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Termometria

Leandro Fernandes Batistas


Temperatura - Conceitos
• Ligada ao sentido do tato – Quente e frio • A temperatura altera propriedades, e a medida
dessa alteração nos dá a indicação da
temperatura.

 Comprimento
 Pressão
 Resistência elétrica
• Indica grau de energia cinética das
moléculas de um material

• Utilizamos um termômetro para


quantificar a temperatura.
Diferença entre calor e temperatura

https://www.youtube.com/watch?v=vN1SRqgERvo
Sensação Térmica.
• Por definição física, a sensação térmica trata-se de uma percepção do ar, a qual pode diferir muito da
temperatura real, pois fatores como a umidade relativa do ar, densidade atmosférica e a velocidade
de propagação do vento alteram a transferência de energia (calor) entre o meio ambiente e o corpo.
De modo mais restrito, as sensações térmicas são aquelas que podemos identificar através do corpo, e
estão relacionadas ao frio a ao calor.

• A temperatura influencia diretamente a sensação térmica. “A temperatura é diretamente proporcional


à quantidade de energia térmica num sistema. Quanto mais energia térmica se junta a um sistema,
mais a sua temperatura aumenta. Ao contrário, uma perda de calor provoca um abaixamento da
temperatura do sistema. A diferença de temperatura permite a transferência da energia térmica, ou
calor, entre dois ou mais sistemas. Na escala microscópica, este calor corresponde à transmissão da
agitação térmica entre átomos e moléculas no sistema”

𝑇 −33
𝑆 𝑇 =33+ ( 10 √ 𝑣 +10 , 45 − 𝑣 ) .
22

• v: velocidade do vento (km/h).


• T: Temperatura (°C).
• Sensação térmica.
https://www.infoescola.com/termodinamica/sensacao-termica/

https://www.sofisica.com.br/conteudos/curiosidades/sensacaotermica.php#:~:text=Nos%20term
%C3%B4metros%2C%20a%20temperatura%20marcada,ar%2C%20entre%20outros%20fatores%20clim
Medida da temperatura
• Como a agitação térmica não pode ser medida diretamente, medimos a temperatura de um corpo
indiretamente, com base nas propriedades que variam com ela.
• A avaliação da temperatura é feita por meio de um termômetro, que, após permanecer algum tempo
em contato com o corpo, apresenta a mesma temperatura. Isto é, o corpo e o termômetro entram em
equilíbrio térmico.
• No termômetro, a cada valor de uma grandeza macroscópica dele — grandeza termométrica —, como
volume, pressão, resistência elétrica, etc., faz-se corresponder um valor da temperatura.

Temperatura Temperatura
diferentes iguais
Escalas termométrica
• As escalas termométricas são utilizadas para medir a temperatura (medida do grau de
agitação das moléculas), ou seja, elas são utilizadas para indicar se um determinado corpo
está quente ou frio.
• Já existiram diversas escalas termométricas ao longo da História, mas apenas três são
utilizadas nos dias atuais, sendo elas: Celsius, Fahrenheit e Kelvin. Essas escalas utilizam
como padrão os pontos de fusão e ebulição da água.
Escala Celsius (°C)
• A Escala Celsius construída em 1742, pelo físico e astrônomo sueco Anders Celsius, que adotou para o
ponto de fusão de gelo o valor 0 (zero) e para o ponto de ebulição da água o valor 100 (cem). Dividiu-
se o intervalo obtido entre os pontos fixos em cem partes iguais, em que cada parte corresponde a
uma unidade da escala e foi denominada de grau Celsius, cujo símbolo é o °C.

• Como o intervalo entre os pontos fixos dessa escala foi dividido em cem partes iguais, ela recebeu o
nome de centesimal e, atualmente, a Escala Celsius é a mais utilizada em todo o mundo.
Escala Fahrenheit (°F)
• Quando
A Escala Fahrenheit
começou foi a construída,
construir em os 1727,
seus pelo
termômetros,
físico alemão Daniel Gabriel Fahrenheit, que adotou o valor 0
(zero) para procedia
Fahrenheit a mistura:assim:
água,colocava
gelo picado
os termômetros
e sal; e o valor(vários
100 para a temperatura do corpo humano. Dividiu-se o
intervalo
deles) ementre
misturaesses
de água
pontoscomfixos
gelo
eme marcava
100 partes neles
iguais
o valor
e cada parte recebeu o nome de grau Fahrenheit, cujo
símbolo
30; a seguir,
é °F. colocava - os (um a um, é claro) na axila "de
• Ao compararmos
uma pessoa com os saúde"
pontose fixos
marcava
escolhidos
90. A por
estaFahrenheit
altura, ose Celsius, temos para o ponto de fusão do gelo, sob
pressão de 1 atmosfera,
termômetros já estavamocalibrados.
valor 32 °F Para
e para
testar
o ponto
a calibração,
de vapor da água, também sob pressão de 1 atmosfera, o valor
212 °F; o intervalo
colocava-os depoisdividido
em uma emmistura
100 partes
de água,
iguais gelo
pelo esueco
sal do
(Celsius) é dividido em 180 partes iguais Fahrenheit.
• Esta ou
mar, escala
de água,
foi utilizada
gelo e salprincipalmente
de amônia, e pelos
exigiapaíses
que todos
que foram colonizados pelos britânicos, mas seu uso
atualmente asemesma
marcassem restringe
temperatura.
a poucos países
Essa de
mistura
línguaerainglesa,
feita na
como os Estados Unidos e Belize.
hora, sem proporções especificadas, pois servia só para
verificar se todos marcavam a mesma temperatura. Isto está
relatado no seu trabalho, publicado nas Philosophical
Transactions of the Royal Society of London, volume 33,
página 78, de 1724. Portanto, ele não diz em lugar nenhum
quais as proporções da mistura, e provavelmente ele mesmo
não sabia, e nem era necessário, para o fim a que se
destinava. Mais tarde, a temperatura da mistura água-gelo
passou a ser chamada de 32, e a do corpo humano de 96.
Esta última, é claro, não se usa mais: usa-se, como você sabe, Assinatura: Daniel Gabriel Fahrenheit / United
a temperatura de ebulição da água a uma pressão bem States Public Domain

estabelecida .
Relação entre Celsius e Fahrenheit
Escala Celsius (°C) Escala Fahrenheit (°F)

100°C 212°F
Ponto de
100 partes 180 partes ebulição da água.
𝑻𝑪 𝑻𝑭

𝑻 𝒄 −𝟎 𝑻 𝑭 −𝟑𝟐
0°C 32°F
Ponto de fusão
da água.

• Relação:
“Pedacinho sobre pedação em Celsius está para pedacinho sobre pedação em Fahrenheit”.

𝑇 𝑐 −0 𝑇 𝐹 −32 𝑇 𝑐 𝑇 𝐹 − 32
= =
100÷ 𝟐𝟎 180 ÷ 𝟐𝟎 5 9
Exercícios do livro: Página 255

• Segundo o enunciado, os termômetros


Solução:
graduados em Celsius e Fahrenheit
registram a mesma temperatura, ou seja, =
𝑇 𝐹 =14 ° 𝐹
𝑇 𝑐 𝑇 𝐹 − 32
= 𝑇 𝑐 𝑇 𝐹 − 32
5 9 =
Solução: 5 9
601=5 𝑇 𝐹 𝑇 𝑐 14 − 32
= 𝑥 𝑥 − 32
5 9 =
𝑇 𝑐 =49° 𝐶 601 5 9
𝑇 𝐹= 𝑇𝑐
5 − 18
𝑇 𝑐 𝑇 𝐹 − 32 5
=
9
9 . 𝑥 =5 .(𝑥 −32)
=
5 9 𝑇 𝐹 =120, 2 ° 𝐹 𝑇𝑐 9 . 𝑥 =5 𝑥 −160
=− 2
5
4 9 𝑇 𝐹 −32
=
9 . 𝑥 −5 𝑥=−160
5 9 𝑇 𝑐 =−10 ° 𝐶
4 𝑥 =−160
49 . 9=5 .(𝑇 𝐹 −32) 160
𝑥=−
4
441=5 𝑇 𝐹 − 160
𝑥=− 40° 𝐶𝑜𝑢 − 40 ° 𝐹
441+ 160=5 𝑇 𝐹
Escala Kelvin (K)
• A escala Kelvin foi proposta em 1864 pelo físico e engenheiro irlandês William Thomson, o qual também era conhecido como Lord
Kelvin. Ele acreditava que era necessária uma escala termométrica que pudesse atribuir a um material uma total ausência de
movimentação de suas partículas, o que ele chamou de zero absoluto.

• Assim, para Lord Kelvin, sua escala não poderia apresentar valores negativos para a temperatura. Assim como Celsius e Fahrenheit,
ele utilizou como referência os seguintes pontos de fusão e ebulição da água:

 Ponto de fusão da água = 273 K


 Ponto de ebulição da água = 373 K
• Hoje, Kelvin é a escala termométrica adotada pelo Sistema Internacional.

Zero absoluto (0K)


• Não existe um limite para a temperatura quando começamos a aquecer um material. Do
estado sólido vai para o líquido, depois o gasoso, separa-se em moléculas, átomos, até chegar
em uma nuvem de partículas eletrizadas, também chamada de plasma, encontrada no
interior das estrelas, onde a temperatura é extremamente elevada. Contudo, há um limite
para o resfriamento, é o zero absoluto! Situação em que a pressão é nula, a temperatura não
pode diminuir mais e não se pode extrair mais nenhuma energia do material.
• Zero absoluto é definido como a menor temperatura que um corpo pode estar no universo. É
a temperatura na qual as moléculas do corpo tem energia cinética média nula (estão em
repouso). Na teoria, seria o 0K (zero da escala Kelvin) ou -273,15º C, mas em laboratório, o
máximo que se conseguiu foi de aproximadamente 0,000000000001K (ou 1 . 10 -12 K).
Relação entre Celsius e Kelvin
Escala Celsius (°C) Escala Kelvin (K)

100°C 373K
Ponto de
100 partes 100 partes ebulição da água.
𝑻𝑪 𝑻𝑲

𝑻 𝒄 −𝟎 𝑻 𝑲 − 𝟐𝟕𝟑
0°C 273 K
Ponto de fusão
da água.

• Relação:

“Pedacinho sobre pedação em Celsius está para pedacinho sobre pedação em Kelvin”.

𝑇 𝑐 −0 𝑇 𝐾 − 273
=
100 100

𝑇 𝑐 =𝑇 𝐾 −273 ou

𝑇 𝐾 =𝑇 𝐶 + 273
Exercícios do livro: Página 259
Solução(A11):

𝑇 𝐾 =312 𝐾
𝑇 𝐶 =𝑇 𝐾 −273
𝑇 𝐶 =312 −273
Solução(A10):
𝑇 𝐶 =39 ° 𝐶
𝑇 𝑐 =27 ° 𝐶
𝑇 𝐾 =𝑇 𝐶 +273
𝑇 𝐾 =27+ 273
𝑇 𝐾 =300 𝐾
Relação entre escalas genéricas
• Exemplo: Relação entre as Escalas Leandro e a escala Peclat
Escala Leandro (°L) Escala Peclat (°P)
344°L 171°P
Ponto de
294 partes 147 partes ebulição da água.
𝑻𝑳 𝑻𝑷

𝑻 𝑳 −𝟓𝟎 𝑻 𝑷 −𝟐𝟒
50°L 24°P
Ponto de fusão
da água.
• Determine o valor de temperatura que é a
• Relação: • Exemplo: Calcule o valor de mesma nas duas escalas.
𝑇 𝐿 − 50 𝑇 − 24 temperatura de 104°P na escala
= 𝑃 Leandro. • =
344 − 50 171 − 24
• = 104°P 𝑥 − 50 𝑥 −24
𝑇 𝐿 −50 𝑇 𝑃 − 24 =
= 𝑇 𝐿 −50 104 − 24 2 1
÷ 𝟏𝟒𝟕 294 147 =
÷ 𝟏𝟒𝟕 2 1 2 . ( 𝑥 − 24 )=𝑥 −50
𝑇 𝐿 −50 80
𝑇 𝐿 −50 𝑇 𝑃 − 24 = 2 𝑥 − 48=𝑥 −50
= 2 1
2 1 𝑇 𝐿 −50=160 2 𝑥 − 𝑥=48 −50
𝑇 𝐿 =50+ 160 𝑥=−2° 𝐿𝑜𝑢− 2° 𝑃
𝑇 𝐿 =210 ° 𝐿
Exercícios do livro: Página 257
𝑇 𝑐 −0 𝑇 𝑋 +10 Solução (A8):
=
100 160
÷ 𝟐𝟎 ÷ 𝟐𝟎 𝑇 𝐴 𝑇 𝐵 − 30
= • =
𝑇 𝑐 𝑇 𝑋 +10 5 2
=
5 8
𝑥 𝑥 −30
tes =
a r tes p a r 𝑇 𝑋 =0 ° 𝑋 5 2
0 p 40
10 𝑇 𝑐 0+10 5(
𝑇𝐴 −𝟑
𝟎 𝑇𝐵 5
=
8
𝑻𝑩
5
𝑻 𝑨− 𝟎 𝑇 𝑐 10
= 5
5 8

𝑇 𝑐=
50
=6 ,25 ° 𝐶
3 𝑥=150
8
150
𝑥=
Solução (A7): 3
Solução (A6): 𝑇 𝐴 𝑇 𝐵 −30
=
𝑥=50° 𝐴 𝑜𝑢50° 𝐵
100 40
÷ 𝟐𝟎 ÷ 𝟐𝟎

𝑇 𝐴 𝑇 𝐵 − 30
=
5 2
Gráficos de escalas termométricas
• Exemplo: Determine a relação entre as escalas Y e X a partir do gráfico a seguir.
Escala Y (°Y)
𝑇 𝑌 − 40 𝑇 𝑥 −50
°Y) =
°X ; 80 40 100
(150
80°
°Y) 𝑇 𝑌 − 40 𝑇 𝑥 −50
°X ; 40 =
(50 2 5
40°

Escala X (°X)
50° 150°

Escala Y (°Y) Escala X (°X)

80°Y 150°X
40 partes 100 partes
𝑻𝒀 𝑻𝑿

𝑻 𝒀 − 𝟒𝟎 𝑻 𝑿 −𝟓𝟎
40°Y 50°X
Exercícios do livro: Página 258
Escala Celsius (°C) Escala X (°X)

0°C 5°X
20 partes 5 partes
𝑻𝑪 𝑻𝑿

𝑻 𝑪 +𝟐𝟎 −𝟎
-20°C 0°X 𝑻𝑿

• Ponto de gelo: 0°C


Solução (V8): • Ponto de vapor: 100°C

0+20 10 0+20
𝑇 𝐶 +20 𝑇 𝑋 − 0 𝑇 𝑋= 𝑇 𝑋=
4 4
=
20 5
÷𝟓 ÷𝟓 20 1 20
𝑇 𝑋= 𝑇 𝑋=
4 4
𝑇 𝐶 +20
=𝑇 𝑋 𝑇 𝑋 =5 ° 𝑋 𝑇 𝑋 =30 ° 𝑋
4
Dilatação Térmica dos sólidos
Expansão das Moléculas
• É importante que saibamos o que são temperatura e calor.

