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● Dessa forma, criam-se alguns padrões, como o vilão e o mocinho, as histórias de amor,
os finais felizes. No fundo, toda a produção artística fica padronizada e não há espaço para o
novo.
● Todo esse processo de padronização ocorre também no universo da música.
música Um
● Na maioria das vezes, estes produtos não fornecem o que prometem (alegria,
sucesso, juventude, etc). Assim, cria-se a ilusão no consumidor, prendendo-o num
ciclo vicioso de conformismo.
Nem tudo é visto como negativo na Indústria
Cultural;
... como dizia o filósofo e sociólogo Walter Benjamin (1892
1940) ...
“Na indústria cultural, este consumo excessivo dos produtos culturais se transforma
em uma via de democratização para a arte, pois ele pode levar cultura para um
maior número de pessoas”.
Sobre o uso das tecnologias ...
● Nos dias atuais, com o uso e avanço das tecnologias, as pessoas podem ter fácil
acesso, assim como podem gravar e compartilhar com outras pessoas do mundo;
além disso permite que muitos artistas, sem recursos financeiros gravem em estúdios
improvisados e divulguem o seus trabalhos nas redes de computadores, permitindo
assim a democratização ao acesso à cultura.
Como seres consumidores que somos, podemos melhorar esse
cenário, evitando com que a Industria Cultural nos obriguem a
aceitar o que ela quer?
Como?
● O mundo está em suas mãos, na distância de um click.
● Comparando o conteúdo de duas canções, “O Menino da porteira” escrito por
Teddy Vieira e Luís Raimundo e cantada pela primeira vez por Luizinho e Limeira
no ano de 1955, e a música “Alô dono do bar” escrita por Devinho Novaes e
cantada por Wesley Safadão em 2017.
Menino da Porteira [Teddy Vieira, Luizinho] Apiei do meu cavalo num ranchinho à beira chão.
Ví uma mulher chorando, quis saber qual a razão.
Toda vez que eu viajava pela Estrada de Ouro Fino de longe - Boiadeiro veio tarde, veja a cruz no estradão!
eu avistava a figura de um menino Quem matou o meu filhinho foi um boi sem coração!
que corria abria a porteira e depois vinha me pedindo:
- Toque o berrante seu moço que é pra eu ficar ouvindo. Lá pras bandas de Ouro Fino levando gado selvagem quando
passo na porteira até vejo a sua imagem
Quando a boiada passava e a poeira ia baixando, eu jogava O seu rangido tão triste mais parece uma mensagem.
uma moeda e ele saía pulando: Daquele rosto trigueiro desejando-me boa viagem.
- Obrigado boiadeiro, que Deus vá lhe acompanhando pra
aquele sertão à fora meu berrante ia tocando. A cruzinha no estradão do pensamento não sai
Eu já fiz um juramento que não esqueço jamais
Nos caminhos desta vida muito espinho eu encontrei, mas Nem que o meu gado estoure, e eu precise ir atrás
nenhum calou mais fundo Neste pedaço de chão berrante eu não toco mais
do que isto que eu passei.
Na minha viagem de volta qualquer coisa eu cismei.
Vendo a porteira fechada o menino eu não avistei.
Alô dono do bar [Devinho Novaes]
Mais depois facilita
Desse jeito você vai
Faz uma semana e eu tô te ligando
Acaba com minha vida
E você não me atende
Alô dono do bar
Te mando mensagem, você visualiza
Puxe uma moda
E você não responde
Que hoje vou me embriagar
Se quer machucar, machuca
E desce mais uma cerveja
Mais depois facilita
Hoje não tem saideira
Desse jeito você vai
Traz cachaça pra minha mesa
Acaba com minha vida
Alô dono do bar
Puxe uma moda
Que hoje vou me embriagar
E desce mais uma cerveja
Hoje não tem saideira
Traz cachaça pra minha mesa