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Metrologia

O que é?

Aula 15 1
O conceito de Metrologia
• Palavra de origem grega
– metron: medida
– logos: é a ciência das medIções

• Definição do dicionário Aurélio


– conhecimento dos Pesos e Medidas e dos Sistemas de
Unidades de Todos os Povos, Antigos e Modernos

• Segundo o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM)


– “Metrologia é a Ciência da Medição”

– A metrologia abrange todos os aspectos teóricos e práticos


relativos às medições, qualquer que seja a incerteza, em
quaisquer campos da ciência ou da tecnologia

Aula 15 2
Metrologia no dia-a-dia
• Medir faz parte do dia-a-dia do ser humano, mas nem
sempre nos damos conta
– Ao acordarmos utilizamos normalmente um despertador
• Mesmo aqueles que se utilizam de um serviço telefônico não
podem esquecer que "em algum lugar" a hora está sendo
medida

– Ao realizarmos nossa higiene diária utilizamos produtos


industrializados (sabonete, pasta de dente, creme de barbear,
shampoo, perfume, etc.) que foram medidos anteriormente
(peso, volume, composição química, etc.) e liberados para
comercialização

– Nos restaurantes que servem "comida a quilo“

Vanessa Fortes Aula 15 3


Metrologia no dia-a-dia
– Para o automóvel não ficar sem combustível e nos
deixar parados no meio da rua, existe um
indicador da quantidade de combustível do
tanque que nos orienta para a hora do
reabastecimento

– Para não sermos multados por excesso de


velocidade, os veículos possuem um velocímetro
que também nos orienta

– Ao utilizarmos um táxi, o taxímetro mede o valor


da tarifa em função da distância percorrida

– No posto de gasolina, nos deparamos com um


sistema de medição da quantidade de
combustível colocada no tanque de combustível
de nosso carro
Aula 15 4
Metrologia no dia-a-dia
– Em casa, no escritório, lojas, escolas, hospitais e indústrias
existe a medição do consumo de energia elétrica, água, gás e
das ligações telefônicas (esta última realizada nas
concessionárias)

– Para a nossa garantia durante o check-up médico são


utilizados instrumentos tais como eletrocardiógrafos,
termômetros, esfigmomanômetros, entre outros

Aula 15 5
O conceito de Metrologia
• Origem da Medição
– Salvaguardar rendimentos e moedas, medir salários e
recompensas, construção de palácios, pirâmides e
estabelecer um calendário

– Unidades de medidas próprias de cada civilização

• A Medição envolve:
– Valor numérico

– Unidade de medida

– Incerteza associada

– Aceitação, credibilidade e universalidade

Aula 15 6
Fatores Metrológicos
• Os fatores metrológicos que interferem diretamente no
resultado de uma medição podem ser: método, amostra,
condições ambientais, usuários e equipamentos

• Desta forma, as medições transformam os fatores


metrológicos de um processo qualquer em uma medida

• Pode-se entender a medida como o resultado do processo


de medição, e, nesse sentido, sua qualidade depende de
como tal processo é gerenciado

Aula 15 7
Importância da Metrologia
• Segundo o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM),
Medição é:

Conjunto de operações que tem por objetivo


determinar um valor de uma grandeza
• Garantia de justas relações de troca
• Saúde, Segurança e Meio Ambiente
• Qualidade, Inovação e Competitividade

“Se você não pode medir algo, não pode melhorá-lo.”


Lord Kelvin
Aula 15 8
Importância da Metrologia
• Algumas ferramentas da Metrologia
– Conhecimento profundo, experiência e know how /
know way científico

– Uso de unidades comuns e de padrões

– Intercomparações

– Mecanismos formais de reconhecimento de


competência

– Estrutura organizacional e rastreabilidade

– Rigorosa avaliação quantitativa de incertezas


Aula 15 9
Importância da Metrologia
• Metrologia e Qualidade

Qualidade

Controle

Medição Adequada

Metrologia

Aula 15 10
Histórico
• As unidades de medição primitivas estavam
baseadas em partes do corpo humano, que eram
referências universais

Aula 15 11
Histórico

Aula 15 12
Histórico
• Com a expansão do comércio internacional, além da
questão do câmbio, existia também a dificuldade em lidar
com as inúmeras unidades de medida em que eram
expressas as mercadorias comercializadas em dezenas de
portos no Mediterrâneo, no Oceano Índico e na América.

