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CONTEXTO PRODUTIVO
ASPECTOS EM COMUM (LEITE E CORTE): nas duas se trabalha com bovinos por isso se
trabalha com a pastagem como base no sistema alimentar, mas ela aparece de forma distinta
em cada área.
ORIGEM DOS BOVINOS: alguns da Ásia e Europa. Gado europeu (maior potencial produtivo
nos sistemas leiteiros, Holandês, Jersey) e gado zebuíno (mais no corte, regiões quentes, se
adaptaram bem ao Brasil, Nelore).
Vieram com os portugueses e espanhóis para o Brasil. Produção para alimentar quem
trabalhava no nordeste e sudeste do Brasil. Estancias para produção de gado. A pastagem
determina o formato da produção pecuária.
Necessidade de grande território para criação: o campo nativo não nasce o ano todo, então
precisam percorrer uma área maior para se alimentar.
• Taxa de natalidade dos rebanhos da serra catarinense (40-50%), isso acontece pela
dificuldade de se ter uma profissionalização para atuar nessa atividade, gestão.
• Não se tem controle do que acontece dentro da propriedade.
• Pecuária de corte de tradição. Serra, oeste de SC. Homem campeiro, cavalo.
BOVINOCULTURA LEITEIRA: espaço pequeno e definido. Mais no oeste de SC, também no sul.
Sistemas altamente tecnificados nessas regiões. Renda diária (corte produção estacional, efeitos de
manejo em longo prazo).
• Taxa de lotação variável de acordo com espécie, estação do ano, como se está trabalhando
essa forragem.
• Índices produtivos baixos = pecuária extensiva (níveis baixos a médios).
ABIEC SUMÁRIO 2018: o Brasil possui 221,81 milhões de cabeças de gado, distribuídos em
164,96 milhões de hectares. 39,2 milhões são abatidas por ano, produção de carne de 9,71
milhões.
PARA ONDE VAI TODA A CARNE: 2,032 milhões (20,9%) para exportação. Principais destinos:
Hong Kong (26%), China (14%), Egito (10%), Rússia (10%). A pecuária movimentou em 2017 R$
523,25 bilhões.
CONSUMO MUNDIAL DE CARNE BOVINA: EUA (12.168,8 e 37.2 por habitante), China (7.959,7
e 5,7 por habitante) e Brasil (7.797,6 e 37,5 por habitante).
REBANHO POR TAMANHO DA PROPRIEDADE NOS ESTADOS BRASILEIROS: estados com maiores
áreas de pastagens
• Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás + DF. Maiores rebanhos em propriedades
entre 20 e 200 hectares e entre 200 e 1000.
PORCENTAGEM DE BOIS TERMINADOS COM MAIS DE 36 MESES: foi de 52,18% em 1997 para 6,94%
em 2015.
REBANHO EM SC:
• Antes das fazendas (48,98 bilhões): Nutrição, protocolos e sêmen, sanidade animal,
diesel, insumos agrícolas, energia elétrica (exportações gado em pé),
manutenções/serviços e peças, funcionários e encargos, despesas administrativas,
reinvestimentos.
• Nas fazendas (98,05 bilhões): animais de reposição, gado abatido.
SISTEMAS DE PRODUÇÃO
(bovinocultura de corte)
• CRIA – é a base da pecuária de corte (se não produzir terneiros não tem as demais
ases do sistema de produção), nessa fase ocorre a reprodução do rebanho, produto
dessa fase é o terneiro, objetivo é produzir novos animais para o rebanho. Necessário
as categorias: matrizes, touros (pode-se ter apenas a inseminação). Para ser suficiente
tem que se ter bons índices reprodutivos como taxa de natalidade e desmame
(dificuldade de se ter pela dificuldade de se trabalhar com a nutrição desses animais).
•É a fase mais critica, exige mais manejo justamente porque envolve a reprodução do
rebanho.
•Essas três etapas podem ocorrer no mesmo local (ciclo completo) ou em propriedades
distintas (especialização da produção, pode se especializar em uma ou duas fases, ou em
períodos, em algum momento faz cria, outros a recria, de acordo com a situação do mercado,
mudando o objetivo da produção). Geralmente se vê propriedades de cria que fazem recria ou
as que fazem recria de animais de reposição, ou os que trabalham somente com terminação
ou recria e terminação.
•Geralmente o produtor que faz cria dificilmente vai deixar, um que faz só terminação
dificilmente conseguirá fazer a cria porque vai ter se desfeito de todo o seu rebanho inicial.
•É possível pular da cria para a terminação a recria tem maior flexibilidade de duração,
manejo diferente dos terneiros, como desmamar mais tardiamente para que eles já tenham
um peso suficiente e um crescimento bom e poderem ir para a terminação. Ou desmamar os
terneiros jovens e fazer um alto manejo alimentar (intensivo).
•O que muda do extensivo para o intensivo a pasto: no momento que se controla os fatores,
mede desempenho dos animais e se estabelece metas quer dizer que está intensificando o
sistema de produção, tem que levar em conta a rentabilidade da produção para classificar em
extensivo ou intensivo. Pode-se ter intensivo só a pasto. Então o que diferencia os dois é o alto
desempenho.
Kg/PV por hectare – mensurar produtividade, quanto se tira de produção nos hectares.
• Nível 1 – sistema de recria e terminação, se espera altos índices de produção pelo alto
desenvolvimento dos animais. Nesse sistema se produz menos de 100 kg.
• Nível 2 – controle da oferta (disponibilidade é todo o material que está acima do limite
mínimo e que está disponível para o pastejo dos animais e carga é a lotação de
animais, a oferta é a relação entre essas duas variáveis), oferta é a quantidade de
pasto que está sendo ofertada/disponibilizando para determinada quantidade de
animais. Nesse nível se avaliou a capacidade de produção de pasto e se ajustou a
quantidade de animais em função a produção de alimentos.
• Controlar quantidade de animais tendo controle do quanto eles comem
– subdivisão de áreas (quanto maior a área mais difícil controlar quanto
esses animais comem).
• Mudou para mais de 200kg
•Primeiro usa os recursos que tem para usar o máximo da capacidade dos alimentos,
quando se chega no máximo que se pensa em outras coisas, outros investimentos.
COMO?
• Alimentação
• Sanidade
• Aspectos reprodutivos
• Estrutura física
• Padrão racial
ÍNDICES ZOOTÉCNICOS:
- Intervalo entre partos: na tabela está em 21 meses, mas a meta é de 12 meses, Brasil não está
sendo eficiente. Porque isso acontece? Tem o período de anestro pós-parto (puerpério) no
mínimo de 30 dias e a partir daí ela volta a apresentar cios (maior em bovinos de corte que
pode ir até 120 dias), mas deve ser no máximo de 90 dias. Passaram esses 90 dias ela começa a
ciclar, ocorre a cobertura e a concepção. A média para um sistema de tecnologia avançado é de
14 meses (para bovinos de leite, para corte 18 meses). Leva mais tempo porque a lactação
exige muita energia do animal, geralmente não se faz o manejo alimentar correto, afetando o
período de serviço (intervalo entre o parto e a concepção), fazendo com que ele fique mais
longo demorando 21 meses entre partos. Índice essencial para avaliar o rebanho de cria e para
avaliar a eficiência reprodutiva do rebanho, dá a noção de quanto tempo está levando para
completar o ciclo (mais tempo da vaca no rebanho sendo improdutiva).
- Diagnostico de gestação importante para tirar esses animais improdutivos, identifica o real problema
do rebanho.
RECRIA: idade à 1ª cria (diz em que momento os animais saem daqui e vão para o rebanho de cria),
idade ao abate
(diz quanto tempo os animais ficam na recria), ganho de peso diário ou por área.
EXERCÍCIO
% de fêmeas
prenhes em
Taxa de prenhez relação ao total do
Categoria N° de animais N° de animais (%) rebanho de cria
acasalados prenhes (EM RELAÇÃO À (EM RELAÇÃO AO
CATEGORIA) TOTAL DO
REBANHO)
•Divisão em categorias para poder avaliar o rebanho e ver onde está o problema.
RAÇAS - BOVINOCULTURA DE
CORTE
• Psicológicas: temperamento
DIFERENÇAS:
• Rusticidade: não sofreram processo de seleção direcionada, foi uma seleção mais
natural (pelo ambiente), não tem características padronizadas, mas muito bem
adaptados ao ambiente que está. Muito relacionada com o local de origem dos
animais. Zebuínos surgiram num ambientes com mais adversidades climáticas, por isso
conseguem se adaptar a condições mais variadas. Exemplo de animal rustico: crioulo
lageano (franqueiro) são os primeiros bovinos que vieram para o Brasil com os
espanhóis, estão sujeito a uma condição climática especifica da serra, seleção aleatória.
Diferença no produto final (carne) entre os dois grupos: a qualidade de carne é um reflexo de
deposição de gordura nos tecidos (maciez, sabor). Zebuíno (Nelore) – carne magra, deposita
menos gordura que os europeus e entre os europeus dos britânicos (Angus) do que os
continentais (Charolês).
MARMOREIO (gordura entremeada com músculo, principal função é deixar a carne macia e
suculenta) – Wagyu (raça especializada nessa característica do marmoreio, animal europeu,
bife mais caro do mundo) tem carne mais marmoreada, Angus médio e Nelore a que menos
tem. Característica mais importante das raças britânicas (porte menor, animais
consequentemente precoces). É uma característica genética.
ZEBUÍNOS: Nelore, mais tardio (sexual – puberdade acontece mais tarde e a deposição de
gordura demora mais também, acabamento de carcaça demora mais), menor velocidade de
ganho de peso, conformação característica (barbela).
A decisão de usar raça pura ou cruzada depende do local, do sistema de criação (a campo,
confinado), do que se precisa de características desses animais (adaptações).
MANEJO REPRODUTIVO
1º caracterizar o objetivo carne. A organização da produção depende do objetivo.
• Uma característica muito importante são os índices produtivos (que avaliam cada etapa).
Um dos fatores que mais influencia na eficiência do rebanho é o manejo: condições do local
(mão de obra, organização da propriedade), características da produção, dos animais (animais
velhos, novos), manejo reprodutivo do rebanho (determinante), alimentação (avaliação
nutricional do rebanho com o escore corporal).
ECC: pela deposição de gordura (acabamento corporal) vai se dar um número. 1 – muito
magra, 9 – muito gorda. Numa escala de 1-5 o 3 é o animal ideal (condição intermediária).
