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Fraturas

O termo fratura engloba todas as deformações acompanhadas


de uma ruptura da rocha.

As condições crustais para o desenvolvimento de tal tipo de


estrutura são geralmente superficiais, embora, em certas situações, elas
possam aparecer em profundidades mais elevadas.

- fraturas sem movimento paralelo ao plano de ruptura são geralmente


chamadas juntas.

- fraturas com movimento paralelo ao plano de ruptura são chamadas


falhas.
Geometria do Fraturamento

Nos ensaios em compressão:

1   = 

Nos ensaios em tração:

1 =  > 

A pressão  pode ser decomposta num esforço


normal  perpendicular ao plano de fratura e num
esforço cisalhante  paralelo ao plano de fratura.
A ruptura terá a maior possibilidade de acontecer
com um valor de  tal que  seja o maior possível
(45°).
Geometria do Fraturamento

Os planos de ruptura potencialmente mais prováveis correspondem às


duas famílias de planos que formam um ângulo de 45° com e  e
apresentam  como interseção.

Estes dois planos potenciais de


ruptura são os planos de
cisalhamento conjugados ou pares
conjugados ou, ainda, pares
cisalhantes.
Geometria do Fraturamento

Planos de ruptura acessórios

As fraturas de Riedel: R (ou R1) forma um ângulo de aproximadamente


5/15º com o plano principal de cisalhamento e apresenta um sentido de
cisalhamento idêntico ao do plano principal; R' (ou R2) forma um ângulo
de aproximadamente 95/115º com o plano principal e seu sentido é
oposto ao do cisalhamento principal.

As fraturas P e X (ou fraturas de Skempton) são simétricas de R e R'


e apresentam o mesmo sentido de cisalhamento.

As fendas de tensão T formam um ângulo de aproximadamente 135º


com o plano principal e não apresentam movimento.
Geometria do Fraturamento

Planos de ruptura acessórios


Juntas

As juntas perpendiculares aos elementos planares das rochas


(estratificação ou foliação) e geralmente subverticais são chamadas
diáclases.
Algumas juntas são preenchidas por materiais diversos. Quando se trata
de minerais (quartzo, calcita, etc...), são chamadas de veios
Quando se trata de rochas ígneas, são diques (verticais) e soleiras
(horizontais).
No caso de preenchimento mineralizado, são filões. As juntas abertas e
não preenchidas são geralmente chamadas fendas ou fissuras.
Juntas

Organização espacial das juntas


Juntas Sistemáticas quando apresenta uma distribuição planoparalela e
um espaçamento relativamente constante.
No caso de juntas de distribuição irregular, elas são chamadas juntas não
sistemáticas.
Juntas

As juntas paralelas podem apresentar padrões anastomosados ou


escalonados ("en échelon"), mas as juntas podem também apresentar
uma disposição concêntrica ou radial.
Juntas

A persistência, que é a extensão do traço das juntas no afloramento.


A interconexão das fraturas é a quantidade de interseções que elas
apresentam por unidade de superfície ou de volume.
O espaçamento das juntas depende, entre outros fatores, da natureza
das litologias e da espessura das camadas fraturadas.
Juntas

Morfologia dos planos de fratura


Juntas

Morfologia dos planos de fratura


Em função da sua curvatura
Juntas

É possível distinguir três tipos principais de fraturas de origem tectônica


As juntas cisalhantes
Juntas

É possível distinguir três tipos principais de fraturas de origem tectônica


As juntas (ou fendas) de tensão ou de tração
Juntas

É possível distinguir três tipos principais de fraturas de origem tectônica


As juntas estilolíticas
Juntas

Juntas de origem não tectônica:


Resfriamento de rochas extrusivas e intrusivas
Juntas

Juntas de origem não tectônica:


Gretas de contração;
Juntas ligadas a movimentos epirogenéticos;
Fraturamento hidráulico;
Juntas ligadas ao soerguimento e à erosão:
Falhas

Elementos Geométricos das Falhas


Falhas

Elementos Geométricos das Falhas


Falhas
Elementos Geométricos das Falhas
Falhas
Nomenclatura das Falhas

- No regime compressional (1 e 2


horizontais) correspondem as
falhas inversas
Falhas
Nomenclatura das Falhas

- No regime transcorrente (1 e 3


horizontais) correspondem as
falhas transcorrentes
Falhas
Nomenclatura das Falhas
Falhas
Indicadores cinemáticos
Falhas
Indicadores cinemáticos
Falhas
Regime Extensional
Falhas
Falhas em Regime Compressional
Falhas
Falhas em Regime Transcorrente
Dobras
Uma dobra é o resultado da transformação de uma superfície de
referência, geralmente plana, numa superfície curva em conseqüência,
na maioria dos casos, de esforços tectônicos
Dobras
Elementos Geométricos das Dobras
Dobras
Elementos Geométricos das Dobras
Dobras
Elementos Geométricos das Dobras
Dobras
Elementos Geométricos das Dobras
Dobras
Superfície da dobra (3D)
Dobras

Classificação das Dobras


Dobras

Homoclinais: mergulho constante, sem aparecimento de charneiras


Monoclinais: uma variação de mergulho das camadas entre dois pontos de flexão
Kinks: escala geralmente centimétrica a milimétrica, em materiais finos
Chevron e em Acordeom: são Caixa e Leque: apresentam um plano
caracterizadas pelas charneiras axial duplo
angulosas e flancos geralmente pouco Ptigmáticas: geralmente em veios
ou não encurvado isolados, oblíquos à estruturação
Bainha: são dobras que apresentam planar das suas encaixantes. Têm uma
um aspecto complexo, com eixo curvo, forma arredondada característica e
podendo ser extremamente cônicas complexa.
Cúspide alternam charneiras de Intrafoliais geralmente incluídas entre
formas encurvadas e angulosas planos de foliação não dobrados
Dobras

Terminações das dobras


Dobras

A Representação Cartográfica das Dobras


Dobras

MECANISMOS DE DOBRAMENTO
- Dobras Geradas em Cisalhamento Puro: o mecanismo responsável pela
formação das dobras é a flexão.
Dobras

MECANISMOS DE DOBRAMENTO
- Dobras Geradas em Cisalhamento Simples: são menos sistemáticas que
as dobras de flexão, ocorrendo muitas vezes como feições isoladas,
aparentemente aleatórias.

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