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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ

CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E TECNOLOGIA


DISCIPLINA: FENÔMENOS DE TRANSPORTE

ESTÁTICA DOS FLUIDOS

Profa. Dra. DANIELLY DA SILVA QUARESMA


1 CONCEITOS DE PRESSÃO E EMPUXO
Quando se considera a pressão implicitamente relaciona-se
uma força a unidade de área sobre a qual ela atua.

Porção de volume V
Considerando-se toda área, o efeito da pressão produzirá
uma força resultante que se chama empuxo, sendo as vezes
chamada de pressão total. Esta força é dada pelo valor da
seguinte integral: E= . Quando a pressão for a mesma em toda a
área, o empuxo será: E=PA.
Para a pressão, adotam-se as seguintes unidades, nos principais
sistemas:

 Entre as várias unidades de pressão usadas, temos


algumas que são referenciadas no posicionamento de um
fluido e são expressas em unidade de comprimento, como
acontece com metros de coluna d’água (mca ou mH2O) e
seus múltiplos, e polegadas de mercúrio (inHg).

 Além dessas, temos as unidades pascal (Pa – unidade do


SI) e seus múltiplos, quilograma-força por centímetro
quadrado (kgf/cm²), libra por polegada quadrada (psi),
atmosfera (atm) e bar (bar), entre outras formas de
expressão.
1.1 Lei de Pascal:

Enunciado: “No interior de um fluido em repouso, a pressão é


constante em cada ponto”.
Conclusão: em dada profundidade, a pressão é a mesma, quer o
elemento de superfície seja vertical, horizontal ou inclinado.

Aplicações: Prensa Hidráulica, Elevadores hidráulicos, Freios


hidráulicos, Sistemas de amortecedores e outros.
1.2 Lei de Stevin: Pressão devida a uma coluna líquida
Imaginando-se, no interior de um líquido em repouso, um
prisma ideal e considerando-se todas as forças que atuam nesse
prisma segundo a vertical, deve-se ter:

Prisma ideal
Portanto: A diferença de pressões entre dois pontos da massa de
um líquido em equilíbrio é igual a diferença de profundidade
multiplicada pelo peso específico do líquido.
Importante destacar:

Onde:

Observação: A pressão relativa é também chamada de pressão


hidrostática ou pressão manométrica (diferença de pressão) ou
ainda de pressão efetiva (pressão da coluna de fluido).
OBSERVAÇÃO:
As pressões absolutas são sempre positivas ou no mínimo igual
a zero (vácuo total), enquanto, as pressões relativas podem ser
negativas (pressões menores que a pressão atmosférica), positivas
(pressões maiores que a pressão atmosférica) ou nula no caso da
pressão absoluta ser igual a atmosférica.
Em hidráulica, ou no caso dos líquidos, são habitualmente
usadas as pressões relativas enquanto, nos problemas referentes
aos gases, sempre devem ser usadas pressões absolutas.
1.3 Influência da pressão atmosférica

A pressão na superfície de um líquido é exercida pelos gases


que se encontram acima, geralmente a pressão atmosférica.

Pa
h 𝛾
PA
h' 𝛾
PB
Pressão atmosférica
1.4 Medida das pressões
a) Manômetro: é um instrumento para medir a pressão efetiva ;

b) Vacuômetro: é um manômetro que indica as pressões efetivas


negativas, bem como as positivas e nulas;

c) Piezômetro: também chamado de tubo Piezométrico, é a mais


simples forma de manômetro. Os Piezômetros não servem para
medir a pressão dos gases, devido que uma de suas extremidades
ficam em contato com a atmosfera;

d) Barômetro: mede o valor absoluto da pressão atmosférica;

e) Altímetro: é o barômetro construído especialmente para a


obtenção de altitudes, como, por exemplo, as de uma aeronave em
relação ao nível do mar.
Barômetro analógico

Piezômetro

Barômetro digital
1.4.1 Classificação dos manômetros

Manômetros em forma de U, duplo U e múltiplo U, com uma


extremidade do tubo em contato com a atmosfera.
Manômetro em forma de U, com duas extremidades do tubo em
contato com a atmosfera.
b) Manômetros metálicos: são os mais utilizados nas indústrias
(pressões elevadas). Medem as pressões dos fluidos através da
deformação de um tubo metálico recurvado ou de um diafragma
(membrana) que cobre um recipiente hermético de metal. O
manômetro metálico é também conhecido como aneróide,
barômetro de Vidi ou de Bourdon.

Tubo metálico recurvado e diafragma (membrana).


1.5 Equilíbrio dos Corpos Imersos e Flutuantes
1.5.1 Corpo flutuante: é o que está parcialmente mergulhado (Figura
9).
P<E

Onde: P é o peso e E é o Empuxo.

Figura 6 – Corpo flutuante

1.5.2 Corpo imerso: é o que está totalmente mergulhado (Figuras 10 e


11).

P>E P=E

Figura 7 – Corpo imerso Figura 8 – Corpo imerso


1.5.4 Carena: é a porção imersa do flutuante.
Se P , o corpo está imerso e, então, a carena é igual ao volume V do
corpo mergulhado.

Figura 9

Se P < E, o corpo é flutuante e, então, a carena é o volume da parte


imersa.

Figura 10
Aplicações
REFERÊNCIAS
AZEVEDO NETTO, José Martiniano de. Manual de hidráulica. 9
ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2015.
BASTOS, Francisco de Assis A. Problemas de mecânica dos
fluídos. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.
FOX, Robert W.; McDONALD, Alan T.; PRITCHARD, Philip J.
Introdução à mecânica dos fluídos. 9 ed. Rio de Janeiro: LTC,
2018.
LUPORINI, Samuel; GOES, Luis. Mecânica de fluídos. ago. 2006.
Disponível em: http://www.malq.UFba.br/scripts/ docs.pdf.
Acesso em: 29 dez. 2019.

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