Esse ECC geralmente se faz com as fêmeas (animais que permanecem mais tempo no
rebanho), se olha a garupa da vaca, se olha com relação à musculosidade e depois com relação
a deposição de gordura (se vê se a ossatura está bem aparente e se olha na inserção da cola).
As vacas de corte possuem uma boa deposição e para chegar ao 1 tem que estar bem mal. O
que se vê mais no campo são ECC 2,3.
ESCORE PARA O LOTE: Sempre separar os animais por idade (vacas adultas de novilhas), por
raças (europeu tende a ser mais arredondado e profundo e zebuíno é mais quadrado), tirar
fora os extremos (animais doentes, animais muito magros e muito gordos 4-5), bom ter
animais de referência. Idade, sexo, pelagem interferem na avaliação.
O ECC vai variar de acordo com o clico reprodutivo dos animais (lactação, gestação), o ECC
também é uma avaliação do estado fisiológico do animal. A lactação faz o animal perder peso
após a gestação BEN (balanço energético negativo – demanda de energia alta, mas não esta
consumindo energia suficiente para isso e então consome energia da reserva), essa reserva é o
que ela ganha de peso até o final da gestação.
(principalmente no terço final), e depois do nascimento de uma hora para outra precisa
produzir leite e seu rúmen ainda está pequeno, leva um tempo até tudo voltar para o lugar. O
animal fica em catabolismo – queimando toda a sua reserva para a lactação, isso vai
desgastando o animal.
Para aumentar a quantidade de energia (densidade energética) para o animal que está
comendo só o pasto: colocando grãos energéticos (milho)/alimento concentrado, maioria não
faz isso por questão de custos, logística que atrapalham esse fornecimento (umas comem mais
que as outras), rotina de manejo, quantidade limitada de concentrado/precisa de adaptação.
Pode-se suplementar essa vaca quando ela estiver em momentos mais propícios a ganhar peso,
momentos mais estratégicos de preferencia em momentos próximos a reprodução (sal
proteinado – NNP, grãos), não vai suplementar vaca com cria ao pé.
No final da gestação ela tem que estar no ECC entre 3 e 4 (pode-se fracionar de 0,5 a 0,5), não
se quer um animal gordo por causa da deposição de gordura que vai interferir na eficiência
reprodutiva dela depois (deposição de gordura no úbere, deposição de gordura em órgãos
internos) e desperdício de energia.
2 -2,5 é o limite inferior do ECC de animais que se quer ter no rebanho, se o animal passa por
um balanço energético muito intenso isso compromete a função reprodutiva do animal.
Boa parte das propriedades não usa a estação de monta, não há seleção dos animais por fertilidade.
ESTAÇÃO DE MONTA
Conciliar o calendário reprodutivo com o calendário alimentar do rebanho. ECC para seleção de
fêmeas e para avaliar o manejo nutricional (ECC meta é de 3,0-3,5). A estação de monta
geralmente ocorre no período quente e as parições geralmente na estação fria, maior parte
entre novembro – março.
A estação de monta dura até 90 dias (organizada, geralmente monta a campo), mas o ideal é
que seja de 60 dias (quanto mais organizada a propriedade menor esse período).
Parir no início da estação de parição é melhor porque vão ter mais tempo de disponibilidade
de alimentos, também para ter mais tempo para se recuperar entre estações de monta,
terneiros menores que vão ter mais tempo para se desenvolver e ficar parelhos com os outros
terneiros.
•Monta natural: fêmeas junto com os reprodutores no piquete, avaliar a ECC, avaliação de
aprumos (capacidade de monta), de sanidade, exame andrológico dos machos. Observar o
comportamento dos animais para saber se está acontecendo a monta.
•Monta controlada: rebanho selecionado, observar o cio das fêmeas e levá-las até o touro
(economiza os touros porque não ficam o tempo todo com as matrizes), rebanhos menores
(geralmente rebanhos leiteiros).
Associar diferentes tecnologias de acordo com a disponibilidade de recursos para realizar o manejo.
NOVILHAS: como sei que posso colocar ela na cobertura leva em consideração peso e idade
(levam ao aparecimento da puberdade), de forma complementar se avalia ECC (o ideal é a
partir de 3,5), é possível avaliar o desenvolvimento reprodutivo por ultrassom (avaliado
deposição de gordura, se tiver ela já passou pelo cio)
•É interessante que tenham atingido 65% do PV que terão quando adultas (de acordo com a
raça e padrão do rebanho da propriedade) para que possam ir para reprodução, em torno de
14-15 meses seria o acasalamento precoce (só vai utilizar quando o manejo é bem organizado,
quando se tem animais precoces no rebanho como raças britânicas e alimentação disponível).
Esse acasalamento de 14-15 meses o maior ponto é o ganho de peso da novilha no período de
recria.
•Avaliar padrão racial das novilhas, se tem algum problema que se precisa reduzir no
rebanho, peso de desmame (seleciona matrizes por habilidade materna). Se desmama as
terneiras bem pesadas fica mais fácil de chegar a uma idade de acasalamento precoce (o
mais utilizado é até os 24 meses)
MANEJO DO TERNEIRO
PRIMEIRA REAÇÃO DA VACA APÓS O PARTO: Lamber o terneiro Desobstrução das vias
respiratórias, estimular circulação.
MANEJO DO TERNEIRO-IDENTIFICAÇÃO:
Deve ser feita a identificação dos animais com:
• Marca com ferro quente (a fogo),
• Tatuagem,
• Brincos,
• Eletronicamente ou
outro método qualquer
Objetivo: controle fichas
escrituração zootécnica
Resultados da identificação:
seleção
TATUAGEM NA ORELHA: Com alicate próprio, com tinta de nanquim, com números ou letras
(forma de feixe de agulhas que perfuram a pele).
DESMAME:
Desvantagens do creep-feeding
• Diminui a utilização da pastagem (mas aumenta para as matrizes)
• O consumo de [ ] pode ser muito variável;
• Reduzida eficiência em algumas situações;
• Pode ser realizado: Terneiros na mangueira ou piquete bem cercado, com água
limpa e concentrado e/ou volumoso de 48 a 72 horas;
• Terneiros permanecem com a mãe porém com a tabuleta;
• Desmame intermediário:
• Ocorre aos 4-5 meses de idade;
• Realizado em fevereiro e março quando a EM ocorre em outubro a fevereiro;
• Desmame tradicional
• 6 a 8 meses
• Deve ser realizado com a fêmea com ECC≥3,0 no início até o final da EM;
• Normalmente realizado em abril e maio para propriedades com acasalamento de primavera-
verão (nov-fev);
• Vantagens: Menor estresse do terneiro (pouco dependente da mãe) e maior peso ao
desmame;
• Desmame tardio
• Ocorre com o terneiro com aproximadamente 10 meses de idade (praticamente um novilho);
• Não há o estresse
• Com aparição na primavera, este desmame é realizado em agosto;
• Usado somente em rebanhos onde a nutrição é excepcional (EUA);
• Os animais desmamados seguem diretamente para o confinamento (feedlot) – dispensa fase
de recria;
Desmame intermediário:
• Vacas com ECC < 2,7;
• Terneiros com 4 a 5 meses de idade;
• Período: fevereiro e março.
Desmame temporário:
• Vacas com ECC > 2,7;
• Terneiros com mínimo de 60 dias de idade ou 70 kg PC;
• 2 a 3x na EM (dezembro e janeiro).
Desmame precoce:
• Vacas com ECC < 2,5;
• Terneiros com peso mínimo de 70 kg PC com 60 a 90 dias de idade –fornecer suplemento até
os 120 kg PC;
• Período: dezembro a abril.
MANEJO DO DESMAME:
• Levar vacas e terneiros para mangueira
MANEJO DO BEZERRO:
• Desvermifugar
• Vacinar
• Castrar–3 semanas antes ou depois do desmame
• Aos7, 12, 18 meses
RECRIA E IDADES DE
ACASALAMENTO
IMPORTÂNCIA DA NOVILHA: Etapas cria (base – menor eficiência produtiva),
recria (eficiência > 1° acasalamento), terminação (mais simples, rápida).
MANEJO DA NOVILHA
• Peso e idade mínimos para atingir puberdade: primeiro acasalamento com 65% do
peso adulto, parto com 85% do peso adulto
• Selecionar novilhas que nasceram na primeira metade da estação da parição
• Bezerra desmamada com 160kg aos 7 meses
• Devem atingir puberdade um a dois ciclos estrais antes da EM
• Prioridade para pastagem de melhor qualidade.
IDADES DE ACASALAMENTO:
• 30 meses – etapa para chegar aos 24 meses – requer melhorias. Ocorre no final do
verão/outono – favorece prenhez – animais em bom estado.
• 24 meses –“padrão” - sob o ponto
de vista de eficiência produtiva, este é o primeiro ajuste a ser realizado no sistema de
produção com baixos índices produtivos.
• Padrão genético: possível puberdade aos 24 meses
• Limitação: 2 períodos de outono-inverno durante a recria
Medidas de peso vivo, ganho de peso, condição corporal e idade de novilhas Nelore acasaladas
aos 18 meses de idade, prenhas e falhadas:
A gordura
tem 4 áreas distintas de deposição:
• Gordura abdominal, renal-inguinal e pélvica;
• Intermuscular;
• Subcutânea ou de cobertura;
• Intramuscular ou de marmoreio.
Primeiro cresce tudo muito igual, depois da puberdade que há aumento de deposição de
musculo e gordura. Precisa acumular mais energia para depositar musculo e gordura. Até a
puberdade tem CA muito melhor, depois a CA piora com a idade. Em média a CA vai variar de
5-10kg/MS para 1kg de produto (consumo/GDP).
• A mesmo
quantidade de energia do alimento é capaz de depositar 4 kg de tecido
muscular ou 1 kg de tecido adiposo.
• Raças precoces são animais de pequeno e médio porte, vão atingir o peso
necessário para a puberdade antes do que animais de grande porte.
• Máximo que um bovino ganha de peso por dia: raças especializadas chega a 2kg.
Animais de recria se espera 500g, 1kg (se for fêmea menos e macho mais)
• Animais grandes tem ganho de peso maior por dia porque precisam ganhar maior
peso para chegar ao peso adulto.
• A fêmea é mais precoce, quem tem maior ganho de peso são os machos inteiros. Quem
tem mais gordura na carcaça a fêmea (mais difícil fazer elas ganharem peso
eficientemente).
