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OBSERVAÇÃO E

ORIENTAÇÃO
OII 101

INSTRUÇÃO
INDIVIDUAL
PARA O
OBJETIVOS
1. Empregar corretamente a nomenclatura
militar para designação de acidentes do
terreno
SUMÁRIO
 INTRODUÇÃO
 DESENVOLVIMENTO
○ Classificação do terreno;
○ Nomenclatura do terreno;
○ Valor militar dos acidentes ;
○ Interpretção de indícios.
 CONCLUSÃO
 O conhecimento do terreno é
necessário a todo combatente, qualquer
que seja a sua função. O seu perfeito
conhecimento concorre para que o
militar com ele se familiarize, ficando
apto a:
1. Conhecer o valor militar dos acidentes;
2. Utilizá-los judiciosamente;
3. Utilizar sua nomenclatura militar.
CLASSIFICAÇÃO DO
TERRENO
1. VISIBILIDADE

 Descoberto- quando não apresenta


obstáculo algum que impeça a vista de
descortinar grandes distâncias.
 Coberto – quando apresenta obstáculos
que limitam a visibilidade.
CLASSIFICAÇÃO DO
TERRENO
2. CAMPOS DE TIRO
 Favoráveis – quando as formas do
terreno e a vegetação permitem adaptar
as trajetórias dos projéteis ao terreno;
 Desfavoráveis – quando a vegetação
impede as vistas ou o terreno dá origem
a ângulos mortos.
CLASSIFICAÇÃO DO
TERRENO
3. PROGRESSÃO
 Livre ou aberto – quando não apresenta
obstáculos que impeçam ou dificultem a
progressão;
 Cortado – quando apresentam
obstáculos que impedem ou dificultam a
progressão.
CLASSIFICAÇÃO DO
TERRENO
4. VEGETAÇÃO
 Limpo – quando a vegetação não se
constitui em obstáculo que impeça ou
dificulte as vistas, o movimento e a
ligação;
 Sujo – quando a vegetação se constitui
em obstáculo à observação, ao
movimentação ou à ligação
NOMENCLATURA DO TERRENO
 O conhecimento da nomenclatura para
os diversos acidentes do terreno visam
assegurar o perfeito entendimento entre
os militares, pela padronização da
linguagem empregada nas
ordens,partes, relatórios etc.
NOMENCLATURA DO TERRENO

1. CURVAS DE NÍVEL
 Representam linhas imaginárias, no
terreno, ao longo da qual todos os
pontos estão numa mesma altitude. As
curvas de nível indicam uma distância
vertical acima, ou abaixo, de um plano
de nível.
NOMENCLATURA DO TERRENO

2. COTA
 É o número que exprime a altura de um
ponto em relação a um plano horizontal
de referência, corresponde, portanto, ao
valor métrico de altura.
NOMENCLATURA DO TERRENO

3. COMANDAMENTO
 Diz-se que um ponto tem
comandamento sobre outro, quando é
mais alto que esse outro;
 Esse comandamento não depende
exclusivamenteda altura relativa, mas
também da distância entre esses dois
pontos, levando-se em conta o alcance
do armt e a observação.
NOMENCLATURA DO TERRENO

4. ELEVAÇÕES
A. Colina
 Tem aspecto geral alongado segundo uma
direção
ELEVAÇÕES
B. Mamelão
 Apresenta as encostas mais ou menos
arredondadas e uniformes
ELEVAÇÕES
C. Garupa
 Forma arredondada da anca de um cavalo,
que se projeta de uma elevação
ELEVAÇÕES
D. Espigão
 Movimento de terra semelhante a garupa,
porém de forma triangular e alongada
ELEVAÇÕES
E. Esporão
 Semelhante a um espigã, sobre cuja
extremidade, após um colo, ergue-se
um cume mais ou menos pronunciado.
ELEMENTOS COMUNS A TODAS
AS ELEVAÇÕES
a) Cume ou cimo – quando o cume é em
forma de ponta, chama-se pico e se
éextremamente agudo, recebe o nome de
agulha
ELEMENTOS COMUNS A TODAS
AS ELEVAÇÕES
b) Linha de crista ou cumeada – é a linha
que corre pela lombada ou parte mais alta
das elevações, ligando os diversos cumes
ELEMENTOS COMUNS A TODAS
AS ELEVAÇÕES
c) Crista Topográfica – é a linha segundo o
qual uma elevaçãose projeta conta o fundo;

d) Crista militar – é a linha formada pela


reunião dos pontos de maior cota, dos quais
dos quais se pode ver e bater com tiros o
sopé da elevação;
ELEMENTOS COMUNS A TODAS
AS ELEVAÇÕES
e) Encosta ou vertentes – são as superfícies
que formam uma elevação. Encostas são
as superfícies interiores de um
compartimento do terreno, e contra-
encosta as superfícies opostas.