• Foi criado na França em 1790 o Sistema Métrico

• O metro equivale à décima milionésima parte de um quarto


do meridiano terrestre

• É o sistema oficial de medidas no Brasil desde 1862


Aula 15 13
Histórico

Aula 15 14
Histórico
• 1830 - Início da história da metrologia brasileira
• 1862 Lei Imperial nº 1.157 estabelece que o sistema de
pesos e medidas será substituído pelo sistema métrico
francês

• 1872 Implantado o Sistema Métrico Decimal no Brasil


• 1938 - Promulgação da Legislação Metrológica - Decreto-lei
nº 592

• 1940 - Criação da Associação Brasileira de Normas


Técnicas – ABNT

• 1952 - Institucionalização do Sistema Internacional de


Unidades - SI
Aula 15 15
Histórico
• 1956 - Criação da Organização Internacional de Metrologia
Legal / OIML

• 1961 - Lei nº 4.048/61, criando o Instituto Nacional de


Pesos e Medidas (INPM)

• 1971 - Inauguração do Centro Nacional de Metrologia /


Xerém - Duque de Caxias – RJ

• 1973 - Nasce o Sinmetro, Inmetro e Conmetro


• 1980 - Definitiva implantação do Inmetro, transferindo as
atribuições do INPM

• 1998 - Assinatura do Contrato de Gestão / Agência


Executiva
Aula 15 16
Metrologia
ESTRUTURA METROLÓGICA MUNDIAL

CONFERÊNCIA GERAL DE
PESOS E MEDIDAS(CGPM)

COMITÊ INTERNACIONAL DE
PESOS E MEDIDAS(CIPM) COMITÊS CONSULTIVOS

BUREAU INTERNACIONAL DE
PESOS E MEDIDAS(BIPM)

INSTITUTOS NACIONAIS
DE METROLOGIA(INM)

Aula 15 17
Metrologia
• CONFERÊNCIA GERAL DE PESOS E MEDIDAS (CGPM)
– Discute e propõe ações necessárias para assegurar a
propagação e o aperfeiçoamento do SI
– Sanciona os resultados das novas determinações
fundamentais e as diversas resoluções científicas de cunho
internacional

• COMITÊ INTERNACIONAL DE PESOS E MEDIDAS (CIPM)


– Coordena os trabalhos internacionais efetuados nos seus
domínios respectivos

– Propõe as recomendações concernentes às modificações a


introduzir nas definições e nos valores das unidades de
medida

Aula 15 18
Metrologia
• BUREAU INTERNACIONAL DE PESOS E MEDIDAS (BIPM)
– Assegura a unificação mundial das medidas físicas

– Estabelece os padrões fundamentais e as escalas das


principais grandezas físicas e conserva os protótipos
internacionais
– Efetua a comparação dos padrões nacionais e internacionais

– Assegura a coordenação das técnicas de medição


correspondentes

• INSTITUTOS NACIONAIS DE METROLOGIA (INM)


– Um INM detém a guarda dos padrões nacionais, bem como
mantém, realiza, reproduz e dissemina as unidades de
medida no País
Aula 15 19
HIERARQUIA DO SISTEMA METROLÓGICO
TRATADO DO METRO
(20 de maio de 1875) Estabeleceu a CGPM , o CIPM e o BIPM

Promove o SI
Elege o CIPM
Campo Diplomático CGPM Aprova decisões do CIPM
Aloca fundos para o BIPM

Coordena os Comitês Consultivos


Campo Técnico CIPM Apresenta propostas ao CGPM
Dirige operações do BIPM
Eletricidade e magnetismo
Comitês Consultivos Fotometria e radiometria
Termometria
Comprimento
Tempo e freqüência
Radiação ionizante
Unidades
Massa e grandezas relacionadas
Quantidade de matéria
Acústica, ultra-som e vibração

BIPM Assegura a uniformidade mundial das medidas físicas

Institutos Nacionais de Metrologia


Mantêm os padrões nacionais e disseminam no país as unidades do SI
Cooperam com o BIPM e promovem membros para os Comitês Consultivos

Aula 15 20
Metrologia
Criado pela Lei 5966,
SINMETRO de 11/12/1973

Formula, coordena e supervisiona a política


CONMETRO nacional de metrologia, normalização e
avaliação da conformidade

Assessora o CONMETRO nos


Campo Político CBAC CBM
assuntos de metrologia

Campo Técnico Executa a política metrológica do


INMETRO País
DIMCI ( Diretoria de Metrologia
Científica e Industrial)
DIMCI ON-DSH (Observatório Nacional
IRD IRD (Instituto de Radioproteção ON Departamento do Serviço da Hora)
e Dosimetria)