A partir de determinado ponto em que o animal atinge a puberdade ele estabiliza o ganho
muscular e aumenta o ganho em gordura. Por isso que animais jovens são mais eficientes
que os adultos. Vai ter que comer muito mais para conseguir ganhar peso, só esta
acumulando gordura.
Por isso tem que aproveitar o ganho de peso na recria, após o desmame.
• Animais com menor peso à maturidade atingem o peso de abate em idade mais
precoce do que animais com maior peso à puberdade.
• Quanto maior a taxa de maturação (rapidez com que os animais atingem a
composição corporal adulta) menor será o peso adulto.
• Para um mesmo peso, raças de maturidade mais precoce vão apresentar mais gordura
e menos proteína que as raças mais tardias.
• Animais que sofreram restrição logo após o nascimento tendem a não apresentar o
crescimento compensatório, podendo ou não atingir, em idades mais avançadas, o
mesmo peso à maturidade de animais que não sofreram restrição
• Animais que sofrem restrição próxima ao peso adulto dificilmente apresentam
crescimento compensatório completo.
• Animais desmamados e de sobreano têm maior potencial para apresentar o crescimento
compensatório.
• Severidade da restrição
CONFINAMENTO
•Confinamento para engorda: fase mais curta. Animal confinado deposita mais peso do que
animais a pasto (dieta balanceada, animal não precisa andar para comer, tipo de alimento –
grãos que vão ser rapidamente transformados em energia). Milho amido rúmen AGVs
maior quantidade quando come grãos propionico fígado glicose favorece
transformação de energia em gordura.
•Vantagens: Reduz o ciclo produtivo porque o animal ganha mais peso mais rápido. Quando
se confina os animais pode-se liberar áreas de pastagens para outros animais. Confinar os
animais quando está acabando a pastagem. Posso ter animais prontos em épocas de ante-
safra que o preço vai estar mais elevado (ganho de peso mais rápido).
decréscimo na produção. Na situação em que não está dando o que ele precisa acontece a
restrição alimentar, ele não vai estar ganhando e produzindo tudo o que tem capacidade.
Depois disso resolve colocar o animal em confinamento, tira da situação de restrição e
coloca no confinamento, ele vai ter o ganho compensatório (organismo vai querer ganhar
ao máximo já que passou por restrição). Quando se tem uma restrição não muito intensa o
animal responde bem quando colocado no confinamento. Ele pode chegar ao final com o
mesmo peso que um que não teve restrição (compensação total)
o Se for muito intensa pode não ter a compensação.
• Dietas com moderada [ ] energética
• Regiões onde o custo dos ingredientes é alto e/ou o valor de comercialização é baixo
• Locais ou períodos muito quentes e úmidos, onde o crescimento da pastagem é mais
equilibrado ao longo do ano e o desempenho em confinamento é pior.
• Quando implica no aumento de riscos sanitários, pela concentração de animais.
• Quando gera possíveis problemas ambientais
• Quando há risco sanitário na comercialização do país ou estado (exportação)
• Quando requer conhecimento, organização e capital gerando riscos administrativos.
DIETAS EM CONFINAMENTO
CONFINAMENTOS COM DIETAS ALTO GRÃO: o uso do milho inteiro, sem fonte de volumoso e
de fibra longa ou mesmo volumoso algum. Vantagem: obter o máximo benefício de conversão
alimentar.
• Pode-se utilizar tamponantes, mas o grão é dado de forma inteira para estimular a
mastigação (salivação, estimulando o bicabornato) evitar acidose ruminal. Amido
mais protegido retardando a degradação pelas bactérias, evitando uma grande queda
de pH que aconteceria se fosse rápido (ácido lático).
• Ração em pellets – alimento concentrado
• Ocasiona menor taxa de passagem = maior tempo de retenção de grão no rúmen
• Desvantagens: alto custo, deve ser utilizada por períodos curtos, alto risco de
perda de animais (manejo alimentar incorreto), risco sanitário. ADAPTAÇÃO (21
DIAS)
Adaptação à dieta
•primeiro aumenta a frequência e dá menores quantidades, para evitar grande consumo dos animais.
•escore de sobras
•ter uma área de pastagem para os animais que não se adaptarem ao confinamento.
COMPOSIÇÃO E EVOLUÇÃO DO
REBANHO
Como a quantidade de animais varia dentro do rebanho, quais categorias que variam. Porque
saber a evolução do rebanho? A partir dela calcula a taxa de desfrute.
Taxa de desfrute: quantos % do rebanho estão sendo transformados em produto. Pode ser
•Uma propriedade com ciclo completo: vai manter um rebanho maior (matrizes, animais em
crescimento), acaba retendo um estoque maior, sistema com rentabilidade menor, vai se ter
maiores custos para manter esse rebanho. A taxa de desfrute gira em torno de 30% (sabendo
dessa informação pode avaliar outras propriedades).
•Se for uma propriedade somente de cria (matrizes e animais jovens até desmame), estoque
menor porque vai estar vendendo os terneiros (animais até 1 ano já vão estar saindo).
Condições de aumentar a taxa de desfrute para 40- 45% dependendo da taxa de natalidade.
•Cria e recria em torno de 30% porque segura mais os animais em virtude da recria.
•Propriedades para terminação quanto maior a taxa de desfrute melhor, vai estar sendo
comercializados muito. Taxa de desfrute entre 80-90%, não tem razão para manter estoque na
propriedade.
EVOLUÇÃO DO REBANHO: tabelas com categorias e numero de animais. Depende dos índices
produtivos
• % de parição: 50%
• % de touros: 4%
• % de mortalidade de 0-1 ano: 8%
• % de mortalidade após 1 ano: 4%
• % de substituição anual de matrizes de idade avançada: 20% (taxa de reposição)
• Idade de abate dos machos: 4 anos
• Idade de entoure das novilhas: 3 anos
2º Idade de abate diz quantas categorias de machos vai ter, idade de entoure das novilhas também
4º Pegar os 23 terneiros de 0-1 ano e desconta a mortalidade após 1 ano para os animais de 1-
2 anos e segue descontando para 2-3, 3-4 anos.
• Mas tem taxa de reposição de novilhas, vacas velhas estão sendo descartadas. 20
vacas estão saindo e 20 novilhas entrando, mas sobra 1 novilha que vai ter outro
destino (entra na comercialização).
• Então tem mais 21 animais que vão para comercialização. Então em vez de 20
animais (machos) vão estar saindo 41 animais.
• A taxa de mortalidade após 1 ano pode ser de matizes também, então vai estar
morrendo 4 vacas. Então vai precisar de 24 novilhas para continuar com 100 matrizes.
Ou seja, não vai substituir 20 vacas e sim 17 porque morreram 4 e se tinha só 21
novilhas para usar para reposição.
• Então tem além dos 20 animais machos as 17 vacas velhas. Taxa de desfrute 37/256 x 100
14,5%
Avaliar a situação do rebanho de cria, porque apenas metade das matrizes está emprenhando
ECC, padrão racial, idade, sanidade. Decidir o que fica e o que vai vacas muito velhas,
padrão racial (conformação que não atende ao que se quer no rebanho), ECC.
• Se tiver trocado todo o rebanho (substituindo pouco a pouco) ao passar do tempo vai
ter animais muito jovens que tem produtividade inferior. Não é interessante uma taxa
de reposição tão alta, só é interessante quando se tem muitos animais improdutivos
que se quer tirar do rebanho. Taxa de reposição ajustável de acordo com a
necessidade do rebanho. Taxa de reposição também é ajustável, pode se ter um
rebanho muito grande e não se quer mais tantas.
EXEMPLO II:
• Área 720 ha
Nº. U.A./Nº. MATRIZES = TOTAL U.A./ Nº. MATRIZES = 158,6/100 = 1.586
• Cálculo sempre é baseado no número de matrizes porque a partir delas serão definidas as
demais categorias.
N° de matrizes = lotação x área
N° UA/ N° matrizes
1,586
EVOLUÇÃO DO REBANHO
• De acordo com os índices, podem ser mantidas 364 matrizes nos 720 ha.
• Refazer o cálculo utilizando 364 matrizes, respeitando os índices da propriedade.
TAXA DE DESFRUTE
21,22%
Exemplo III:
Considere ainda:
• % Touros – 4%
• Taxa de reposição de matrizes – 20%
• Área da propriedade = 550 ha
• Proporção em relação ao peso vivo:
• Vaca = 1 U.A.
• Touro = 1,2 U.A.
• Macho/fêmea de 0 a 1 ano = 0,3 U.A.
• Macho/fêmea de 1 a 2 anos = 0,5 U.A.
• Macho/fêmea de 2 a 3 anos = 0,75 U.A.
• Macho/fêmea de 3 a 4 anos = 0,85 U.A.
CADEIA PRODUTIVA DA
BOVINOCULTURA DE CORTE
OBJETIVO: produtos que cheguem ao mercado consumidor. De acordo com o sistema de produção
tem um diferente produto.
Etapas produtivas dentro da propriedade, outros setores que apoiam essa produção. Antes da
fazenda o que está fora, mas é necessária para a produção acontecer, como equipamentos,
insumos (ração, adubo, sal), a própria assistência técnica entra aqui.
EXERCÍCIOS PROVA I –
BOVINOCULTURA DE CORTE
• Assinale a alternativa que contém o país com a maior produção de carne bovina no
mundo, país com maior rebanho comercial no mundo, região brasileira com maior
rebanho de bovinos e estado com maior rebanho, respectivamente;
• Brasil, EUA, Norte, MG
• EUA, Brasil, Centro oeste, MS
• EUA, Brasil, Centro oeste, MT
• EUA, Brasil, Norte, MT
• Brasil, EUA, Centro oeste, MT
( ) Europeu continental
( ) Brahman
• Na monta a campo devo usar uma relação touro vaca de 1:50 e invernadas não
muito extensas.
• O desmame precoce é uma ferramenta indicada para vacas que estão com
baixo ECC, sendo bastante benéfico para a vaca, mas bastante arriscado para
vida do terneiro, pois este será um período de declínio da imunidade e de muita
exigência de proteína com alta digestibilidade.
• O uso de creep-feeding pode dispensar o desmame precoce, pois o animal
receberá concentrado e continuará sendo amamentado pela vaca ao mesmo
tempo, é uma técnica de muita eficiência e alto custo.
• O desmame intermediário é uma técnica bastante utilizada durante
protocolos de IATF, a fim de ter uma melhor taxa de ovulação precocemente e
por consequência boas taxas de concepção.
