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CPA

Conceitos básicos

Mendes, Judas; Padilha Jr.,João – Caps. 1 e 2


Waquil et al, Caps 1
Commodities Agrícolas (Valor Econômico)
Censo IBGE 2006
Comercialização
• Definição Tradicional
• Desempenho de todas as atividades envolvidas no
fluxo de de B&S, da origem da produção até o
consumidor ou usuário (utente) final.
• Definição Moderna
• Mecanismo primário para coordenação de
produção, distribuição e consumo” P – D - C
• DISTRIBUIÇÃO, INTERMEDIAÇÃO, NEGOCIAÇÃO
Acepções de Mercado
Organização Agrícola/Industrial
ANTIGUIDADE/IDADE MÉDIA/IDADE MODERNA: :
LUGAR, ESPAÇO GEOGRÁFICO, M. PÚBLICO
Origem (Latim, ROMA): merce = mercadoria
Grécia – “Ágora” = espaço aberto, praça
‘emporio’ = armazém
‘oikonomos’ = economia, gestão de provimentos
Séc. XIII-XIV – Florença (bancos, usura, juros, câmbio)
Ciclo das navegações, especiarias,

2. Organização do conhecimento/Construção Social


CONTEMPORÂNEO MERCADO FINANCEIRO, SETORIAIS, PROFISSIONAIS,
ESPECIALIZADOS
> Exemplo:OPÇÕES e FUTUROS
Estágios Econômicos
Ordem (≈linha de produção)
1. Insumos
2. Produção (Lavoura ou Criação)
3. Aquisição
4. Processamento
5. Atacado
6. Varejo = inúmeras formas
7. Consumo Final = individual, grupo, empresa
• INTERFACES DE TRANSFERÊNCIA
Utilidades incidentes sobre
a matéria prima
• Posse ou Propriedade = incremento no valor
econômico em base a um preço de troca entre
partes informadas
• Lugar = transporte ao centro consumidor
• Tempo = custo entre a data passada da
produção p/ venda e uma futura p/consumo
• Forma = processamento da matéria-prima
Comercialização é um Sistema
porque tem:
• Conjunto de variáveis interdependentes
• Estrutura organizada de unidades interelacionadas
• Subsistemas: Tecnológico, Poder e Comunicação
• Finalidades e Objetivos:
1. Distribuição c/“eficiência sincronizada”.
2. Diluição dos custos fixos.
3. Economia de escala.
4. Reduzir ociosidade.
5. Escoar e expandir a produção.
Valor Econômico
MATERIA UTILIDADE UTILIDADE UTILIDADE UTILIDADE VALOR
PRIMA DE FORMA DE LUGAR DE TEMPO POSSE FINAL

0,10 1,00
0,15 0,90
0,15 0,75
0,10 0,60
0,50 0,50
Mat Mat Mat U-Forma U-Lugar U-Tempo U- Valor
prima 1 prima 2 prima 3 Posse Final
0,10 1,00

0,20 0,90

0,20 0,70

≠ zero 0,50

0,10 0,50

0,20 0,40

0,20 0,20
Críticas
• Prejudica ao produtor, nada agrega ao consumidor
• Margem de R$ 0,40/R$ 1,00
• Custo elevado: 50% do preço do consumidor
• Custos proporcionais ao nível de venda
• Desabastecimento de produtos funcionais
• Intermediários não se ajustam a mudanças
• Preferências dos consumidores não atendidas
• Fraudes em peso, qualidade, origem, etc.
Teoria da Localização explica o
Desenvolvimento da Agricultura
(Von Thünen, 1826)

Aldeias e Vilas = Fontes, Fornos

Hortas, Pomares e Granjas


Madeira (energia)
Cereais, Forrageiras
Pecuária, Gado, Caprinos, Ovinos, Cavalos
Trajetória: Transformação e
Afirmação do “Agribusiness”

• DAVIS, John & GOLDBERG, Ray; “A concept of Agribusiness”,


1957, Harvard School of Business, Cambridge (USA)

“É a soma total de todas as operações envolvidas na


produção e distribuição da oferta agrícola, mais as
operações derivadas da produção na propriedade rural, o
armazenamento, o processamento e a distribuição de
produtos agrícolas e as mercadorias deles decorrentes".