f) Sopé raiz ou fralda – são as denominações


dadas à parte mais baixa das elevações e
onde começam suas encostas.
ELEVAÇÕES DE GRANDE PORTE

1. Montanha – elevação maior que 1000m;


2. Cadeia ou Cordilheira – conjunto de
montanhasque seguem uma msm
direção;
3. Serra – quando uma cadeia tem uma
pequena extenção;
4. Maciço – conjunto de elevações que se
distribuem uniformemente em torno de
um ponto central.
DEPRESSÕES

 São formas opostas às elevações e às


quais vão ter as aguas das chuvas.
Comparadas com o terreno circunvizinho,
as depreções dão idéia de verdadeiras
escavações.

 São classificadas como: Cuba, Ravina,


fundo, vale, garganta, corredor,
desfiladeiro, grotas, brechas, cortes, colo,
linha de aguada
DEPRESSÕES
1)Cuba – São depressões que se apresentam
isoladas e sem escoamento para as águas.
Essas depressões servem, em geral, de
fundos de lagos e lagoas;

2)Ravina e fundo – chama-se ravina a


depressãomais ou menos profunda,
existente na encosta de uma elevaçã.
Fundo é uma ravina alongada, forma
intermediária entre ravina e o vale;
DEPRESSÕES
3 )Vale – região baixa do terreno,
existente entre elevações mais ou
menos paralelas, formada pelo encontro
das vertentes dessas elevações. Um
vale estreito e que permite acesso a
outro compartimento do terreno pode se
tornar: uma garganta, corredor ou
desfiladeiro.
DEPRESSÕES
4)Garganta – Depressão bastante
acentuada, estreita e curta, que serve
de passagem entre duas elevações.
DEPRESSÕES
5)Corredor e desfiladeiro – quando uma
garganta tem estensão apreciável,
recebe o nome de corredor. Se
apresenta encostas íngremes e de difícil
acesso é chamado de desfiladeiro.
6)Grotas e grotões – são vales estreitos,
profundos, de aspecto sombrio e com
encostas rochosas escarpadas.
DEPRESSÕES
7) Brechas – é a garganta formada por
rupturas no terreno.
DEPRESSÕES
8)Cortes – São depressões artificiais, de
aspecto uniforme, feitas nas elevações,
para passagem de estradas.
DEPRESSÕES
9)Colo – é uma depressão de pequena
extensão e mais ou menos suave,
existente na linha de crista de uma
elevação.
DEPRESSÕES
10)Linha de aguada, de fundo ou talvegue
- é a forma oposta à linha de cumeada,
ou seja, é a linha de ligação das
encostas de elevações opostas, em sua
parte mais baixa; serve como coletora e
escoadora das águas.
VALOR
MILITAR DOS
ACIDENTES
VALOR MILITAR DOS ACIDENTES
 Os acidentes naturais e artificiais
encontrados no terreno oferecem, ao
combatente, vantagens táticas que,
corretamente utilizados, facilitarão
sobremaneira o cumprimento da sua
missão. Examinando o terreno do ponto de
vista militar, nele serão encontrados meios
variados de proteção contra o inimigo,
meios de dificultar seu movimento e
tembém mantê-lo sob fogo e observação.
Conceitos
 Cobertas – São todos os acidentes naturais
ou artificiais que ocultam o combatente das
vistas do inimigo, sem, contudo, protegê-lo
dos tiros. Ex: moitas, arbustos, macegas etc.
Conceitos
 Abrigos – São acidentes naturais ou
artificiais que colocam o combatente a salvo
do fogo e das vistas do inimigo. Ex : dobras
do terreno, escavações etc.
Conceitos
 Obstáculos – São acidentes do terreno
que impedem ou dificultam o movimento ou
a progressão. Os obstáculos podem ser:

a) Naturais – Todos os obstáculos encontrados


no terreno, mesmo sendo aqueles que, sendo
obra do homem, não tem finalidade original de
se constituirem em obstáculo;
b) Artificiais – São aqueles lançados com essa
finalidade
Conceitos
 Ângulos mortos – São trechos do terreno que,
devido a dobras e taludes ou à existência de
alguma construçã, fogem à observação de
quem se encontra em determinada posição.
Conceitos
 Caminhos desenfiados – São trechos
do terreno nos quais se pode progredir
a coberto das vistas, e muitas das
vezes, abrigado dos fogos inimigos.
Conceitos
 Observatórios – São acidentes
naturais e artificiais dos quais, devido à
sua posição de comandamento, se
avista uma grande extenção do terreno.

a) Naturais – Cumes de elevações, árvores


altas etc.
b) Artificiais – Torres, chaminés, caixas-
d’água etc.
VALOR DOS ACIDENTES
1) Elevações – oferecem bons
observatóriose bons campos de tiro. Estas
vantagens, no entanto, dependem da
vegetação e do comandamento sobre o
terreno adjacente.
2) Montanhas – oferecem excelentes
observatórios e constituem obstáculos de
valor que, para serem vencidos,
necessitam de treinamento e equipamento
especial.
VALOR DOS ACIDENTES
3) Ravinas e fundos – as ravinas são favoráveis
à instalação de postos de refúgio de feridos,
postos de remuniciamento e outros pequenos
órgãos de apoio;

4) Gargantas, corredores, desfiladeiros – são


acidentes que impõem a redução da frente da
tropa que os ultrapassa e restringem a
liberdade de sua manobra, favorecendo à
montagem de emboscadas;
VALOR DOS ACIDENTES
5) Taludes, barracos e valas – oferecem,
ao combatente individual, abrigos e
caminhos desenfiados. Podem
constituir-se também em obstáculos
contra blindados;

6) Cursos-d’água – quando caudalosos e


profundos, constituen-se em
importantes obstáculos.
VALOR DOS ACIDENTES
7) Vau – É um acidente importante, pois,
normalmente, possibilita a transposição
de cursos d’água, dispensando o apoio
da engenharia.

8) Pântano, charcos e brejos –


constituem sérios obstáculos à
passagem e, em consequência, servem
de reforço aos meio de defesa.
VALOR DOS ACIDENTES
 9) Vegetação – sob o ponto de vista
militar, pode oferecer: cobertura contra
as vistas do inimigo, obstáculosao
movimento e abrigo. Estes fatores tem
como condicionantes a extensão
coberta, a densidade e o porte da
vegetação.
INTERPRETAÇÃO
DE INDÍCIOS
a) Fábricas, usinas e engenhos –
indicados por uma chaminé, vista ao
longe;
b) Povoado – torre de igrejas emergirndo
entre telhados;
c) Estradas e caminhos – rede elétrica e
renques de árvores;
d) Estradas – viaturas em marcha;
e) Via férrea – apitos de trem indicam;
f) Riachos, arroios – quando no meio do
campo notamos que uma parte da vegetação
se apresenta mais escura e seguindo uma
direção mais ou menos sinuosa, concluimos
que existe um riacho ou córrego;
g) Granjas, fazendas – gado solto no campo;
h) Picada, trilha – avistando-se homem siolado
na orla de um terreno coberto concluimos que
existe uma trilha ou picada nas proximidades;
i) Vau – quando um caminho se
interrompoe na margem de um corso
d’água e prossegue na outra margem;
j) Indícios de tropa
1) Efetivo – pode ser avaliado, pela extenção
da área que ocupava ou pela quantidade
de detritos;
2) Condições importância e moral – a
quatidade de detritos e rastros encontrada,
pode definir a tropa que a ocupava e sua
moral. Mesmo que o combatente não saiba
interpretar certos indícios é importante que
ele os grave e informe a seu cmt.
3) Rastros de Vtr
 As marcas das rodas e lagartas indicam a
natureza da tropa e os veículos que possuem;
 Os rastros deixados pelas roas e lagartas,
quando convenientemente analisados,
permitirão a avaliação da hora de passagem
da vtr;
 Determinar a direção de deslocamento das vtr;
 Medição da velocidade da vtr a partir da
quantidade de lama espalhada.

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