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Inventário Florestal

PROFa. ALBA VALÉRIA REZENDE


EFL-FT-UnB
2º Semestre/2019
OBJETIVOS DA DISCIPLINA

Capacitar o estudante para:


Realizar inventários florestais, qualitativos e
quantitativos, em nível local, regional ou
nacional, em formações florestais plantadas
e naturais.
Conhecer e familiarizar com diferentes
métodos e processos para amostrar
produtos florestais madeireiros e não-
madeireiros;
Aprender técnicas estatísticas para análise
dos dados quantitativos e qualitativos
coletados nos inventários florestais.
Aula 1
OBJETIVO:
 Apresentar a disciplina (ementa e sua programação,
regras e formas de avaliação);
Apresentar conceitos e definições importantes sobre
IF;
Apresentar e explicar os tipos mais comuns de
Inventário Florestal.
INVENTÁRIO
FLORESTAL
I. DEFINIÇÃO

II. IMPORTÂNCIA

III. TIPOS DE INVENTÁRIOS FLORESTAIS


I - DEFINIÇÃO

Avaliação qualitativa e quantitativa dos recursos


florestais, madeireiros ou não madeireiros de
uma comunidade florestal ou de uma população
florestal, em nível local ou regional ou nacional.
II - IMPORTÂNCIA
A partir de um IF é possível:

• conhecer e identificar o potencial madeireiro e não-madeireiro da


floresta;

• estimar ou determinar o estoque (madeireiro e não madeireiro)


presente em uma floresta (peso, volume, área basal, carbono etc);

• conhecer a composição, a riqueza e a diversidade florística de uma


floresta;

• conhecer a estrutura da floresta;

• conhecer a dinâmica da floresta;

• subsidiar o planejamento para preservação, conservação e utilização


racional dos recursos florestais;

• subsidiar estudos sobre modelagem do crescimento e produção de uma


floresta (prognose da produção futura);
• localizar oferta de produtos madeireiros e não-madeireiros;

• contribuir no cálculo do PIB florestal;

• dimensionar a importância social das florestas;

• contribuir no planejamento de investimentos florestais;

• contribuir na avaliação de propriedades rurais, considerando o potencial em


recursos florestais;

• subsidiar a elaboração de planos de corte e planos de manejo;

• apoiar a elaboração de políticas públicas florestais;

• avaliar o potencial de uma área onde será implantada uma indústria de base
florestal;

• subsidiar estudos de impacto ambiental (EIA) de um empreendimento


potencial ou efetivamente causador de algum tipo de dano ao meio ambiente.
III – TIPOS DE INVENTÁRIO FLORESTAL
Quanto aos objetivos;

Quanto a abrangência da área;

Quanto a obtenção de dados;

Quanto a abordagem da floresta no tempo;

Quanto ao detalhamento dos resultados.


Quanto aos objetivos
• Cunho Tático
• Atender demandas técnicas especificas de empresa ou propriedade
florestal:
• Conhecer volume de madeira e dinâmica da floresta;
• Realizar exploração florestal;
• Fazer plano de manejo etc.

• Cunho Estratégico
• Instruir o poder público
• Formular de políticas públicas de preservação, conservação,
exploração, desenvolvimento e uso sustentável de recursos florestais;
• Planejar e administrar as florestas em nível nacional, estadual ou
regional;
• Analisar impactos ambientais.
Quanto a abrangência da área
• Inventário Florestal Nacional: nível de país
Objetivos: fornecer bases para a definição de políticas
públicas florestais, para a administração florestal do p
aís e para a elaboração de planos de desenvolvimento
•eInventário
uso das florestas.
Florestal Regional: nível de estados ou região;
Objetivos: desenvolvimento sócio econômico e ambiental; conhecer potencial
de recursos florestais, riqueza e diversidade florística; indicar áreas prioritárias
para conservação, preservação, áreas com potencial para uso sustentável em
função de espécies de interesse comercial; avaliar o potencial para instalação de
indústrias madeireiras, etc.

•Inventário Florestal de Áreas Restritas


Mais comum.
Em geral de cunho tático
Determinar o potencial florestal para uso imediato ou elaborar planos de manejo
Inventário Florestal Nacional - Brasil
http://www.florestal.gov.br/inventario-florestal-nacional

Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Pampas: subunidades de 20 x 50 m;

Bioma Amazônia: subunidades de 20 m x 100 m;

Cada subunidade: subdividida em subparcelas de 10 m x 10 m (figura 2).


