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MOVIMENTO DE TERRA - Escavações

 PROJETO E EXECUÇÃO DAS ESCAVAÇÕES


• Segurança de Escavação e estabilidade de Taludes.
• As propriedades do solo variam expressivamente:
‒ com a profundidade,
‒ com a localização e
‒ com as condições ambientais;
• As escavações são executadas em material geralmente
heterogêneo e instável;
• Verificar a existência: redes de água, esgoto, tubulação
de gás, cabos elétricos e de telefonia,
• Providenciar: proteção, desvio e interrupção, etc;
MOVIMENTO DE TERRA - Escavações
• Ver nas edificações vizinhas:
1) Tipo de fundações; 2) cotas de assentamento ;
• Faixa de duas vezes a maior profundidade da escavação;
• Existência de poços, cacimbão, fossa, sumidouro, etc;
• Área de trabalho: limpa e desobstruída de árvores,
equipamentos e materiais, caso haja risco de instabilidade
• Monitoramento de todo o processo, observar:
 Zonas de instabilidade;
 Formação de trincas;
 Surgimento de deformações na vizinhança e via publica;
MOVIMENTO DE TERRA - Escavações
 CARGAS E CARREGAMENTO
1. Cargas estáticas:
• Empuxo lateral do solo;
• Pressão hidrostática;
• Cargas provenientes de construções próximas;
• Acúmulo de material escavado na borda da escavação;
2. Cargas dinâmicas:
• Tráfego de veículos;
• Vibração de máquinas e equipamentos.
 Carregamento: combinação das cargas atuantes
observada durante toda a escavação e reaterro.
MOVIMENTO DE TERRA - Escavações
 FENÔMENOS DECORRENTES DAS ESCAVAÇÕES
• Escoamento ou ruptura do terreno de fundação;
• Descompressão do terreno de fundação;
• Carreamento de material pela água;
• Rebaixamento do nível d’água.
PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA
• Proteções individuais e coletivas para evitar deslizamento,
desmoronamento, queda de material e acidentes com
explosivos, máquinas, equipamentos e ferramentas.
• Muros, edificações vizinhas e estruturas que possam ser
afetadas pela escavação devem ser escorados.
• Monitoramento de todo o processo de escavação:
- Locais de instabilização global ou localizado,
- Formação de trincas,
- Deformações em edificações e instalações vizinhas,
- Perturbações nas construções vizinhas e via pública.
• Sinalização de advertência permanente e (até noturna);
• Barreiras de isolamento no perímetro da escavação.
PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA
• Colocação de passarelas sobre as escavações:
- largura mínima de 0,80 m
- guarda-corpos 1,20 m.
PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA
A circulação de veículos obedece a uma
distância mínim de duas vezes a profundidade
da escavação;

O tráfego deve
ser desviado ou
a velocidade
reduzida.
PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA
PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA
Sistema de segurança nos equipamento de descida e içamento
PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA
Escadas ou rampas para escavações com mais de 1,25 m colocadas
próximas para permitir a saída rápida;
PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA
• Risco de queda de árvores e postes -> Escorar
PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA
• Escavações acima de 5,00 m usar patamares (bermas)
para estabilidade e redução da velocidade das águas;
PROCEDIMENTOS E MEDIDAS DE SEGURANÇA
• Fazer valetas de coleta das águas e esgotamento: bombear
REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO
Rebaixamento do lençol d’água:
• recalque de fundações vizinha
• carreamento de partículas finas do solo pela água
• descompressão do solo.
REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO
REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO
REBAIXAMENTO DO LENÇOL FREÁTICO
ESCAVAÇÃO DE TUBULÃO
• Exigência de escoramento ou encamisamento;
• Comunicação com o trabalhador no fundo do tubulão ;
• Boa qualidade do ar no interior do poço ou tubulão.
• vistoria diária dos equipamentos;
• Manutenção do serviço médico de plantão para casos de
socorro de urgência em escavação a ar comprimido;
• Evitar uso de equipamentos a combustão ou explosão no
interior dos tubulões, apenas equipamentos elétricos ou a ar
comprimido;
• Energia elétrica não superior a 24 volts;
• Na iluminação interior com sistema estanque à água e umidade;
• O equipamento de descida e subida de trabalhadores e
materiais dotado de sistema de segurança com travamento.
ESCAVAÇÃO DE TUBULÃO
ESCAVAÇÃO DE TUBULÃO
ESCAVAÇÃO DE TUBULÃO
ESCAVAÇÃO DE TUBULÃO
ESCAVAÇÃO DE TUBULÃO
ESCAVAÇÃO DE TUBULÃO