• O desmame tradicional ocorre por volta de 6 e 8 meses, é indicado em vacas com
escore corporal
>3,0, normalmente é realizado em abril e maio.
• Um produtor possui duas novilhas, uma zebuína e outra taurina, ele quer saber
com quantos quilos deve colocá-las em reprodução;
• Qual deve ser o ganho de peso médio diário (GMD) das novilhas para
chegarem ao peso de acasalamento proposto de 330 kg em cada situação;
CONTEXTO PRODUTIVO DA
BOVINOCULTURA DE LEITE
Exigencia de manejar diariamente os animais, o que não ocorre na de corte. Isso exige que o
produtor tenha uma estrutura fixa para facilitar seu trabalho, manejo de ordenha diario para
obter o produto final.
A pecuaria leiteira começou mais tarde do que a de corte. Veio com os colonizadores europeus
em locais com colonização posterior. Pecuarista normalmente trabalhando em propriedades
menores com uma intesificação maior, produtor com perfil diferente.
Mais intensiva que a de corte, isso reflete nos indices zootécnicos. Lugares menores com
intensificação da produção, propriedades pequenas, atividade muito importante para a
pecuária familiar, a pecuária de corte não tem uma renda mensal como a de leite, contribuição
muito importante para a renda da família.
Produtor conhece muito bem seus animais, está todo dia manejando e tendo contato, rebanhos
menores.
Tudo que acontece com a vaca ao longo do dia tem impacto na produção, na pecuária de corte
os efeitos acabam não sendo percebidos de imediato, na pecuaria de leite a extração do
produto é diária, então é rapidamente percebida (na hora). Isso também obriga o produtor
estar mais atento aos animais, e ter um cuidado no manejo para que não tenha perdas.
Ter uma rotina com as vacas, se adpatam muito a um ritmo que tem que ser seguido sempre,
adaptação a rotina de manejo, horários, locais. Organização no sistema de forma que os animais
saibam o que vai acontecer para evitar estresse (mudança de horarios, de pessoa que maneja
os animais, de estrutura). Não são todas as pessoas que se adaptam à rotina de manejar as
vacas de leite, a pessoa tem que entender todos os fatores que podem alterar a produção,
começando com a forma que se trabalha com o animal.
Perdas diárias refletem em perdas econômicas grandes, não é como no corte que dá tempo de
consertar até o momento do abate.
A gestão é de grande importância na bovinocultura de leite.
PRODUÇÃO BRASILEIRA POR ESTADOS (região sul lidera produção nacional de leite)
IMPORTAÇÃO BRASILEIRA
• Expectativa de quedas na produção no ano de 2015 –El Niño, com inverno muito
quente e com falta de chuvas em algumas regiões, enquanto o verão ocorreu
com excesso de chuvas.
• A pecuária leiteira é uma das atividades mais tradicionais do meio rural brasileiro (IBGE,
2006):
• Brasil: ~ 5,2 milhões de estabelecimentos rurais;
• 25% (aproximadamente 1,35 milhões) produzem leite,
• Mão de obra de cerca de cinco milhões de pessoas
• Valor bruto da produção de leite em 2013: R$ 22,9 bilhões
• Mesmo com
produção de cerca de 32,3 bilhões de litros por ano, a produtividade do rebanho
nacional é baixa: cerca de 1.471 litros/vaca/ano (IBGE, 2013) = 4,82 l/dia
Objetivo:
• Melhoramento genetico
• Amplicação de mercado
• Incorporação de tecnologia
• Segurança e qualidade dos produtos
CURVA DE LACTAÇÃO
A partir dela define todo o resto do manejo. Forma como se distribui a produção diária de leite
durante um ciclo de produção.
MANEJO NO PERÍODO PRODUTIVO: Pico de produção de leite 6-8 semanas após o parto
(depois vai gradativamente diminuind até o final do ciclo que deve ser no final da gestação
quando se faz o periodo seco para preparar para a proxima lactação).
• Persitência da lactação é uma das variáveis mais importante, ela vai dizer sobre o
potencial de produção do animal dentro do seu ciclo de lactação, a persistência se
refere ao nível de produção que o animal consegue manter após o pico de lactação.
Animais europeus além de manterem o pico de lactação por mais tempo diminuem
mais lentamente a sua produção após ele, o que não ocorre com os zebuínos (produção
diária menor, pico com duração menor, diminuição após o pico mais rápida).
• Dado em %
• Alta persistência – europeias.
• Principal problema das raças zebuínas porque até se chega numa produção
elevada, mas o animal não mantém, animal passa mais tempo produzindo
pequenos volumes do que grandes, tendo uma produção média menor ao final
do ciclo de lactação.
• Persistência é um dos fatores para escolha da raça que vai ser usada, porque
quanto maior a persistência maior o volume de leite produzido, entao toda a
produção ao longo do ciclo é a produção na lactação, pega a produção diária e
multiplica pelos dias em lactação (período de tempo) e se tem a produção total
dessa fêmea no período.
• Quanto tempo dura a lactação se considerar um intervalo entre partos padrão de 12
meses, vai ter um período seco de 2 meses, tendo assim 10 meses (305 dias) de
lactação. No campo o intervalo vai ser maior, mas se parte do pressuposto que é
possivel esse intervalo de 12 meses, vai ser de 14 a 15 meses na prática, tendo aumento
dessa lactação porque o que define o término dela é a previsão do próximo parto.
• Claro que se o animal ter uma baixa lactação pode-se parar e fazer um período seco
maior.
o Animais de alta produção têm mais dificuldade de fazer o período seco porque
produzem grande volume, podendo fazer um período seco menor, há estudos
que falam até de não fazer.
o Não fazer período seco na proxima lactação não atinge seu pico máximo
porque precisa desse intervalo (em algum momento precisa parar).
• Duração da lactação = período de tempo que a vaca fica produzindo leite dentro do
sistema.
Os paises com maior produção de leite estão na UE, uma característica histórica.
BRASIL: importa leite porque não produz o suficiente, principalmente produtos (Uruguai e
Argentina). Tem uma boa produção mais pode ser melhorada, isso se deve às raças criadas,
grande quantidade de raças zebuínas no rebanho leiteiro por maior parte do país estar situada
em clima tropical.
• O estado de maior produção é MG, sudeste e sul hoje produzem praticamente a mesma
coisa. Grande crescimento da produção no sul (principalmente RS e PR). Algumas fontes
dizem que a produção sul tem maior produção do país, tendencia nos proximos anos a
se estabilizar como maior produção.
• Enquanto MG tem muitos animais zebuinos e girolando a regiao sul trabalha muito com
animais europeus (Holandês, Jersey), esse é um dos motivos que a produção da região
sul vem crescendo cada vez mais ao longo dos anos.
• Início de lactação-0 a 70 dias (mais ou menos até 3 meses), até atingir o pico de
produção de leite. Exigência de energia aumentando a cada dia porque sua produção
está aumentando.
• Varia com a idade e raça, animais zebuínos vai ocorrer antes porque sua produção é
menor ficando entre 45 dias mais ou menos, com animais holandeses como tem maior
produção por ocorrer de 60-80 dias. Mas até os 3 meses a vaca tem que ter atingido o
pico de lactação.
• Primíparas têm persistência maior do que as adultas porque a produção é menor.
RESUMO:
Pico de ingestão demora quase 5 meses pós-parto, porque sua ingestão no final da gestação
diminui (compressão do rúmen, limitação física de ingestão) e isso permanece por algum tempo
pós-parto, primeiros 3-4 meses críticos porque além de estar com a capacidade física diminuída
está com o máximo das suas exigências de energia por causa da produção de leite, entrando em
BEN.
• Por mais que aumente a densidade energética com grãos se tem um limite fisiológico
para isso, senão vai se ter outros problemas como a acidose.
• O animal usa como estratégia então tirar a energia de suas reservas, vai ser percebido
grande mudança no ECC da vaca, nessa fase vai perder ECC porque vai mobilizar toda a
sua gordura de reservar para atender seu déficit, por mais que coloque energia na dieta
a demanda é maior e o que ainda faltar ela vai tirar da reserva, por isso o animal tem
que estar com ECC razoável no momento do parto.
• Quanto maior produção de leite maior o BEN, BEN é proporcional à produção de leite.
• Também nesse momento pós-parto ela também precisa voltar à reprodução, quanto
antes a prenhez menor o tempo cada lactação.
Fase intermediária: vaca atingiu o pico de lactação, gastou toda a reserva e chegou ao máximo
da sua capacidade de ingestão. Na fase inicial atinge o pico de produção, na intermediária
atinge o pico de ingestão de MS, isso quer dizer que agora a exigência em produção vai
gradativamente diminuir e tem condições de se alimentar em maior volume porque o rúmen
atingiu sua capacidade máxima, pode-se nesse momento usar maior parte de volumoso, mas
também usar um alimento energético porque ela perdeu peso (só para quando para de perder
peso) e ainda sua prioridade é produção de leite e não ganho de peso.
Fase final: Só vai ser eficiente em ganho de peso (pico) na fase final da lactação porque não é
mais sua prioridade e sim a deposição de reservas e já está com uma gestação mais avançada.
Melhor (mais barato e mais fácil) fase para fazer o animal engordar: baixa exigência para
produção de leite, gestação ainda não exige muito e tem boa capacidade de consumo ainda
(pouco crescimento do feto ainda).
• Não pode querer recuperar peso no período seco, por que nesse momento sua
prioridade é a gestação (grande crescimento fetal).
• Logo após o pico de lactação e antes do pico de ingestão (entre 3 a 4 meses pós-parto)
momento em que está com menor peso, próximo de 2-2,5.
• Fase final recuperar peso.
O certo é dividir os animais em grupos de acordo com a produção de leite que reflete o ciclo
de produção. Uma propriedade com poucos animais não vai fazer essa divisão, mas é preciso
ver a diferença na hora do fornecimento de alimentação, uma que recebe mais ração outra
que não recebe, para que não tenha desperdício de alimentos e que atenda corretamente as
exigências dos animais.
• Grupos 1 e 2 têm alimentação de alta energia e baixa fibra, o que vai mudar é que um
grupo está antes do pico e outro no pico ou depois, porque dois grupos se a dieta não
mudou? Não tem muita diferença na produção de leite, só que as do grupo dois já
perderam peso, já passou do período transição pós-parto, mas ainda está com
exigência alta porque ainda produz bastante leite, conforme vai diminuindo a
produção de leite muda de um grupo para outro.
