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OS FALSOS PROFETAS E AS

MISTIFICAÇÕES MEDIÚNICAS

“Guardai-vos dos falsos profetas que vêm ter


convosco cobertos de peles de ovelha e que
por dentro são lobos rapaces.
Conhecê-los-eis pelos seus frutos.”
QUEM SÃO OS PROFETAS ?
A estrutura antiga do povo judeu trazia, nas suas tradições, a ideia dos profetas.  O que eram os
profetas no judaísmo antigo?
Eram os sensitivos, os médiuns, como chamamos hoje ou os paranormais. Na Judeia, se conhecia
como profeta aquilo que na Grécia era o piton, a pitonisa. Indivíduos dotados de certa
peculiaridade psíquica para registrar o seu diálogo com os Espíritos, para registrar as informações
dos Espíritos, que eram chamados de deuses, de divindades, naquela antiguidade do mito. 
Naturalmente que, quando nos damos conta desse fato, temos que convir que, hoje em dia,
também nós lidamos com muitos profetas.
Há criaturas intermediárias dos Espíritos, em toda parte, em todos os lugares. Algumas que têm
consciência disso e outras que disso não têm nenhuma consciência, pois desconhecem a atuação
dos espíritos em nossa vida.
Só que esses profetas, quando se dão conta disto, eles têm algumas maneiras de viver.
• Ou educam essa faculdade para servirem ao bem, numa instituição que se dê esse trabalho de
educar as nossas faculdades paranormais,
• Ou se deixam levar pela atitude egoística de cobrar por aquilo que conseguem, que realizam ou
que dizem poder realizar.
OS FALSOS PROFETAS ...
Em todo lugar, por onde passamos, encontramos placas, cartazes,
flyers, anunciando pessoas com poderes mágicos para aproximar
e separar casais, para trazer a alma querida, para resolver
problemas financeiros e, curiosamente, nós podemos perceber
que esses indivíduos, homens ou mulheres, que oferecem tais
serviços à sociedade, não resolvem os seus próprios problemas,
os dramas de suas próprias vidas.
Logo, o que eles estão pregando e propondo para os outros não
deixa de ser uma inverdade, uma falsidade.

Não foi sem sentido que Jesus Cristo nos chamou a atenção para que tivéssemos cuidado com
os falsos profetas, falsos intermediários, falsos médiuns, existentes em todas as épocas da
Humanidade.
OS FALSOS PROFETAS ESTÃO POR TODA A PARTE

É muito comum encontrarmos esse tipo de criaturas, onde quer que nos movimentemos. Podemos
encontra-los em vários setores da sociedade:

• Nas feiras livres, onde homens e mulheres do povo desejam vender seus produtos de qualquer
maneira. Quantas vezes temos laranjas bonitas, vendidas como dulcíssimas e que são azedas?
 Quantas vezes?
• Nas campanhas políticas, onde os candidatos se aproximam do povo com aquele sorriso plastificado
no rosto, fazem inúmeras promessas e depois que ganham o pleito nada cumprem.
• Nos meios profissionais da saúde, que prometem curas milagrosas a custos bastante baixos, e dão
preferências às pessoas simplórias, que deixam ali seu suado dinheiro e, certamente, não vão
conseguir a cura jamais, para os seus problemas.
• Na área educacional, instituições de má qualidade profissional que fazem propaganda do valor dos
seus cursos. Que as pessoas sairão dali e conseguirão isso, aquilo, mas é tudo inverdade.
• Encontramos esses falsos profetas, em número exorbitante, nas religiões. Cada um deles deseja
garantir que tenha acesso direto com Deus, falam diretamente com Deus. E as pessoas tolas, de
todos os tempos, acreditam piamente.
Quando aprendemos, que entre a criatura humana e Deus, só existe uma ponte, que é Jesus.
“Eu sou o Caminho. Caminho da Verdade, Caminho da Vida. Ninguém chegará ao Pai se não for por
Mim.”
Mas as criaturas que não têm muita intimidade com as lições de Jesus, preferem dar ouvidos a
quem esteja mais próximo, o religioso desaforado, mistificador, falso profeta, que enganam a
massa incauta, ignorante, crédula, emocionalmente imatura. Por isso, excessivamente emocional.
FALSOS PROFETAS NO MUNDO ESPIRITUAL
Pessoas que fazem mau uso da sua capacidade psíquica de registrar esse mundo espiritual e, porque
fazem mau uso, acabam por se fragilizar moralmente e abrir espaço para intromissão, para
intervenção de entidades nefastas, de almas infelizes que desejam causar todos os tipos de
perturbações na vida alheia.
Encontramos falsos profetas, nesse outro lado da vida, na Imortalidade, no mundo dos Espíritos. E
esses falsos profetas fazem de tudo para nos iludir. 
“Os falsos profetas não existem apenas entre os encarnados, mas também, e muito mais numerosos
entre os Espíritos orgulhosos que, fingindo amor e caridade, semeiam a desunião”. (Livro dos médiuns)
Trazem-nos, costumeiramente, ideias esdrúxulas, revelações bombásticas e mentirosas, na certeza de
que serão cridos pelas pessoas ingênuas, pelas mentes incautas. E, como o mundo está cheio de
mentes ingênuas, de pessoas incautas, crédulas...
E essa ingenuidade e essa credulidade ocorre, sempre com maior intensidade, naqueles que ignoram,
que desconhecem como é que funciona o mundo espiritual; como é que funcionam as Leis de Deus.
FALSOS PROFETAS E MEDIUNIDADE
Para melhor fascinar os que desejam enganar, e para dar maior importância às suas teorias, esses falsos profetas
disfarçam-se inescrupulosamente com nomes que os homens só pronunciam com respeito. São eles que semeiam os
germes das discórdias entre os grupos, que os levam a isolar-se uns dos outros e a se olharem com prevenções. Bastaria
isso para os desmascarar. Porque, assim agindo, eles mesmos oferecem o mais completo desmentido ao que dizem ser.
Podemos reconhecer esses embusteiros usando, também, a nossa razão e bom senso. Por exemplo, ao se deparar com
um espírito que indica para o seu bem medidas utópicas e impraticáveis, pueris e ridículas, ou quando formula um
sistema contraditado pelas mais corriqueiras noções científicas, você vai acreditar ser uma entidade de luz ou um
Espírito ignorante e mentiroso?
Quando se trata de comunicação mediúnica, não nos esqueçamos que todas mensagens são provenientes de espíritos,
seja encarnados ou desencarnados e precisamos avaliar se fazem sentido ou não.
Allan Kardec nos orienta em O Livro dos Médiuns que devemos analisar todas as comunicações, bem como o apóstolo
Paulo dizia: “verificai se os espíritos são de Deus”.
Através da inteligência e da intuição, Deus nos possibilita fazermos boas escolhas sobre tudo que vemos, recebemos,
ouvimos, a fim de que tomemos as decisões e providências mais acertadas.
MISTIFICAÇÃO X ANIMISMO
Dizendo de forma simples, ANÍMICO é tudo que é expressão do médium encarnado e mediúnico é
tudo que é expressão do espírito ou entidade comunicante. 
As duas vias de comunicação se sobrepõem, de forma que não é fácil discernir quando um fenômeno é
exclusivamente mediúnico ou anímico. Todas as manifestações mediúnicas (psicofonia, psicografia,
vidência, audiência, intuição, cura, incorporação etc.) trazem o teor anímico do médium, uma vez que
este não age como uma máquina, na recepção e transmissão da mensagem do Espírito comunicante.
Nos casos em que não existe nenhuma influência espiritual e o médium finge estar incorporado
por algum mecanismo egóico (para mostrar aos outros que é um bom médium, por exemplo), já
caímos num caso de MISTIFICAÇÃO – que quer dizer, simplesmente, mentira.
A Mistificação também é usada por médiuns que querem manipular os outros em troca de
benefícios de qualquer tipo. Por exemplo, um dirigente espiritual que quer obrigar as pessoas a
não visitarem outras casas e cobra lealdade dos participantes falando em nome de algum espírito
ou entidade.
Mesmo em casos onde há real parcela mediúnica, o lado anímico pode descambar para atitudes
de mistificação como as citadas. O grande perigo da Mistificação é que ela é uma porta aberta
para a OBSESSÃO.
O MÉDIUM OBSEDIADO
Ninguém é médium perfeito, se estiver obsidiado, e há obsessão evidente quando, apenas aquele médium,
recebe comunicações de um determinado Espírito, por mais elevado que este pretenda ser. Em consequência,
todo médium e todo grupo que se julguem privilegiados, em virtude de comunicações que só eles podem
receber, *e que, além disso, se sujeitam a práticas supersticiosas, encontram-se indubitavelmente sob uma
obsessão bem caracterizada. Sobretudo quando o Espírito dominante se vangloria de um nome que todos,
Espíritos e encarnados, devemos honrar e respeitar, não deixando que seja comprometido a todo instante.
Nessa situação, o médium já se encontra fascinado, pois não acredita que o estejam enganando: o Espírito tem a
arte de lhe inspirar confiança cega, que o impede de ver o embuste, ainda quando esse absurdo salte aos olhos
de toda gente.
Se encontrando nessas condições, o médium deve ser orientado e tratado com a mesma atenção que
ministramos aos irmãos sofredores que se comunicam.