• ARAÚJO, N.B., WEDEKIN, I., PINAZZA, L.A. “Complexo


Agroindustrial: o ‘agribusiness’ brasileiro”. São Paulo:
Agroceres, 1990. 238p.
Agricultura Moderna = dualismo
Empresarial x Familiar
• Maior escala
• Mais insumos
• Maior tecnologia
• Maior especialização
• Mais crédito
• Maior mecanização
• Mais uso de capital (Financeiro e Humano)
Mercados para a Lavoura e a Pecuária
PRODUTO MERCADO
GRÃOS Alimentação Humana, Animal, Bebidas, Combustíveis
(Arroz, cevada,
milho, soja, trigo
FLV Frutas, Legumes Alimentação humana e bebidas
e Verduras
OUTRAS LAVOURAS Fibras, alimentação humana e animal, bebidas, combustíveis,
Algodão, Cana, Café, fitoterápicos, cigarros, celulose, madeira, papel.
Ervas, Fumo,
Pastagens,Madeira
PRODUÇÃO ANIMAL Adubos, Combustíves, alimentação humana, terápicos, lácteos,
Aves, Apicultura, couro, químicos graxos.
Bovinos, Ovinos,
Pesca, Suínos,
Desenvolvimento do Agronegócio
Vetores
• Institucional = Organiza-se a gestão de produção e
abastecimento por parte do Governo Federal a
partir dos anos 60 (Cobal-Cibrazem-CFP > CONAB)
• Tecnológica = Organizam-se institutos e empresas
de pesquisa agropecuária nos estados (EPAMIG-
MG) e nacional (EMBRAPA).
• Financeira = Sistema Financeiro Nacional (Política
Monetária de Depósitos Compulsórios via BC +
Diretoria de Crédito Rural do Banco do Brasil)
Desenvolvimento Econômico
Trajetória: Folha de S.Paulo, 04/07/1960
Desenvolvimento: Vertente Institucional

Área Decisora
Conselho Monetário Nacional

BB+BASA+BNDES+BNE
Bancos Privados+ Agentes Econômicos
Área
Operacional

Área Técnica

EBDA-BA Fepagro-RS EMBRAPA Apta-SP Idaterra-MS Unitins-TO


Iapar-PR 1972 Epamig-MG
IPA-PE Empaer-MT Ag.Rural-GO
Epagri-SC OEPAS Pesagro-RJ
Distribuição: Vertente Investimentos e
Tecnológica

Embalagem Plástica ou Cartão = Longevidade


Perecibilidade

Conservantes e Estabilizantes Refrigeração


Trajetória do Desenvolvimento: Marcos Institucionais e Financeiros

1964 - Lei 4.595 institui o “Sistema Financeiro Nacional”


Criação do Conselho Monetário Nacional (CMN)
Banco Central substitui a SUMOC do Banco do Brasil

1965 - Lei 4.829 cria o Crédito Rural (art.1º) : “distribuído e


aplicado ... tendo em vista o bem-estar do povo”.

1966 – Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM)

1967 – “Recursos Obrigatórios” para o Crédito Rural


(inicialmente 10% do valor sujeito a recolhimento
compulsório dos depósitos à vista) = 2013= 34%
AGRICULTORES NO BRASIL 2006
WAQUIL, pag. 13
GRUPO CARACTERISTICAS ESTABELECIMENTOS VALOR BRUTO DA
PRODUÇÃO

1 Ag. Empresariais e Patronais 1,1 milhão 67%


(empresas, coops, agroindústrias)
Produção destinada à exportação

2 Ag. Em Transição de Familiares para


Patronais – Produz p/mercado
interno e exportação

3 Ag. Familiar capitalizada e 1,4 milhão 27%


estruturada M.Interno≥Export (80% da Ag.Familiar)