Rede Brasileira de Calibração Rede Brasileira de Laboratórios de


(RBC) RBC e RBLE Ensaio (RBLE)

Laboratórios em Geral Outros Canais

Aula 15 21
INMETRO
“Prover confiança à sociedade brasileira nas medições e nos
produtos, através da metrologia e da avaliação da
conformidade, promovendo a harmonização das relações
de consumo, a inovação e a competitividade”.
Articulação
Metrologia Internacional (Ponto
Focal de Barreiras
Científica e
Industrial
INMETRO Técnicas)

Acreditação de
Metrologia Legal Organismos e
Laboratórios

Educação para
Avaliação da Metrologia e
Conformidade Qualidade

Aula 15 22
Metrologia Científica e Industrial

• A Metrologia científica trata, fundamentalmente, dos


padrões de medição internacionais e nacionais, dos
instrumentos laboratoriais e das pesquisas e metodologias
científicas relacionadas ao mais alto nível de qualidade
metrológica

• A Metrologia Industrial abrange aos sistemas de medição


responsáveis pelo controle dos processos produtivos e pela
garantia da qualidade e segurança dos produtos finais.

Aula 15 23
Metrologia Científica e Industrial

• Exemplos
– Calibração de termômetros-padrão de mercúrio em vidro e de
pirômetros ópticos

– Medidas de comprimento utilizando equipamentos a "laser"

– Calibração de pesos-padrão e balanças analíticas para


laboratórios

– Medição e controle de uma linha de produção de automóveis

– Ensaios em produtos certificados, tais como brinquedos,


extintores de incêndio, fios e cabos elétricos, entre outros.

Aula 15 24
Ponto Focal de Barreiras Técnicas – Articulação
Internacional

Eixos da PITCE - Política Industrial,


Tecnológica e de Comércio Exterior

Inovação e
Modernização
desenvolvimento
industrial
tecnológico

Alvo

Crescimento econômico,
aumento da eficiência
e da competitividade

Aula 15 25
Ponto Focal de Barreiras Técnicas – Articulação
Internacional

Relações Internacionais
Reconhecimento Representação oficial

ILAC (International Laboratory BIPM


Accreditation Cooperation)
OIML
IAF (International Accreditation SIM
Forum)
Codex Alimentarius
EA (European Cooperation for
Accreditation) PEFCC
APLAC (Asia Pacific Laboratory Mercosul
Accreditation Cooperation)

Aula 15 26
Metrologia Legal
• Estabelece procedimentos legislativos, administrativos e
técnicos pelas ou por referência às autoridades públicas,
e implementadas em nome dessas autoridades

• Propósito de garantir, de maneira regulatória ou


contratual, a qualidade apropriada e a credibilidade das
medições relativas aos controles oficiais, ao comércio, à
saúde, à segurança e ao meio ambiente

Aula 15 27
Metrologia Legal
GARANTIA METROLÓGICA

- R.OIML
REGULAMENTOS - RTM (regulmentação técnica metrológica)
- OUTROS

- PADRÃO
MEIOS TÉCNICOS - CALIBRAÇÃO
- INTERCOMPARAÇÃO
- RASTREABILIDADE

- DISSEMINAÇÃO
AÇOES - CAPACITAÇÃO
- AVALIAÇÃO
- MELHORIA

Aula 15 28
HIERARQUIA DO SISTEMA METROLÓGICO
Incerteza
de medição Unidades do SI
Padrões Internacionais
BIPM Padrões dos Institutos Nacionais
de Metrologia

DI
Padrões

S
SE
DE

Nacionais
Padrões de referência dos laboratórios

M
DA

IN
de calibração
Calibração


I LI

Padrões de referência dos

ÃO
B
EA

laboratórios de ensaio
R

Ensaios Padrões de trabalho dos


ST

laboratórios do
RA

chão de fábrica
Indústria e outros setores

COMPARABILIDADE

Aula 15 29
Educação para Metrologia e Qualidade
• “O mercado interno exigente é um dos principais fatores
que leva uma nação a ser competitiva.”
(Michael Porter - A Vantagem Competitiva das Nações)

• Manter o consumidor brasileiro informado acerca da


adequação de produtos e serviços aos critérios definidos
em normas e regulamentos técnicos

