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LITERATURA ALEMÃ I

Profº: Daniel Martinischen

DAVID WAGNER
Obra: LEBEN
QUEM É O AUTOR?

David Wagner é um escritor alemão contemporâneo, nasceu em


Dresden em 1971. Etudou Literatura Comparada e História da Arte
em Bonn. Vencedor de vários prêmios literários ao longo de sua
carreira, incluindo o Prêmio Literário do Estado da Renânia do
Norte-Vestfália e o Prêmio Georg Büchner.
Aos doze anos, David Wagner sabia que o seu fígado não
funcionava bem; aos quinze, uma das suas fantasias
favoritas era imaginar o seu próprio enterro; perto dos
quarenta, as suas veias esofágicas rebentaram, a sua
hepatite autoimune crónica agressiva, a cirrose e a
hipertensão nos vasos do fígado indicavam que precisava
urgentemente de um transplante.
ESTILO LITERÁRIO

Trânsita entre diferentes gêneros literários.


Romances, uma colectânea de contos, um livro de
poesia e diversas obras de um género indefinido,
e aqui se encaixa o livro LEBEN.

Estas obras de “narrativa” caracterizam-se por


serem trabalhos reflexivos sobre situações
concretas vividas pelo narrador, num registo
muito próximo da autoficção.

Suas temáticas passam por um tom melancólico


mas irônico ao mesmo tempo.
A OBRA LEBEN

A obra desencadeia-se quando o narrador recebe o telefonema do


hospital a avisá-lo que em breve será internado para efetuar uma
operação de transplante de fígado, momento que há algum tempo
aguardava. É este acontecimento que o leva a reflectir sobre o
significado da vida, o sentido da morte do Outro para que ele
possa ter uma extensão da sua, o papel da doença, os motivos
que o levam a enfrentar uma “segunda vida”, o papel do corpo,
físico e orgânico, na existência, etc. No seu leito do hospital,
enquanto espera pela sua operação, o narrador vai observando em
redor o comportamento dos outros pacientes, ouvindo as suas
histórias e confissões, tentando perceber o que os motiva a estar ali
numa expectativa de uma sobrevivência que lhes permita perceber o
que viveram, ao mesmo tempo que vai rememorando o seu passado
e os seus afectos.
Pouco depois da meia noite volto para casa, a criança está
com a mãe, eu estou sozinho no apê. Na geladeira encontr
um copo de geleia de maça aberto, começo a comer a comer
com a colher e enquanto isso, olho o jornal que ainda está na
mesa da cozinha. Leio alguma coisa sobre mosquistos e a
questão do porquê com os pingos de chuva não caiam
mortos. Antes mesmo de entender como eles sobrevivem.
Algo me coça na garganta, Eu me engasguei? Da geléia de
maça? Me levanto, vou ao banheiro, olho no espelho, talvez
um pouco pálido, mas nada anormal. Quero escovar logo os
dentes pois quero dormir cedo, mas sinto que estou prestes
a vomitar. Eu me viro, inclino -me sobre a banheira e tudo sai
de mim. Quando abro os olhos, fico surpreso com a
quantidade de sangue na banheira. (Pág 03)
Quando é que é oferecido a alguém a extensõ da própria vida?
Pego o telefone e envio mensagens para amigos das quais eu gostaria
de me despedir. Estou indo para o hospital para ganhar fígado novo,
ops, (ESTOU INDO PARA O HOSPITAL GANHAR VIDA NOVA) …
Com ela posso pagar o barqueiro pela travessia...
No meu quarto há pedaços de papel nos quais está anotado o que eu
queria ter feito há muit tempo: Há mais de três meses queria uma
prateleira para o quarto da criança, descongelar a geladeira, lavar a
louça, ir ao cabeleireiro. Responder as cartas que e nõ rspondo há anos.
Escrever para Rebecca já por alguns anos, mas mais uma vez não
penso no fato de que ela não está mais viva

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