Inventário Florestal Nacional - Brasil
• Dados biofísicos: solo, necromassa, serapilheira, classes de
uso da terra e vegetação
Dimensões das subunidades e subparcelas do conglomerado  

Nível Dimensões (m) Limites de Inclusão Bioma


I 0,4 x 0,6 Herbácea Todos
II 5x5 h ≥ 1,3 m e DAP < 5 cm Todos
III 10 x 10 5 cm ≤ DAP < 10 cm Todos
IV 20 x 50 DAP ≥ 10 cm Todos
V 20 x 50 Bambu Todos
VI 20 x 100 DAP ≥ 40 cm Amazônia

• Classificação de uso da terra: 


• feita em cada subunidade.
• Quando ocorre dentro de uma mesma subunidade
mais de um tipo de uso, como floresta,
agricultura, pastagem, entre outros, estes são
mapeados nas subparcelas de 10 m x 10 m.
Informações atualizadas sobre o andamento do IFN Nacional
Quanto a obtenção dos dados
• Enumeração total ou censo
• Todos os indivíduos da população ou comunidade são
observados e mensurados - obtém valores reais ou verdadeiros
(parâmetros da população).
• Envolve alto custo e mais tempo;
• Uso justificado: pequenas comunidades, áreas destinadas ao
manejo florestal (manejo na floresta amazônica), pesquisa e
casos exigidos por lei.
• Sem erro amostral

• Amostragem
• Representa a a grande maioria dos inventários florestais;
• Apenas parte representativa da comunidade/população é inventariada -
resultados extrapolados para o total;
• Menor tempo, menor custo e obtenção de precisão desejada;
• Nunca utilize amostragem subjetiva;
• Existe presença de erro amostral.
• Tabela ou Equação de produção

• Fornece estimativas de crescimento e produção de um povoamento


florestal ao longo do tempo, em função da idade do povoamento,
da classe de índice de sítio (Hdom), da densidade e do regime de
manejo adotado (desde a implantação até o final da rotação);

• Pode ser: Local ou regional;

• Estima o volume de um povoamento florestal para diferentes


idades, diferentes condições de sítio e diferentes densidades.
Tabela de Índice de Sítio - Hdom função de Idade
Índice de Sítio (Hdom)
Idade
18 20 22 24 26 28 30
2,5 10,41 11,56 12,72 13,87 15,03 16,19 17,34
3,0 12,17 13,52 14,87 16,23 17,58 18,93 20,28
3,5 13,61 15,12 16,63 18,15 19,66 21,17 22,68
4,0 14,80 16,44 18,09 19,73 21,38 23,02 24,67
4,5 15,80 17,55 19,31 21,06 22,82 24,57 26,33
5,0 16,64 18,49 20,34 22,19 24,04 25,89 27,74
5,5 17,37 19,30 21,23 23,16 25,09 27,02 28,95
6,0 18,00 20,00 22,00 24,00 26,00 28,00 30,00
6,5 18,55 20,61 22,67 24,73 26,79 28,86 30,92
7,0 19,04 21,15 23,27 25,38 27,50 29,61 31,73
7,5 19,47 21,63 23,79 25,95 28,12 30,28 32,44
8,0 19,85 22,06 24,26 26,47 28,67 30,88 33,08

A partir da Tabela de Índice de Sítio ou Equação de Índice de Sítio


é gerada a Tabela de Produção, que pode ser em função da Idade
e do Sítio ou da Idade, Sítio o s- Hdom função de Idade
Gráfico de Curvas de Índice de Sítio - Hdom função Idade
35.00

Quanto a obtenção dos dados


30.00

25.00

20.00 30
28
26
24
22
15.00 20
18

10.00

5.00

0.00
2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0 5.5 6.0 6.5 7.0 7.5 8.0
Tabela de Produção – Vol função de Idade e Sítio
Quanto a abordagem da floresta no tempo
• Inventários de uma ocasião ou temporários
• Apenas uma abordagem da população ou comunidade, no tempo
• Utiliza unidades amostrais ou parcelas temporárias

• Inventários de múltiplas ocasiões ou contínuos


• Várias abordagens da população ou da comunidade no tempo, ou seja, o
inventário é repetido periodicamente.
• Para avaliar a dinâmica de uma população ou comunidade, pelo menos uma
parte das unidades amostrais ou parcelas devem ser permanentes.
• AI – Amostragem Independente; ARP- Amostragem com Repetição
Parcial; ART – Amostragem com Repetição Total; Dupla Amostragem
Quanto ao detalhamento dos resultados
• Exploratórios
• Em nível de estado ou país
• Avaliar a cobertura florestal de determinada região ou país:
localização, extensão; tipo de floresta (fisionomia);
• Utiliza: mapas, FA (1:50.000 a 1:60.000) e imagens de satélite
• Coleta de campo: mínima, mas, não elimina a amostragem.