• Temperatura: é a medida do grau de agitação das moléculas;

• Calor: é a troca de energia causada exclusivamente por uma diferença de temperatura.

Calor
Dilatação Térmica
Definição
•Na física, dilatação térmica é o nome que se dá ao crescimento das
dimensões de um corpo, ocasionado pelo aumento de sua temperatura.
Para pensar melhor...
• Como facilitar a abertura da tampa de um vidro de azeitonas ?

• A tampa de metal e o vidro sofrerão alterações quando aquecidas?

• Como esse fenômeno pode ser explicado fisicamente?


Você já observou os trilhos em uma estrada de
ferro?

Dilatação acentuada dos trilhos


causou o desvio no caminho!
•Os fios de telefone ou luz,
expostos ao Sol, variam suas
temperaturas, fazendo com que
o fio se estenda de um
comprimento inicial (Lo) para
um comprimento final (L),
aumentando assim sua
curvatura.

•A “barriga” deve ser mantida


durante à instalação do fio porque
nos casos de temperaturas mais
baixas o fio irá comprimir e romper.
Dilatação Linear
• Ocorre quando o corpo sofre expansão em uma dimensão

A dilatação do fio depende de


três fatores:

• da substância da qual é feito o fio;

• da variação de temperatura sofrida


Imagem: SEE-PE, redesenhado a partir de imagem de Autor
Desconhecido. pelo fio;

• do comprimento inicial do fio.


EQUAÇÃO DA DILATAÇÃO LINEAR
CA
LO
R

• ∆L é variação de comprimento do fio, ou seja, ;


𝑻𝟎
• é o comprimento inicial;
𝑳𝟎
• é a temperatura inicial;

∆𝑳 • L é o comprimento final;

• α é o coeficiente de dilatação linear, uma


𝑇 característica da substância. Sua unidade
𝑳 é o °C-1;

• ∆T é a variação de temperatura, ou seja, T , onde


∆ 𝐿=𝐿0 . 𝛼 . ∆ 𝑇 representa a temperatura inicial do fio e T a
temperatura final.
Exercícios página 264
Solução(A2):

• Dados: , , ,

∆ 𝐿=𝐿 − 𝐿0 ∆ 𝑇 =𝑇 −𝑇 0
∆ 𝐿=5 , 002−5 , 000 ∆ 𝑇 =220− 20
∆ 𝐿=0 , 002=2. 10− 3 𝑐𝑚 ∆ 𝑇 =200=2. 102 ° 𝐶

∆ 𝐿=𝐿0 .𝛼 . ∆ 𝑇
Solução(A1):
• Dados: , , , 2 .10 −3 =5 . 𝛼 .2 . 10 ² 𝛼=2 .10 −3 − 3
2 .10 −3 =𝛼 . 10 .10 ² 𝛼=2 .10 −6 ° 𝐶 −1
∆ 𝐿=𝐿0 .𝛼 . ∆ 𝑇 2 .10 −3 =𝛼 . 10 ³
∆ 𝐿=1000 . 12 .10 −6 .(40 − 0) 2. 10− 3
𝛼=
∆ 𝐿=10 3 .12 . 10−6 . 4 . 10 ¹ 10 ³

∆ 𝐿=4 . 12 .10 3 .1 0 ¹ . 10− 6


∆ 𝐿=48 . 103 +1 −6 ∆ 𝐿=48 . 10− 2=0 , 48 𝑚
Exercícios página 265
Solução:

• Como um metal se dilata quando se


aquece, a estrutura metálica do lado
direito do prédio passa a ter um
comprimento maior do que a estrutura
metálica em seu lado esquerdo devido
ao aquecimento provocado pelo
incêndio que ocorreu no lado direito.
Para que a altura do prédio medida em
seu lado direito fique maior do que a
medida pelo lado esquerdo, o prédio
entortará necessariamente para o lado
esquerdo, como indicado na figura 2.
Dilatação Superficial
• Há corpos que podem ser considerados bidimensionais, pois sua terceira dimensão é
desprezível, frente às outras duas, por exemplo, uma chapa.

• A expansão ocorre nas suas duas


dimensões lineares, ou seja, na
área total do corpo.
EQUAÇÃO DA DILATAÇÃO SUPERFICIAL
CALOR

• ∆A é a dilatação superficial ou o quanto


a superfície variou, ou seja,
𝐴 • β é o coeficiente de dilatação
superficial;
𝐴0 𝐴0 • é a área inicial;
• é a temperatura inicial;
𝑇0 ∆A
• ∆T é a variação de temperatura.
𝑇
Observação: β = 2α
∆ 𝐴= 𝐴0 . 𝛽 . ∆ 𝑇
Exercícios página 269
Solução (V8):

• Dados: , ,

∆ 𝐴= 𝐴0 . 𝛽 . ∆ 𝑇 𝛽=2 . 10− 6 ° 𝐶 − 1
4 .10 −2 =10 ² . 𝛽 . 2 .10 ²
Solução (A9):
4 .10 −2 =2 .10 4 . 𝛽
4 .10 −2
• Dados: , , 𝛽=
2 .10 4
∆ 𝐴= 𝐴− 𝐴 0
−3
∆ 𝐴=5 , 004 −5 ,∆000
𝐴=0 , 004=4 . 10 𝑚² β = 2α
∆ 𝐴= 𝐴0 . 𝛽 . ∆ 𝑇 𝛼=1 .10 −6 ° 𝐶 −1
𝛽=8 .10 −6 ° 𝐶 −1 2. 10− 6
𝛼=
4 .10 −3 =5 . 𝛽 . 10 ² β = 2α 2
4 .10 −3
𝛽= 8 .10 −6
5 . 102 𝛼=
4 2
𝛽= . 10− 5 𝛼=4 . 10−6 ° 𝐶 −1
5
𝛽=0 , 8 .10 −5
Dilatação Volumétrica
• A grande maioria dos corpos sólidos
possui três dimensões: altura,
comprimento e espessura.

• Quando aquecido, o sólido sofre


expansão em cada uma delas,
resultando em um aumento no volume
total do corpo.
EQUAÇÃO DA DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA
• ∆V é variação de volume do cubo, ou seja, ;

• é o volume inicial;
𝑉0 𝑇0
CALOR
• é a temperatura inicial;

• V é o volume final;

𝑉 𝑇 • é o coeficiente de dilatação volumétrica,


uma característica da substância.

• ∆T é a variação de temperatura, ou seja,

Δ𝑉 =𝑉 0 . 𝛾 . Δ 𝑇
Observação: = 3α
Exercícios

Solução:
Δ 𝑉 =120 .10 −1
𝑉 0=10 . 20 . 40= 8000 𝑐𝑚 ³

𝑉 0=8 .10 ³ 𝑐𝑚 ³ Δ 𝑉 =12 𝑐𝑚 ³


∆ 𝑇 =130 − 30=100= 10 ²

Observação: = 3α

Δ 𝑉 =𝑉 0 . 𝛾 . Δ 𝑇
Δ𝑉 =8 . 103 . 15 .10 −6 . 10 ²

Δ 𝑉 =120 .10 −6 +3 +2
Dilatação Térmica dos Líquidos
Dilatação Térmica dos Líquidos
• Os líquidos podem sofrer dilatação térmica, assim como os sólidos, quando aquecidos. A
dilatação dos líquidos ocorre quando sua temperatura aumenta, de forma que suas
moléculas fiquem mais agitadas. Para determinarmos a dilatação do volume de um líquido,
precisamos conhecer o seu coeficiente de dilatação volumétrica, mas, também, deve-se
levar em conta a dilatação sofrida pelo recipiente que contém esse líquido.
Dilatação Aparente dos Líquidos
• Para observarmos a dilatação de um líquido, devemos colocá-lo em um frasco e aquecer o conjunto.
Ambos se dilatarão e como a capacidade do frasco aumenta, a dilatação que observaremos, para o
líquido, será apenas aparente.

Dilatação do frasco )

Líquido
𝑉0 𝑉𝑓 Transbordando
𝑇0 𝑇𝑓

Dilatação aparente
do líquido (Δ𝑉¿¿𝐴𝑝)¿

Calor
Dilatação Real do Líquido
• A dilatação real será então a soma da dilatação aparente com a dilatação volumétrica do frasco.

Líquido
Transbordando
Dilatação do frasco )

Onde:
Dilatação real
• =T
𝑉0 𝑉𝑓 do líquido

𝑇0 𝑇𝑓 • =T
Dilatação do
frasco

Dilatação
• =T aparente

Dilatação aparente Observação:


do líquido(Δ𝑉¿¿𝐴𝑝)¿
Calor • = Volume inicial do líquido e do frasco

• O coeficiente de dilatação do líquido é maior


do que do frasco ( > )
Exemplo:
(FGV-SP/2001) O dono de um posto de gasolina recebeu 4000L de combustível por volta das
12 horas, quando a temperatura era de 35°C. Ao cair da tarde, uma massa polar vinda do Sul
baixou a temperatura para 15°C e permaneceu até que toda a gasolina fosse totalmente
vendida. Qual foi o prejuízo, em litros de combustível, que o dono do posto sofreu? (Dado:
coeficiente de dilatação do combustível é de 1,0.10-3 °C-1)

a) 4L b) 80L c) 40L d) 140L e) 60L

=T

= 4000. 1,0.10-3.(15-35)

= 4,0. 103. 1,0.10-3.(-20)

= 4,0.(-20)

= -80L (sinal de menos indica a perda)


Exercícios da página 272
ɣ 𝑎𝑝=5 𝑥 10 −4 . ( )
10 ²
10 ²

5 𝑥 10− 4 . 100
ɣ 𝑎𝑝=
10 ²
ɣ 𝑎𝑝=5 00 𝑥 10− 4 −2
Solução: ɣ 𝑎𝑝=5 00 𝑥 10− 6 ° 𝐶 −1

= +

=T =+
50=1000 . ɣ 𝑎𝑝 .(120 − 20) 5 𝑥 10
5 𝑥 10=10 ³ . ɣ 𝑎𝑝 .100 ɣ 𝑎𝑝 =
10
5 =
5 𝑥10=10 ³ . ɣ 𝑎𝑝 .10 ²
2+ 3 ɣ 𝑎𝑝=5 𝑥 10 −4 ° 𝐶 −1
5 𝑥 10=10 ɣ 𝑎𝑝
5 𝑥 10=105 ɣ 𝑎𝑝
Comportamento Anômalo Da Água
• Ao ser aquecida, no intervalo de 0oC a 4oC, a água apresenta uma contração do seu volume.

• Como a densidade depende do inverso do volume, a densidade apresenta para a


temperatura de 4oC um ponto de máximo valor.

𝑽 𝒎𝒊𝒏

A água mais quente desce


por ser mais densa
A água mais fria sobe por
ser menos densa
𝒅 𝒎𝒂𝒙
Por que a água dos lagos congela primeiro na
superfície?

41
Exemplo:
A respeito da dilatação irregular da água, marque o que for verdadeiro.

a) Todos os líquidos, ao sofrerem variação de temperatura de 0 °C até 4 °C,


diminuem seu volume. Somente a água faz o contrário.
b) Quando a temperatura da água aumenta, entre 0 °C e 4 °C, seu volume
diminui.
c) Quando a água está a 4 °C, a sua densidade é a mínima possível.
d) A dilatação irregular da água é percebida entre os intervalos de 0 °C a 4 °C
e de 40 °C a 60 °C.
Solução :

∆ 𝐿=𝐿 − 𝐿0
4 . 10− 2
𝛼=
2. 10 ³
∆ 𝐿=20 , 04 −20 , 00
∆ 𝐿=0 , 04=4 . 10− 2 𝑐𝑚 𝛼=2 .10 −2 −3
∆ 𝐿=𝐿0 .𝛼 . ∆ 𝑇 𝛼=2 .10 −5 ° 𝐶− 1
4 .10 −2 =20 . 𝛼 .1 . 10 ²
4 .10 −2 =2 .𝛼 . 10 . 10 ²
4 .10 −2 =2 .𝛼 . 10 ³

Solução :
• Os líquidos de modo geral apresentam coeficientes de
dilatação maiores que os sólidos. Logo a gasolina tem maior
coeficiente de dilatação do que o tanque. Se a gasolina
ocupa o volume total do tanque, ao ser aquecida a gasolina
dilata e transborda, mas não podemos esquecer que há
dilatação do tanque também. Isso significa que há uma
parte da gasolina que dilatou dentro do tanque. Logo o que
transborda corresponde a dilatação aparente do líquido.
Exercícios da página 272

Solução (A15):

Solução (A14):

=T
ɣ 𝑙𝑖𝑞=ɣ 𝑓𝑟 +ɣ 𝑎𝑝
Δ𝑉 𝐴𝑝 =547200 𝑥 10 −6
180 𝑥 10− 6=9 𝑥 10 −6 +ɣ 𝑎𝑝 Δ𝑉 =5 , 47200 𝑥 105 𝑥 10− 6 = . 1,2.10-3.(15-25)
𝐴𝑝
−6 −6
180 𝑥 10 − 9 𝑥 10 =ɣ 𝑎𝑝 Δ𝑉 𝐴𝑝 =5 ,472 𝑥10 −1 𝑐𝑚³ = . 1,2.10-3.(-10)
( 180 −9 ) 𝑥 10 −6 =ɣ 𝑎𝑝
=
171 𝑥 10 −6 =ɣ 𝑎𝑝
=T = -1,2.10² = -120 L (sinal de menos indica a
perda)
Δ𝑉 𝐴𝑝 =80 x171 𝑥 10− 6 𝑥 (96 − 56)
Δ𝑉 𝐴𝑝 =80 x 171 𝑥 10− 6 𝑥 (40)
Duas lâminas metálicas, a primeira de latão e a segunda de aço, de mesmo comprimento à temperatura ambiente, são soldadas rigidamente uma à outra,
formando uma lâmina bimetálica, conforme a figura a seguir:

O coeficiente de dilatação térmica linear do latão é maior que o do aço. A lâmina bimetálica é aquecida a uma temperatura acima da ambiente e depois
resfriada até uma temperatura abaixo da ambiente. A figura que melhor representa as formas assumidas pela lâmina bimetálica, quando aquecida (forma à
esquerda) e quando resfriada (forma à direita), é:
ENEM 2012

Solução:

Quanto mais a porca se dilatar e quanto menos o parafuso se dilatar, menor será
o aquecimento necessário para ser desatarraxado. Assim, dentre os materiais
listados, o material do parafuso deve ser o de menor coeficiente de dilatação e o
da porca, o de maior. Portanto, o parafuso deve ser de platina e a porca de
chumbo.
ENEM 2014
Para a proteção contra curtos-circuitos em residências são utilizados disjuntores, compostos por duas
lâminas de metais diferentes, com suas superfícies soldadas uma à outra, ou seja, uma lâmina
bimetálica. Essa lâmina toca o contato elétrico, fechando o circuito e deixando a corrente elétrica
passar. Quando da passagem de uma corrente superior à estipulada (limite), a lâmina se curva para
um dos lados, afastando-se do contato elétrico e, assim, interrompendo o circuito. Isso ocorre porque
os metais da lâmina possuem uma característica física cuja resposta é diferente para a mesma
corrente elétrica que passa no circuito.
A característica física que deve ser observada para a escolha dos dois metais dessa lâmina bimetálica é
o coeficiente de
Solução:

A curvatura da lâmina se dá devido aos diferentes coeficientes


de dilatação dos metais que compõem a lâmina.
ENEM 2009
Durante uma ação de fiscalização em postos de combustíveis, foi encontrado um mecanismo inusitado para enganar o
consumidor. Durante o inverno, o responsável por um posto de combustível compra álcool por R$ 0,50/litro, a uma
temperatura de 5 °C. Para revender o líquido aos motoristas, instalou um mecanismo na bomba de combustível para
aquecê-lo, para que atinja a temperatura de 35 °C, sendo o litro de álcool revendido a R$ 1,60. Diariamente o posto
compra 20 mil litros de álcool a 5 °C e os revende.
Com relação à situação hipotética descrita no texto e dado que o coeficiente de dilatação volumétrica do álcool é de
1×10-3 °C-1, desprezando-se o custo da energia gasta no aquecimento do combustível, o ganho financeiro que o dono
do posto teria obtido devido ao aquecimento do álcool após uma semana de vendas estaria entre

Solução:
• O enunciado disse que o posto compra e revende 20 =T
mil litros (20000L) de álcool por dia. Logo, durante a
semana temos: =14.. 1,0.10-3.(35-5)
V0=7.20000=140000 L
= .10-3.(30)
• O álcool, como todo liquido, não tem uma forma
bem definido. Logo, ele depende do formato do = 4200 L
recipiente que esta inserido. Como os recipientes
possuem formato tridimensional, atribuímos Esse valor encontrado corresponde a dilatação do álcool. Isso significa que
características volumétricas aos líquidos. Então, a bomba vai identificar que tem uma quantidade maior de que a
para uma dilatação volumetria temos: verdadeira. O lucro que o posto ganhar com essa ação é de:

R: 4200.1,60

R: R$6720,00.
TRANSMISSÃO DE CALOR

Professor: Leandro Fernandes Batista


1) Condução Térmica
• Propagação de calor em que a energia térmica é transmitida de
partícula para partícula, mediante as colisões e alterações das
agitações térmicas; ressalta-se que não há transporte das partículas;
há somente transmissão de energia térmica.
Condutores Térmicos
São aqueles que possuem
elevado coeficiente de
condutibilidade térmica.

Ou seja, são materiais que


conduzem calor com facilidade.

Ex.: Os metais são excelentes


condutores.
Isolantes Térmicos
Ao contrário dos condutores, os isolantes
conduzem muito pouco calor e possuem
um coeficiente de condutibilidade baixo.

Ex.: O ar, a neve


2) Convecção Térmica
• A convecção térmica é um processo de transmissão em que a energia
térmica é propagada mediante o transporte de matéria, havendo
portanto, deslocamento de partículas; logo, a convecção é um
fenômeno que só se processa em meios fluidos, ou seja, em líquidos e
gases.
Brisas marítimas e continentais

54
Refrigerador
• Os refrigeradores retiram o calor de uma região
fria e transferem para uma região mais quente.
Essa transferência não é espontânea e para que
isso ocorra deve haver uma injeção de energia,
que é o trabalho do compressor.
Inversão térmica
• O fenômeno da inversão térmica consiste no seguinte: o ar situado
próximo à superfície, que em condições normais é mais quente que o ar
situado bem acima da superfície, torna-se mais frio que o das camadas
atmosféricas elevadas. Como o ar frio é mais pesado que o ar quente, ele
impede que o ar quente, localizado acima dele, desça. Assim, não se
formam correntes de ar ascendentes na atmosfera. Os resíduos
poluidores vão então se concentrando próximo da superfície. As
inversões térmicas são também provocadas pela penetração de uma
frente fria, que sempre vem por baixo da frente quente.
3) Irradiação Térmica

• A Irradiação é a transmissão de energia, sem


que haja contato físico entre eles. Essa
transmissão ocorre por meio dos
denominados raios infravermelhos, que são
ondas eletromagnéticas.
Garrafa Térmica
• Serve para evitar a condução, a convecção e a radiação. Isto é feito da seguinte
maneira:

1. A condução e a convecção são evitadas através de uma região de ar rarefeito (o


ideal seria vácuo) entre as paredes duplas internas.

2. A radiação é evitada através do espelhamento de suas paredes, tanto


internamente quanto externamente. Assim, tenta-se evitar que a energia térmica
transite do interior da mesma para o meio externo e vice-versa.
Efeito
Estufa
O efeito estufa acontece devido a retenção de calor
na Terra, um dos principais motivos é a emissão de
CO2 que não deixa a radiação sair do planeta.
Estufa de Plantas
 A luz solar (energia radiante) atravessa as paredes transparentes de
vidro e é absorvida por diversos corpos. Posteriormente, esse
energia é emitida na forma de raios infravermelhos que não
atravessam o vidro (o vidro é um material opaco para os raios
infravermelhos). Dessa maneira, o ambiente interno mantém-se
aquecido.
 O mesmo acontece com os coletores de energia solar.
Exercícios da página 302
Solução (A8):
• A água possui maior calor específico do que a areia.
Por isso, durante o dia a areia se aquece mais do
que a água. O ar aquecido, em contato com a areia,
sobe e produz uma região de baixa pressão, que
aspira o ar que está sobre o mar. É a brisa marítima
(do mar para a terra). À noite, ao perder calor, a
areia e a água se resfriam, sendo que a areia se
resfria mais do que a água. O ar mais quente, em
contato com a água, sobe produzindo uma região
de baixa pressão que aspira o ar que está sobre a
areia. É a brisa terrestre (da terra para o mar)

Solução (A9):

• No vácuo não há meio material.


Exercícios da página 301
Solução (A5):

• A convecção consiste na movimentação de


massas fluidas (líquidos, gases e vapores) devido
à diferença de densidade. Assim, por exemplo, ao
se aquecer a parte inferior de um fluido, sua
densidade se torna menor do que a do fluido
Solução (A6):
restante e com isso o fluido da parte inferior
sobe. A parte superior do fluido, sendo
• Na convecção, as correntes frias deslocam-se relativamente mais densa, desce. Formam-se as
para baixo. Logo, para gelar o chope deve-se correntes ascendentes e descendentes de fluido,
colocar o gelo na parte superior do barril. que são chamadas correntes de convecção. As
correntes de convecção na água, por exemplo,
podem ser visualizadas com a utilização de
serragem.
ENEM- 2002
Solução:
ENEM- 2013

Solução:

• O preto é a combinação de todas as cores do espectro luminoso,


fazendo com que ele absorva todos os espectros. Logo, a garrafa
preta absorve com maior velocidade a energia radiante,
consequentemente, a variação de temperatura também é maior,
aquecendo mais rápido.
• Acompanhando essa ideia, a emissão da energia absorvida pela
garrafa preta também é maior, fazendo com que o resfriamento
também seja mais rápido.
ENEM- 2013

Solução:

• A propagação da energia do Sol à Terra é por irradiação.


• As luvas são feitas de materiais isolantes térmicos (lã, couro etc.) dificultando a condução do
calor.
ENEM- 2016
Nos dias frios. é comum ouvir expressões como: “Esta roupa é quentinha” ou então “Feche a janela para o frio não
entrar”. As expressões do senso comum utilizadas estão em desacordo com o conceito de calor da termodinâmica. A
roupa não é “quentinha”, muito menos o frio “entra” pela janela.
A utilização das expressões “roupa é quentinha” e “para o frio não entrar” é inadequada, pois o(a)

A) roupa absorve a temperatura do corpo da pessoa, e o frio não entra pela janela, o calor é que sai por ela.
B) roupa não fornece calor por ser um isolante térmico, e o frio não entra pela janela. pois é a temperatura da sala que
sai por ela.
C) roupa não é uma fonte de temperatura, e o frio não pode entrar pela janela, pois o calor está contido na sala, logo o
calor é que sai por ela.
D) calor não está contido num corpo, sendo uma forma de energia em trânsito de um corpo de maior temperatura
para outro de menor temperatura.
E) calor está contido no corpo da pessoa, e não na roupa, sendo uma forma de temperatura em trânsito de um corpo
mais quente para um corpo mais frio.

Solução:

• Calor é todo fluxo espontâneo de energia devido exclusivamente à diferença de temperaturas entre os corpos. É
errado, portanto, do ponto de vista da termodinâmica, dizer que uma roupa contém calor ou falar em trânsito de
frio.
ENEM- 2019

Solução:

• o fluxo natural de calor é sempre do corpo de maior temperatura para o de menor, não podendo
ocorrer o contrário, portanto, de forma espontânea. Para minimizar as trocas de calor, comumente se
utiliza materiais maus condutores, que evitam as trocas de calor entre o meio e o corpo.
Calorimetria

Professor Leandro Fernandes Batista


Introdução
Introdução
• Quando um corpo recebe ou perde uma certa quantidade de energia térmica podemos observar,
como consequência, uma variação de sua temperatura (calor sensível) ou mudança de estado físico
(calor latente)
Unidade de calor
Calor específico (c)
Calor específico (c)
Capacidade Térmica (C)
Calorímetro
Estados físicos da matéria
Mudança de fase
Calor Latente
Calor latente

Calor latente Calor


sensível

Calor sensível

Calor sensível
Diagrama de Fases
• O diagrama de fases é um gráfico utilizado para indicar as condições de temperatura
e pressão necessárias para obter uma substância em um determinado estado físico (sólido, líquido ou
gasoso).

Mudança de Mudança de Mudança de


estado físico estado físico estado físico

SÓLIDO LÍQUIDO
Região I Região II
(sólido) (líquido)

𝑃2

𝑃1

Região III A substância está nos 3


𝑃0
(gasoso) estados físicos ao mesmo
tempo

GASOSO 𝑇 𝑠𝑢𝑏𝑙. 𝑇 𝑓𝑢𝑠 ã 𝑜 𝑇 𝑒𝑏𝑢𝑙 .

𝑇𝑆 𝑇 𝑡𝑟𝑖𝑝𝑙𝑜 𝑇𝐿 𝑇𝐺
Diagrama de Fases da água

https://www.youtube.com/watch?v=Juz9pVVsmQQ
Resumo
Exercícios
A2) Como há variação de temperatura, logo, o corpo recebe
calor sensível.

Dados:
Q = 2100cal
ΔT = 50° - (-20°) = 70°C
m = 30g

𝑄
𝐶=
ΔT
𝐶=𝑚. 𝑐
Solução:
2100 30=30 . 𝑐
A1) Como há variação de temperatura, logo, o corpo 𝐶=
recebe calor sensível. 70

Dados: 2000
𝐶=30 𝑐𝑎𝑙/° 𝐶 c = 1 cal/g.°C
𝐶=
Q = 2000Kcal 200
ΔT = 220° - 20° = 200°C

𝑄 𝐶=10 𝑘𝑐𝑎𝑙/° 𝐶
𝐶=
ΔT
Solução A5:

𝑄=30 −10=20 𝑐𝑎𝑙

Solução A4:

• M = 100g , c = 0,60 cal/g°C e ΔT =


∆ 𝑇 =50 ° 𝐶
50 – 20 = 30°C
𝑄=𝑚.𝑐 . ∆ 𝑇 𝑄=𝑚.𝑐 . ∆ 𝑇 cal/g°C

𝑄=100 . 0 , 6 . 30 20=10 . 𝑐 . 50
𝑄=1800 𝑐𝑎𝑙 20=500 . 𝑐
20
𝑐=
500
Solução A7:

∆ 𝑇 =60° 𝐶

𝑄=50 . 40=2000 𝑐𝑎𝑙

𝑄=𝑚.𝑐 . ∆ 𝑇
cal/g°C
Solução A6: 2000=100 . 𝑐 . 60
• M = 20 kg , c = 1 kcal/kg°C e ΔT =
2000=6000 . 𝑐
15 – 30 = - 15°C
𝑄=𝑚.𝑐 . ∆ 𝑇 𝑐=
2000
6000
𝑄=20 . 1. (−15)
𝑄=−300 𝐾𝑐𝑎𝑙
B) 𝑄=𝑚 . 𝐿

𝑄=100 . 35

𝑄=3500 𝐶𝑎𝑙

Solução:
Calor latente
A) Mudança de fase

Temperatura Calor
de sensível
fusão
𝑄=𝑚 . 𝐿

𝑄=200 . 60

𝑄=1200
Solução V1:
𝑄=12000 𝐶𝑎𝑙

Temperatura
de
fusão
Princípio da troca de calor e equilíbrio térmico
Sistema isolado

• Chamamos de sistema isolado um conjunto de corpos que não troca calor com o ambiente externo. Desta forma, as únicas trocas de calor
possíveis são entre os elementos do sistema. Uma boa aproximação seria um conjunto de objetos colocados dentro de uma caixa de isopor
fechada.

Calorímetro (sistema isolado) • Como A tem temperatura maior que B, então A perde calor (-Q) e B
ganha calor (+Q).
• Após um intervalo de tempo a transferência de calor cessa quando
A B ambos atingem a mesma temperatura. (Equilíbrio térmico)
Calor
Princípio:
“Quando dois ou mais corpos trocam calor entre si, até estabelecer-se o
Temperatura de A > Temperatura de B equilíbrio térmico, é nula a soma das quantidades de calor trocadas por
eles”.
𝑸 𝑨 =−𝑸 (𝒑𝒆𝒓𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒍𝒐𝒓 )
Equilíbrio Térmico
𝑸 𝑩 =+𝑸 ( 𝒈𝒂𝒏𝒉𝒂 𝒄𝒂𝒍𝒐𝒓 )
+¿
A B
Calor 𝑸 𝑨 +𝑸 𝑩 =−𝑸 +𝑸
𝑸 𝑨 + 𝑸 𝑩 =𝟎
Temperatura de A = Temperatura de B
Exercícios
Página 281
A8) O alumínio tem calor específico igual a 0,20 cal/g.°C e a água líquida, 1,0 cal/g .°C. Um corpo de alumínio, de massa 10 g e
à temperatura de 80 °C, é colocado em 10 g de água à temperatura de 20 °C. Considerando que só há trocas de calor entre o
alumínio e a água, determine a temperatura final de equilíbrio térmico.

Solução:
𝑸 𝑨 =𝒎 𝑨 . 𝒄 𝑨 . ∆ 𝑻 𝑨 =𝟏𝟎 .𝟎 , 𝟐𝟎 .( 𝒙 −𝟖𝟎)
• Alumínio (corpo A): • Água (corpo B):

𝑸 𝑨 +𝑸 𝑩 =𝟎

2 10
-

𝒙=𝟑𝟎° 𝐂
𝟑𝟔𝟎
𝒙=
𝟏𝟐
𝑻 𝑬 =𝟑𝟎° 𝑪
V10) Colocam-se 500 g de cobre a 200 °C em 750 g de água a 20 °C. O calor específico do cobre é
0,094 cal/g.°C. Determine a temperatura de equilíbrio térmico. São desprezadas as perdas. Dado:
1,0 cal/g.°C.

