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TIPOS DE

DESCRIÇÃO
PROFESSORA: DANIELLE MORAIS
6ºANO
DESCRIÇÃO FÍSICA E
DESCRIÇÃO PSICOLÓGICA
• O que é descrição? É a ação que você toma de descrever sobre algo ou
alguém.

Então, o que é descrever? Vejamos: de acordo com o dicionário, é o ato de


narrar, contar minuciosamente.

Então, sempre que você expõe com detalhes um objeto, uma pessoa ou uma
paisagem a alguém, está fazendo uso da descrição.
Veja no exemplo:

“Da janela de seu quarto podia ver o mar. Estava calmo e, por isso, parecia até mais
azul. A maresia inundava seu cantinho de descanso e arrepiava seu corpo...estava
muito frio, ela sentia, mas não queria fechar a entrada daquela sensação boa. Ao
norte, a ilha que mais gostava de ir, era só um pedacinho de terra iluminado pelos
últimos raios solares do final daquela tarde; estava longe...longe! Não sabia como
agradecer a Deus, morava em um paraíso!”

A sensação que o leitor ou ouvinte tem que ter em uma descrição é a de que foi
transportado para o local da narração descritiva.
 Descrição objetiva: acontece quando o que é descrito apresenta-se de forma direta, simples, concreta, como
realmente é:

a) O objeto tem 3 metros de diâmetro, é cinza claro, pesa 1 tonelada e será utilizado na fabricação de fraldas
descartáveis.

b) Ana tem 1,80, pele morena, olhos castanhos claros, cabelos castanhos escuros e lisos e pesa 65 kg. É modelo
desde os 15 anos.

Descrição subjetiva: ocorre quando há emoção por parte de quem descreve:

a) Era doce, calma e respeitava muito aos pais. Porém, comigo, não tinha pudores: era arisca e maliciosa, mas isso
não me incomodava.

Portanto, na descrição subjetiva há interferência emocional por parte do interlocutor a respeito do que observa,
analisa.

Como você vai saber se fez uma excelente narração descritiva? Quando reler o seu texto e perceber se de fato
outros leitores visualizarão como reais o que está sendo descrito!
•Descrição física

Quando elementos do mundo real — externo ao sujeito, mas


apreensível pelos seus sentidos — são descritos, diz-se que há
descrição física.
Descrição objetiva:

A descrição objetiva é aquela que apresenta o objeto de


forma concreta, buscando maior proximidade com a
realidade, e, para isso, deixa de lado as impressões do
observador. Apresenta características como: forma, tamanho,
peso, cor, espessura, volume, etc.

A descrição objetiva preocupa-se com a exatidão dos detalhes


e com a precisão dos vocábulos.
Exemplo: “Mônica tem 1,65 de altura e 50 kg. Branca, olhos
claros, cabelos castanhos, compridos e lisos.”
Descrição subjetiva:

Na descrição subjetiva o objeto é transfigurado conforme a


sensibilidade do observador, ou seja, o objeto é descrito da forma
como ele é visto e sentido.

O observador transmite para a descrição a sua emoção em relação ao


objeto. Não há preocupação com a exatidão dos detalhes do objeto
descrito, o importante é transmitir a impressão que o objeto causa ao
observador.

Exemplo:“O sujeitão, que parecia um carro de boi cruzando com trem


de ferro, já entrou soltando fogo pela folga do dente de ouro.”(José
Cândido de Carvalho)
Elementos predominantes na descrição

Frases enumerativas: frases que apresentam uma sequência de nomes,


geralmente sem a presença de verbos. Exemplo: “A cama de ferro; a
colcha branca, o travesseiro com fronha de morin. O lavatório esmaltado,
a bacia e o jarro. Uma mesa de pau, uma cadeira de pau, o tinteiro,
papéis, uma caneta. Quadros na parede.”

Adjetivação: é o que caracteriza o elemento descrito, transmitindo suas


qualidades, condições e estado. Exemplo: Tinha uns olhos graúdos,
lustrosos e negros como os cabelos lisos, e um sorriso suave e limpo a
animar-lhe o rosto oval de feições delicadas. ”
Figuras de linguagem: são os recursos expressivos

Figuras de linguagem: são os recursos expressivos. Os mais


usados em descrições são: a prosopopeia, a comparação, a
metáfora, a sinestesia e a onomatopeia. Exemplo: “O rio era
aquele cantador de viola, em cuja alma se refletia o batuque
das estrelas nuas, perdidas no vácuo milenarmente frio do
espaço...”

Sensações: uso dos cinco sentidos: percepções visuais,


auditivas, gustativas, olfativas e tácteis. Exemplo: “Os sonhos se
sacodem, berram... Dentro dos sons movem-se cores, vivas
ardentes... Dentro dos sons e das cores, movem-se os cheiros,
cheiro de negro... Dentro dos cheiros, o movimento dos tatos
violentos, brutais... Tatos, sons, cores, cheiros se fundem em
“Prima julieta” Murilo Mendes (texto descritivo subjetivo)

Prima Julieta, jovem viúva, aparecia de vez em quando na casa


de meus pais ou na de minhas tias. O marido, que lhe deixara
uma fortuna substancial, pertencia ao ramo rico da família
Monteiro de Barros. Nós éramos do ramo pobre. Prima Julieta
possuía uma casa no Rio e outra em Juiz de Fora. Morava em
companhia de uma filha adotiva. E já fora três vezes à Europa.
Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade
em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e já
sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta
e dois anos de idade.
a) Nessa tirinha, Snoopy descreve uma árvore. Explique por que ele emprega verbos no
pretérito nessa descrição. 

b) A descrição feita por Snoopy é positiva ou negativa? Quais foram os aspectos da árvore
ressaltados por ele?

c) Analise as frases empregadas por Snoopy e identifique que tipo de frase predomina na
tirinha e explique o porquê do emprego desse tipo de frase. 

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