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POEMA “O

IDEAL” DE
ANTERO DE
QUENTAL
Trabalho realizado por: João Pedro, Gabriel Araújo e Rita Peres.
Índice
 Autor.
 Poema:
 Justificação do Título;
 Estrutura formal;
 Figuras femininas;
 Retrato da figura feminina destacada pelo sujeito
lírico;
 Relação entre as figuras femininas.
Autor
 Antero Tarquínio de Quental,
filho de Fernando de Quental
e Ana Guilhermina da
Maia nasceu no dia 18 de
abril de 1842, em Ponta
Delgada, foi um escritor e
poeta português do século
XIX que teve um papel
importante no movimento
da Geração de 70.
 No dia 11 de setembro de
1891, acabou por cometer
suicídio.
Poema
O Ideal Justificação do
Aquela, que eu adoro, não é feita título
De lírios nem de rosas purpurinas,
Não tem as formas languidas, divinas Este poema apresenta este
Da antiga Vénus de cintura estreita... nome, pois o autor configura no
Não é a Circe, cuja mão suspeita
seu pensamento uma imagem
Compõe filtros mortaes entre ruinas, de uma mulher ideal.
Nem a Amazona, que se agarra ás crinas
D'um corcel e combate satisfeita...

A mim mesmo pergunto, e não atino


Com o nome que dê a essa visão,
Que ora amostra ora esconde o meu destino...

É como uma miragem, que entrevejo,


Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo...
Poema
O Ideal
Estrutura formal
Aquela, que eu adoro, não é feita
De lírios nem de rosas purpurinas, • Quatro estrofes;
Não tem as formas languidas, divinas
• Duas estrofes são quadras;
Da antiga Vénus de cintura estreita...
• Duas estrofes são tercetos;
Não é a Circe, cuja mão suspeita • Versos decassilábicos;
Compõe filtros mortaes entre ruinas, • Rima interpolada,
Nem a Amazona, que se agarra ás crinas emparelhada e cruzada.
D'um corcel e combate satisfeita...

A mim mesmo pergunto, e não atino


Com o nome que dê a essa visão,
Que ora amostra ora esconde o meu destino...

É como uma miragem, que entrevejo,


Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo...
Poema
O Ideal
Figuras Femininas
Aquela, que eu adoro, não é feita
A figura feminina representada
De lírios nem de rosas purpurinas,
Não tem as formas languidas, divinas na primeira estrofe, é Vênus, a
Da antiga Vénus de cintura estreita... deusa romana do amor e da
beleza. Cria-se um cenário de
Não é a Circe, cuja mão suspeita flores, com a figura apresentada
Compõe filtros mortaes entre ruinas,
Nem a Amazona, que se agarra ás crinas
em “formas” sensuais,
D'um corcel e combate satisfeita... assemelhando-se a Vênus.
Mas, como expresso desde o
A mim mesmo pergunto, e não atino início da estrofe, “Aquela” não é
Com o nome que dê a essa visão, Vênus.
Que ora amostra ora esconde o meu destino...

É como uma miragem, que entrevejo,


Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo...
Poema
O Ideal
Figuras Femininas
Aquela, que eu adoro, não é feita
De lírios nem de rosas purpurinas, A segunda é Circe, presente
Não tem as formas languidas, divinas
Da antiga Vénus de cintura estreita...
nos versos 5 e 6, deusa grega
associada à feitiçaria e a
Não é a Circe, cuja mão suspeita maldições, como se fosse um
Compõe filtros mortaes entre ruinas, oposto de Vênus. Por isso é
Nem a Amazona, que se agarra ás crinas possuidora de uma “mão
D'um corcel e combate satisfeita...
suspeita”, criando-se uma
A mim mesmo pergunto, e não atino atmosfera de destruição, de
Com o nome que dê a essa visão, morte e de ruínas. Mas, como
Que ora amostra ora esconde o meu destino... se anuncia no verso 5,
“Aquela” também não é Circe.
É como uma miragem, que entrevejo,
Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo...
Poema
O Ideal
Figuras Femininas
Aquela, que eu adoro, não é feita
De lírios nem de rosas purpurinas, A terceira é uma amazona,
Não tem as formas languidas, divinas
Da antiga Vénus de cintura estreita...
denominação das mulheres
guerreiras da mitologia grega.
Não é a Circe, cuja mão suspeita Em sua coragem nos combates
Compõe filtros mortaes entre ruinas, e no cavalgar encontra a
Nem a Amazona, que se agarra ás crinas “satisfação”. Mas, como se
D'um corcel e combate satisfeita...
aponta no verso 7, “Aquela”
A mim mesmo pergunto, e não atino também não é uma amazona.
Com o nome que dê a essa visão,
Que ora amostra ora esconde o meu destino...

É como uma miragem, que entrevejo,


Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo...
Poema
O Ideal Retrato do ser
Aquela, que eu adoro, não é feita
feminino destacado
De lírios nem de rosas purpurinas, pelo sujeito lírico
Não tem as formas languidas, divinas
Da antiga Vénus de cintura estreita... O ser feminino retratado pelo
Não é a Circe, cuja mão suspeita
sujeito lirico não é uma figura
Compõe filtros mortaes entre ruinas, física , mas sim um ser que o
Nem a Amazona, que se agarra ás crinas sujeito idealizou no seu
D'um corcel e combate satisfeita... pensamento como perfeito, sem
qualquer imperfeição, o ser
A mim mesmo pergunto, e não atino
Com o nome que dê a essa visão,
ideal.
Que ora amostra ora esconde o meu destino...

É como uma miragem, que entrevejo,


Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo...
Poema
O Ideal Relação entre as
Aquela, que eu adoro, não é feita figuras femininas
De lírios nem de rosas purpurinas,
Não tem as formas languidas, divinas Vénus, Circe e Amazona são
Da antiga Vénus de cintura estreita... como já referido figuras míticas
Não é a Circe, cuja mão suspeita
que eram retratadas como
Compõe filtros mortaes entre ruinas, mulheres belas e concretas.
Nem a Amazona, que se agarra ás crinas Já a mulher “ideal” não é uma
D'um corcel e combate satisfeita... figura física, mas sim uma
imagem que o sujeito poético
A mim mesmo pergunto, e não atino
Com o nome que dê a essa visão, idealiza no seu pensamento
Que ora amostra ora esconde o meu destino... como perfeito e sem
imperfeições.
É como uma miragem, que entrevejo,
Ideal, que nasceu na solidão,
Nuvem, sonho impalpável do Desejo...
Bibliografia
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Antero_de_Quental
 https://umprofessorle.com.br/2018/03/08/ideal/
 https://www.calameo.com/read/00719688722c71fe33dd1

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