Solução:
𝑸 𝑨 =𝒎 𝑨 . 𝒄 𝑨 . ∆ 𝑻 𝑨 =𝟓𝟎𝟎 . 𝟎 ,𝟎𝟗𝟒 .(𝒙 − 𝟐𝟎𝟎)
• cobre (corpo A): • Água (corpo B):

𝑸 𝑨 +𝑸 𝑩 =𝟎
500 750

𝟐𝟒𝟒𝟎𝟎
𝒙= 𝑇 𝐸 =30 ,6 ° 𝐶
𝟕𝟗𝟕

𝒙=𝟑𝟎,𝟔° 𝐂
Solução:
𝑸 𝑨 =𝒎 𝑨 . 𝒄 𝑨 . ∆ 𝑻 𝑨 =𝟏𝟎𝟎 .𝟏 .( 𝒙 −𝟖𝟎)
Água (corpo A): Água (corpo B):

𝑸 𝑨 +𝑸 𝑩 =𝟎
100 100

100 100

200 120
200 120

𝟏𝟐𝟎𝟎𝟎
𝒙= 𝑇 𝐸 =60 ° 𝐶
𝟐𝟎𝟎

𝒙=𝟔𝟎° 𝐂
Solução:

• Para obter 20 ml de água a 50°C, inicialmente o cientista deve separar duas “porções” de água. Na primeira
porção ele deve resfriar até observar a transição de fase de líquido para sólido que ocorre sempre a mesma
temperatura (0°C). Ao notar que essa porção chegou a 0°C reserva-se 10 ml. A segunda porção de água deve-se
aquecer até nota-se a fervura (ebulição). Durante a ebulição a temperatura da água permanece a 100°C. Assim
separa-se também 10 ml.
• Após reservar 10 ml de água a 0° e a 100°C, mistura-se as duas porções em um calorímetro e espera-se o
equilíbrio térmico. Ao mistura-se massas iguais de substância iguais, tem-se que a temperatura de equilíbrio
térmico como sendo a média aritmética das temperaturas.
Solução:
𝑄1=𝑚 . 𝐿=𝑥 .80
𝑄1=𝑚 . 𝐿=80 𝑥
𝑄2 =𝑚.𝑐 . ∆ 𝑇 =𝑥 . 1 .(20 −0)
Solução: 𝑄2 =20 𝑥
• Cuidado! Neste problema temos água a 40°C que trocará calor com gelo a 𝑄3 =𝑚. 𝑐 . ∆ 𝑇 =100 . 1 .(20 − 40)
0°C. Note que a 0°C o gelo se funde recebendo calor latente e somente
após o derretimento a água que se formará a 0° recebe calor calor
𝑄3 =−2000 𝑐𝑎𝑙
sensível para aumentar sua temperatura a 20°C
• Corpo A • Princípio da troca de calor:
𝑰)¿ 𝟐) ¿
𝑸 ¿¿ ¿¿
𝒆( 𝑸 𝑄1 +𝑄 2+ 𝑄3 =0
𝒆 𝒏𝒕 𝒗𝒆𝒍 (
𝒍𝒂𝒕 𝒏𝒔
í
𝒍𝒐𝒓 𝒔𝒆
𝑪𝒂 𝒍𝒐 𝒓
𝑪𝒂
8 0 𝑥 +20 𝑥 −2000=0
𝑚 𝐴 =𝑥 𝑚 𝐴 =𝑥 𝑚 𝐴 =𝑥 1 00 𝑥 =2000
𝑇 =0 ° 𝐶 𝑇 =0 ° 𝐶 𝑇 =20 ° 𝐶
𝑥=20 𝑔
• Corpo B )¿
¿ ¿𝟑
𝒍( 𝑸
í 𝒗𝒆
𝒆 𝒏𝒔
𝒔
𝒍𝒐𝒓
𝑪𝒂

𝑚 𝐵=100 g 𝑚 𝐵=100 𝑔
𝑇 =40 ° 𝐶 𝑇 =20 ° 𝐶
(Uerj 2014) Um sistema é constituído por uma pequena esfera metálica e pela água contida em um
reservatório. Na tabela, estão apresentados dados das partes do sistema, antes de a esfera ser
inteiramente submersa na água.

A temperatura final da esfera, em graus Celsius, após


o equilíbrio térmico com a água do reservatório, é
cerca de:
a) 20 b) 30 c) 40 d) 50

Solução:
𝑸 𝑨 =𝑪 𝑨 . ∆ 𝑻 𝑨 =𝟐 .( 𝒙 − 𝟓𝟎)
Esfera (corpo A): Água (corpo B):

𝑸 𝑨 +𝑸 𝑩 =𝟎
2 2000

2002 60100
𝑄=𝑚.𝑐 . ∆ 𝑇
𝟔𝟎𝟏𝟎𝟎
𝒙=
𝟐𝟎𝟎𝟐

𝑄=𝐶 . ∆ 𝑇 𝒙=𝟑𝟎° 𝐂
(UERJ_- 2018) Observe no diagrama as etapas de variação da temperatura e de mudanças de estado
físico de uma esfera sólida, em função do calor por ela recebido. Admita que a esfera é constituída por
um metal puro.

(VAPORIZAÇÃO:
LÍQUIDO + Solução:
GASOSO)

(LÍQUIDO)
:
SÃO +
O
(FU LID DO)
SÓ UI
L ÍQ

(SÓLIDO)

Durante a etapa D, ocorre a seguinte mudança


de estado físico:

(A) fusão
(B) sublimação
(C) condensação
(D) vaporização
Solução:
• Após a ingestão de uma certa quantidade de água, o sistema corpo humano mais água atinge o
equilíbrio térmico. Nessa situação, a temperatura da água se eleva até ficar igual à do corpo. A
quantidade de calor, em calorias, que a água ingerida absorve do corpo humano é dada por

𝑄=𝑚.𝑐 . ∆ 𝑇
𝑄=500 .1 .( 36 , 5 −15)

𝑄=10850 𝑐𝑎𝑙
Solução:
Solução:

• Deseja-se conhecer as
capitais em que são
necessárias mais de 12 kcal
para realizar o aquecimento
indicado. Para esse fim,
pode-se aplicar a equação da
calorimetria:

𝑄=𝑚.𝑐 . ∆ 𝑇

• sendo Q a variação da quantidade de calor, m a massa, c o calor específico e a variação da


temperatura. Assim:
12000=500 .1 .( 𝑇 𝑚𝑎𝑥 − 0) • Para a quantidade de calor ser maior que 12 kcal, > 24 °C, a
análise do gráfico permite concluir que são 5 as capitais nas
12000=500 𝑇 𝑚𝑎𝑥
quais é necessário fornecer mais de 12 kcal para aquecer 500 g
12000 de água.
=𝑇 𝑚𝑎𝑥
500
𝑇 𝑚𝑎𝑥 =24 ° 𝐶
Teoria Cinética dos Gases – Gases Ideais

Leandro Fernandes Batistas


Gás perfeito ou ideal
• Modelo desenvolvido por Boltzmann e Maxwell no século XIX.

Hipótese
• Todo gás ideal é constituído por partículas esféricas (moléculas) que se
movimentam em alta velocidade, em linha reta e de modo desordenado.
• Os choques entre moléculas são perfeitamente elásticos, ou seja, não há perdas
de energia e são o único modo de interação entre as moléculas.
• São desprezadas as forças de interação (atração ou repulsão) entre moléculas,
sejas essas forças de natureza elétrica, magnética ou outra.

Observação
• Os gases reais, em que há ocorrência de colisões inelásticas entre partículas,
aproximam-se muito do comportamento dos gases ideais em regimes de baixas
pressões e altas temperaturas.
• Por coincidência, nas condições normais de pressão e temperatura da Terra (25
°C e 1 atm), a maior parte dos gases comporta-se como gases ideais, e isso
facilita o cálculo de previsões acerca do comportamento termodinâmico deles.

Boltzmann
Variáveis de estado
• Quando estudamos um gás, temos que estudar suas três grandezas
fundamentais: pressão, volume e temperatura. Essas grandezas são chamadas de variáveis de estado dos gases
porque elas influenciam grandemente suas propriedades e comportamento

Pressão
• A pressão é definida como a força exercida na direção perpendicular sobre uma dada superfície em
relação à área dela. No caso dos gases, a pressão exercida é provocada pelos choques de suas
partículas contra as paredes do recipiente.

𝐹𝑜𝑟 ç 𝑎( 𝑁 )
𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠 ã 𝑜 ( 𝑃𝑎 )=
Á 𝑟𝑒𝑎(𝑚2 )

Volume
O volume é dado pela multiplicação do comprimento pela altura e pela largura de um corpo, conforme mostrado
no caso do cubo abaixo:

• No caso dos gases, eles tendem a ocupar o volume do recipiente que os contém, em virtude da sua grande
capacidade de expansão.
Temperatura
• A temperatura dos gases mede a agitação de suas moléculas. Quanto maior a velocidade delas, maior a
temperatura. O aparelho usado para medir a temperatura é o termômetro, geralmente o de mercúrio, que
possui uma graduação com escalas termométricas no tubo de vidro na parte exterior e, por dentro, o mercúrio
líquido. Quando a temperatura aumenta, esse líquido se dilata e indica a medida da temperatura
Transformações gasosas
• As transformações gasosas são aquelas em que se considera uma determinada massa fixa de um
gás ideal em um sistema fechado para observar como as variáveis de estado dos gases (pressão,
volume e temperatura) inter-relacionam-se.

• Esse processo é feito por manter constante uma dessas variáveis, enquanto se observa como ocorre
a variação das outras duas.

• Existem três tipos de transformações gasosas, que ocorrem quando (1) a temperatura permanece
constante, (2) quando a pressão permanece constante e (3) quando o volume permanece
constante.
Isotérmica (Lei de Boyle-Mariotte)
• É uma transformação gasosa que ocorre com a temperatura constante, enquanto as outras variáveis (pressão e
volume) variam.
• Os cientistas que estudaram a transformação isotérmica foram Robert Boyle e Edme Mariotte, por isso as
observações desses estudiosos foram enunciadas em uma lei chamada de lei de Boyle-Mariotte, que diz o
seguinte:
“Com a temperatura sendo mantida constante, a massa de
determinado gás ocupa um volume inversamente
proporcional à sua pressão.”

𝑷 𝟏 .𝑽 𝟏= 𝑷 𝟐 .𝑽 𝟐

ESTADO 2

ESTADO 1
Isotérmica (Lei de Boyle-Mariotte)
OBSERVAÇÃO
Página 308

𝑷 𝟏 .𝑽 𝟏= 𝑷 𝟐 .𝑽 𝟐

𝟒 . 𝟐=𝟎 ,𝟓 . 𝑽 𝟐

𝟖=𝟎 ,𝟓 . 𝑽 𝟐
Solução

• Trata-se de uma transformação isotérmica, logo a 𝑽 𝟐=16 L


temperatura é constante.

Dados: = 4L, = 2atm, = 0,5atm e = ?


Transformação Isotérmica - Experimento

https://www.youtube.com/watch?v=ghWhIVgySKo
Isocórica (Lei de Gay-Lussac)
• refere-se a uma transformação gasosa que ocorre com o volume constante, enquanto as outras
variáveis (temperatura e pressão) variam.
• A segunda lei de Charles e Gay-Lussac diz o seguinte:

“Com o volume sendo mantido constante, a pressão exercida


pela massa de determinado gás é diretamente proporcional à
sua temperatura termodinâmica.”

𝑷𝟏 𝑷𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐
ESTADO 2

𝐏𝟐

ESTADO 1
𝐏𝟏

𝐓𝟏 𝐓𝟐
Página 308 Solução

A) Trata-se de uma transformação isocórica, visto


que pressão e temperatura variam de modo linear
(logo volume é constante).

B) Para encontrar x e y precisamos usar a equação


duas vezes e relacionar com o ponto A.

𝑷𝟏 𝑷𝟐 𝑷𝑨 𝑷𝑩 𝟏𝟐 𝟖
= = =
𝑻𝟏 𝑻𝟐 𝑻 𝑨 𝑻𝑩 𝟔𝟎𝟎 𝒚

𝟏𝟐 𝒚=𝟒𝟖𝟎𝟎 𝒚=𝟒𝟎𝟎 𝑲

𝑷𝟏 𝑷𝟐 𝑷𝑨 𝑷𝑪
= =
𝑻𝟏 𝑻𝟐 𝑻 𝑨 𝑻𝑪

𝟔𝟎𝟎 𝒙=𝟐𝟒𝟎𝟎
𝟏𝟐 𝒙
= 𝒙=𝟒 𝑨𝒕𝒎
𝟔𝟎𝟎 𝟐𝟎𝟎
Transformação Isocórica - Experimento

https://www.youtube.com/watch?v=qYVVr8_MIVM
Isobárica (Lei de Charles)
• Essa é uma transformação gasosa que ocorre com a pressão constante, enquanto as outras variáveis
(temperatura e volume) variam.

• Os cientistas que estudaram a transformação isobárica foram Joseph Louis Gay-Lussac e Jacques
Alexandre César Charles. Por isso, as observações deles foram enunciadas em uma lei chamada
de primeira lei de Charles e Gay-Lussac, que diz o seguinte:

“Com a pressão sendo mantida constante, a massa de


determinado gás ocupa um volume diretamente proporcional
ESTADO 1
à sua temperatura termodinâmica.”

𝑽 𝟏 𝑽𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐

ESTADO 2
ESTADO 2
𝐕𝟐
ESTADO 1

𝐕𝟏

𝐓𝟏 𝐓𝟐
Página 308 Solução

• Trata-se de uma transformação isobárica,


visto que a pressão é constante.

Dados: =200cm³, =300cm³, =250K

volume(cm³)
𝑽 𝟏 𝑽𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐
(2)
=300cm³ 𝟐𝟎𝟎 𝟑𝟎𝟎
=
𝟐𝟓𝟎 𝑻 𝟐
(1)
=200cm³ 𝟐𝟎𝟎𝑻 𝟐=𝟐𝟓𝟎 .𝟑𝟎𝟎

Temperatura(K)
𝟐𝟎𝟎𝑻 𝟐=𝟕𝟓𝟎𝟎𝟎

𝑇 2=375 𝐾 𝑻 𝟐=𝟑𝟕𝟓 𝑲
=250K
Transformação Isobárica - Experimento

https://www.youtube.com/watch?v=Iw_rFjeNOyQ
Número de moles (n)
• Para especificar a quantidade do gás, é comum usar o número de moles.

• Um mol de um gás contém moléculas desse gás.

• Essa número é o Número de Avogadro.


• A massa de 1 mol de um gás é chamada de massa molar M
𝑚
𝑀=
𝑛
Lei de Avogadro
• O volume de um gás é proporcional ao número de moléculas desse gás,
independente de sua natureza.

A pressão e temperatura constantes, volumes iguais de


gases ideais contêm o mesmo número de partículas
(átomos ou moléculas).

