para as peças um quarto facial,
semifacial e semifacial filtrante.
Os ensaios quantitativos se aplicam a todas as peças mencionadas
anteriormente e também à peça facial inteira e ao capuz com peça
semifacial em seu interior.
Se não for possível realizar o ensaio de vedação quantitativo em
respiradores com peça facial inteira por ausência do equipamento
necessário, o ensaio de vedação qualitativo é aceitável.
Ensaios de vedação permitidos
Neste caso, porém, o respirador com peça facial inteira somente poderá
ser utilizado quando o FPMR (Fator de Proteção mínimo Requerido) for
menor que 10.
O ensaio de vedação qualitativo é feito em uma sala, fora da área de
risco, onde o condutor do ensaio dispersa um agente químico no ar, ao
redor do rosto do usuário, e observa as suas respostas enquanto realiza
exercícios padronizados (descritos no Anexo 11 do Programa de
Proteção Respiratória da Fundacentro).
Ensaios de vedação permitidos
O respirador que vai ser ensaiado deve estar com filtro que retenha o
agente de teste, de modo que, se o usuário detectar cheiro ou sabor
enquanto realiza os exercícios, é porque a peça facial não está vedando
suficientemente e deve ser procurado outro tamanho, modelo ou
formato de respirador.
Para a realização deste ensaio, são aceitos quatro agentes de teste:
sacarina, bitrex (benzoato de denatonium), acetato de isoamila (óleo de
banana – vapor orgânico com cheiro de banana) e “fumaça” irritante
(cloreto estânico).
Nota: O método de “fumaça” irritante deve ser evitado devido aos
danos à saúde que podem ocorrer no caso de uma sobre-exposição.
Ensaios de vedação permitidos
Nos métodos quantitativos, o vazamento de ar entre a peça facial e o
rosto é quantificado, não importando a resposta subjetiva do usuário.
Os métodos aceitos são aqueles que utilizam: a) instrumento para a
medida da concentração da substância empregada no ensaio (por
exemplo, aerossol de cloreto de sódio, de óleo de milho ou de outras
substâncias); b) contador de núcleos de condensação de aerossóis do
próprio ambiente (CNC) – por exemplo, o PortaCount – dentro e fora do
respirador; c) instrumento para o controle de outra grandeza, como, por
exemplo, da pressão negativa (CNP) dentro da peça facial (por exemplo,
o instrumento Dynatech Nevada Fit Tester 3000).
Os procedimentos dos métodos de ensaio de vedação quali e
quantitativos estão descritos no Anexo 11.
Requisitos de um ensaio de
Vedação
Antes da realização do ensaio de vedação, o usuário deve ser treinado quanto ao
modo correto de colocar o respirador, bem como ser instruído quanto à
finalidade do ensaio e dos procedimentos que serão realizados. O modo correto
de colocar o respirador deve incluir a verificação de vedação (ver Anexo 10), que
consiste em um ensaio rápido feito pelo próprio usuário para verificar se o
respirador se adapta bem ao seu rosto ou se, após aprovado no ensaio, ele está
colocado corretamente.
Esta verificação deve ser realizada antes do ensaio de vedação e também antes
do usuário entrar na área de risco ou após reajustar o respirador em seu rosto e
não substitui o ensaio de vedação.
O ensaio não deve ser realizado em candidatos ao uso de respiradores
portadores de pelos faciais presentes na zona de vedação entre a peça facial e a
pele.
ACEITAÇÃO PELO USUÁRIO
O conforto do usuário é um fator importante na aceitação de um
respirador.
Outros fatores que influem na aceitação são: resistência à respiração,
interferência no campo visual, dificuldade de comunicação e peso do
respirador.
A aceitação de um dado modelo de respirador pelo usuário deve ser
levada em conta na seleção do respirador, uma vez que isso pode influir
no uso correto, evitando a ocorrência de omissão de uso.
Se o ensaio de vedação mostrar que a vedação é satisfatória com dois
ou mais modelos de respirador, a escolha final deve ser do usuário.