• Fornecer subsídios para o aumento da competitividade da


indústria nacional

Aula 15 30
Acreditação de Organismos e Laboratórios

• A acreditação é atestação de terceira parte relacionada a


um organismo de avaliação da conformidade, comunicando
a demonstração formal da sua competência para realizar
tarefas específicas de avaliação da conformidade

• Acreditar: conceder reputação, tornar digno de confiança


• Acreditado: que merece ou inspira confiança
• Acreditador: que ou aquele que acredita
• Acreditação: procedimento que viabiliza alguém ou algo
ser acreditado

Aula 15 31
Acreditação de Organismos e Laboratórios
• Tipos de acreditação
– Acreditação de Laboratórios

– Acreditação de Organismos de Certificação

– Acreditação de Organismos de Inspeção

– Acreditação de Organismos de Verificação de Desempenho de


Produto

• Acreditação de Laboratórios
– É concedido com base na NBR ISO / IEC 17025

– É aberto a qualquer laboratório: calibração e/ou ensaios

– Laboratórios permanentes, temporários ou móveis


Aula 15 32
Acreditação de Organismos e Laboratórios
• Acreditação de Organismos de Certificação
– É concedido com base em normas e guias internacionais ou
consagrados internacionalmente e reconhecidos no Sistema
Brasileiro de Certificação, ouvindo o setor específico
• Sistemas de gestão - A acreditação de organismos de
certificação de sistemas de gestão é concedido com base nos
códigos do IAF

• Produtos - A acreditação de organismos de certificação de


produtos é concedido por produto ou família de produtos

• Pessoas - A acreditação de organismos de certificação de


pessoas é concedido por atividade ou área de trabalho

Aula 15 33
Acreditação de Organismos e Laboratórios
• Acreditação de Organismos de Inspeção
– É concedido por área de atividade, com base na norma ISO 17020;

– Em critérios estabelecidos pela Coordenação Geral de Acreditação


(INMETRO/GCRE).

• Acreditação de Organismos de Verificação de Desempenho


de Produto
– É concedido a organismos de certificação de produtos acreditados
pela Coordenação Geral de Acreditação do INMETRO

– É necessário que atendam aos critérios adicionais estabelecidos


pelo INMETRO

Aula 15 34
Fluxograma da Acreditação no Brasil

Aula 15 35
Vantagens da Acreditação
• Diferencial competitivo, fator de divulgação e
marketing, maior participação no mercado e,
consequentemente, maior lucratividade

• Fidelização dos clientes atuais, conquista de novos


clientes e aumento de credibilidade

• Comprovação de que os produtos da organização são


tecnicamente capazes de atenderem às especificações
de desempenho, segurança e confiabilidade

• Aceitação dos resultados de ensaio e calibração em


outros países

• Atendimento a exigências legais


Aula 15 36
Calibração
• Conjunto de operações que estabelece, sob condições
especificadas, a relação entre os valores indicados por um
instrumento de medição ou sistema de medição ou valores
representados por uma medida materializada ou um
material de referência, e os valores correspondentes das
grandezas estabelecidas por padrões

• Nenhum instrumento funciona de modo perfeito ou pelo


menos de forma aceitável durante longos períodos

• Ocorrem desgastes ou degenerações de componentes de


modo que o comportamento e o desempenho deste
equipamento fica comprometido

Aula 15 37
Calibração

• Assim existe a necessidade de calibrações periódicas, ou a


intervalos regulares, para que instrumentos, padrões e
outras referências sejam revalidados

• A calibração consiste apenas no registro de medidas de


erros. Pode-se ser feito um ajuste a partir dos resultados
de uma calibração

Aula 15 38
Resultados da Calibração
• Não existe medição 100% exata, isto é, isenta de dúvidas
no seu resultado final. Na realidade o que buscamos é
conhecer a grande incerteza, identificando os erros
existentes, corrigindo-os ou mantendo-os dentro de limites
aceitáveis

• Erro de medição
– O erro de medição é a diferença entre o resultado de uma
medição e o valor verdadeiro do objeto a ser medido

Aula 15 39
Incerteza da Medição
• A incerteza de medição é um parâmetro associado ao
resultado de uma medição que caracteriza a dispersão dos
valores que poderiam ser razoavelmente atribuídos a um
mensurando
• Deve ser tão pequena quanto possível

Aula 15 40
Erros de Leitura

• Erro Absoluto
– Resultado de uma medição menos o valor verdadeiro
convencional da grandeza medida

• Erro Relativo
– Quociente do erro absoluto da medição pelo valor verdadeiro
convencional da grandeza medida