𝑽 𝟏 𝑽𝟐
=
𝒏𝟏 𝒏𝟐
Página 310

A11. Sabemos que 1 mol de nitrogênio tem


28g. Para achar o número de mols em 168g
faremos:

1𝑚𝑜𝑙 28 𝑔
Solução x𝑚𝑜𝑙 1 68 𝑔
A10. Sabemos que 1 mol equivale a . Para
realizar a questão faremos: 2 8 . x=168
1𝑚𝑜𝑙 6 , 02 𝑥 1023
𝐱=𝟔𝒎𝒐𝒍𝒆𝒔
x 𝑚𝑜𝑙 3 , 011 𝑥 102 4

6 , 02 𝑥 1023 . x=3 , 011 𝑥 1024

𝐱=𝟓𝒎𝒐𝒍𝒔
Lei Geral dos Gases Perfeitos
• Procura relacionar em uma transformação de massa gasosa, as variáveis: temperatura, pressão e
volume.

• É representada pela equação matemática:

𝑷𝟏 . 𝑽 𝟏 𝑷𝟐 . 𝑽 𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐
Página 305

𝑷𝟏. 𝑽 𝟏 𝑷𝟐. 𝑽 𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐

𝟐 . 𝟐𝟎 𝑷 𝟐 . 𝟏𝟎
=
𝟐𝟎𝟎 𝟐𝟓𝟎

𝟒𝟎 𝑷𝟐
=
𝟐𝟎𝟎 𝟐𝟓

𝟏 𝑷𝟐
=
𝟓 𝟐𝟓
Solução 𝟓. 𝑷 𝟐=𝟐𝟓
• Trata-se de uma transformação geral 𝑷 𝟐 =𝟓 Atm
Dados: =20L, =10L, =200K , =250K,
2,0 Atm e ?
Equação de Clapeyron
• A equação de Clapeyron é derivada das leis dos gases ideais e também da teoria cinética dos gases.
De acordo com a equação de Clapeyron, pressão, volume, temperatura e número de mols
relacionam-se de acordo com a seguinte expressão:

𝑃 . 𝑉 =𝑛. 𝑅 . 𝑇
P → 𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠 ã 𝑜 , 𝑃𝑎( 𝑁 / 𝑚 ²)
V →𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 , 𝑚 ³ Sistema Internacional

n →𝑛 º 𝑑𝑒𝑚𝑜𝑙𝑒𝑠 ,𝑚𝑜𝑙
𝐽 𝐴𝑡𝑚 . 𝐿
R → 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑜𝑠 𝑔𝑎𝑠𝑒𝑠 𝑖𝑑𝑒𝑖𝑎𝑖𝑠 ≅ 8 , 3 ≅ 0 , 082
𝑚𝑜𝑙 . 𝐾 𝑚𝑜𝑙 . 𝐾

T → 𝑇𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎 , 𝐾
Página 310
𝑉 𝑅.𝑇
=
𝑛 𝑃

𝑉 0 , 082 . 300
=
𝑛 2

𝑉 24 ,60
=
𝑛 2

Solução 𝑉
=12 , 30 𝐿/𝑚𝑜𝑙
𝑛
• V12) Dados: T = 27°C = 300K, P 2,0 Atm e
R=0,082atm.L/mol.K • V13) Dados: T =127°C = 400K, V = 0,2 m³, n
= 5 mols e R = 8,3 J/mol.K
• Como ele quer o volume molar, logo o que
foi pedido foi: 𝑃 .𝑉 =𝑛. 𝑅.𝑇 83000
𝑉
𝑃=
100000
𝑛 𝑃 .0 ,2=5.8,3.400
• Da equação de Clapeyron: 𝑃 .0 ,2=16600 𝑃=0,83 𝐴𝑡𝑚
𝑃 .𝑉 =𝑛. 𝑅.𝑇
N/m²
Exame discursivo Uerj - 2001

(Uerj-2001) Um equilibrista se apresenta sobre uma bola, calibrada para ter uma pressão de 2,0atm a
uma temperatura de 300K. Após a apresentação, essa temperatura elevou-se para 306K. Considere
desprezível a variação no volume da bola.
Calcule a pressão interna final da bola.

Solução

• Como não há variação de volume, podemos tratar a transformação gasosa como uma isocórica.

𝑷𝟏 𝑷𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐

𝟐 𝑷𝟐
=
𝟑𝟎𝟎 𝟑𝟎𝟔

𝟑𝟎𝟎 𝑷 𝟐=𝟔𝟏𝟐

𝑷 𝟐 =𝟐 ,𝟎𝟒 𝑨𝒕𝒎
Exercícios
1. Considere que um recipiente com êmbolo móvel, capaz de deslizar sem atrito, contém 20 litros de (g) sob pressão
de 160 kPa a 298 K. Que volume o gás passará a ocupar se a pressão for reduzida para 80 kPa nessa mesma
temperatura?

Solução
• Como a transformação ocorre com temperatura constante, logo se trata de uma transformação isotérmica.
• Dados: = 160kPa, = 20 L, = 80kPa

𝑷 𝟏 .𝑽 𝟏= 𝑷 𝟐 .𝑽 𝟐
𝟏𝟔𝟎. 𝟐𝟎=𝟖𝟎.𝑽 𝟐 𝑽 𝟐=𝟒𝟎 𝑳
𝟑𝟐𝟎𝟎=𝟖𝟎 . 𝑽 𝟐
𝟑𝟐𝟎𝟎
𝑽 𝟐=
𝟖𝟎
2. Considere um recipiente com êmbolo móvel contendo um determinado volume de gás nitrogênio sob
pressão de 100 kPa, na temperatura de 25 °C. Observou-se que, diminuindo-se a pressão do gás para 70
kPa, mantendo-se a temperatura constante, o gás passou a ocupar um volume igual a 20 L. Qual o
volume ocupado pelo gás na situação inicial?

Solução

• Como a transformação ocorre com temperatura constante, logo se trata de uma transformação isotérmica.
• Dados: = 100kPa, = 70kPa, = 20 L

𝑷 𝟏 .𝑽 𝟏= 𝑷 𝟐 .𝑽 𝟐
𝟏𝟎𝟎. 𝑽 𝟏 =𝟕𝟎.𝟐𝟎 𝑽 𝟏=𝟏𝟒 𝑳
𝟏𝟎𝟎. 𝑽 𝟏 =𝟏𝟒𝟎𝟎
𝟏𝟒𝟎𝟎
𝑽 𝟏=
𝟏𝟎𝟎
3. Um cilindro fechado, dotado de um êmbolo que pode se deslocar sem atrito, contém inicialmente
gás nitrogênio ocupando um volume igual a 180 cm³ , sob pressão de 150 000 Pa, a 27 °C.

a) A que temperatura em °C o gás deve ser levado para que seu volume se reduza para 120 cm³ ,
mantendo-se a pressão constante?
b) Esboce o gráfico dessa transformação.

Solução

• Como a transformação ocorre com pressão constante, logo se trata de uma transformação isobárica.
• Dados: = 180 cm³, = 27+ 273 = 300K, = 120 cm³

𝑽 𝟏 𝑽𝟐 V(cm³)
= 𝟑 .𝑻 𝟐=𝟓. 𝟏𝟐𝟎
𝑻𝟏 𝑻𝟐
𝟑 .𝑻 𝟐=𝟔𝟎𝟎
𝟏𝟖𝟎 𝟏𝟐𝟎
= 𝟔𝟎𝟎 180
𝟑𝟎𝟎 𝑻 𝟐 𝑻 𝟐=
𝟑
𝟏𝟖𝟎 𝟏𝟐𝟎 120
= 𝑻 𝟐=𝟐𝟎𝟎 𝑲
𝟑𝟎𝟎 𝑻 𝟐
(simplificando por 60) 𝑻 𝟐=𝟐𝟎𝟎− 𝟐𝟕𝟑
200 300
T(K)
𝟑 𝟏𝟐𝟎 𝑻 𝟐=−𝟕𝟑° 𝑪
=
𝟓 𝑻𝟐
4. Considere um recipiente fechado, dotado de um êmbolo que pode se deslocar sem atrito, com
nitrogênio gasoso, (g), ocupando inicialmente um volume de 9 L na temperatura de 25 °C e sob uma
pressão de 210 kPa. Mantendo-se a pressão constante e aumentando-se a temperatura para 174 °C, qual
o valor do volume que passa a ser ocupado pelo gás nessa mesma temperatura

Solução

• Como a transformação ocorre com pressão constante, logo se trata de uma transformação isobárica.
• Dados: = 9L, = 25+ 273 = 298K, = 174+273 = 447

𝑽 𝟏 𝑽𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐
𝟗 𝑽𝟐
= 𝑽 𝟐=𝟏𝟑 , 𝟓 𝑳
𝟐𝟗𝟖 𝟒𝟒𝟕

𝟐𝟗𝟖. 𝑽 𝟐 =𝟒𝟎𝟐𝟑
𝟒𝟎𝟐𝟑
𝑽 𝟐=
𝟐𝟗𝟖
5. Um pneu de bicicleta é calibrado a uma pressão de 4 atm em um dia frio, à temperatura de 7 °C.
Supondo que o volume e a quantidade de gás injetada são os mesmos, qual será a pressão de calibração
nos dias em que a temperatura atingir 37 °C?

a)21,1atm b)4,4atm c)0,9atm d)760mmHg e) 2,2atm

Solução

• Como a transformação ocorre com volume constante, logo se trata de uma transformação isovolumétrica.
• Dados: , ,

𝑷𝟏 𝑷𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐
𝟒 𝑷𝟐
= 𝑷 𝟐 =𝟒, 𝟒𝒂𝒕𝒎
𝟐𝟖𝟎 𝟑𝟏𝟎
𝟐𝟖𝟎. 𝑷 𝟐 =𝟒.𝟑𝟏𝟎
𝟏𝟐𝟒𝟎
𝑷𝟐 =
𝟐𝟖𝟎
6. O pneu de um carro estacionado tem uma pressão de 2atm, quando a temperatura é de 9°C. Depois
de o veículo correr em alta velocidade, a temperatura do pneu sobe a 37°C e seu volume aumenta em
10%. Qual a nova pressão do pneu?

Solução

• Dados: , , , ,

𝑷𝟏 . 𝑽 𝟏 𝑷𝟐 . 𝑽 𝟐
=
𝑻𝟏 𝑻𝟐

𝟐 . 𝒙 𝑷 𝟐 .𝟏 , 𝟏 𝒙 𝑷 𝟐 ≅ 𝟐 𝒂𝒕𝒎
=
𝟐𝟖𝟐 𝟑𝟏𝟎

𝟐 𝑷 𝟐 .𝟏 , 𝟏
=
𝟐𝟖𝟐 𝟑𝟏𝟎

𝟑𝟏𝟎, 𝟐. 𝑷 𝟐=𝟔𝟐𝟎
𝟔𝟐𝟎
𝑷𝟐 =
𝟑𝟏𝟎 ,𝟐
7. A massa de nitrogênio contida em um recipiente de 8,2L, a 400K e à pressão de 2atm é?
Dados: N = 14 g/mol; R = 0,082 atm ∙ L / K ∙ mol.

a) 1 g b) 7 g c) 14 g d) 21 g e) 28 g

Solução

• Usaremos a equação de clapeyron para encontrar o número


de mols para posteriormente fazer a relação com a massa
molar.
𝑃 .𝑉 =𝑛. 𝑅.𝑇 𝑀=
𝑚
𝑛
2.8,2=𝑛.0,082.400 𝑚
14=
16 , 4 =𝑛 .32 , 8 0,5
16 , 4 𝑚=0,5.14
𝑛=
32 , 8 𝑚=7 𝑔
𝑛=0 , 5 𝑚𝑜𝑙𝑠
8. Num reservatório de 32,8 L, indeformável e isento de vazamentos, encontra-se certa quantidade de
oxigênio (M = 32 g/mol). Alterando-se a temperatura do gás, sua pressão varia de acordo com o
diagrama abaixo.

Solução
P = 9 atm, T = 300K
• Usaremos a equação de clapeyron para encontrar o
número de mols para posteriormente fazer a
relação com a massa molar.
295 , 2
𝑃 .𝑉 =𝑛. 𝑅.𝑇 𝑛=
24 , 6
9.32,8=𝑛.0 ,082.300
𝑛=12𝑚𝑜𝑙𝑠
295 , 2=𝑛.24 , 6
𝑚
𝑀=
𝑛
𝑚
32=
12 𝑚=384 𝑔
(Uerj 2012) Em um reator nuclear, a energia liberada na fissão de 1 g de urânio é utilizada para evaporar
a quantidade de 36000kg de água a 227°C e sob 30atm, necessária para movimentar uma turbina
geradora de energia elétrica. Admita que o vapor d’água apresenta comportamento de gás ideal. O
volume de vapor d’água, em litros, gerado a partir da fissão de 1 g de urânio, corresponde a:

A) B) C) D)

Solução

• A massa de 1 mol de água é M = 18g = 18 x kg. Sabendo que a massa de vapor de água é m = 36 x kg, pode-se
calcular o numero de mols (n) de vapor de água.

𝑚 𝑚
𝑀= n= • Sabendo o número de mols, que T = 227°C = 500K, P = 30Atm e
𝑛 𝑀
R = 0,082Atm.L/mol.k, podemos usar a equação de Clapeyron
36 x 10 3 para encontrar o volume
n=
18 x 10− 3 𝑃.𝑉 =𝑛. 𝑅.𝑇 8 2 x 106
𝑉=
30 30
mols
30 𝑉 =2 ,67 x 106 L
(ENEM – 2015) Uma pessoa abre sua geladeira, verifica o que
há dentro e depois fecha a porta dessa geladeira. Em seguida,
ela tenta abrir a geladeira novamente, mas só consegue fazer
isso depois de exercer uma força mais intensa do que a
habitual. A dificuldade extra para reabrir a geladeira ocorre
porque o(a)

A) volume de ar dentro da geladeira diminuiu.


B) motor da geladeira está funcionando com potência máxima.
C) força exercida pelo imã fixado na porta da geladeira
aumenta.
D) pressão no interior da geladeira está abaixo da pressão
externa.
E)temperatura no interior da geladeira é inferior ao valor
existente antes de ela ser aberta.

Solução

• Dentro da geladeira, o ar confinado é resfriado a volume


constante, logo, ocorrerá uma redução na pressão. Com essa
redução, a diferença entre a pressão leva que a pessoa, para
abrir a geladeira, tenha que fazer uma força resultante capaz
de vencer essa diferença.
https://www.youtube.com/watch?v=c9utVkLBN9w https://www.youtube.com/watch?v=v0TCHKHcB8k
Termodinâmica
O que é Termodinâmica?
• A termodinâmica é o ramo da física que estuda as relações de troca entre o
calor e o trabalho realizado na transformação de um sistema físico, quando
esse interage com o meio externo. Ou seja, ela estuda como a variação da
temperatura, da pressão e do volume interfere nos sistemas físicos.