• Grupo 1: vacas recém paridas, mas mais sensíveis. Fibra de alta qualidade e
que garanta que o processo fermentativo continue porque nesse momento
há grande fornecimento de concentrado para equilibrar o BEN.
• Grupo 2: passou a fase mais sensível, há modificação da dieta pouco a
pouco. Monitoração da produção de leite e conforme começa a diminuir
vai para o grupo 3 ou 4.
• O que muda entre o grupo 3 ou 4 momento que atingiu o pico de ingestão
e precisa diminuir concentrado e aumentar volumoso, o ECC e a produção de
leite da vaca diz se ela vai para o 3 ou 4. O grupo 3 tem energia intermediaria
e o 4 baixa energia e alta fibra.
• Que vaca passa do 2 para o 4 aquela que não emagreceu tanto,
que produz menos leite talvez, aquela que já conseguiu estabilizar seu
ganho de peso, que baixou muito a produção de leite (baixa
persistência na lactação) porque a quantidade de energia é
proporcional à produção de leite, mudou a produção muda dieta.
• Que vaca passa do 2 para o 3 emagreceu muito, está produzindo
muito leite e está difícil fazer o animal ganhar peso. Continua
mantendo energia na dieta porque essa vaca está respondendo em
produção ou porque está precisando de maior aporte de energia
porque ainda não está recuperando peso.
• Ultimo grupo: as vacas permanecem numa dieta de alta fibra até o final da lactação,
pode-se ter ajustes de acordo com o sistema de produção, se estiver trabalhando com
confinamento normalmente essas vacas vão receber forragem conservada (fica mais
difícil de diluir a quantidade de concentrado e energia da dieta), a
Se junta o ciclo de lactação das vacas com os grupos onde se trabalha com a alimentação para
atender às exigências diferenciadas em cada momento do ciclo, por isso que sempre precisa
saber quando foi o ultimo e quando será o próximo parto dessa vaca para localizar em qual
momento do ciclo ela está e confrontar isso com o ECC e com a dieta.
• Cuidado com a quantidade de energia dada no período seco para não permitir que o
terneiro cresça demais e aconteçam problemas no parto.
Não se pode ter vacas vazias que além de não estarem produzindo leite ainda estão vazias,
porque essa vaca não tem nenhum retorno em produção. Se está seca tem que estar prenha.
PERÍODO DE TRANSIÇÃO
• Para o animal para de produzir leite pode-se mudar a dieta do animal, retira nutrientes
e energia (retira os alimentos de qualidade). Impacto muito grande podendo ser um
problema.
o Nesse momento o animal está gestando e no terço final é o período de maior
desenvolvimento do filhote. Comprometendo a saúde da mãe e do futuro
terneiro.
• A capacidade física de ingestão do rúmen está menor, tirando os alimentos
energéticos e dando alimentos de baixa qualidade está induzindo a vaca a ter
um balanço energético negativo antes mesmo de parir, já começa a mobilizar
reserva porque teve mudança abrupta da dieta e sua exigência está alta.
• Pode restringir a oferta, mas não pode dar menos do que sua exigência, tem
que ser uma forragem de qualidade (rapidamente aproveitada).
• Cuidado do manejo alimentar no período de secagem e avaliar o que está acontecendo
com ela durante o período.
• O período seco dura em média 60 dias (pode ser mais ou menos), a secagem começa
em torno 60 dias antes do parto, se ela estiver produzindo muito leite pode encurtar
esse período para chegar a uma condição adequada de secagem. Avaliação do custo de
ordenha diário para saber quantos dias vai ser a realização da secagem, um animal que
produz muito pouco pode ter uma secagem maior porque não vale a pena manter em
produção.
• Importância de realizar o período seco: descanso/involução para a glândula mamária
(renovação dos tecidos, das células epiteliais), preparação do organismo para a próxima
lactação e para a produção de colostro (mais proteínas, vitaminas, minerais, leite mais
denso que o normal) e bom desenvolvimento do feto, reservas corporais.
• Precisa-se observar nesse período o ECC da vaca, indicativo que pode ter problemas.
Espera-se que no parto esteja entre 3,5-4,0 (não chegando ao 4 na verdade, prefere
mais magra do que gorda, a energia tem que ser para produção de leite e não de
deposição de gordura, desperdício de alimentos e custo).
• Em animais a pasto não é muito usual de ter uma vaca mais gorda, esse
problema é mais comum em vacas confinadas quando não há separação das
vacas secas das de produção.
• Vaca seca não separada das vacas em produção alimentação vai ser a mesma para as
duas e as secas vão estar comendo mais energia do que precisam, pode fazer com que
o animal deposite um excesso de gordura corporal.
o Esse animal mais gordo no pós-parto pode ter muitas dificuldades como
deslocamento de abomaso, cetose, síndrome da vaca gorda (grande
mobilização de gordura, síndrome do fígado gorduroso, acaba não conseguindo
metabolizar os ácidos graxos que se acumulam), febre do leite, retenção de
placenta, problemas no casco. Vai perder muito mais gordura, produzir pouco
leite.
• Vaca mais magra pode até produzir menos leite porque tem menos reservas,
mas raramente vai ter os outros problemas.
• IMPORTANTE SEPARAR.
• Melhor é manter para essas vacas uma pastagem de boa qualidade, menos riscos de fornecer
em excesso.
• 2 lotes:
• Até 21 dias do parto (em média 45 dias antes)
• 3 semanas finais pré parto (já estão no período de transição)
• Nesse momento já vai estar trabalhando com a mistura mineral evitar
hipocalcemia.
• Variação do CONSUMO ajuste da matéria mineral principalmente.
• Retirar alimento [ ]
• Pastagem de média qualidade
• Limitar o consumo: 1,5% PC reduzir produção de leite.
• ECC ≥ 3,0;
• Importância da reserva corporal no momento do parto:
• Vaca gorda (≥ 4,0):
• Dificuldade no parto
• Retenção de placenta
• Maior risco de cetose
• Menor ingestão de MS
• Menor produção de leite
• Maior propensão à síndrome do fígado gorduroso
• Maior incidência de mastite
• Maior propensão à desenvolver ovários císticos
• Maior perda de ECC ao início da lactação
• Menor eficiência reprodutiva
• Vaca magra (≤ 2,75):
• Dificuldade no parto
• Retenção de placenta
• Menor eficiência reprodutiva
HIPOCALCEMIA
• Absorve-lo de forma mais eficiente durante a digestão dos alimentos: regulada pela
presença da forma ativa da vitamina D.
• A adição de anions à uma dieta de pré-parto, induz na vaca uma acidose metabólica
que facilita a reabsorção óssea e absorção intestinal de Ca
• A absorção do Ca no pré-parto é reduzida, por isso deve-se aumentar a [ ] de Ca na
dieta.
• Sais aniônicos não são palatáveis podendo reduzir o consumo de alimento
palatabilizantes.
Dietas de vaca seca: 60-65% de NDT, na segunda fase usar a mistura mineral. Concentrado já nesse
período para a adaptação da dieta que vai receber no pós-parto (animais de alta produção).
Pode fazer adição de gordura na dieta, mas na forma protegida, para diminuir o BEN. Limite de
6-7% de gordura na dieta. Os ruminantes não se adaptam tão bem assim à adição de gordura,
tem que ser protegida para não causar problemas. Gordura fonte de energia, menor
mobilização de gordura corporal (BEN).
Fase 1
Fase 2:
• Sobre consumo de energia –não há limitação física da ingestão –cuidado com o nível
de energia e qualidade do volumoso incluso;
• Baixa ingestão Ca –mobilização Ca corporal pré-parto
• A niacina (ácido nicotínico vit. B3) faz parte do sistema de coenzimas que
atua no metabolismo de carboidratos, lipídeos, proteína, formação de ATP e
regulação enzimática
• Sua utilização pode prevenir acetose, diminuindo a formação de AGNE,
mantendo o nível de glicose no sangue e o consumo de matéria seca.
• Fornecer de 6 a 12g/dia, do 21º dias antes do parto até o 30° dia de lactação,
principalmente para vacas de alta produção (> 32 Kg leite/dia) e primíparas
produzindo acima de 25Kg/dia, bem como as vacas obesas.
• Imunidade reduzida: vitamina E, zinco, cobre e selênio podem ser benéficos
evitando problemas como mastite e retenção de placenta. Feno ou outro volumoso
com bolor, não deve ser fornecido as vacas, pois pode afetar o sistema imunológico
e a resistência à doenças das mesmas.
MANEJO NO PERIPARTO
• Fase crítica: primeiros 21 dias.
• Principalmente se animais de alta produção
• Período de adaptação fisiológica
• BEN –ECC
• Síntese do leite: EM alimento–eficiência de 60 –65%. E reservas–eficiência de 84%
• Doenças da produção–desordens metabólicas
MANEJO PÓS-PARTO: fornecer energia suficiente para as vacas produção de leite, animal
está em BEN. Energia proveniente de alimento concentrado, isso pode causar acidose, esse
animal vai ter redução na produção, na ingestão de alimentos, produção de ácido lático que faz
diminuição do pH ruminal. Tem que observar a quantidade de fibra da dieta, muito alimento
concentrado pode diminuir mastigação, ruminação tendo menor produção de tamponantes que
são importantes tem que observar a fibra fisicamente efetiva (fibra longa).
• PDLc=produção de
leite corrigida para 4%
de gordura, kg/dia;
• CMS=consumo de MS, kg/dia
o = 158 litros água/dia.
COMPOSIÇÃO DO LEITE
Animal (raças)
• Uma alta CCS no leite indica que provavelmente existe infecção em pelo
menos um quarto mamário do úbere, causando um processo inflamatório
chamado mastite.
• Mas pode ocorrer normalmente pela descamação do epitélio da glândula
mamaria pela lactação, renovação do epitélio.
• Vacas de primeira cria têm teores de gordura, proteína e lactose mais elevados que
vacas que tiveram mais de uma cria.
• Na segunda e terceira lactações os teores de ST do leite são mais baixos,
elevando-se a partir da quarta lactação.
• Variação com idade: teor de gordura, proteína e lactose praticamente não muda
porque é um fator genético, tem-se variação natural durante o ciclo, mas em média
mantém a sua composição.