Aula 15 41
Erros de Leitura

• Erro Aleatório
– Componente do erro de medição que varia de uma forma
imprevisível quando se efetuam várias medições da mesma
grandeza

• Erro Sistemático
– Componente do erro da medição que se mantém constante
ou varia de forma previsível quando se efetuam várias
medições de uma mesma grandeza. Os erros sistemáticos e
suas causas podem ser conhecidos ou desconhecidos. Para
um instrumento de medida ver "erro de justeza"

Aula 15 42
Incerteza da Medição

Aula 15 43
Por que calibrar?
• Vantagens da calibração:
– Redução na variação das especificações técnicas dos
produtos
• Produtos mais uniformes representam uma vantagem
competitiva em relação aos concorrentes

– Prevenção dos defeitos


• A redução de perdas pela pronta detecção de desvios no
processo produtivo evita o desperdício e a produção de rejeitos

– Compatibilidade das medições


• Quando as calibrações são referenciadas aos padrões nacionais,
ou internacionais, asseguram atendimento aos requisitos de
desempenho

Aula 15 44
Padrões
• Padrão internacional
– padrão reconhecido por um acordo internacional para servir
como base para o estabelecimento de valores a outros
padrões a que se refere

• Padrão nacional
– padrão reconhecido por uma decisão nacional para servir
como base para o estabelecimento de valores a outros
padrões a que se refere

• Padrão de referência
– padrão com a mais alta qualidade metrológica disponível em
um local, a partir do qual as medições executadas são
derivadas
Aula 15 45
Padrões
• Padrão de referência da RBC – Rede Brasileira de
Calibração (conjunto de laboratórios credenciados pelo
INMETRO para realizar serviços de calibração)
– Padrões que devem ser calibrados pelos padrões nacionais

• Padrão de referência de usuários


– Encontrado nas indústrias, centros de pesquisas,
universidades e outros usuários. Esses padrões devem ser
calibrados pelos padrões de referência da RBC

• Padrão de trabalho
– Padrão utilizado rotineiramente na indústria e em laboratórios
para calibrar instrumentos de medição

Aula 15 46
Rastreabilidade
• Rastreabilidade
– Propriedade do resultado de uma medida ou do valor de um
padrão estar relacionado a referências estabelecidas,
geralmente padrões nacionais ou internacionais, por meio de
uma cadeia contínua de comparações, todas tendo incertezas
estabelecidas

– É importante frisar que ter equipamentos rastreáveis é


apenas um dos requisitos para ter-se a rastreabilidade, a
rastreabilidade engloba a observação de todos os requisitos
metrológicos

– A rastreabilidade é um processo coletivo pois requer uma


série de medições, geralmente, em vários laboratórios.

Aula 15 47
AVALIAÇÃO DE RESULTADOS DE CALIBRAÇÃO
• O erro total é menor ou igual a exatidão admissível do
instrumento, nas condições de recebimento?

• O erro total é menor ou igual a exatidão admissível do


instrumento após quaisquer manutenções e/ou ajustes?

• A faixa de calibração corresponde à faixa de trabalho do


instrumento?

• Os padrões encontravam-se calibrados quando da


calibração do instrumento?

• A combinação dos padrões utilizados consegue formar os


valores apresentados?

• O lacre foi introduzido no instrumento?


Aula 15 48
AVALIAÇÃO DO CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO
• Os padrões encontravam-se calibrados quando da calibração
do instrumento?

• A combinação dos padrões utilizados consegue formar os


valores apresentados?

• O lacre foi introduzido no instrumento?


• O certificado contém a identificação clara do instrumento?
• O certificado contém os valores e erros observados
inicialmente (condição de recebimento)?

• O certificado contém os valores e erros observados após


quaisquer manutenções e/ou ajustes?
• O certificado contém indicações das incertezas do padrão e
incerteza do método de calibração?
Aula 15 49
AVALIAÇÃO DO CERTIFICADO DE CALIBRAÇÃO

• O certificado contém a identificação dos padrões utilizados,


incluindo a validade da calibração dos mesmos?

• O certificado contém em anexo cópias dos certificados dos


padrões, permitindo rastreá-los a padrões nacionais (RBC)
ou internacionais?

• Validação do Certificado de Calibração


• Atualização do Programa de Calibração
• Verificação da etiqueta afixada no equipamento versus
informações do Programa de Calibração

• Arquivamento dos certificados da calibração e dos padrões


Aula 15 50

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