* Quando uma verdade deve ser revelada à Humanidade, ela é comunicada, por assim dizer,
instantaneamente, a todos os grupos sérios que possuem médiuns sérios, e não a este ou aquele, com exclusão
dos outros.
DIANTE DISSO: EM QUEM DEVEMOS ACREDITAR?
Os chamados verdadeiros profetas auxiliam o homem em sua evolução, colaboram com as
melhorias da humanidade e também nas condições materiais e espirituais da Terra.
Eles são os enviados de Deus, que possuem dentro de si, as chamadas leis morais, além de
serem, naturalmente mansos e humildes de coração.

Com isso, a verdade vai sendo revelada ao homem aos poucos, na medida de sua evolução de
entendimento, da inteligência e da sua moralidade.

Ainda em O Evangelho Segundo o Espiritismo encontramos a passagem:

“Os verdadeiros profetas, os que vêm auxiliar os homens a evoluir, colaborando na melhoria da
humanidade e das condições materiais e espirituais da Terra, possuem as virtudes cristãs e as
expressam no seu viver.” (Erasto, 1862).
REFLEXÃO ...
“Falso profeta não é somente aquele que perturba o serviço da fé religiosa.
Sempre que negamos a execução fiel dos nossos deveres, somos mistificadores, diante da Lei Divina,
que nos emprestou os dons da Terra, em favor do aprimoramento de nós mesmos. Na maledicência,
somos falsos profetas da fraternidade.
Na discórdia, somos mistificadores da paz.
Na preguiça, somos charlatões do trabalho. Na indiferença, somos inimigos do dever. Toda vez que
olvidamos as nossas obrigações de solidariedade para com os nossos semelhantes, que prejudicamos
o serviço que nos cabe atender, que fugimos aos nossos testemunhos de humildade, que oprimimos
as criaturas inferiores, somos falsos profetas do ideal superior que abraçamos com o Cristo. A Terra é
a nossa escola. O Lar é o nosso templo. O Próximo é o nosso irmão.
A Humanidade é a nossa família. A Luta é o nosso aprendizado. A Natureza é o livro sublime da vida.
Não nos esqueçamos, assim, de que, um dia, seremos chamados à prestação de contas dos talentos e
dos favores que hoje desfrutamos, para resgatar o dia de ontem e santificar o dia de amanhã.”

— Emmanuel, no livro “Levantar e Seguir”, pela psicografia de Francisco Candido Xavier.


Drª ANGÉLICA DE ASSIS

Infelizmente ainda estamos à mercê de irmãos que, por algum tipo de bloqueio,
preconceito ou complexo, nos promovem a não verdade mediúnica, geralmente, por
não obterem a atenção que acreditam ser indispensável.
Essas deficiências desarmônicas desses irmãos acabam promovendo uma falha em
suas ações para os outros e, principalmente, para eles mesmos.
Um falso profeta ou falso médium é facilmente identificado pelas suas intenções de
trabalho e pelo seu desequilíbrio pessoal.
Então, para podermos nos assegurar de nossa busca verdadeira no campo do
aprendizado mediúnico, vamos responder a essas perguntas com o coração aberto...
QUESTIONÁRIO

1 – Por quê estou aqui?


2 – O que irei fazer com o que vim aprender?
3 – Eu pessoa sou o Eu médium?
4 – Minha essência condiz com a minha mediunidade?
5 – Minhas paixões interferem na minha mediunidade?
6 – O trabalho que eu faço como médium só me é interessante quando ganho
algum tipo de vantagem?
7 – Minha missão mediúnica precisa ser equilibrada com a minha missão pessoal?
8 – Eu realmente sei quem eu vim ser nessa existência?

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