Aplicação: Máquinas Térmicas


Fatos históricos
• Alguns ilustres pesquisadores que construíram a termodinâmica

Sadi Carnot Emile Claupeyron James Joule


1796 - 1832 1799 - 1864 1818 - 1889

Wiliam Thomson
Lord Kelvin Rudolf Clausius
1824 - 1907 1822 - 1888
Experimentos

https://www.youtube.com/watch?v=b4KzSF5c_mE https://www.youtube.com/watch?v=CATRaopEs1c
Termodinâmica – vocabulário
Sistema • Uma certa porção de matéria, que pretendemos estudar,
suficientemente extensa para poder ser descrita por parâmetros
termodinâmico macroscópicos.

Vizinhança • Aquilo que é exterior ao sistema e com o qual o sistema pode,


do sistema eventualmente, trocar energia e/ou matéria.

• Superfície fechada, real (uma parede, uma membrana, etc) ou


Fronteira
abstrata (imaginada por nós), que separa o sistema da sua
vizinhança.

Fronteira Vizinhança
Sistema do sistema
termodinâmico (meio externo)

Troca de
energia

Recipiente
Trabalho numa transformação gasosa
• Na física, a grandeza trabalho indica transferência de energia entre o sistema e o meio externo
(vizinhança) ou vice-versa. No caso do trabalho termodinâmico feito ou sofrido pelo gás a
transferência de energia ocorre no processo de expansão (trabalho feito pelo gás) ou na compressão
(trabalho sofrido pelo gás e feito por agente externo). Observe: o lo b
êm ssão
O gás realiza trabalho o re
r rar omp
cam o pu a c
h o em s um
c bol A o em o
s e m
u l as oê faz gás.
c m m
p artí es co purra do
z
As is ve em
o ⃗𝐹 • Na primeira situação o gás realiza
ma ssim trabalho e assim transfere sua
ea
⃗𝐹 energia para o meio externo.

O gás sofre
trabalho
• Na segunda situação o gás sofre um
Logo o gás gradativamente trabalho e assim o meio externo
se expande realizando um
trabalho.
transfere energia para o gás.
calor
Trabalho numa transformação gasosa isobárica
Estado 2 • Na mecânica podemos calcular o trabalho da seguinte forma:
w=F . ∆ 𝑆
⃗𝐹
• Na termodinâmica, iremos manipular a fórmula anterior para
contemplar o volume do gás nos dois estados e a pressão que
𝑽𝟐 se mantém constante. Para isso irmos multiplicar e dividir por
A (área do êmbolo que se desloca).
Trabalho feito
pelo gás (W)
ΔS = h w=F . ∆ 𝑆 xA
Estado 1 ⃗𝑭
⃗𝐹 • Lembrando: :A
• Volume de expansão do • Matematicamente calculamos
gás é: pressão como:
𝑽𝟏
𝑉=𝐴 .h
𝑭
𝑷=
∆ 𝑉 = 𝐴.∆ 𝑆 𝑨
w=F . ∆ 𝑆

• onde:
Estado 1
calor

∆ 𝑉 =𝑉 2 −𝑉 1 w=P . ∆ 𝑉
ATENÇÃO
Trabalho numa transformação gasosa
• Expansão isobárica: ΔV > 0 W > 0

O gás transfere energia para o meio externo. (Perde energia).

• Compressão isobárica: ΔV < 0 W < 0


Trabalho (W)
O meio externo transfere energia para o gás. (Ganha energia).

• Transformação isocórica: ΔV = 0 W = 0

Na transformação isocórica o gás não irá ganhar ou perder


energia na forma de trabalho
Exercícios
Página 313
• A2) Dados: P = 2,5 atm = N/m², e .

w=P . ∆ 𝑉
w=2 , 5 . 105 .(8 . 10− 3 − 12. 10− 3)
w =2 , 5 . 105 .(− 4 . 10− 3)

Solução w=− 10 .10 2 J


• A1) Dados: P = 800 N/m², e .

w=P . ∆ 𝑉
w=800 .(0 , 060 − 0 , 020)
w = 800 .(0 , 040)
w=32 𝐽
Exercícios
w=P . ∆ 𝑉 w = 8 , 3 .21
w=8 , 3 .(56 −35) w=174 ,3 𝐽
Solução

w=50 . 0 , 2

Solução
w=10 𝐽
• Dados: P = 8,3 N/m², e , , .

• Para determinar o trabalho é necessário antes


encontrar o volume no estado 2

𝑽 𝟏 𝑽𝟐
= 𝟐𝟓𝟎.𝑽 𝟐 =𝟏𝟒𝟎𝟎𝟎
𝑻𝟏 𝑻𝟐
𝑽𝟐
𝑽 𝟐=𝟓𝟔 𝒎 ³
𝟑𝟓
=
𝟐𝟓𝟎 𝟒𝟎𝟎
Trabalho de um gás no gráfico P x V
• A equação obtida anteriormente é válida somente para os casos em que a pressão é mantida
constante, ou seja, para transformações isobáricas.
• O trabalho realizado por um gás também pode ser calculado, de forma geral, a partir de um gráfico
da pressão em função do volume:
• A área do retângulo é dada por:
Pressão
𝐴=h . 𝐵

(1) (2)
𝑊 =𝑃 . ∆𝑽
𝑷
𝒉 ( 𝒂𝒍𝒕𝒖𝒓𝒂)

ATENÇÃO
W = Área

𝑽𝟏 𝑽𝟐 Volume

∆Ao𝑽fazer
= 𝑩(𝒃𝒂𝒔𝒆)
o trajeto 1 o gás
expande
Exercícios

Solução

Solução

• O trabalho é realizado
W<0 B sobre o gás, uma vez que
W<0
b o gás é comprimido
(trabalho negativo).

𝑊 =á 𝑟𝑒𝑎=𝐵 .h h
• O trabalho é ( 𝐵+𝑏 ) . h
𝑊 =𝑃 . ∆𝑽 𝑊 =− á 𝑟𝑒𝑎=−
2
realizado sobre o
𝑊 =15 .(𝟐 −𝟔) gás, uma vez que o ( 4 +2 ) . 0 , 4
gás é comprimido 𝑊 =−
2
𝑊 =15 .(− 𝟒) (trabalho negativo).
6.0,4 𝑊 =−1 , 2 𝐽
𝑊 =−60 𝐽 𝑊 =−
2
Energia interna de um gás (U)
• Energia interna é a soma das energias cinéticas e potencias relacionadas ao movimento dos átomos e moléculas
constituintes de um corpo. A energia interna também é diretamente proporcional à temperatura do corpo. Trata-se
de uma grandeza escalar medida em Joules (SI) e determinada em função de variáveis
como pressão (P), volume (V) e temperatura termodinâmica (T) de um sistema, em Kelvin (K).

Energia interna

Energias Cinéticas

energia cinética energia cinética


energia cinética rotacional vibracional
translacional

+
Energias Potenciais

energia potencial energia potencial


intramolecular intermolecular
Energia interna de gases monoatômicos
ideais
• Para um gás perfeito monoatômico não há interação entre os átomos (energias potenciais)
e sendo assim para esses gases a energia interna U se torna unicamente a soma das
energias cinéticas médias de todas as suas moléculas (Ec). Demonstra-se que:

3.𝑛.𝑅.𝑇
𝑈=𝐸 𝑐 =
2
ATENÇÃO
• A energia interna de dada massa de um gás perfeito é função exclusiva da temperatura do
gás.

• Quando o gás sofrer uma variação de temperatura ΔT, a variação de energia interna ΔU será
dada por:

3 . 𝑛. 𝑅 . ∆ 𝑇
∆𝑈=
2
Relação entre a energia interna de gases
monoatômicos ideais e o trabalho
O gás realiza trabalho Vizinhança

Vizinhança
Transferênci
a de Energia

W
(2)
(1)

Transferência de
energia
Estado 2: Estado 1:
Estado 1: Estado 2: • Quando o gás realiza • Quando o gás sofre um
trabalho (somente) há trabalho há transferência de
transferência de sua energia ∆ 𝑇 >0 energia do meio externo
para o meio externo. Logo para o gás. Logo sua energia
∆ 𝑇 <0 interna aumenta e
sua energia interna reduz e ∆ 𝑈 >0
consequentemente sua consequentemente sua
∆ 𝑈 <0 temperatura também. temperatura também.
Relação entre a energia interna de gases
monoatômicos ideais e o calor Menor agitação

Fixo

ça
anh
zin
n h ança

Vi
(1)
(2) Vizi
Aumento da
agitação

Ganha perda
em em

calor
energia
calor

energia
interna. interna.

Estado 1: Estado 2: Estado 1: Estado 2:

∆ 𝑇 >0 ∆ 𝑇 <0

∆ 𝑈 >0 ∆ 𝑈 <0
ATENÇÃO
A Energia interna numa transformação gasosa

• Aumento do temperatura: Trabalho feito sobre o gás / ganho de calor

ΔT > 0 ΔU > 0

• Redução da temperatura: Trabalho feito pelo o gás / perda de calor


Energia
interna (U)
ΔT < 0 ΔU < 0

• Temperatura constantes (isotérmica) ou transformações cíclicas

ΔT = 0 ΔU = 0
Exercícios
Página 316

• V7) Dados: T = 130°C = 403K, n = 4 mols e R


= 8,31 J/mol.K
3.𝑛.𝑅.𝑇
𝑈=
2
3 𝑥 4 𝑥 8 , 31 𝑥 403
𝑈=
2
Solução
𝑈=20093 ,6 𝐽
• V6) Dados: T = 80°C = 353K, n = 4 mols e R =
8,31 J/mol.K
Δ𝑈 =20093 , 6 − 17600 , 6
3.𝑛.𝑅.𝑇
𝑈=
2
3 𝑥 4 𝑥 8 , 31 𝑥 353 Δ𝑈 =2493 𝐽
𝑈=
2
𝑈=17600 ,6 𝐽
1ª Lei da Termodinâmica: Conservação
da energia
• Durante uma transformação, o gás pode trocar energia com o meio ambiente sob duas formas: calor e
trabalho. Como resultado dessas trocas energéticas, a energia interna do gás pode aumentar, diminuir
ou permanecer constante.
• O Primeiro Princípio (ou Primeira Lei) da Termodinâmica é, então, uma Lei da Conservação da Energia,
podendo ser enunciado:
“A variação da energia interna ΔU de um sistema é expressa Trabalho
por meio da diferença entre a quantidade de calor Q trocada
com o meio ambiente e o trabalho w realizado durante a
W
transformação.”

∆ 𝑈 =𝑄 −𝑊
Conservação da energia Sistema
Energia sai
Agentes que
Intrínseco
ao sistema ∆ 𝑈 =𝑄 −𝑊 promovem troca de
energia entre o Q
sistema e a vizinhança Vizinhança
Energia entra
Calor
ATENÇÃO
• A convenção de sinais para a quantidade de calor (Q) e o trabalho (W) é:

• Calor recebido pelo gás (Q > 0)

• Calor cedido pelo gás (Q < 0)


1ª Lei da
Termodinâmica
• Trabalho realizado pelo gás (expansão) (W > 0)

• Trabalho realizado sobre o gás (compressão) (W < 0)

• O Primeiro Princípio da Termodinâmica foi estabelecido considerando-se as transformações gasosas.


No entanto, esse princípio é válido em qualquer processo natural no qual ocorram trocas de energia.
Página 318
• A12. dados: Q = 350 J e W = área do gráfico

• Calculando o trabalho:

𝑊 =𝑃 . ∆𝑉
𝑊 =140 𝐽
𝑊 =10 .(20 − 6)
𝑊 =10 .(14)

∆ 𝑈 =𝑄−𝑊
∆ 𝑈 =350 −140
∆ 𝑈 =210 𝐽
Solução

• A11. dados: Q = 260 J e W = 60 J


∆ 𝑈 =𝑄−𝑊
∆ 𝑈 =260 −60
∆ 𝑈 =200 𝐽
Transformação adiabática
• No estudo da Termologia chamamos de transformações adiabáticas aquelas transformações gasosas onde não há troca de
calor com o meio externo. Sendo assim, na transformação adiabática o calor é zero (Q = 0).
• Se aplicarmos a Primeira Lei da Termodinâmica, temos:
∆ 𝑈 =0−𝑊
• ΔV > 0 W > 0 < 0. Na expansão adiabática, o volume do gás aumenta, a pressão diminui e a temperatura diminui.

∆ 𝑈 =−𝑊
• ΔV < 0 W < 0 > 0. Na compressão adiabática, o volume do gás reduz, a pressão aumenta e a temperatura aumenta.

• Gráfico de uma adiabática: Pressão Isotermas

𝑷𝟐 2

Aumenta
𝑻𝟐
Adiabática Aumenta
𝑷𝟏 1
𝑻𝟏
𝑽𝟐 𝑽𝟏
Reduz Volume
Experimentos
Expansão Adiabática Compressão Adiabática

https://www.youtube.com/watch?v=iMsvEmXKqmM https://www.youtube.com/watch?v=iMsvEmXKqmM
1ª Lei da Termodinâmica e transformações gasosas
• Transformação Isotérmica: nela, como a • Transformação Adiabática: nela, não há trocas
temperatura é constante ΔU = 0. Assim, temos de calor. Normalmente, acontece quando há uma
que: expansão ou contração muito rápida de um gás
∆ 𝑈 =𝑄−𝑊 0=𝑄 −𝑊 𝑄=𝑊 (por exemplo, ao usarmos um frasco de
desodorante aerossol). Assim, temos que:
• Ou seja, todo o calor trocado é transformado em
trabalho. Se o gás recebe calor, realiza trabalho. Se ∆ 𝑈 =𝑄−𝑊 ∆ 𝑈 =0−𝑊 ∆ 𝑈 =−𝑊
um trabalho é realizado sobre ele, perde calor.
Esse resultado é interessante, pois nos leva à uma • Ou seja, todo o trabalho associado ao gás é
interessante ideia: poderíamos aproveitar o transformado em energia interna. Mas note que o
trabalho realizado por um gás ao cedermos calor a sinal de menos nos leva a uma conclusão:
ele em tarefas mecânicas. O único problema é que
o estado final do gás seria diferente do inicial, o • Se o gás é comprimido, o trabalho é negativo. Logo a
que nos impediria de realizarmos essa tarefa variação de energia interna é positiva e o gás
continuamente; esquenta;
• Se o gás se expande, o trabalho é positivo. Logo a
• Transformação Isovolumétrica: nela, como o
variação de energia interna é negativa e o gás esfria.
volume é constante, o trabalho é nulo (W = 0).
Por isso sentimos o desodorante gelado após o uso.
Assim, temos que:
∆ 𝑈 =𝑄−𝑊 ∆ 𝑈 =𝑄−0 ∆ 𝑈 =𝑄
• Ou seja, todo o calor trocado é transformado em
energia interna, ou seja, resulta em variação de
temperatura;
Página 314