• Reconhecimento
• Em nível estadual ou regional
• Caracterizar formações florestais existentes; determinar
composição de espécies; determinar estimativas de volume sem
controle de precisão; definir áreas de preservação permanente,
unidades de manejo florestal, potencial madeireiro etc.
• Utiliza: mapas, FA (1:30.000 a 1:40.000) e imagens de satélite
• Detalhado
• Mais comum;
• Realizado em áreas menores, com maior detalhamento de informações
e exige um nível de precisão;
• Avaliar a cobertura florestal, caracterizar tipos florestais, determinar
composição de espécies, estimar o volume com controle de precisão;
• Utiliza: mapas, FA (1:20.000 a 1:25.000) e imagens de satélite
• Os inventários ainda podem ser classificados
em:
• IF para múltiplos recursos;
• IF para avaliar e estimar os impactos da poluição na vitalidade
e crescimento de árvores e florestas

• Diferentes categorias de IF requerem informações específicas e


métodos e precisão específicos;

• Inventários florestais para avaliar estoque de madeira,


planejamento de operações de corte e desbaste, estoque de não
madeireiro = requerem estimativas precisas
Aula 2
I - Teoria da Amostragem
Conceitos básicos
• Amostragem

• Observar apenas parte representativa da população;

• Amostra - grupo de unidades amostrais escolhidas para


representar a população;

• Gera informações desejadas: < tempo e < custo que censo –


informações podem ser mais confiáveis que as do censo.

• População: “PARÂMETROS”

•Amostra: “ESTIMADORES DOS PARÂMETROS”


POPULAÇÃO

1 2 3 4 5 6
7 8 9 10 11 12
13 14 15 16 17 18
19 20 21 22 23 24
25 26 27 28 29 30
31 32 33 34 35 36
37 38 39 40 41 42
43 44 45 46 46 48

UNIDADE AMOSTRAL – Informações podem ser:


AMOSTRA – n - Estimativas Quantitativas e Qualitativas
• Amostragem - visa obter estimativas confiáveis da
comunidade ou população de interesse.

• Estatísticas amostrais: utilizadas como estimadores


dos parâmetros.

• Estimadores devem ser livres de BIAS.


• INTENSIDADE DE AMOSTRAGEM – Número de unidades
amostrais necessárias para atingir uma precisão específica ou
exigida no IF;

• PRECISÃO, ERRO DE AMOSTRAGEM OU ERRO


AMOSTRAL

• BIAS OU VIÉS OU ERRO SISTEMÁTICO

• ACURACIDADE OU EXATIDÃO

De um modo geral é impossível realizar um


inventário florestal na ausência de erros
ERROS NUM INVENTÁRIO FLORESTAL
• a) Erros amostrais
• Devido a parte da população que não foi amostrada
• Obtido a partir do erro padrão da média, se considerado que os erros não-
amostrais são nulos.
• Quanto menor o erro padrão da média do inventário, maior a precisão.
• Função de: tamanho da amostra, variabilidade das unidades amostrais e do
método e processo de amostragem.

• b) Erros não-amostrais (Erros Sistemáticos)


• Defeito de equipamento, falta de precisão do equipamento, falta de
habilidade do operador, anotações erradas, erros de processamento etc;
• Ocorrem em inventários por amostragem e censo;
• Contribuem para a magnitude do erro total do inventário;
• Podem ser maiores que os erros amostrais;
• Não são quantificáveis - a exatidão do inventário é geralmente indicada
apenas por erros amostrais;
• Forma de evitar: supervisão e conferência efetiva de todas as etapas do
inventário (definição de processo e método de amostragem, coleta de
dados, análise de dados, treinamento de equipes, etc).
INTENSIDADE DE AMOSTRAGEM NO
INVENTÁRIO FLORESTAL
QUANTITATIVO
• Fração da amostragem

• IA pode ser determinada em função de:

a) Variabilidade (variância) da população, precisão requerida e nível de significância

• População Finita População Infinita


b) Tempo e recursos disponíveis
•Não é fixada a precisão requerida;
•O erro é maior ou menor em função das características da
floresta.