• Auge produtivo das
vacas normalmente entre terceira e quarta lactação, a partir disso já pode começar a
diminuir, dependendo de fatores como idade a primeira lactação, sistema de produção
(se conseguiu atingir as exigências do animal ou não), sanidade. À terceira cria essa
vaca tem que ter chego ao patamar de produção, em sistemas intensivos com 5 anos
em partos já são vacas velhas, porque já ultrapassaram o patamar e a tendência é
diminuir. Em sistemas menos intensivos que exigem menos das vacas tem-se uma vida
útil maior.
Sanidade
• A mastite reduz a produção de leite, bem como seus níveis de gordura e lactose.
• Entretanto, não há modificação do conteúdo de proteína.
• As mudanças ocorrem muito rapidamente após a infecção do úbere.
PRÁTICAS DE ORDENHA
• Aumento de gordura em ordenhas mais frequentes
• Vantajoso praticar duas ou mais ordenhas. Assim o leite da tarde é mais gorduroso que o leite
da manhã.
Água
ENERGIA PARA BOVINOS LEITEIROS
• Fibras – CHO
• Alta eficiência de utilização – fermentação ruminal
• Tipo de CHO determina a quantidade de energia disponível
• CNF x FIBRA:
• Mais CNF
• Menos gordura do leite
• Acidose e laminite
• CNF: máximo de 44 a 36% da MS (dependendo dos teores de FDN da dieta e destes teores na
forragem).
COMPOSIÇÃO DO LEITE
• Acetato = qualidade do leite
• Propionato
= quantidade de
leite Dieta
• Gordura:
• Relação volumoso: concentrado
• Fibra efetiva
• Tipo de concentrado e o seu processamento
• Inclusão de gordura na dieta
• Aditivos
• Ácidos graxos trans (menor, bio-hidrog.): CLA (ácido linoleico conjugado).
• Relação volumoso: concentrado AGVs
• > [ ] = <% gordura no leite diminui relação acetato: propionato.
DIETA: Altera a produção de leite porque altera o perfil fermentativo dento do rúmen. Mais
pasto tem maior produção de acetato que é precursor da gordura do leite, então favorece a
gordura no leite (dentro dos limites genéticos). Quando é confinada (ração) tem maior
produção de propionato que é direcionado para a glândula mamária e interfere na captação de
água (interfere no metabolismo e produção de lactose que interfere na captação de água) e
consequentemente favorece a produção de leite em volume, o propionato também mexe na
disponibilidade de energia do animal.
Conforme tem alteração da dieta do animal tem alteração na quantidade de acetato ou
propionato. Tem que avaliar isso de acordo com os fatores econômicos, de acordo com as
características do sistema de produção vai ter diferença na relação volumoso:concentrado,
quanto mais intensivo na busca de maior volume (níveis de produção) vai ter aumento de
concentrado e diminuição de volumoso tendo um aumento na produção em volume, maior
fornecimento de energia.
Quando chega na relação 40:60 o teor de gordura vai estar em declínio porque está na faixa
onde acontece a maior mudança entre acetato e propionato, o pH ruminal diminui também
tendo impacto na degradação da fibra tendo uma mudança grande no perfil fermentativo.
Sistema a pasto – mais econômico, mais gordura. Confinamento – maior custo com energia e
instalações, precisa-se de rentabilidade e se quer mais volume.
Quando se passa da relação 50:50 e está se dando mais ração do que pasto chega em um limiar
crítico para a saúde das vacas, e esse limiar também envolve a produção, a partir dessa faixa os
animais ficam mais susceptíveis à acidose, reduz pH ruminal, diminui taxa de degradação da
fibra. Quanto mais aumenta no concentrado mais atenção na produção afeta equilíbrio
ruminal. Só trabalha com animais com concentrado com aqueles animais com alto desempenho
produtivo (potencial genético), com potencial de resposta bom (tem que valer a pena).
Avaliar a economicidade do sistema de produção pra ver se vale a pena realidade tanto do
local quanto do rebanho.
Principais: holandesa e Jersey, diferença na qualidade do leite, Jersey produz leite com mais
gordura e sólidos totais, já a holandesa produz mais em volume.
RAÇAS EUROPEIAS
HOLANDESA
JERSEY
• Origem: Ilha de Jersey (11.600 ha) no canal da Mancha, Inglaterra, a 20 km da costa francesa.
• Animais de porte menor (350 a 450 kg) – hoje já se tem animais maiores
(até 650kg) nos nossos rebanhos, mas ainda assim não chega a altura e
comprimento da Holandesa.
• Acaba sendo uma vantagem pelo volume de alimento que ela precisa.
• Pelagem parda, com variação de pardo-escuro ao amarelo-claro.
• Cascos mais escuros (do que Holandesas)
• Pode apresentar malhas brancas
• Extremidades do corpo e na face a pelagem é mais escura.
• Mucosas do focinho e da língua são pretas.
• Mais adapta a criação a pasto, eram mantidas livres.
• Leite com mais sólidos, mais rendimento para indústria para produção de
queijos por exemplo. Esse é o bom da cruza com a holandesa: aumenta volume
e tem os sólidos da Jersey.
• Fêmeas extremamente dóceis, mas os machos não. Têm alta fertilidade e
precocidade, o touro tem alta libido.
• 2 tipos:
• Tipo ilha ou clássico: animais menores fêmeas 350-450 kg e machos 400-500 kg
• Tipo americano ou canadense: animais maiores fêmeas 500-600 kg e machos 700-
800 kg
• No Brasil – raça introduzida no RS em 1896 por Joaquim Francisco de Assis Brasil
• Santa Catarina é o maior produtor de gado Jersey do país. A maior bacia leiteira está
localizada no sul do estado, no município de Braço do Norte.
• Características produtivas:
• Boa produção de leite com alto teor de sólidos
• Produção média: 3500 –5500 kg leite/lactação (305 dias)
• Teor de gordura de aproximadamente 5%
• Teor de proteína de aproximadamente4%
• Possui um rendimento industrial em torno de 20% a 25% a mais que a raça holandesa.
• Raça precoce com cios bem visíveis e longos, idade ao primeiro parto, entre 26 e 30
meses.
• Alta fertilidade
• Animais rústicos – menores problemas de cascos, ossos fortes e bons aprumos.
• Boa adaptabilidade.
• Alta longevidade – justamente porque se adaptam muito bem
• Facilidade de parto – terneiros menores.
• Alta eficiência de pastejo.
• Menor incidência de problemas de casco
• Problemas: maior incidência de hipocalcemia pós-parto, menor valorização da vaca descarte.
PARDO-SUÍÇA
• Origem: Suíça
• Formação: É uma das raças mais antigas, do período neolítico, até 1800 a.c. havia 12
variedades. Em 1572 foram encontradas evidências de animais de chifres curtos e
de cor castanha (criados para carne, leite e trabalho), região de origem-pastoreio
entre 800 a 2800m de altitude (adaptação), em 1860 seleção para a coloração
parda, em 1907 nos EUA – seleção para linhagem leiteira.
• Linhagem de corte e de leite.
• Características:
• Animais de grande porte (por ser selecionada para corte também)
• Fêmeas: 550 a 750kg e Machos: 800 a 1300kg
• Pelo de cor parda (cinza) variando de muito claro até muito escuro e pele escura.
• Musculatura forte e estrutura óssea sólida
• Muito bons aprumos, com cascos pretos e muito resistentes.
• Baixa incidência de laminites.
• Alta CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO (vem de uma região montanhosa)
• Características produtivas:
• Alta produção de leite, com qualidade intermediária entre o leite Jersey e Holandês.
• Saúde de glândula mamaria muito boa
• Boa fertilidade.
• Boa longevidade.
SIMENTAL
• Formação: No início houve a proibição do governo da Suíça impondo altas taxas para
saídas de animais, os países próximos, como a Áustria, Itália, França, bem como a
Alemanha naturalizaram animais com genótipos Simental e assim desenvolveram
linhagens próprias, hoje o Simental é uma raça Cosmopolita, presente em todos os
continentes, sendo o maior genótipo a nível mundial.
• Características:
• Originalmente tripla aptidão.
• Linhagens para corte e leite - Dupla aptidão.
• Possui pelagem amarelada ou vermelha, com manchas brancas características.
• Características produtivas:
• GUERNSEY
• Oriunda da ilha de Guernsey, localizada próximo a ilha de Jersey no canal da Mancha–
Inglaterra
• De porte médio e com pelagem de amarelada até avermelhada malhada.
• Produz de 4000 a 7000 litros por lactação, com alta porcentagem de gordura.
• Não muito usada, já usadas no RS.
• AYRSHIRE
• Originou no Condado de Ayrna Escócia.
• Malhada de vermelho, preferentemente com manchas vermelhas pequenas, bem
definidas.
• Produzem média 6.500kg de leite com 3,5% a 4,0% de gordura e 3,38% de proteína.
RAÇAS ZEBUÍNAS/INDIANAS
GIR LEITEIRO
• Origem Índia
• Formação: talvez seja a raça zebuína mais antiga, segundo textos sagrados hindus.
Levado por povos que habitavam o norte da África em direção ao subcontinente
indiano adaptação ao ambiente e aos inimigos naturais (posição dos chifres).
• Maior seleção genética, melhor adaptada às nossas condições.
• animal de dupla aptidão.
Caracteristicas
• Conformação craniana (indicio da antiguidade da raça)
• Única raça bovina com chifres voltados para baixo e para traz
• Crânio ultraconvexo
• A pele deve ser preta ou escura, o que lhe proporciona tolerância à incidência solar.
• Pelagem: vermelha (predominante), Mura (pelos pretos e brancos) e
Chitada/salina (pelos brancos e vermelhos).
• Orelha pendular
Características produtivas
• É a raça zebuína de maior produtividade leiteira em clima tropical
• Resistência a endo e ectoparasitas
• Leite com grande porcentagem de gordura e proteína (sólidos), produção de leite mediana.
• Denominado Girolando
• A raça mais versátil do mundo tropical, segundo a Associação Brasileira dos Criadores de
Girolando
• Criado no Brasil e foi reconhecida pelo MAPA com a composição genética 5/8 holandês e 3/8
gir, bimestiço
• É responsável por aproximadamente 80% do leite produzido no Brasil
• Raça sintética mais utilizada na região sudeste do país
GUZERÁ
Características
• Dupla aptidão
• Boa produção de leite
• Férteis
• Ligamentos fortes
• Dóceis se bem manejados
• Recomenda-se manejo diferenciado desses animais zebuínos – temperamento.
CRUZAMENTO HOLANDESA x GUZERÁ
• Denominado Guzolando
• De grande porte, geralmente de pelagem preta ou vermelha.