W=área

Solução
( 𝐵+ 𝑏 ) . h
𝑊 =á 𝑟𝑒𝑎=
• Para encontrar a temperatura em C, usaremos a lei geral 2
dos gases.
𝑷𝟏. 𝑽 𝟏 𝑷𝟐. 𝑽 𝟐 𝑻 𝟐=𝟑𝟕𝟓 𝑲 =𝟏𝟎𝟐 ° 𝑪 ( 80+20 ) . 2
𝑊=
= 2
𝑻𝟏 𝑻𝟐
𝟖𝟎 .𝟏 𝟐𝟎 . 𝟓 𝑊 =100 𝐽
=
𝟑𝟎𝟎 𝑻𝟐
𝟖𝟎 𝟏𝟎𝟎
=
𝟑𝟎𝟎 𝑻𝟐
𝟖𝟎 . 𝑻 𝟐=𝟑𝟎𝟎𝟎𝟎
Página 318 - 323 Solução

• O gráfico ilustra uma transformação isobárica a


pressão de 60 N/m². Do gráfico também concluímos
que a variação de volume é: ΔV = 3 – 1 = 2m³ e logo
podemos calcular o trabalho.
𝑊 =𝑃 . ∆𝑉 𝑊 =60 .(2) 𝑊 =120 𝐽
Solução • Para calcular a energia interna, usaremos a 1ª Lei da
Termodinâmica.
• W = -209 J, Q = 800 Cal = 3344 J, ΔU = ?
∆ 𝑈 =𝑄−𝑊 ∆ 𝑈 =300 −120 ∆ 𝑈 =180 𝐽
∆ 𝑈 =𝑄−𝑊 ∆ 𝑈 =3553 𝐽
∆ 𝑈 =3344 − 209
=3344+209

Solução

∆ 𝑈 =𝑄−𝑊 ∆ 𝑈 =0 −20 ∆𝑈 =−20 𝐽


• Se o gás se expande, o trabalho é positivo. Logo a
variação de energia interna é negativa e o gás esfria.
Página 324

Solução

∆ 𝑈 =0
∆ 𝑈 =𝑄 −𝑊 0=𝑄 −50 𝑄=50 𝐽
• O gráfico representa duas isotermas de
temperaturas T e T + ΔT. Qualquer transformação
gasosa que siga por caminhos diferentes, mas que
tenha como ponto de inicio e ponto final essas duas
isotermas terá a mesma variação de temperatura e
Solução
consequentemente terá a mesma variação de
∆ 𝑈 =0 energia interna.
∆ 𝑈 =𝑄−𝑊 0=𝑄 −(−120) 𝑄=−120 𝐽
EXERCÍCIOS DE REVISÃO
1) Uma atração que existe em alguns parques de diversões é o tiro ao alvo.
Nesta atração, há uma pistola de ar comprimido que encerra, em um
dispositivo hermeticamente fechado, gás comprimido a alta pressão. O gás
pode ser liberado por um dispositivo acoplado ao gatilho. O escape do gás
provoca o movimento do projétil para a direita em direção ao alvo que se quer
acertar.
São desprezados qualquer tipo de atrito e trocas de calor. De acordo com a
primeira lei da Termodinâmica, o gás ejetado
A) sofreu uma expansão isobárica.
B) sofreu uma expansão isotérmica.
C) teve a sua temperatura diminuída.
D) recebeu trabalho do ambiente externo.
E) sofreu aumento da sua energia interna.

Solução
(UERJ – 1999) Um gás
ideal sofre uma
transformação cíclica A →
B → C → A , em que A →
B é uma transformação
isotérmica, B → C
isobárica e C → A.
isovolumétrica. Os
gráficos da temperatura
em função do volume (T x
V) e da pressão em função
do volume (P x V), para as
transformações A → B e B
→ C são, respectivamente:
(UFF – 2002) O hélio, depois do hidrogênio, é o gás mais
leve que existe. Dentre suas diversas aplicações, é utilizado
para encher balões que transportam à atmosfera
instrumentos de pesquisa. Um balão com 2,00 L de
capacidade, ao se elevar do solo contém 0,40 g de hélio à
temperatura de 17°C. Nessas condições, a pressão exercida
pelo gás no interior do balão é, aproximadamente:
Dados:

A) 0,07 atm B) 1,12 atm C) 1,19 atm D) 2,37


atm E) 4,76 atm

Solução

• Iniciamos calculamos o número de mols (n) de Hélio existente.


𝑚 𝑚 0 , 40
𝑀=
𝑛
n=
𝑀
n=
4 n=0 , 1 mol
• Para encontrar a pressão usaremos a equação de Clapeyron.

𝑃 .𝑉 =𝑛. 𝑅 .𝑇 𝑃 . 2=2 , 378


2 , 378
𝑃 . 2=0 , 1 . 0 , 082 .(17+273) 𝑃 = 2
𝑃 . 2=0 , 1 . 0 , 082 .(290) 𝑃=1 , 189 𝑎𝑡𝑚
(UERJ – 2004) Um mergulhador dispõe de um tanque de ar para
mergulho com capacidade de 14 L, no qual o ar é mantido sob pressão
de Pa. O volume de ar à pressão atmosférica, em litros, necessário
para encher o tanque nessas condições, é, aproximadamente, igual a:

(B) (C) (D)

Dados: A pressão atmosférica é igual a

Solução

• Ao encher o tanque não há variação temperatura, logo trata-se de uma transformação isotérmica.

𝑃 1 . 𝑉 1=𝑃 2 .𝑉 2

1 , 45 𝑥 107 . 1 4=1 , 0 𝑥 105 . 𝑉 2


2
1 , 45 𝑥 107 . 14
𝑉 2= 5
1 , 0 𝑥 10

𝑉 2=20 ,3 𝑥 10 ² 𝑉 2=2 , 03 𝑥 10 3 𝐿
O diagrama pV mostra a evolução de uma massa de gás ideal, desde um estado I, passando por um
estado II e chegando, finalmente, a um estado III. Essa evolução foi realizada muito lentamente, de tal
forma que, em todos os estados intermediários entre I e III, pode-se considerar que o gás esteve em
equilíbrio termodinâmico. Sejam T1, T2, T3 as temperaturas absolutas do gás, quando, respectivamente,
nos estados I, II e III. Assim, pode-se afirmar que:
Solução
A) T1 = T2 = T3
B) T1 > T2 = T3
• Usando a equação de Clapeyron podemos identificar em qual dos pontos I,
C) T1 > T2 > T3
II e III possuirá maior temperatura.
D) T1 < T2 < T3
E) T1 < T2 = T3 𝑃.𝑉
𝑃 . 𝑉 =𝑛. 𝑅 . 𝑇 𝑇=
𝑛. 𝑅

35 .1 10 .3 5.6
𝑇1= 𝑇 2= 𝑇 3=
𝑛.𝑅 𝑛. 𝑅 𝑛. 𝑅

35 30 30
𝑇1= 𝑇 2= 𝑇 3=
𝑛. 𝑅 𝑛.𝑅 𝑛. 𝑅

T1 > T2 = T3
Certa quantidade de gás é aquecida de dois modos e, devido a isto, sua
temperatura aumenta na mesma quantidade, a partir da mesma
temperatura inicial. Faz-se esse aquecimento, uma vez mantendo
constante o volume do gás e outra, mantendo a pressão constante.
Baseando-se nessas informações, é possível concluir que:
A) nos dois casos, forneceu-se a mesma quantidade de calor ao gás.
B) no segundo aquecimento, não houve realização de trabalho.
C) no segundo aquecimento, todo o calor fornecido ao gás foi
transformado em energia interna.
D) o aumento da energia interna do gás foi o mesmo nos dois casos.
E) o trabalho realizado no primeiro caso foi maior que no segundo.

Solução

• 1ª Situação: Aumento da temperatura à volume constante (isocórica). Como não há variação de volume, logo: ΔV = 0 W = 0

∆ 𝑈 =𝑄 −𝑊 ∆ 𝑈 =𝑄 −0 ∆ 𝑈 =𝑄 (Ou seja, todo o calor trocado é transformado em energia interna.)

• 2ª Situação: Aumento da temperatura à pressão constante (isobárica).

∆ 𝑈 =𝑄 −𝑊
• Na primeira situação o gás não realiza trabalho e toda variação de energia interna ocorre devido ao recebimento de calor. Já para a
segunda situação o gás recebe calor, aumenta sua energia interna e realiza trabalho. Conclui-se das situações que como as
variações de temperaturas são iguais, tanto na primeira quanto na segunda situação a variação de energia interna são iguais, mas
para isso na situação 2 o gás recebe mais calor.
Transformação cíclica
• Um gás sofre uma transformação cíclica ou realiza um ciclo quando a pressão, o volume e a
temperatura retornam aos seus valores iniciais, após uma sequência de transformações. Portanto, o
estado final coincide com o estado inicial.
• Sendo , a 1ª Lei da Termodinâmica se torna:
Pressão
𝑷𝟏 1
• Nessa etapa o gás expande ∆ 𝑈 =𝑄−𝑊
fazendo o trajeto 12
𝑷𝟏
Pressão
1 3
0=𝑄 −𝑊
𝑷𝟐 2 𝑾 𝒕𝒐𝒕𝒂𝒍 <𝟎 𝑄=𝑊
𝑾 𝟏𝟐 > 𝟎
𝑷𝟐 2 “Na transformação cíclica, há equivalência entre o
𝑽𝟏 𝑽𝟐
Volume trabalho realizado e a quantidade de calor trocada
Sobrepondo os dois trajetos com o ambiente”.
𝑽𝟏 𝑽𝟐
temos o trajeto 1 2 3
Pressão 𝑊 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 =𝑊 12 +𝑊 23 +𝑊 31
𝑷𝟏 1 3
• Note que ao realizar o trajeto 1 2 3 ATENÇÃO
𝑾 𝟑𝟏 < 𝟎 temos que e consequentemente:
𝑷𝟐 2 • Nessa etapa o gás comprime 1. Ao realizar um ciclo em sentido anti-horário (no
fazendo o trajeto 2 3 diagrama de Clapeyron), o gás converte trabalho
em calor.
𝑽𝟏 𝑽𝟐
Volume 2. Ao realizar um ciclo em sentido horário (no
diagrama de Clapeyron), o gás converte calor em
trabalho.
Transformação cíclica
• Transformação isobárica (1 2 ): O gás recebe calor, realiza trabalho e sua energia
Pressão interna aumenta e consequentemente aumenta a temperatura.
∆ 𝑈 12 =𝑄 12 − 𝑊 12
Q
(entra) • Transformação isocórica (2 3 ): O gás perde calor, não realiza trabalho e sua energia
interna reduz e consequentemente reduz também a temperatura.
1 2
𝑷 𝟏 =𝑷 𝟐 ∆ 𝑈 23 = 𝑄23 − 𝑊 23 → ∆ 𝑈 23 =𝑄 23

𝑻𝟏 𝑻𝟐 • Transformação isobárica (3 4 ): O gás perde calor, realiza trabalho e sua energia interna
Q Q reduz e consequentemente reduz a temperatura.
(entra)
(saí) ∆ 𝑈 =𝑄34 − 𝑊
34 34
4 3
𝑷 𝟑 =𝑷 𝟒 • Transformação isocórica (4 1 ): O gás ganha calor, não realiza trabalho e sua energia
𝑻𝟒 Q interna aumenta e consequentemente aumenta também a temperatura.
𝑻𝟑
(saí)
∆ 𝑈 41 = 𝑄41 − 𝑊 41 → ∆ 𝑈 41 =𝑄 41
• Transformação Cíclica (1 2 3 ): A variação de energia interna é nula, uma vez que a
temperatura inicial e final são as mesmas. O gás então converte calor em trabalho.
𝑽 𝟏=𝑽 𝟒 𝑽 𝟐=𝑽 𝟑 Volume

𝑇 4 <𝑇 1 <𝑇 3< 𝑇 2 ∆ 𝑈 =𝑄−𝑊 𝑄=𝑊


0=𝑄 −𝑊 𝑄𝑒𝑛𝑡𝑟𝑎 − 𝑄𝑠𝑎 í =𝑊 12 +𝑊 34
Página 324

Solução
Solução
• Como o gás faz uma transformação cíclica
• Como o gás faz uma transformação cíclica saindo do ponto A e
saindo do ponto A e retornando a A, temos que
retornando a A, temos que a variação de temperatura é nula e
a variação de temperatura é nula e
consequentemente a variação da energia interna também.
consequentemente a variação da energia
interna também. ∆ 𝑈 =0
• Com a temos da 1ª Lei da termodinâmica que Q = W e sendo o W a área
∆ 𝑈 =0 do triângulo no gráfico.
• Com a temos da 1ª Lei da termodinâmica que
Q = W e sendo o W a área do retângulo no 𝑄=𝑊 =á 𝑟𝑒𝑎
gráfico. 𝐵.h −3 5
𝑊= , 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝐵=( 8− 4 ) .10 𝑒 h= ( 4 − 2 ) . 10
𝑄=𝑊 =á 𝑟𝑒𝑎 2

𝑊 =𝐵 . h , 𝑠𝑒𝑛𝑑𝑜 𝐵=( 3 −1 ) 𝑒 h=(6 − 2) 4 . 10− 3 .2 . 105


𝑊 =𝑄=
𝑊 =2 . 4=8 𝐽 2
𝑊 =𝑄=8 𝐽 𝑊 =𝑄=4 .10 2 𝐽
W =𝑊 𝐴𝐵 + 𝑊 𝐶𝐴

W =2 40 −150
W =9 0 𝐽
W =𝑄
𝑄=90 𝐽

Solução

• Em uma transformação cíclica no sentido horário há


conversação de calor em trabalho. O Calor então será dado
pela área interna do ciclo e pode ser calculado como

𝑊 𝐴𝐵 =𝑃 . ∆ 𝑉
𝑊 𝐴𝐵 =3 . 105 . ( 1− 0 , 2 ) .10 −3
𝑊 𝐴𝐵 =3 . 105 . 0 , 8 . 10− 3
𝑊 𝐴𝐵 =2 , 4 .10 2 𝐽
2ª Lei da Termodinâmica e
Máquinas térmicas
Energia Mecânica e Calor
• Antes, reflita sobre o fenômeno.....
A energia mecânica de um sistema pode ser dos tipos cinética e potencial (gravitacional ou elástica). Muitas vezes, essa energia mecânica se transforma em
energia térmica ocasionando o aquecimento do sistema. Quando um corpo está em queda livre (sem resistência do ar), a energia mecânica é conservada e isso
significa que a energia potencial gravitacional se converte em cinética. No impacto com o solo, pelo menos uma parcela da energia mecânica (cinética) se
transforma em energia térmica, proporcionando o aumento da temperatura do corpo. Veja:
• É possível o calor que o corpo cedeu ao solo
Sistema 𝑣 0=0(𝑟𝑒𝑝𝑜𝑢𝑠𝑜) 𝐸 𝑀 =𝐸 𝑝=𝑚 .𝑔 .h retornar ao corpo e fazer o corpo subir?
m 𝑇 0 (𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙) Parte da energia potencial se transforma
em cinética, mas a energia mecânica
Não ocorre espontaneamente!
permanece constate.
h •
𝑚.𝑣² É preciso
m 𝐸 𝑀 =𝐸 𝑝 + 𝐸 𝑐 =𝑚 . 𝑔 . h+ Sistema complementar a
2
Após o impacto a energia cinética A energia potencial inicial se transforma 1ª Lei da
h’ se converte em térmica e a completamente em cinética, mas a Termodinâmica e
temperatura passa a ser T (T > T 0) energia mecânica permanece constate. h entender porque
(imediatamente antes de chegar ao solo) “modos
Vizinhança
perpétuos” não
• Note que a troca de energia Potencial Cinética Térmica, ocorre dentro do ocorrem. A 2ª Lei
sistema, mas como a temperatura do sistema é ligeiramente maior que a
Calor da vizinhança então haverá troca de calor. da Termodinâmica
m
• Esse fenômeno está de acordo com a 1ª Lei da Termodinâmica. Veja:
tem esse objetivo!
Vizinhança

Energia sai Calor


Agentes que promovem

∆ 𝑈 =𝑄 −𝑊
Intrínseco ao troca de energia entre o
sistema sistema e a vizinhança

Energia entra Há restrições no caminho inverso!