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ESCAVAÇÃO DE TUBULÃO

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ESCAVAÇÃO DE TUBULÃO
SISTEMAS DE PROTEÇÃO DAS ESCAVAÇÕES
 Obras de contenção
Medidas de proteção das paredes das escavações contra
desmoronamento e acidentes e danos.
 Cortinas:
Elementos estruturais flexíveis destinados a resistir às
pressões laterais devidas à terra e à água, onde o peso
próprio é desprezível face aos esforços atuantes.
Ângulo de talude natural
Entende-se por talude toda superfície inclinada que limita
um maciço de solo. Os taludes podem ser naturais (as
encostas) ou artificiais (os cortes e os aterros).
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
1. Quanto ao tempo de utilização
• Provisórias
São projetados apenas para servir durante um
determinado período da obra.
• Permanentes
Projetados para toda a vida útil da obra. Neste caso,
passam de escoramentos para contenção permanente.
Ex.: cortina de subsolo, contenção de taludes, etc.
2. Quanto aos materiais utilizados
Madeira, aço, concreto armado, ...
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
3. Quanto à forma da proteção:
1) Escavação taludada
2) Escavação protegida
3) Escavação mista
4. Quanto à forma dos apoios
1) Cortinas escoradas
2) Cortinas ancoradas
3) Cortinas chumbadas
4) Cortinas em balanço
5. Quanto à rigidez da cortina
1) Cortinas flexíveis
2) Cortinas semi-rígidas
3) Cortinas rígidas
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
3. Quanto à forma da proteção:
1. Escavação taludada
• Executadas com as paredes em talude natural estável,
podendo ter patamares (bermas ou plataformas).
• Ângulo de inclinação dos taludes depende das condições
geotécnicas do solo.
2. Escavação protegida
• Quando não é possível o uso do talude,
• As paredes são protegidas por cortinas,
• Segurança e estabilidade das paredes da escavação.
3. Escavação mista
Quando na mesma escavação são utilizadas paredes em
taludes e paredes protegidas.
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
1. Escavação taludada (em talude natural)
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
Escavação protegida (cortina escorada)
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
Parede: parte em contato direto com o solo a ser contido
(de madeira, aço ou concreto).
Longarina: elemento linear, longitudinal em que a parede
se apóia (de viga de madeira, aço ou concreto armado).
Escoras: são elementos de apoio das longarinas, sendo
perpendiculares às mesmas.
São constituídas de barras de aço ou madeira, detém a
maior responsabilidade em um escoramento.
Tirantes: são elementos lineares introduzidos no maciço
do solo a ser contido e ancorados.
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
Escoramentos com perfis metálicos
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
Escavação mista
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
4. Quanto à forma dos apoios
1. Cortinas escoradas – Utilizam “escoras”como elementos estruturais
de contenção do talude dentro da área escavada.
2. Cortinas ancoradas – Utilizam como apoio elementos estruturais
horizontais ou inclinados ancoradas no terreno por cabos de
protensão-ancoragens e concreto injetado.
3. Cortinas chumbadas – Utilizam como apoio elementos estruturais
horizontais ou inclinados, ancorados no terreno por cabos não
protendidos e concreto injetado.
4. Cortinas em balanço – Não utilizam apoios ou cabos de ancoragem,
possuem o topo livre (em balanço). A estabilidade é garantida pelo
trecho enterrado no solo abaixo da cota de escavação.
Engastada no solo do fundo da área escavada.
CORTINAS ANCORADAS
CORTINAS ANCORADAS
CORTINAS ANCORADAS
CLASSIFICAÇÃO DAS CORTINAS E PROTEÇÕES
5. Quanto à rigidez da cortina
1. Cortinas flexíveis:
Permitem deformações sem se romperem.
2. Cortinas semi-rígidas:
As deformações são limitadas a pequenos valores.
3. Cortinas rígidas:
Não permitem, ou são mínimas, as deformações.
CORTINAS ANCORADAS
CORTINAS ANCORADAS
CORTINAS ANCORADAS
RUPTURA OU DESPRENDIMENTO DE SOLO E ROCHAS
1. Operação de máquinas;
2. Sobrecargas nas bordas dos taludes;
3. Execução de talude inadequado;
4. Aumento excessivo da umidade do solo;
5. Vibrações na obra e adjacências;
6. Realização de escavações abaixo do lençol freático;
7. Realização de trabalhos de escavações sob condições
meteorológicas adversas;
8. Bombeamento de lençóis freáticos;
9. Falta de espaço suficiente para a operação e
movimentação de máquinas.
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS NO CORTE
1ª categoria -> Terra em geral, piçarra ou argila, rochas em
decomposição e seixos com diâmetro máximo de 15cm.
2ª categoria -> Rocha com resistência à penetração
mecânica inferior à do granito.
3ª categoria -> Rochas com resistência à penetração
mecânica igual ou superior ao granito.
 Fator de Empolamento
• O empolamento é o aumento de volume de um
material, quando removido de seu estado natural e é
expresso como uma porcentagem do volume no corte.
MATERIAIS %

Argila natural 22

Argila escavada, seca 23

Argila escavada, úmida 25

Argila e cascalho seco 41

Argila e cascalho úmido 11

75% rocha e 25% terra 43

50% rocha e 50% terra 33

25% rocha e 75% terra 25

Terra natural seca 25

Terra natural úmida 27

Areia 12

Solo superficial 43
RISCOS NAS ESCAVAÇÕES A CÉU ABERTO
1. Queda de materiais e de pessoas;
2. Fechamento das paredes do poço;
3. Interferência com redes hidráulicas, elétricas,
telefônicas e de abastecimento de gás;
4. Inundação;
5. Eletrocussão;
6. Asfixia.

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