• O úbere é firme, de ligamentos poderosos, permitindo produção acima de 7000 kg
Raças zebuínas possuem produtividade inferior, leite com mais sólidos, em torno de 15L,
animal de baixo custo para o sistema de produção – adaptação.
MANEJO DA ORDENHA –
INSTALAÇÕES
IMPORTÂNCIA DA ORDENHA: é uma das tarefas mais importantes. Uma ordenha correta é
essencial para se obter leite de uma maneira rápida, higiênica e sem causa lesões nos tetos ou
espalhar doenças entre as vacas.
SALA DE ORDENHA
• Limpa, arejada, confortável, bem dimensionada e funcional para o animal e ordenhador.
• Evitar contaminação microbiana
• Evitar acúmulo de fezes e proliferação de moscas.
ROTINA DA ORDENHA
• Animais sadios devem ser ordenhados primeiramente, vacas doentes por ultimo (fonte de
contaminação).
• Ambiente tranquilo e calmo
• Horários fixos
• Preferencia em horários de temperatura mais amena
• Ordenhador: deve sempre lavar as mãos ou usar luvas, deve observar as vacas em
tratamento, vacas com lesões no teto ou quartos inchados, os tetos só devem ser
lavados se estiverem excessivamente sujos e após a limpeza deve-se secá-los com
toalha individual. A água presente na vaca pode escorrer e empoçar no topo das
teteiras levando consigo MO.
• Retirada do 3 primeiros jatos, lavagem dos tetos, desinfecção pré-ordenha, secagem.
Não é necessário utilizar água corrente sempre para limpar os tetos (evitar desperdício), se
usar molhar minimamente o animal. Se não usa água é feita a retirada dos 3 primeiros jatos na
caneca.
ELIMINAÇÃO DOS PRIMEIROS JATOS: Envia sinais para o cérebro para que ocorra a liberação
de ocitocina, permite que os ordenadores observem grumos e coágulos (também coloração)
no leite identificando as vacas com mastite clinica, esse manejo acaba também fazendo uma
limpeza do canal.
•Deve ser feito diariamente antes de cada ordenha.
• Se a vaca estiver doente, já entrou na sala de ordenha, fazer a ordenhada e colocar o leite
em outro recipiente. Para o próximo animal tem que fazer a higienização das teteiras.
- Depois desse manejo fazer o pré-dipping
PRÉ-DIPPING: é a imersão do teto com uma solução desinfetante (tem que ficar de 20-30 seg,
depois secar com toalha de papel descartável ou um pano para cada vaca) É uma maneira de
eliminar bactérias e diminuir as infecções intramamária, os copos aplicadores não deixam a
solução em contato com o teto retornar para dentro do recipiente.
• Produtos mais utilizados: hipoclorito de sódio 2%, iodo 0,3%, clorexidina 0,3%.
SECAGEM DOS TETOS: a secagem remove o desinfetante do teto, água, leite que pode ter
ficado acumulado. São feitos movimentos giratórios com a toalha de cima para baixo, depois é
virada a toalha e com o lado limpo secar a extremidade do teto.
COLOCAÇÃO DAS TETEIRAS Posição, a teteira funciona por vácuo, não pode deixar raspando
no chão. O ideal é não manear a vaca, se ela está agitada é porque o manejo não está correto.
PÓS-DIPPING: remove a película de leite que fica no teto (o produto recobre a superfície do
teto) evitando a proliferação de bactérias, previne a colonização do canal do teto por
organismos e elimina infecções no local, porque o canal do teto pode ficar aberto até 30-40 min
após a ordenha. Recomenda-se dar alimento para manter as vacas em após a ordenha para que
o canal do teto se feche completamente antes das vacas deitarem.
APÓS A ORDENHA: limpeza dos equipamentos (instalação, estrutura). Passar água quente
por toda a tubulação, usar detergentes adequados (o de cozinha deixa resíduos no leite)
para limpeza da ordenhadeiras.
ORDENHAS
CRIA E RECRIA
• Animais jovens apartados da mãe logo após o nascimento. Vacas estarão separadas
tendo o manejo de reprodução.
• A saúde, bem estar, desempenho dos animais dependerá da pessoa que está manejando os
animais.
• Objetivo é a produção fêmea – nascimento da terneira. Os machos não tem interesse
comercial na pecuária leiteira, por isso as vezes se usa sêmen de corte para se ter algum
valor para esses terneiros que irão nascer.
• Recria das futuras fêmeas de reposição do rebanho.
• A principal preocupação com essas vacas do rebanho de cria vai ser a sanidade (bem
estar, higiene), esses cuidados iniciam logo após o parto, principalmente se as fêmeas já
tem histórico de problemas no parto.
• Acompanhamento do parto: garantir a limpeza das vias aéreas, corte e desinfecção do
umbigo (cura do umbigo) tesoura desinfetada, 3 dedos abaixo de sua inserção, cura
do umbigo com solução de iodo 5-10% por 2 a 3 minutos.
• Cura do umbigo tem impacto na saúde das futuras fêmeas
CRIA E RECRIA
• O colostro deve ser ofertado pelo menos nos primeiros 3 dias 2 litros de colostro/dia
• Aumentando para 2 -3 litros/dia do terceiro dia em diante (2 x/ dia) ou até atingir 10% do
peso corporal.
Diarreia - excesso de leite
• Observar o animal – comportamento
• Pneumonia
• A partir do sétimo dia:
• 3 a 4 litros leite/dia
• Água limpa à vontade
• Concentrado inicial (peletizado)
• Feno de boa qualidade
• Mistura mineral
• Ausência do colostro: Um ovo batido em 300 ml de água + colher chá óleo vegetal
+ 600ml leite integral. Clara de ovo bactericida, globulinas.
• Sucedâneos lácteos
• Após 3 semanas. Se usado para animais mais jovens, usar fontes de proteína lácteas
(não vegetais).
• Máx. 10% amido
• Custo e correto preparo
Maior parte dos produtores prefere o individual pelo menos na primeira semana – mais
atenção, fornecimento do colostro.
Nas baias coletivas pode-se trabalhar com alimentadores individuais, todos os animais têm que
receber a quantidade certa de leite. Nas coletivas tem que separar os animais em grupos por
idade. Alimentadores coletivos para grande número de terneiras.
• Sistema argentino ou sistema tropical de criação – amarrados no campo (sem baias)
• Alimentador automático – máquina identifica qual a terneira.
• Baia coletiva sobre cama
• Baia individual para aleitamento
Baias fixas ou abrigos móveis (casinhas) quando se têm muitas terneiras fica difícil fazer o
manejo desses abrigos móveis, o uso dos móveis é usar um lugar que não precisa ficar
limpando sempre.
A escolha entre individual e coletivo é pela infraestrutura que se tem disponível, numero de
animais para alocar e a mão de obra que vai ser usada. Baias coletivas maior interação social,
bem estar, bovinos são animais gregários e os animais jovens têm essa necessidade.
Importância da pessoa que faz o fornecimento do leite aos animais – interação do tratador com os
animais.
Uma forma de economizar é ter as individuais até 3 semanas e depois manter juntos em
piquetes com área coletiva para descanso.
A fase de cria vai até os 90 dias (60-90) que é o período que se fornece leite, a partir dos 90 ou
quando a terneira já tem uma ingestão de alimentos considerável se faz o desaleitamento.
DESCORNA: quanto mais cedo melhor, botão córneo torna-se saliente, por volta de 45 dias
após o nascimento. Pomada química à base de soda cáustica, evitar dias chuvosos,
escorrimento, ferro quente.
REMOÇÃO DE TETAS SUPRANUMERÁRIAS: Primeira semana de vida da terneira. Desinfecção e corte
DESALEITAMENTO:
• Ingestão de cerca de 600 gramas de ração por dia para animais da raça Holandesa,
500 g para animais da raça Jersey. Em torno de 60 dias de idade.
• Depende tipo dieta –acesso pastagem, gradativo
• Objetivo: animal saudável;
• Não são buscados elevados ganhos de peso (450-500 g)
• No desaleitamento diminui quantidade e frequência do leite forma de
estimular a terneira a procurar outros alimentos.
• O animal precisa estar ingerindo concentrado, que vai ser fornecido até o 4º/5º
que já está começando a aproveitar o pasto.
FASE DE RECRIA: vai do desmame até o primeiro parto. Crescimento em torno de 500 a
600g/dia, lotes por tamanho/idade, cuidado no manejo alimentar desenvolvimento da
glândula mamária.
• Manter os animais em pastagens de boa qualidade, maioria dos sistemas é recria em
pastagem.
• Cuidado com a velocidade de crescimento desses animais. Não fornece concentrado em
recria.
ATENÇÃO: GMD acima de 0,5 Kg/dia para raças de porte pequeno e 0,7 Kg/dia para raças de
grande porte→ comprometimento do desenvolvimento da glândula mamária = acúmulo de
gordura.
CRIAÇÃO DA NOVILHA: Taxa de crescimento da glândula mamária
em comparação com a taxa de crescimento corporal de bezerras de 12 meses de idade.
CRIAÇÃO DA FÊMEA
• Pode ser feita a avaliação de altura dos animais, diz como está o crescimento. Bom
usar a relação peso e altura.
• Tabelas trazem a informação do peso para cada raça porte acompanhamento do
crescimento da terneira
influencia na produtividade da fêmea futuramente e importante para seleção das fêmeas
para reposição.
• Sistemas de terceirização de recria – sem
mercado especializado.
MANEJO REPRODUTIVO
• Primeiro cobertura -14/15 meses (precoces)
• Depende do sistema alimentar e sanidade (cria)
• PC para cobertura das novilhas varia de acordo com a raça:
• Mínimo de 340 kg para a raça Holandesa (16-18 meses)
• 330 kg para a Pardo-Suíça
• 230 kg para a Jersey (14-16 meses)
• 320 kg para as mestiças Holandês x Zebu
• 280 kg para as mestiças Jersey x Zebu
• Separa em outro lote, lotes - 6 a 8 animais. Maneja junto com as vacas secas por causa
da rotina, inserção de novos animais gera estresse, juntando elas já tem
reconhecimento do novo grupo. Também a alimentação vai ser similar.
• Observação constante: animais apáticos, sobra de alimento, ingestão de água.
Sombreamento –água – alimento.
• A partir da confirmação da prenhez –60 dias após inseminação, novilhas podem ser
agrupadas com as vacas secas.