Transformações reversíveis e irreversíveis
• No slide anterior vimos um corpo em queda livre. Ao cair, ele adquire energia cinética em decorrência da redução da energia potencial. Ao
chegar ao solo, provavelmente ouviremos um barulho. A energia cinética que o corpo tinha se dissipou em outras formas de energia, sendo a
principal delas calor. Dessa forma, podemos dizer que a pedra atingiu um estado final de equilíbrio. Ao observarmos novamente a pedra,
podemos dizer que espontaneamente ela não retornará à sua posição inicial. Só voltará às posições anteriores mediante interferências e
modificações do meio externo.
• Então, podemos afirmar que o corpo realizou um processo irreversível. Sendo assim, podemos definir os dois processos, irreversível e
reversível, da seguinte maneira:

Processo irreversível Processo reversível


• É aquele em que um sistema, uma vez atingido o estado final de • é aquele que pode ocorrer em ambos os sentidos, passando por
equilíbrio, não retorna ao estado inicial ou a quaisquer estados todas as etapas intermediárias, sem que isso cause modificações
intermediários sem a ação de agentes externos. definitivas ao meio externo.

CALOR

• De tal modo, uma transformação só é considerada reversível se


houver ligação entre estados intermediários bem definidos em
qualquer momento da transformação. Para que isso aconteça, a
transformação deve ser lenta, sendo então denominada quase
estática

2ª Lei da Termodinâmica
Em todas as transformações naturais, as conversões energéticas são tais que a energia total permanece constante, de acordo com o princípio
da conservação da energia. A 1ª Lei da Termodinâmica é a reafirmação desse princípio, mas não prevê a possibilidade de uma transformação.
Há eventos ( como o anterior) que satisfazem a 1ª Lei mas que são altamente improváveis de ocorrerem. Alguns eventos como os a seguir são
improváveis de serem reversíveis naturalmente.
• Note que o comportamento da Natureza é assimétrico. A lei que rege tal comportamento é a 2ª Lei da Termodinâmica. Ela
apresenta um caráter estatístico , estabelecendo que os sistemas evoluem espontaneamente, segundo um sentido
preferencial, tendendo para um estado de equilíbrio.
• De acordo com a 2ª Lei, nas transformações naturais a energia se “degrada” de uma forma organizada para uma forma
desordenada chamada de energia térmica. Ainda conforme a lei, a energia térmica flui de regiões de maior temperatura
para regiões de menor temperatura.
• A transferência preferencial de calor do corpo quente para o corpo frio levou Clausius a enunciar a 2ª Lei da Termodinâmica
da seguinte maneira:

“É impossível para qualquer sistema operar de maneira que o único


efeito seja uma transferência de energia sob a forma de calor de um
corpo mais frio para um corpo mais quente.”

Rudolf Clausius
1822 - 1888
OPS... NÃO É BEM ASSIM!
• Na foto temos Roberto Menezes Serra é doutor em física pela Ufscar
(Universidade Federal de São Carlos) e pesquisador do grupo de
Informação Quântica da UFABC (Universidade Federal do ABC),
localizada em Santo André (SP).
• Ele é coautor de um estudo publicado na revista "Nature" em 2019
com pesquisadores de Singapura, Alemanha e Reino Unido que prova
ser possível reverter o sentido do tempo em um sistema microscópico,
usando correlações quânticas.
• No experimento do qual Serra participou, os cientistas conseguiram manipular moléculas de
clorofórmio para que os átomos de hidrogênio e de carbono ficassem com temperaturas diferentes
—o calor fluiu do átomo mais frio para o mais quente, sem envolver aumento de energia. Em outras
palavras, os cientistas conseguiram inverter a entropia de um sistema e observar, essencialmente, o
tempo dentro daquela molécula andar para trás.

• É importante frisar que o estudo feito tem correlação com efeitos quânticos relativo a troca de calor
entre átomos. Tal fenômeno está distante do nosso mundo, onde a física aplicada é a clássica e não a
quântica.
Conversão de calor em trabalho: Máquinas
térmicas
• Máquinas térmicas são dispositivos capazes de transformar energia térmica em trabalho mecânico. Toda máquina térmica necessita de uma
fonte de calor e de uma substância de trabalho capaz de ter o seu volume modificado e, consequentemente, movimentar algum mecanismo,
como válvulas ou pistões.
• Os motores de combustão interna, como aqueles que movem os automóveis atuais, são exemplos de máquinas térmicas. Eles absorvem o
calor que é produzido a partir da queima de uma mistura de combustível e ar, que é periodicamente injetada no interior de seus cilindros.
Como funciona uma máquina térmica?
Fonte quente () • Todas as máquinas térmicas operam de acordo com um ciclo termodinâmico, isto é, sequências de
estados termodinâmicos que se repetem. Esses ciclos apresentam diferentes estados de volume,
pressão e temperatura, que são geralmente representados por gráficos de pressão em função do
𝑄𝑄 volume. Os ciclos termodinâmicos são projetados em busca da maior eficiência energética, ou seja,
busca-se sempre a produção de motores capazes de extrair uma grande quantidade de trabalho.

Máquina
w
Térmica

𝑄𝐹
Fonte fria ()
Máquinas térmicas e 2ª Lei da Termodinâmica
• Em toda máquina térmica é valido o seguinte “balanço energético”:
Fonte quente () 1) A fonte quente fornece à máquina uma quantidade de energia. Essa quantidade é a energia total
disponível.
energia total
disponível
𝑄𝑄 2) Ao receber o calor da fonte quente, a máquina irá aproveitar parte da energia e realizar trabalho. Essa

l
úti
quantidade é a energia útil.

gia
er 3) Para que se mantenha o fluxo é preciso que a outra parte da energia seja rejeitada para a fonte fria.
en

Máquina
w Essa quantidade é a energia desperdiçada.
Térmica W
energia
ATENÇÃO
Rendimento da máquina térmica
desperdiçada
𝑄𝐹
Impossível!
• A 2ª Lei da Termodinâmica, possui também o enunciado
segundo Kelvin-Planck:
Energia útil
“É impossível a construção de uma máquina que, operando
Fonte fria () em um ciclo termodinâmico, converta toda a quantidade de
𝑊 𝑄𝐹 calor recebido em trabalho”.
𝜂= ou 𝜂 =1−
𝑄𝑄 𝑄𝑄
• Matematicamente temos o
“balanço energético”: • Este enunciado implica que, não é possível que um
dispositivo térmico tenha um rendimento de 100%, ou seja,
Energia total
𝑄𝑄 =𝑄 𝐹 + 𝑊 por melhor que seja, sempre há uma quantidade de calor
que não se transforma em trabalho efetivo.
Máquina de combustão interna
𝑊
Página 329 • e.W=? 𝜂=
𝑄𝑄 𝜂=0 , 2
𝑄𝑄 =𝑄 𝐹 + 𝑊
300=240+𝑊 60
𝜂=
300
𝜂=20 %
𝑊 =300 −240=60 𝐽

• W = ?, , e

𝑊 𝑄𝑄 =𝑄 𝐹 +𝑊
𝜂=
𝑄𝑄
𝑊 8 00=480+𝑄 𝐹
0 , 6=
800
𝑄 𝐹 =800 − 480=320 𝐽
𝑊 =800 . 0 , 6
𝑊 =480 𝐽
Solução
Conversão de trabalho em calor: Máquinas
frigoríficas
• Máquinas frigoríficas são dispositivos que, durante seu funcionamento, efetuam a transformação de
Fonte quente () trabalho em calor.
Lembre: O fluxo de calor não vai
espontaneamente da fonte fria para
Fonte quente () Fluxo Fonte fria ()
𝑄𝑄 fonte quente. Para que isso
preciso o “gasto” de energia
ocorra é
na forma
de mecânica.
Máquina W • Os refrigeradores são máquinas frigoríficas que, ao funcionarem, transferem calor de um sistema em
Térmica menor temperatura (congelador) para o meio externo que se encontra a temperatura mais alta.
Evidentemente o enunciado da 2ª Lei da Termodinâmica de Clausius não é contrariado uma vez que
a referida passagem não é espontânea ocorrendo as custas de um trabalho exterior.
𝑄𝐹 Matematicamente a eficiência (e) de uma máquina frigorífica é:

Fonte fria ()
𝑄𝐹
𝑒=
𝑊

O ciclo de Carnot
Em 1824, o cientista Carnot idealizou uma máquina térmica que proporcionaria um rendimento máximo. O Ciclo de Carnot consiste de duas
transformações adiabáticas alternadas com duas transformações isotérmicas, sendo que todas elas seriam reversíveis.
• Partindo de 1, o gás realiza uma expansão isotérmica , recebendo calor () da fonte quente à . A seguir, ocorre a expansão adiabática ,
durante a qual não há troca de calor. A compressão isotérmica se verifica à temperatura da fonte fria, e nesta etapa o gás “rejeita” a
quantidade que não foi transformada em trabalho. A compressão adiabática se completa sem a troca de calor.
• Carnot demonstrou que no ciclo que as quantidades de calor trocadas
Pressão com as fontes quente e fria são proporcionais às respectivas
Adiabáticas temperaturas das fontes:
1 Isotermas
𝑷𝟏 𝑄𝑄 𝑄𝐹
=
𝑇𝑄 𝑇 𝐹
2
𝑷𝟐
𝑻 𝟏=𝑻 𝟐 • O rendimento de uma máquina que realiza o ciclo de Carnot pode então
𝑾 ser expresso por:
𝑷𝟒
𝑄𝐹 𝑇𝐹
4 3 𝑻 𝟑=𝑻 𝟒 𝜂 =1− 𝜂=1−
𝑷𝟑
𝑄𝑄 𝑇𝑄
Volume
𝑽𝟏 𝑽𝟒 𝑽𝟐 𝑽𝟑

Ao operar entre duas temperaturas, a máquina de Nenhuma máquina operando entre duas temperaturas
Carnot tem o mesmo rendimento independente do fixas pode ter rendimento superior a que máquina de
fluido operante. Sadi Carnot Carnot operando entre essas temperaturas.
1796 - 1832
• Para encontrar o calor da fonte quente e o calor • W=80 J e
Página 329 da fonte fria iremos resolver um sistema a partir
das equações:
𝑄𝑄 𝑄𝐹 • Calculamos primeiro o rendimento da
𝐼 ¿ 𝑄 ¿ 𝑄=𝑄 𝐹 +𝑊 𝐼𝐼 ¿ = máquina para após comparar com o
𝑇𝑄 𝑇 𝐹
rendimento de Carnot.
𝑊
𝜂=
𝑄𝑄 𝜂=0 ,4 𝑜𝑢 40 %
𝑄 𝑄
𝐼 ¿ 𝑄 ¿ 𝑄=𝑄 𝐹 +2000 𝐼𝐼 ¿ 𝑄 = 𝐹
500 300 80
𝜂=
5 𝑄𝐹 • Substituímos o
200
𝐼𝐼 ¿ 𝑄𝑄 =
3 resultado em I) • Calculamos o rendimento de Carnot.

𝑇𝐹
5 𝑄𝐹
=𝑄 𝐹 +2000 • Multiplicamos todos 𝜂 =1− 𝜂=1− 0 , 75
Solução 3 por 3 𝑇𝑄
• 300 𝜂=0 ,25 𝑜𝑢 25 %
5 𝑄 𝐹 =3 𝑄 𝐹 + 6000 𝜂 =1−
400
𝑇𝐹 𝑊
𝑃 𝑜𝑡 = 2 𝑄 𝐹 =6000
𝜂=1− ∆𝑡 • Concluímos que é impossível
𝑇𝑄 construir tal máquina térmica,
𝑄 𝐹 =3000 𝐽 pois o seu rendimento é
300 𝑊
𝜂 =1− 500= 𝐼 ¿ 𝑄 ¿ 𝑄=𝑄 𝐹 +2000 superior ao rendimento de
500 4 Carnot.
𝜂=1− 0 , 6 𝑄𝑄 =3000+ 2000

𝜂=0 , 4 =40 % 𝑊 =2000 𝐽 𝑄𝑄 =5000 𝐽


Princípio da degradação de energia
• As transformações naturais ocorrem preferencialmente em um sentido, caracterizando-se pela
irreversibilidade. Embora ocorra sempre conservação da energia, à medida que o Universo evolui,
diminui a possibilidade de se conseguir energia útil ou trabalho do sistema.
• Todas as formas de energia (mecânica, elétrica, química, nuclear) tendem a se converter
espontaneamente e integralmente na energia desordenada de agitação térmica. Há ainda a tendência
de se estabelecer o equilíbrio térmico, reduzindo a possibilidade de transformação da energia térmica
em outras formas de energia. Por isso a energia térmica é denominada energia degradada, sendo
possível enunciar a 2ª Lei da Termodinâmica como princípio da degradação da energia.

“À medida que o Universo evolui, há diminuição da energia utilizável”


Desordem e Entropia

“A culpa é da entropia.”
O que é Entropia?
• A entropia é uma grandeza termodinâmica associada à irreversibilidade dos estados de um sistema
físico. É comumente associada ao grau de “desordem” ou “aleatoriedade” de um sistema. De acordo
com um dos enunciados da 2ª Lei da Termodinâmica:
“Em um sistema termicamente isolado, a medida da entropia
deve sempre aumentar com o tempo, até atingir o seu valor
máximo.”
• Em outras palavras, a entropia é capaz de medir o sentido da “seta do tempo”.
Entropia e calor
Q w

Sistema Sistema

Vizinhança Vizinhança

• Note que quando sistema recebe energia na forma de calor há uma tendência maior de desordem do
que em relação a receber energia na forma de trabalho.
Definição matemática de Entropia (S)
• A definição matemática de entropia é dada pela razão da quantidade de calor (Q) transferida entre
duas porções de um sistema termicamente isolado, em Joules (J), por sua temperatura absoluta,
em Kelvin (K):

∆𝑄
∆ 𝑆=
𝑇

• A definição apresentada acima é válida para processos isotérmicos, ou seja, em que haja trocas de
calor tão pequenas (ou lentas) que não sejam capazes de mudar a temperatura do sistema. A
definição de entropia é, portanto, infinitesimal (parte infinitamente pequena).
Até a próxima aula

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