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(2ª parte)

Deformações mais frequentes: dobras e falhas.


DOBRAS – são deformações que se traduzem pelo arqueamento
das camadas.
-Podem existir a nível macroscópico ou serem microscópicas.
microscópicas
-São caracterizadas geometricamente pela forma de superfícies
de referência, como, por exemplo, os planos de estratificação.
DOBRAS CILÍNDRICAS – são geradas pelo deslocamento de
uma recta (geractriz) paralelamente a si própria.

Geratriz da dobra.

Elementos de uma dobra.


Elementos caracterizadores da geometria de uma dobra:

a – charneiras d- flanco
b- eixo e- núcleo
c- plano axial
Elementos caracterizadores da geometria de uma
dobra:
- Eixo: intersecção do plano axial com a charneira.
- Plano axial:
axial plano que contém as charneiras dos diferentes
estratos dobrados. É um plano bissector do ângulo formado pelos
dois flancos.
- Flancos: as vertentes da dobra.
- Núcleo: conjunto das camadas mais internas da dobra.
- Charneira: zona de convergência das camadas de cada flanco.
Tipos de dobras

Critério de Nome Caracterização


classificação

Disposição ANTIFORMA Dobra cuja


espacial da abertura está
dirigida para
dobra baixo.
Tipos de dobras

Critério de Nome Caracterização


classificação

Disposição SINFORMA Dobra cuja


abertura
espacial da está voltada
dobra para cima.
Tipos de dobras

Critério de Nome Caracterização


classificação

Disposição DOBRA Dobra cuja


espacial da NEUTRA abertura se
orienta
dobra lateralmente.
Tipos de dobras

Critério de Nome Caracterização


classificação

Disposição, na No núcleo
da
dobra, da antiforma
sequência ANTICLINAL
encontram
estratigráfica -se as
rochas
mais
antigas.
Exemplo de anticlinal na Formação de Loriguilla - Espanha
Tipos de dobras

Critério de Nome Caracterização


classificação

Disposição, na
dobra, da No núcleo
SINCLINAL da sinforma,
sequência encontram-
estratigráfica se as rochas
mais
recentes.
Exemplo de sinclinal de Villazón – Reigada, Astúrias.
Atitude – posição das camadas de
rochas no espaço, pode ser definida
pela direcção e pela inclinação das
camadas.

Para definir a
direcção e a
inclinação, são
considerados vários
elementos:
- um plano horizontal
que intercepta a
superfície da camada;
- a direcção N – S dada
pela bússola;
- linha de inclinação
máxima ou pendente.
Exemplo: se o ângulo é
Direcção da camada – a igual a 30º E, representa-se
intersecção do plano da a direcção por N 30º E.
camada com um plano
horizontal define uma
linha horizontal, a
directriz.
O ângulo formado pela
directriz com a direcção
N – S geográfica dada
pela bússola constitui a
direcção da camada.
Inclinação dos estratos – é o
ângulo formado pela pendente
(linha de maior declive) com o
plano horizontal.
A linha de maior declive pode, no
campo, ser determinada vertendo
um pouco de água sobre o flanco
da dobra.
A água percorre a linha de maior
declive.
A determinação da inclinação faz-
se por intermédio de aparelhos
chamados clinómetros.
clinómetros
Representação da direcção e da inclinação
das camadas numa carta geológica.

Direcção

Inclinação

Utiliza-se um segmento indicativo da


direcção e outro perpendicular com o
valor da inclinação e dirigido no sentido
pendente do flanco.
FALHAS – deformações
descontínuas em que se
verifica a fractura das rochas
acompanhada de
deslocamento dos blocos
fracturados um em relação
ao outro.
Ocorrem quando é
ultrapassado o limite de
plasticidade dos materiais
rochosos.
Os elementos que caracterizam uma falha são:

Plano de falha – superfície de fractura.


Lábios de falha – os dois blocos deslocados.
Tecto – bloco situado acima do plano de falha.
Muro – bloco situado abaixo do plano de
falha.
Rejecto – é a menor distância entre dois pontos
que estavam juntos antes da fractura e do
respectivo deslocamento.
Escarpa de falha – ressalto topográfico
produzido pela falha.
Direcção – é o ângulo formado por uma linha
horizontal do plano de falha com a linha N-S
geográfica.
Inclinação – é o ângulo formado pelo plano de
falha com um plano horizontal que intercepta o
plano de falha.
As falhas classificam-se segundo a inclinação do plano de falha e o
movimento dos lábios da falha.

TIPOS DE FALHAS CARACTERÍSTICAS

FALHA NORMAL OU
DISTENSIVA

O tecto desce relativamente ao muro.


Forma-se, geralmente, em regime de
deformação distensivo, em zonas de
separação de placas tectónicas,
continentais ou oceânicas.
Exemplo de falha da Praia de Antromero, Astúrias.
TIPOS DE FALHAS CARACTERÍSTICAS

FALHA INVERSA OU
COMPRESSIVA

O tecto sobe relativamente ao muro.


Forma-se, geralmente, em regime de
deformação compressivo, em zonas
de colisão de placas tectónicas.
Exemplo de falha inversa.
inversa
TIPOS DE FALHAS CARACTERÍSTICAS

FALHA DE
DESLIGAMENTO

Os movimentos dos blocos são


essencialmente horizontais e
paralelos à direcção do plano de
falha. Forma-se, geralmente, em
regime de deformação de
cisalhamento.
Em Portugal, são
numerosos os exemplos de
falhas:
As falhas podem surgir associadas e com configurações
geográficas designadas por fossas tectónicas ou grabens e
maciços tectónicos ou horsts.
horsts
Os grabens são blocos rebaixados, geralmente com comprimento
maior que a largura, e delimitados por sistemas de falhas
convergentes para o interior.
Os horsts são blocos também de forma linear, delimitados por falhas
divergentes para o interior, e que exibem, com frequência, uma
altitude maior do que as áreas contíguas, que são muitas vezes
constituídas por grabens.

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