• Misturar lote de novilhas com as vacas secas somente nos últimos 60 dias pré-parto não é
recomendado:
• Período de maior desenvolvimento fetal = estresse social – relações de dominância,
agressividade, redução do consumo voluntário.
• 2 a 3 semanas pré-parto – adaptação à sala de ordenha (junto com as vacas que já sabem a
rotina).
INTENSIVOS E CONFINADOS
As estruturas de confinamento possuem hoje dois grandes modelos, assim como os animais
jovens tem uma opção de estruturas/instalações também se tem para esses animais/vacas em
produção que serão confinados.
Bastante usado por causa da limitação de mão de obra na bovinocultura de leite, na produção
de pastos tem que fazer piquete, tirar do pasto, levar para outros piquetes, são vários manejos
além daqueles da rotina diária (ordenha), precisa-se de mais pessoas para trabalhar e pessoas
com perfil especifico para essa rotina.
Embora SC tenha incentivo para produção a pasto se vê a migração dos produtores para o
confinamento em virtude das facilidades.
O confinamento pode ser um produtor que constrói ou vários produtores que fazem isso juntos,
como condomínios para bovinos leiteiros. Isso permite que esses pequenos produtores
consigam ter acesso a recurso financeiro maior e trabalhar com maior tecnologia e conforto,
facilitando o dia a dia dentro da propriedade.
INSTALAÇÕES PARA BOVINOS DE LEITE: Maior parte das edificações para bovinos leiteiros são
instalações abertas, com ventilação natural, associadas ou não com ventilação artificial,
complementando uma maior movimentação de ar. Maior parte são estruturas bem simples.
• Pode-se climatizar, mas nem sempre é necessário porque não temos temperaturas
extremas e tem maior custo de instalação.
TIE STALL: sistema de confinamento total das vacas durante o período produtivo. Rebanhos
pequenos e de alta produção, alimentação no cocho, alto custo.
• Vacas ficam presas por uma corrente, sistema mais antigo de confinamento.
• Não é mais um sistema usual, evolui para o free stall.
Vantagens: maior atenção individual aos animais, trabalho mais confortável ao funcionário,
praticidade de manejo (rebanhos pequenos), animais limpos, fácil mecanização.
Desvantagens: prender e soltar os animais (para comer, para ir para ordenha, difícil organizar
uma linha de ordenha por que as vacas se acostumam com uma ordem de lugares, difícil de
fazer o arranjo quando se tem uma vaca com mastite que precisa ir por ultimo, por exemplo),
pouco exercício dos animais, se não for mecanizado é muito manejo, alto custo, impossibilidade
de separação de lotes por produção, maior estresse, conforto ambiental.
FREE STALL: Surgiu nos EUA no final dos anos 50 e popularizou-se rapidamente. Área livre para
alimentação e exercício, baias para descanso (individual).
Desvantagens: alto custo das instalações, menor atenção individual, vacas sujas se o sistema de
limpeza não é eficiente(mastite por contaminação ambiental), maior competição, saúde dos
cascos porque ficam no piso (além de comer concentrado que pode levar a laminite
enfraquecendo o casco). A sanidade também pelo fluxo livre desses animais.
• Os animais permanecem lado a lado, em baias individuais que devem ser bem
dimensionados, cm largura suficiente para o conforto do animal, sem, entretanto,
permitir que o mesmo vire-se.
• O
comprimento deve ser o mínimo para que o animal ao deitar-se, permaneça com o
úbere e as pernas alojadas internamente ao cubículo, enquanto as dejeções são
lançadas no corredor de limpeza ou serviço.
• A cama deve ser de material seco e macio, distribuído com uma espessura de 10 cm,
utilizando-se palha, capim seco, areia, maravalha de madeira, ou mesmo material
emborrachado, industrializado. Mais conforto, menos abrasividade (menor impacto aos
cascos).
• O corredor de serviço deve ter o piso concretado e frisado no sentido longitudinal, com
declividade de 1 a 1,5% para evitar que os animais escorreguem e facilitar o
escoamento de água e resíduos orgânicos, principalmente se for adotado o sistema de
manejo liquido dos dejetos.
o Rodo que fica passando no corredor para limpar os dejetos, a estrutura da cama
é projetada para que ela entre de frente e saia de ré para que as fezes e a urina
caiam no corredor e facilite a limpeza. Baias projetadas para que ela não
consiga se mover e fazer na cama.
o Estruturas dimensionadas para animais de tamanho especifico para que dê
certo, tudo projetado de acordo com o rebanho.
• Incidência de sol a área de descanso, o sol ajuda a manter as estruturas limpas e
também é importante para os animais (vitamina D que é importante para
metabolismo do cálcio – hipocalcemia).
COMPOST BARN: compostagem ocorre ao longo do tempo com o material da cama e a matéria
orgânica dos dejetos dos animais. Criação de vacas em cama, em vez de baias individuais são
baias coletivas.
• Estrutura toda aberta com cama, estrutura única com saída para área de alimentação e de
ordenha.
• Pode ser só com telhado e laterais abertas.
Vantagens:
• Sistema mais barato para implantação, não precisa construir as estruturas que os outros
possuem.
• Mais conforto e bem-estar: mesmo quando em pé, as vacas permanecem sobre uma
superfície mais macia que no concreto, maior liberdade, socialização. Maior bem-
estar vacas mais saudáveis.
• Redução de problemas de casco, pois comparado aos sistemas tipo free stalls, no
compost barn as vacas têm mais espaço, o que permite maior liberdade de
movimento tanto para se locomoverem quanto para deitar.
• Estudos demonstram que 7,8% de vacas com problemas de casco em
propriedades com compost barn, contra 19,6 a 27,8% em propriedades do
tipo free stalls.
• Com a melhoria na sanidade do casco, as vacas apresentaram maior facilidade de
manifestação de cios, melhorando a taxa de detecção de cio pelos tratadores.
• Taxas de detecção de cio aumentaram de 36,9% para 41,4% e as taxas de
concepção aumentaram de 13,2% para 16,5% quando vacas foram deslocadas
do free stall para o compost barn.
• Melhoria da qualidade do leite, com redução da CCS e menor incidência de mastite.
• Há áreas que a cama vai ficar compactada como onde as vacas passam
com maior frequência ou áreas de cocho projetar bem essas áreas.
• Problemas de manutenção da qualidade da cama em regiões muito
quentes e/ou úmidas, a dificuldade é baixar a umidade da cama. Uso
de ventiladores para tentar controlar a umidade, às vezes o ventilador
pode trazer umidade externa para o confinamento - problema.
• Higiene e controle da mastite, observar a condição de higiene do úbere (escore
de limpeza do úbere), a limpeza do úbere reflete a qualidade da cama em que
o animal está. Também se usa esse parâmetro no sistema free stall - vaca
pode ser teimosa e deitar no corredor, pode-se ter erro de
CAMA
Escolha do tipo de cama. O material da cama deveria ser barato, sexo, confortável e não
permitir o crescimento bacteriano. Material de maior disponibilidade e menor custo,
compatível com o sistema de manejo dos dejetos. As camas orgânicas mais utilizadas são: palha
ou feno, serragem, maravalha, resíduos de culturas agrícolas (milho, espigas, casca de café, e
outros), resíduo de papel e papel picado, compostagem de esterco e outros materiais.
Em razão dos materiais orgânicos permitirem maior facilidade de multiplicação microbiana nas
camas, o manejo de limpeza e reposição implica em maiores cuidados.
Os principais materiais inorgânicos são a areia e os colchões. A areia apresenta custo elevado e
pode ter limitações de uso em alguns sistemas de manejo de dejetos. Mesmo sendo
considerado um material inorgânico, na medida em que ocorre intensa contaminação da areia
por fezes e urina, este tipo de cama pode permitir aumento da contaminação ambiental,
principalmente quando a areia é reciclada e a lavagem é feita com água já contaminada. Para
ter boa qualidade, a areia deve apresentar baixa contaminação com argila ou lama, partícula
fina e ser armazenada adequadamente, para evitar a contaminação.
•Quando as vacas estão em condições confortáveis de ambiente, o tempo em que
permanecem deitadas durante o dia é de cerca de 8 a 12 horas.
•O manejo de limpeza e reposição das camas afeta diretamente o grau de contaminação e higiene das
camas.
Nas camas de areia, a recomendação mais utilizada é que seja feita semanalmente a adição de
areia para manter uma camada de cerca de 15-20 cm. Recomenda-se ainda que durante todas
as ordenhas seja feito um manejo de limpeza e retirada manual de esterco em locais com
acúmulo de urina, assim como um nivelamento da cama para melhorar o conforto. Não é
recomendado revolver a areia, pois a camada inferior é geralmente mais contaminada e a
reposição de areia deve ser feita somente na camada superior.
Pode ser utilizado aditivos na cama, com o objetivo de aumentar a vida útil do material e
reduzir a contaminação bacteriana. A cal hidratada é um dos mais utilizados em razão do custo
e da disponibilidade. A principal função da cal hidratada é de reduzir o teor de umidade e
alcalinizar a cama, o que dificulta o crescimento de microrganismos contaminantes. Os estudos
indicam que a adição de cal ou outro aditivo apresenta efeito de duração curta de 24 a 48
horas e somente teria boa eficácia Se fosse adicionada diariamente
A principal diferença entre o compost barn e o free stall é em relação ao espaço proporcionado
par as vacas leiteiras que estão alojadas e não estão divididas em baias.
O compost barn oportuniza aos pequenos produtores uma alternativa para elevar a produtividade do
rebanho.
Embora o custo de implantação do compost barn seja bem menor em relação ao free stall, seu
custo de manutenção é bem mais alto.
Não se tem um melhor, os dois têm suas vantagens e desvantagens, a escolha vai ser de acordo
com o local (manejo, disponibilidade do material para cama, custos para implantação). Regiões
tropicais têm bons resultados com o compost.
AMBIÊNCIA EM CONFINAMENTO: painéis evaporativos, ventilação cruzada, estábulos.
CONFORMAÇÃO DE BOVINOS
LEITEIROS
SELEÇÃO DE ANIMAIS
• Tipo e conformação: o tipo ideal reúne características físicas que contribuem para a
utilização de um animal para um propósito específico.
• Aptidão leiteira – “habilidade” para produzir leite: potencial genético, alimentação.
• Temperamento leiteiro: capacidade de transformar alimentos em leite, forma do
corpo – cunha, índole e controle emocional do animal, estágio de lactação e idade do
animal.
LARGURA DA BACIA
ÂNGULO DE CASCO