•Ct = Custo total do inventário;


•Co = Custos fixos: planejamento, equipamentos, análise de
dados e elaboração do relatório;
•Cm = custo médio de medição por unidade amostral.

•Se houver informações sobre média e variância da floresta,


pode-se estimar precisão do inventário com a intensidade
amostral definida em função dos custos.
CUSTO DE UM INVENTÁRIO FLORESTAL

• Influenciado por:
• Tipo de informação requerida (volume, densidade, diversidade
de espécies, crescimento etc);
• Erro máximo especificado para as estimativas;
• Variabilidade da variável de interesse;
• Tamanho da população;
• Grau de estratificação da floresta;
• Acessibilidade da floresta, topografia, características do terreno;
• Disponibilidade de equipe treinada;
• Disponibilidade de tempo.
Precisão ou Erro de Amostragem do
Inventário Florestal

• Calculado a partir dos dados provenientes da amostragem;

• Pode ser >, < ou = a precisão ou erro amostral máximo


requerido, permitido ou exigido para o inventário;

• Obtido a partir do erro padrão da média ou da estimativa;

• Não considera a magnitude dos erros não-amostrais;


Acuracidade ou Exatidão
• Diferença entre média estimada na amostragem e
média paramétrica da população (obtida pelo censo,
incluindo os erros não amostrais).
• É necessário conhecer a média paramétrica;
• Indica o quão próximo um valor observado está do
valor verdadeiro;
• Valor que interessa conhecer no inventário, mas,
devido as dificuldades de obtenção, utiliza-se a
precisão.
Bias ou Viés
• Erros sistemáticos ou não amostrais;

• Diferença entre a média de repetidas medições ou estimativas e


seu verdadeiro valor;

• Expressa o tamanho dos desvios de uma amostra em relação a


média estimada;

• Podem ser: erro instrumental, erro humano, erro de


metodologia;

• Ex: aplicação de um método de amostragem errado; uso de um


equipamento não preciso.
Precisão e Exatidão
CLASSIFICAÇÃO DA AMOSTRAGEM

I. SEGUNDO A PERIODICIDADE
• UMA OCASIÃO
• MÚLTIPLAS OCASIÕES

II - SEGUNDO A ESTRUTURA
• Amostragem Aleatória
• Amostragem Irrestrita ou Inteiramente Aleatória
• Amostragem Restrita
• Amostragem Sistemática
• Amostragem Mista
III - SEGUNDO A ABORDAGEM DA POPULAÇÃO
• Método de Amostragem – abordagem referente a unidade amostral
• Método de Área Fixa, Método de Bitterlich, Método de Prodan, Método
de Strand, Método 3-P, Método do Ponto Quadrante
• Processo de Amostragem – abordagem referente ao conjunto de unidades
amostrais
• Para uma ocasião
• Aleatório
• Aleatório Irrestrito – Amostragem Inteiramente Aleatória
• Aleatório Restrito
• Amostragem Estratificada
• Amostragem em Dois Estágios
• Amostragem em Múltiplos Estágios
• Sistemático
• Único Estágio
• Múltiplos Estágios
• Misto
• Amostragem em Conglomerados
• Amostragem Sistemática com Múltiplos Inícios Aleatórios
• Para múltiplas ocasiões
• Amostragem Independente
• Amostragem com Repetição Total
• Amostragem Dupla
• Amostragem com Repetição Parcial

• Sistema de Amostragem – Conjunto de Processo e Método de


Amostragem

• AMOSTRAGEM SUBJETIVA – NA ÁREA FLORESTAL NÃO É


RECOMENDADA
Variância (S²), Desvio Padrão ou Erro Padrão (S) e
Coeficiente de variação (CV)
- Medidas de dispersão que levam em conta o modo como as
observações se distribuem ou se agrupam.

- Avaliam o modo como os dados flutuam em torno da média.

Variância = soma de quadrados das diferenças ou desvios entre


um valor observado na amostra e a média aritmética da amostra,
dividido pelo tamanho da amostra menos um (grau de liberdade).

CV = desvio ou erro padrão expresso em percentagem.


