Geologia Estrutural

Capítulo 13: Lineações

Fabio José Bezerra
Luiz Felipe Alves
Paulo Gildânio Ferreira
João Lucas Rodrigues
Darlan Mota
Antônio Francisco da Costa
(Graduandos em Eng. De Minas)
Terminologia Básica

• Uma lineação é um elemento de trama no qual uma dimensão é

consideravelmente maior que as outras duas.
Lineações Minerais
• A maioria das lineações minerais são compostas por minerais ou
agregados minerais do tipo prismático.
Lineações Minerais
• Os minerais e agregados minerais podem formar uma trama linear
por recristalização ou rotação rígida.
Lineações Minerais
• Rotação Rígida:
Lineações Minerais
• Recristalização:
• Processo de rearranjo cristalino de grãos minerais em uma rocha durante
deformações no estado sólido.
Lineações Minerais
O estiramento de Minerais e agregados de minerais em uma lineação é o
tipo mais comum de lineação em rochas metamórficas deformadas.
 Lineações de Intersecção:
Correspondem à intersecção de duas
famílias penetrativas de planos, como,
por exemplo a estratificação e uma
clivagem, ou uma xistosidade e uma
clivagem.

Lineação de intersecção
Lineação de intersecção
Nesta situação, é comum a lineação de
interseção ser chamada de lineação de
faixas.
Lineações de intersecção

Lineações de intersecção
 Eixos de Dobras e Lineações de Crenulação
Relação entre lineação de interseção e dobras de mesma
fase.
• O elementos lineares que marcam a
lineação são os eixos de microdobras.
• A crenulação pode estar associada tanto
a um elemento planar:
– a clivagem de crenulação ,como a um
elemento linear
– a lineação de crenulação.
• São comuns em filitos, xistos e em
camadas micácias em quartzoxistos,
milonitos e gnaisses.
 Eixos paralelos de Crenulação:
Estruturas lineares produzidas pelos eixos de
microdobras ou crenulação, ou são geradas pelo
dobramento de rochas finamente laminadas.
 A clivagem de crenulação:
É uma foliação gerada sobre rocha
metamórfica, normalmente rica em
filossilicatos(micas), a foliação é paralela ao
plano axial dessas dobras e quanto mais
apertadas forem essas microdobras melhor
será o desenvolvimento da clivagem.

Clivagem de crenulação. Observe o paralelismo com o plano axial

(traçado em vermelho).

(A)Ausência de Clivagem de Crenulação

(B) Clivagem Simétrica
(C) Clivagem Assimétrica ou Sigmoidal
Lineação de Crenulação
A clivagem de crenulação é descontínua e afeta
essencialmente rochas finamente acamadadas,
geralmente xistos diversos ou quartzitos
laminados. A geometria das microdobras de
crenulação é extremamente variada.
Eixos paralelos de crenulação,
formando estruturas lineares.
Boudinage

• São objetos alongados, resultante da extensão de uma camada que

sofre adelgaçamento progressivo e localizado (estrangulamento) que
pode evoluir para uma ruptura.
• Estrutura típica de estratos competentes
• Eles se formam quando o eixo x do elipsoide de deformação é
significativamente maior do que o eixo y
• Boudins
• A forma da seção transversal depende do contraste de ductilidade
entre eles e a rocha envolvente.
• Pinch-and-swells
• Boudinage secundária
• Boudins em tablete de chocolate
Mullions
• Visivelmente parecidos com os boudins, mas não são resultado de um
estrangulamento e sim de um encurtamento da camada tornando-a
mais espessa.
Estrutura em lápis
Lineações no Regime Rúptil

Representam crescimento mineral em fraturas extensionais, estrias escavadas em

planos de fraturas de cisalhamento e falhas, intersecção de fraturas e curvatura de
fraturas formadas em um estágio anterior.
Restringem-se a fibras minerais, que crescem em uma direção preferencial em fraturas.

Requer que as fraturas apresentem alguma abertura, seja como verdadeiras fraturas extensionais ou
como fraturas de cisalhamento com um componente extensional.

Os minerais devem crescer numa direção preferencial para ser considerado lineação.
Uma superfície suave e estriada de falha é denominada espelho de falha, que tende a ser uma superfície
polida, recoberta por uma camada delgada de rocha cominuída e coesa em plano de falha.

O exame detalhado de espelhos de falha estriados revela que, em muitos casos, eles se formam no
preenchimento mineral ou são lineações fibrosas.

O exame detalhado de espelhos de falha estriados revela que, em muitos casos, eles se formam no
preenchimento mineral ou são lineações fibrosas
Lineações e Cinemática
O exame detalhado de espelhos de falha
estriados revela que, em muitos casos,
eles se formam no preenchimento mineral
ou são lineações fibrosas.
Para maiores detalhes são necessárias informações sobre a morfologia das fraturas em relação ao
crescimento mineral, a geometria de fraturas de segunda ordem, a correlação de marcadores na superfície
de deslizamento ou a observação de dobras de arrasto nas adjacências da falha.

É comum observarmos dois ou mais conjuntos de estruturas lineares em um único plano de deslizamento, o
que registra diferentes movimentos em diferentes etapas, indicando que o campo variou entre os diferentes
episódios de deslizamento ou que complicações geométricas locais tenham perturbado o campo de esforços
durante o falhamento.
Lineações de Estiramento

As lineações de estiramento frequentemente são o tipo

de lineação mais fácil de interpretar, quando o objetivo é
determinar a direção de transporte.
Eixos de dobras, lineações de crenulação e lineações de intersecção

Podem ser bem mais ambíguas. Podem ser produzidas por uma faze tardia de deformação superimposta, não
relacionada ao movimento principal. Em outros casos, elas são as ultimas expressões de uma fase de deformação
progressiva e, nesse contexto, podem fornecer informações importantes sobre a cinemática. Isso ocorre em milonitos,
onde a foliação é continuamente dobrada e novas clivagens são formadas repetidamente durante a milonitização.

Milonitização: feição planar resultante do fluxo

plástico (lamelar) produzido por cisalhamento não-
coaxial e com metamorfismo mais energético da
rocha. Normalmente associa-se a milonitização à
presença de água no sistema.
 Os eixos de dobras e as lineações de intersecção são
geneticamente diferentes das lineações minerais e de
estiramento, e têm uma relação mais complicada com a
direção de transporte, que pode estar em alto ângulo com a
lineação de estiramento (A) ou ser oblíqua ou paralela(B).
 Os eixos de dobras podem ser rotacionados até ficarem paralelos à
direção de cisalhamento que pode ocorrer se a linha de charneira for
curvada e a deformação for alta. isso pode ocorrer também se houver um
componente local de movimento transcorrente .

Imagem A: as dobras são paralelas a X (direção de estiramento) sem

qualquer rotação.

Imagem B: as dobras também se formam paralelas a X e à lineação de

estiramento, mas são rotacionadas para a direção de transporte horizontal
com o aumento da deformação.
 As dobras podem formar-se com eixos em qualquer ângulo em
relação à direção de transporte, e tipicamente rotacionam para essa
direção com o acúmulo da deformação e com dobras mais cerradas.
Geologia Estrutural
Capítulo 13: Lineações
Fabio José Bezerra
Luiz Felipe Alves
Paulo Gildânio Ferreira
João Lucas Rodrigues
Darlan Mota
Antônio Francisco da Costa
(Graduandos em Eng. De Minas)