4 Ag. Familiar baixa inserção mercado 850 mil 3%


Pouco capitalizada ou assitência téc (10% da Ag.Familiar)
5 Ag. Familiar c/pouca renda e 1,9 milhão 3%
nenhuma inserção no mercado (10% da Ag.Familiar)
Produz para subsistência ou
autoconsumo
Estabelecimentos Censo IBGE 2006
• Relação intra-setorial
• Relação inter-setorial
• Participação de cadeias
• Participação em relação ao conjunto nacional
• Unidades produtoras
• Diversificados
• Especializados.
• Usar percentuais com UMA casa decimal
• Valores em Milhares de reais (R$ mil).
Sistema do Agronegócio
INSUMOS PRODUÇÃO COMERCIALIZA PROCESSAMENTO CONSUMO
ÇÃO DE PRODS E DISTRIBUIÇÃO
IN NATURA
Crédito Alimentos À vista (Cash) Novidades em Doméstico
humanos de produtos,
Defensivos, origem agrícola tecnologias de
Fertilizantes, ou pecuária processo
Sementes
Rações
Irrigação Não-Alimentos Futuros Transporte
(Agroflorestais
Máquinas e para Marketing Exportação/
alimentação Importação
Implementos Armazenagem Regulamentações
animal)

Outros Outros
Diferenças
• Agroindústria ou Complexo Agroindustrial –
unidade produtora que faz parte dos
segmentos que integram o Agronegócio.
Setores do Complexo Agroindustrial
(Atividade econômica)
• Fornecedores de insumos à produção
• Produtores
• Transformação
• Acondicionamento
• Armazenamento
• Distribuição
• Consumo
Os 5 Setores do Agronegócio
(Finalidade no processo sistêmico)
• Fornecedores de insumo e bens de produção
• Produção agropecuária
• Processamento e transformação
• Distribuição e Consumo
• Serviços de apoio
Setor 1: Insumos
Fornecedores de Suprimentos
Defensivos Agrícolas :
• Bayer, BASF, Syngenta, Du Pont-Pioneer, Arysta,
FMC, Monsanto, Isagro, Sumitomo
• Fertilizantes
• ADM, Bunge, Bayer, Heringer, Mosaic, Nativa,
Petrobrás, Ultrafértil, Vale, Yara,
• Sementes
• Diversas Cooperativas e Associações, mais empresas
como Bayer, Monsanto, Don Mario, Brasmax,etc.
Setor 2: Produção Agropecuária
• Animal
• Lavoura permanente
• Lavoura temporária
• Horticultura
• Silvicultura
• Floricultura
• Extração Vegetal
• Indústria Rural
• Pesca Comercial, Aquicultura e Piscicultura.
Lavouras
(Lat. “labor”, “lavrar a terra”)
• Lavouras permanentes- Plantio de culturas de
longa duração, que após a colheita não
necessitam de novo plantio, produzindo por
vários anos sucessivos. Incluem-se viveiros de
mudas de culturas permanentes.
• Lavouras temporárias- Plantio de culturas de
curta duração (via de regra, menor que um ano) e
que necessitam, geralmente de novo plantio após
cada colheita. Incluem-se plantas forrageiras
destinadas ao corte.
Setor 3: Processamento e Transformação

• Alimentos Humanos e Animais


• Têxteis, Vestuário; Curtumes/Coureiro (Calçadista)
• Madeira, Papel e Celulose
• Bebidas e Álcool (Combustível e Comestível)
• Fumo
• Óleos essenciais
Setor 4: Distribuição e Consumo
• Restaurantes
• Hotéis e unidades turísticas/trânsito (“catering”)
• Bares
• Padarias (“Panificadoras”)
• Feiras (Mercados Públicos, Ceasa, Ceagesp,
Cobal)
• Supermercado
• Comércio
• Exportação
Setor 5 : Serviços Profissionais de
Apoio Operacional
• Agrônomos e Engenheiros Agrícolas
• Veterinários e Zootécnicos
• Pesquisa de gestão e serviços financeiros
• Vendas (Marketing)
• Transporte
• Armazenagem
• Portos
• Bolsas de mercadorias e futuros (BMF Bovespa)
Futuro do Agronegócio
ANTES, DENTRO E FORA DA PORTEIRA
SETORES 1980 1990 2005 2025

US$ Bi % US$ Bi % US$ Bi % US$ Bi %

ANTES 250 12 330 11 1.074 11 1.184 9

DENTRO 480 24 630 21 1.855 19 1.315 10

DEPOIS 1.270 64 2.040 68 6.835 70 10.663 81

TOTAL 2.000 100 3.000 100 9.765 100 13.152 100

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