Pode ser:

Baixo = CV < 10%


Médio = 10%  CV < 20%
Alto = 20%  CV < 30%
Muito Alto = CV  30%

MEDEM A DISPERSÃO MÉDIA EM TORNO DA MÉDIA ARITIMÉTICA


II - PLANEJAMENTO DE
INVENTÁRIOS FLORESTAIS
Objetivos
Sistematizar e padronizar todos os procedimentos
envolvidos no levantamento da vegetação;

Ordenar atividades e tarefas, antevendo eventuais


problemas e riscos durante a execução do IF.
Principais informações a serem apresentadas no Planejamento de um
IF:

 Definição clara dos objetivos (objetivo principal e objetivos


específicos);

 Análise das características da área a ser inventariada;

 Definição dos aspectos técnicos do IF: metodológicos e tecnológicos


;

 Definição dos aspectos organizacionais do IF;

 Dimensionamento do tempo e recursos disponíveis para a realização


do IF (humano e financeiro);

 Identificação dos responsáveis pela execução das operações do IF


(levantamento de dados em campo, análise de dados, apresentação
de relatório técnico final – resultados)

- Caracterização da área a ser inventariada: mapas e cartas cartográficas
da região, fotografias aéreas, imagens de satélite, registros históricos,
levantamentos florestais anteriores realizados na área, etc.
- Descrição local inclui:
- Área total da floresta a ser inventariada;
- Localização da área (país, estado, cidade etc), latitude, longitude;
- Coordenadas geográficas da área (GPS);
- Caracterização do solo, topografia, relevo, clima, vegetação;
- Limites da área; etc


- Organização e treinamento das equipes de campo;
- Descrição de tarefas por membro da equipe (medição de
DAP, medição de altura; coleta de material botânico;
anotação dos dados; coleta de solos, etc)
- Definir tipo de transporte em função das condições de acesso,
seja por estradas, trilhas, rios etc;
- Definir condições de hospedagem e alimentação durante o
levantamento de campo, etc.


- Definir os métodos e processos de amostragem;
- Definir equipamentos a serem utilizados;
- Definir técnicas de coleta de dados e de análise de dados;
- Definir a precisão exigida para o Inventário Florestal (5%; 10%, 20% etc) e o nível
de significância ou probabilidade (α = 5% ou P=95%; α = 10% ou P=90%; α = 1%
ou P=99%).


Lei 9.605: “dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas
e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências”, prevê as devidas
punições legais referente à prestação de informações falsas aos órgãos ambientais.
- Art. 69: elaborar ou apresentar, no licenciamento, concessão florestal ou
qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório
ambiental total ou parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão,
sujeita o infrator a pena de reclusão de (3) três a (6) seis anos, e multa.
- Parágrafo 2º: a pena pode ser aumentada em 1/3 a 2/3, se houver
dano significativo ao meio ambiente, decorrente de uso da
informação falsa, incompleta ou enganosa.
- O simples fato de coletar dados de forma desordenada, sem planejamento ou
incompleto, pode induzir o pesquisador e /ou consultor a erros graves em seus
laudos, tendo ele que responder pelas informações prestadas, estando ou não
ciente do erro.
Principais erros ao se planejar um trabalho de campo:
1 - Partir para campo sem conhecer a área de estudo;
Prazos para finalização do campo; orçamento previsto, etc.

2 - Falta de metodologia ou conhecimento técnico para a tarefa a ser


desempenhada.
Consultores oferecem serviços que não estão aptos a desempenhar,
.
3 - Falta de logística bem definida;

4 – Realizar coleta sem a presença de alguém que conheça bem a área;

5 - Não considerar imprevistos – condições climáticas, perdas ou danos em


equipamento, acidentes, dentre outros.
Um inventário florestal completo pode fornecer diversas:
• Estimativa de área;
• Descrição da topografia;
• Mapeamento da propriedade;
• Descrição de acessos;
• Facilidade de transporte da madeira;
• Estimativa da quantidade e qualidade de diferentes recursos
florestais;
• Estimativa de crescimento (se o inventário for realizado mais de uma
vez).
COMO ELABORAR PROPOSTA E CONTRATO DE INVENTÁRIO FLORESTAL
- Definir o objetivo ou objetivos do IF;
- Determinar custos por atividade ou por grupo de atividades;
A proposta deve:
a) Incluir todos os itens previstos no IF;
b) Prever folgas financeiras que possam cobrir fatalidades, evitando que o
risco implique em prejuízo financeiro;
c) Ter redação clara

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